• Nenhum resultado encontrado

Tenho observado, ao longo de anos de pesquisas espiritualistas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Tenho observado, ao longo de anos de pesquisas espiritualistas"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)
(2)

T

enho observado, ao longo de anos de pesquisas espiritua-listas e vivência, tanto no movimento espírita quanto um-bandista, que os seguidores dessas duas doutrinas realizam poucos exercícios com o objetivo de harmonizar a aura. É uma pena, porque muitos espiritualistas, independentemente de seguirem ou não alguma doutrina específica, não fazem ideia dos benefícios que o trabalho de harmonização áurica proporciona.

Como eu disse, esse tipo de trabalho independe de crença religio-sa. Eu mesmo, que venho me dedicando à área, não sigo nenhuma doutrina específica. Sou médium, mas me dedico à espiritualidade de forma independente, como livre-pensador, apesar de trabalhar há mais de uma década como editor-chefe da Revista Cristã de Espiritismo e da Caminho Espiritual, além de ter participado como médium de Umbanda durante anos também.

Agora, é claro que se você tem um bom conhecimento sobre o que são chakras e seu funcionamento básico, além de um bom en-tendimento sobre o que é fluido vital, duplo etérico, perispírito, etc., as práticas de harmonização bioenergética terão muito mais sentido. Inclusive, acredito que são essenciais para um melhor desenvolvi-mento mediúnico. Você entenderá o porquê ao ler este livro.

Então, para explicar de forma resumida a importância das práticas bioenergéticas de harmonização da aura, vamos começar definindo

Capítulo 02

(3)

alguns conceitos.

Primeiro, precisamos entender o que é energia. De acordo com a definição científica da física, energia é potencial para realizar tra-balho.

Já dentro do contexto espiritualista, o professor Wagner Borges nos oferece uma classificação de energia fácil de entender: “Energia cósmica é o princípio vital que interpenetra e nutre todas as coisas do universo interdimensional. É aparentemente onipresente e im-pessoal, permeando praticamente todos os planos de manifestação. Podemos, então, dizer que existe uma energia densa (etérica), astral (etérea) e mental.” Como podemos notar, o conceito de energia cós-mica exposto lembra muito o de fluido cósmico universal, como é chamado na doutrina espírita.

Wagner Borges continua explicando que “As energias que ab-sorvemos e metabolizamos são oriundas de fontes variadas: do Sol, do espaço infinito, do próprio planeta... Já a energia consciencial é a energia cósmica que a consciência absorve e emprega nas suas mani-festações gerais. Essa energia consciencial é chamada, em geral, de energia anímica ou magnetismo pessoal. Ao ser metabolizada pela consciência, a energia cósmica deixa de ser impessoal e assume as características pessoais da criatura.” A partir desta explicação, enten-do que o fluienten-do vital que anima nosso corpo seria um tipo de energia consciencial.

O que é aura?

Infelizmente, existe muito preconceito e crendices em torno de um tema que não tem nada de sobrenatural.

Etimologicamente, aura é uma palavra que vem do latim, e signi-fica “sopro de ar”. A ideia de ar e movimento esteve muito associada ao termo alma, na Antiguidade. A própria palavra espírito, que vem do latim spiritus, significa “respiração, sopro”.

Aura também é uma palavra próxima ao termo áureo, que signifi-ca “cor de ouro, brilhante, dourado”.

(4)

Dentro dos estudos espiritualistas, existem algumas definições para aura, mas, explicando de uma forma bem simples, posso dizer que aura é o campo energético e espiritual que fica ao nosso redor, cerca de meio metro, formado pelas energias que irradiamos o tempo todo. Esse campo não é homogêneo; ao contrário, se apresenta em diferen-tes padrões de densidade energética, do mais denso, muito ligado ao corpo físico, aos mais sutis, que refletem mais diretamente a consciên-cia, o espírito.

Vamos entender um pouco sobre essas variações de padrão de densidade da aura.

Padrão denso

Quando falo em padrão denso da aura, não me refiro a algo ruim, inferior. É denso porque sua energia interage mais diretamente com o funcionamento do corpo físico. Normalmente, essa camada da aura costuma ser chamada de duplo etérico ou campo bioelétrico.

Gosto muito da explicação que o pesquisador espiritualista Horá-cio Frazão costuma dar sobre esse campo, através de uma linguagem simples, compreensível para mais leigos. Vejamos:

“Toda matéria física é dotada de partículas. Em última instância, poderíamos tomar o átomo como sendo a unidade básica que cons-titui a matéria física. Obviamente, temos a comprovação científica da existência de subpartículas muito menores que o próprio átomo que constituem o mundo quântico. Mas se observarmos o átomo como uma estrutura básica da matéria, veremos que o mesmo é formado por um núcleo, e ao redor deste núcleo existem partículas saltitantes conhecidas como elétrons.

Esta atividade incessante dos elétrons ao redor do núcleo do áto-mo é chamada de atividade eletrônica ou eletromagnética. Isto signi-fica que a matéria física produz energia. Até mesmo a matéria inerte possui energia, mas em virtude da ausência de um comportamento molecular mais dinâmico (comum a uma entidade viva), esta energia fica inscrita na própria matéria inerte. Já em relação à nossa matéria,

(5)

esta energia produzida pelo comportamento eletrônico se expressa dinamicamente, uma vez que possuímos o componente bio. Isto é, as moléculas de um sistema biológico se movimentam constantemente e isso faz com que esta energia física se propague para além dos limi-tes da pele, podendo chegar a 5 ou até 10 centímetros de distância.

Por ser uma atividade energética oriunda de todo o corpo, esta energia se conforma como uma espécie de campo ou duplo eletro-magnético ao redor do corpo. A este duplo chamaremos de duplo bioelétrico. Antigamente, esta mesma estrutura era chamada pelos esotéricos de duplo etérico, por ser uma emanação mais sutil do que a própria matéria que o gera. E sendo o éter uma substância bem volátil, foi um bom motivo para os esotéricos antigos associarem o nome éter, etérico, a um duplo ‘volátil’ da matéria.”

Como ficou claro, este padrão mais denso da nossa aura, chamado de duplo etérico, não tem nada de sobrenatural. Ao contrário; é o resultado do funcionamento do nosso corpo físico. Inclusive, é este campo bioelétrico que aparece nas fotos Kirlian, e não a aura mais sutil, espiritual.

“Banco” de energia

Este campo também influencia e é influenciado diretamente pelo nosso metabolismo celular. Ele pode ser considerado como um “ban-co reserva” de energia. O fluido vital, que mantém nossos órgãos funcionando, abastece constantemente o campo bioelétrico (duplo etérico), via chakras (núcleos energéticos).

A energia vital flui pelo campo bioelétrico através de canais con-dutores, conhecidos como meridianos, na Acupuntura, ou nadis, no Yoga.

De acordo com Horácio Frazão e outros pesquisadores espiritua-listas: “Todo este sistema bioelétrico de manutenção da vida se rela-ciona diretamente com o fluxo de força vital dispersa na atmosfera e que circula por esses terminais bioelétricos. Somos dotados de inú-meras linhas de forças, microvórtices e vórtices maiores. Os vórtices

(6)

ou chakras maiores são em número de sete e correspondem às áreas do corpo as quais concentram estruturas (glândulas, órgãos) e tecidos de grande densidade. Portanto, temos: chakra coronário (no topo da cabeça), chakra frontal (fronte), laríngeo (centro da garganta), car-díaco (centro do peito), umbilical (acima do umbigo), sexual (abaixo da linha da cintura) e básico (na base da coluna). Cada vórtice tem como função intrínseca permitir o fluxo bidirecional de energia bio-elétrica até os tecidos correspondentes.”

Como vimos, o campo bioelétrico, que é considerado como a camada mais densa da nossa aura, deve sempre estar “abastecido”, com as energias fluindo livremente, caso contrário, se este fluxo for insuficiente ou estiver bloqueado em certos pontos, poderemos manifestar doenças, tanto a médio quanto a longo prazo. A curto prazo, grandes alterações nesse campo podem gerar dores de cabe-ça, tonturas, náuseas, cansaço excessivo, etc. À médio e longo pra-zo, temos as doenças psicossomáticas, ou seja, aquelas cuja causa é uma desordem psicoemocional. Portanto, existe uma interação constante do campo bioelétrico com o nosso perispírito. Emoções, pensamentos, sentimentos... o espírito está o tempo todo impri-mindo um padrão de ordem ou desordem no duplo etérico e, con-sequentemente, no corpo físico.

Esse campo energético mais denso pode ser facilmente visto quando começamos a desenvolver a clarividência. Também pode ser percebido por pessoas que realizam aplicações energéticas, como nos passes, reiki, johrei, etc.

Poderíamos ficar mais tempo nos aprofundando no estudo deste campo e sua relação com a saúde, mas o que eu quero, no momento, é que fique claro que o equilíbrio do campo bioelétrico é de grande importância para a manutenção ou recuperação da saúde, já que o fluido vital interage diretamente com o corpo físico.

Padrões mais sutis

(7)

é formado por um padrão de energia mais denso) são emanações do corpo astral (também conhecido como perispírito, psicossoma, etc.) e do “corpo” mental.

Em geral, muitos espiritualistas usam o termo aura para se referi-rem especificamente a estes padrões mais sutis. Eles são o resultado direto dos nossos processos psicoemocionais, ou seja, refletem nossas emoções, pensamentos e, nos níveis ainda mais sutis, nossos senti-mentos. Demonstram, claramente, nosso nível evolutivo.

Alguns clarividentes conseguem ver cores variadas, que mudam de acordo com o estado psicoemocional da pessoa observada, assim como as formas-pensamento que ela gera.

Para harmonizar a aura, neste aspecto sutil, precisamos mais do que a manipulação energética, mais do que uma técnica. Podemos buscar os recursos da arte, nas suas mais variadas expressões, desde que nos predisponham ao equilíbrio interior; o recurso da amizade sincera e do amor; o descanso mental e o lazer sadio; a autoestima elevada; a sintonia com os guias espirituais ou com aquilo que, para cada um, é mais sagrado, como a fé em Deus, por exemplo... Além disso, preci-samos de três fatores que considero fundamentais: autoconhecimento, reforma íntima e “caridade”.

Precisamos buscar o autoconhecimento. Antes de qualquer refor-ma íntirefor-ma, é fundamental conhecer aquilo que se deseja transforrefor-mar. Isso não significa que precisemos ser sábios para iniciarmos a reforma íntima, mas a nossa transformação, que ocorre gradativamente, pre-cisa estar alicerçada em um trabalho de investigação interna. Preci-samos aprender a olhar para nossa realidade íntima com sinceridade, com imparcialidade, mas também com acolhimento, com carinho, sem autojulgamento e autopunição desnecessários.

Então, precisamos estar constantemente nos autopercebendo, atentos ao que ocorre em nosso mundo interno. O que nos irrita, o que nos causa medo, nos atrai, nos magoa... e como reagimos às diversas situações que surgem na vida. Pode ser necessária a ajuda de um psicólogo.

(8)

Conscientes daquilo que sentimos ser a fonte de sofrimento, pre-cisamos mudar nossos hábitos para cessar o sofrimento. Quando digo hábitos, me refiro aos nossos processos psicoemocionais, e não apenas ao nosso comportamento. Somos viciados em determinadas emoções e presos a padrões de pensamentos repetitivos que atrapalham nosso amadurecimento espiritual. Então, é preciso boa vontade para mudar, abandonando de vez aquilo que nos faz sofrer. Isso é reforma íntima.

Quando digo “caridade”, me refiro a algo que é mais do que assis-tência social. Na verdade, é estarmos de coração aberto, dispostos a acolher aqueles que vêm ao nosso encontro, no dia a dia. É o espírito de gratidão e a vontade de repartir, com todos, as bênçãos do equilí-brio que conquistamos.

Prática bioenergética

Em casa, no trabalho, no centro, na natureza... podemos e deve-mos procurar locais apropriados, em nosso dia a dia, para realizardeve-mos pequenas práticas de visualização, que podem durar alguns minutos, mas que são suficientes para harmonizarmos nossa aura.

Além das práticas de visualização, existem algumas técnicas que têm o objetivo de manter a saúde do corpo e harmonizar nosso fluxo de força vital. Na verdade, toda atividade física influencia no com-portamento dos chakras, mas sugiro técnicas como as do hatha-yoga, do tai chi chuan, do qi cong, etc. Não são simples ginásticas ou pos-turas; ao contário, possuem todo um fundamento energético e espi-ritual como base.

Já com relação aos exercícios de visualização, são bastante simples e você pode praticar tranquilamente em sua casa, mas se você nunca realizou uma prática bioenergética sob a condução de alguém expe-riente, fica um tanto difícil imaginar do que se trata.

Basicamente, quando realizamos um exercício de manipulação bioenergética, ele se estrutura da seguinte forma:

Captação

(9)

nossa captação energética do meio em que estamos. Esse processo envolve a respiração controlada, assim como a visualização.

Circulação fechada

É a circulação de bioenergia em nosso campo bioelétrico e corpo físico. O objetivo é ativar a energia, fazendo-a fluir livremente pelos nossos meridianos e chakras. Serve como um exercício de proteção energética.

Exteriorização

Exteriorização de bioenergias, diretamente pelos chakras princi-pais ou palmares (mãos). Ao exteriorizarmos bioenergia, devemos envolvê-la em um padrão de ordem espiritual, fruto de um senti-mento de carinho, amor ou bem-querer, por você e pelo próximo, sem sentimentalismo, raiva ou apego.

Aura e mediunidade

Novamente segundo o pesquisador espiritualista Wagner Borges: “Há um fator que altera as energias de alguém e pode dar grande di-ferença na avaliação de sua aura: a presença de espíritos desencarna-dos ligadesencarna-dos à ela. No caso de espíritos densos (energias intrusas per-niciosas), a alteração energética é mais ostensiva. Já a ação de seres espirituais avançados é naturalmente mais sutil e mais difícil de ser percebida. Qualquer clarividente razoável pode falar com proprieda-de da ação nefasta proprieda-de espíritos proprieda-desencarnados assediadores espirituais na aura de alguém. Isso não é científico, mas é real.”

Então, fica claro que a harmonização da aura é fator fundamental também para o equilíbrio mediúnico, e realizar uma prática controla-da pode ser uma valiosa ferramenta para ajucontrola-dar na sintonia energéti-ca e espiritual (pensamentos e sentimentos) com os guias espirituais, além de auxiliar no processo de desobsessão.

O que se costuma fazer nos centros espíritas, antes das reuniões mediúnicas? Prece, leitura do evangelho... e outras práticas (que não deixam de ser toda uma ritualística) para favorecer a sintonia espiri-tual e harmonia do grupo. Nos centros de Umbanda, temos a

(10)

defu-mação, a abertura, os pontos cantados... toda uma ritualística com o mesmo fim: harmonizar médiuns e entidades. Até aqui, tudo bem, mas o que eu quero salientar é que se, além dessas práticas, os mé-diuns ou mesmo os pacientes de tratamento de desobsessão criarem o hábito de pararem, 15 minutos por dia, para fazerem uma prática de manipulação energética, estarão se tornando médiuns cada vez mais aptos para refletir a influência de seus guias espirituais. Além, é claro, de conseguirem manter um estado de harmonia maior e por mais tempo, no dia a dia, e não apenas nas poucas horas em que se dedica a um trabalho espiritual. Isso, na verdade, é o principal: a ma-nutenção do equilíbrio energético e espiritual ao logo do dia, todos os dias. Por isso as práticas de bioenergia não se destinam apenas a médiuns, mas a todas as pessoas em condição de entendê-las e praticá-las.

No caso do tratamento de desobsessão, é fundamental ensinar ao paciente alguma técnica básica, desde que ele tenha condições psi-coemocionais mínimas para isso, é claro. Isso pode ser decidido na triagem ou durante o tratamento. Portanto, as práticas servem como um método complementar aos tratamentos de desobsessão e, é ób-vio, como uma ferramenta de manutenção do nosso equilíbrio no dia a dia, independente de sermos médiuns ou não, ou estarmos em um tratamento desobsessivo. Além do mais, todos sentimos, em maior ou menor grau, a influência do plano espiritual...

Poderemos alcançar um equilíbrio cada vez maior e duradouro se soubermos como manifestar ordem espiritual em nosso comple-xo psicofísico (campo mental, perispírito, campo bioelétrico e cor-po físico). Isso irá nos procor-porcionar uma harmonia energética, nos diferentes padrões de densidade, melhorando nossa qualidade de vida, favorecendo nossa evolução e contribuindo para que possamos, cada vez mais, nos sentir integrados ao Todo, como manifestação de Deus.

Referências

Documentos relacionados

não terem sido consideradas suficientes opções alternativas e não ter sido corretamente avaliado o impacte do projeto sobre a área classificada como Património

Os testes de desequilíbrio de resistência DC dentro de um par e de desequilíbrio de resistência DC entre pares se tornarão uma preocupação ainda maior à medida que mais

Esta NR estabelece os critérios que deverão ser eliminados dos locais de trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e

Se no cadastro da administradora, foi selecionado na aba Configurações Comissões, para que as comissões fossem geradas no momento da venda do contrato, já é

A correlação significativa entre a presença de zona afótica na caverna e de riqueza total e de troglóbios (Tabela 1) pode se dever meramente ao fato de cavernas

Para disciplinar o processo de desenvolvimento, a Engenharia de Usabilidade, também conceituada e descrita neste capítulo, descreve os métodos estruturados, a

Para dar uma exata ideia do “enrosco” em que ele se enfiou ao tentar mapear a teoria da informa- ção e o consequente desenvolvimento da tecnolo- gia da informação do início de

É a aura do corpo espiritual (Cristianismo; Paulo de Tarso, Cor. 15, vers: 44), também denominado corpo astral (Teosofia), perispírito (Espiritismo), psicossoma (Projeciologia),