Marcelo Lobo Heldwein, Dr. Sc.
<heldwein@inep.ufsc.br>
INEP
Especulando sobre o futuro:
Distribuição em CC para
Integração de Fontes Distribuídas
Eficiência em redes ativas de distribuição
SEPOC 2010
4o Seminário de Eletrônica
de Potência e Controle
Primeira rede elétrica
(CC)
no Brasil
— Iluminação da Central do Brasil, Rio de Janeiro
— Decreto 7151 do império em 1878 (D. Pedro II)
— Rede:
• ―Velas‖ inventadas por Paul Jablochkoff
• Alimentadas por dínamo de Zénobe Gramme
Fonte:
Parte I
Perspectivas para o
consumo de energia elétrica
4
INEP
Fontes de alimentação
(CC)
— 2002: > 6 bilhões de fontes chaveadas no mundo
— Previsão:
• 2010–2020 => 30% a 50% do consumo global será com equipamentos de ICT
Fontes: M. Mills and P. Huber, ―Dig more coal the pcs are coming," Forbes, 1999.
— Tendências
• Integração de controles e funções ―inteligentes‖
• Aumento de processamento eletrônico (CC)
• Necessidade de melhoria de rendimento
Consumo de eletricidade
Fonte:
http://www.advantech.com/solutions/e Home/images/Scenario-chart.jpg 5
Possíveis cenários para o consumo residencial
Painéis fotovoltáicos LEDs Refrigerador de alta eficiência Distribuição CA Lavadora de alta eficiência LEDs Laptop TV/Hifi Lâmpada de alta eficiência Painéis fotovoltáicos LEDs Refrigerador de alta eficiência Distribuição CC Lavadora de alta eficiência LEDs Laptop TV/Hifi Lâmpada de alta eficiência Distribuição em CA Distribuição em CC 6Possíveis cenários para o consumo residencial
Painéis fotovoltáicos LEDs Refrigerador de alta eficiência Distribuição CA Lavadora de alta eficiência LEDs Laptop TV/Hifi Lâmpada de alta eficiência Painéis fotovoltáicos LEDs Refrigerador de alta eficiência Distribuição CC Lavadora de alta eficiência LEDs Laptop TV/Hifi Lâmpada de alta eficiência Distribuição em CA Distribuição em CC 7— Em 2009.
COPEL, ―Consumo residencial‖, 06 Set. 2009.
Consumo de eletricidade residencial
(Sul do Brasil)
— Em 2008.
Frohn & Meyer, 2009.
Consumo de eletricidade industrial
(mundo)
23 22 20 8 6 6 4 11Iron and steel
Chemical / petroch. Machinery
Transportation Paper and pulp Minerals Food industry Others Drives, aquecimento Aquecimento, drives, DC Drives Drives
Steam gen., aquecimento, drives Drives
Ger. de vapor, aquec./resfr. Iluminação, aquec./resfr., drives
— Implicações
• Aumento de perdas na transmissão/distribuição
• Necessidade de aumento da geração
Aumento da demanda
0 100 200 300 400 500 600 700 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 C on su m o − B ra sil [G W h ]Outros Com ercial R esidencial Industrial
— Taxa de crescimento esperada
EPE, ―Plano decenal de expansão de energia elétrica 2008-2017,‖ 2008.
Aumento no consumo (Brasil)
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6%
Electric energy consumption average growth Total Industry
— Consumo de eletricidade (1973)
— Consumo de eletricidade (2005) = 1.67 En(1973)
International Energy Agency, 2007.
Consumo de eletricidade (mundo)
51,3 2,4 46,3 Industry Transport Other sectors 41,2 1,7 57,1
Industry
Transport Other sectors 41,2 1,7 57,1Industry
Transport Other sectorsParte II
Perspectivas sobre
geração distribuída e armazenamento
14
INEP
Autoprodução
Fonte:
Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017. EPE - Empresa de Pesquisa Energética, 2008.
15
INEP
Geração distribuída e armazenamento
Fontes: http://www.wapa.gov/es/pubs/esb/2001/01Jun/graphics/microturbines_big.jpg http://cache.jalopnik.com/cars/assets/resources/2007/11/Ballard-Fuel-Cell.jpg Fontes: http://www.flickr.com/photos/caveman_9222 3/3186143355/ http://www.advantech.com/solutions/eHome/ images/Scenario-chart.jpg 10’s Hz - kHz 10’s Hz CC CC 15
Parte III
A modernização do sistema elétrico
— Geração + armazenamento afastados do consumo
— Fluxo unidirecional
• Geração => consumo
• Sistemas de proteção e medição não toleram
geração distribuída
— Grandes perdas na transmissão
— Falhas nas linhas reduzem confiabilidade
— Equipamentos antigos (―não-inteligentes‖)
Infraestrutura atual
A iniciativa ―Smart Grid‖
Fonte:
http://www.oe.energy.gov/DocumentsandMedia/smartgrid_diagram.pdf
―Smart Grid‖ = modernização da rede elétrica
19
INEP
Microredes: uma solução para ―Smart Grids‖
– Sistema de distribuição – Geração distribuída – Armazenamento distr. – Comunicação – Ilhamento ou conectado Fonte: http://mendocoastcurrent.files.wordpress.com/2009/07/smartgrid-graphic.jpg 19
Parte IV
Microredes em Corrente Alternada
— Corrente Alternada: foco inicial do conceito
— Vantagens:
• O sistema atual é em CA
• Facilidade em interromper correntes
• Alto rendimento de sistemas em MT
Microredes em CA
22
INEP
Microredes em CA – Desafios
– Controle de fluxo de potência e estabilidade será diferente do cenário atual (mais complexo)
– Maior variação de frequência (necessidade de compensação) – Fator de potência (necessidade de correção) – Retificação/inversão (aumento de perdas)
Fonte: Serpa et al., ―A Modified Direct Power Control Strategy Allowing the
23
INEP
Microrede em CA
Bat . Comp. VAr Chave est át ica Cond. V G.E. P V G.G. P V 13,8 kV 60 Hz 380 V 60 Hz 23Parte V
Microredes em Corrente Contínua
— Vários sistemas utilizam CC há muito tempo
— Recentemente cogita-se a utilização em sistemas com
geração distribuída
— Aparece como uma possível solução para microredes
— Principalmente em BT (em MT o rendimento de
trafos é muito alto)
Microredes em CC
26
INEP
Efeito de corrente em seres humanos
— Há trabalhos recentes na literatura
— Comunicação não é muito diferente da rede em CA
— Principal diferença:
• métodos de supervisão e diagnóstico
Comunicação
— Há diversos trabalhos recentes na literatura
— O controle de cargas e geradores é facilitado
— Não há necessidade de sincronismo, controle de
reativos e correção do FP
— Há a possibilidade de se utilizar os níveis de tensão
no barramento para controlar a atuação de geradores
Controle
— Não há correntes para terra por capacitores
— Relés baseados em trafos não podem ser utilizados
— Interromper correntes em CC é mais complexo
Aterramento e proteção em CC
30
INEP
Comparação de eficiência
Fonte: Starke et al. ―Ac vs. dc distribution: A loss comparison,‖ Transmission and
— Lado bom:
• Maioria de equipamentos será em CC (eficiência) • Controle e interconexão são facilitados
• Maior capacidade de transmissão • Alta qualidade de tensão
• Bem adaptadas à alimentação rural/remota
Redes em Corrente Contínua
— Desafios:
• Interromper correntes (proteção)
• Mudar a infra-estrutura existente (criar mercado) • Falta de equipamentos adequados
• Treinamento de pessoal qualificado • Falta de informações
• Falta de regulação
Redes em Corrente Contínua
Parte VI
Alternativas para as configurações de
futuras redes de distribuição
34
INEP
Microredes em CC / CA
35
INEP
Microredes em CC
Parte VII
Proposta para a configuração de uma
microrede em corrente contínua
— Utilizar as lições de HVDC (linha bipolar)
Confiabilidade
Maior capacidade de transmissão
Configuração
38
INEP
Capacidade de transmissão
Fonte: Starke et al. ―Ac vs. dc distribution: Maximum Transfer Capability,‖
— Propostas anteriores: ±170V ; ±750V ; ( +325V ; +230 V ; +20 V ) ; +120 V
— Analisar segurança elétrica!
Níveis de tensão
40
INEP
Níveis de tensão
— Segurança
• ABNT NBR 5410:2004: CC ≤ 120 V
• Limitar potencial de terra durante falhas a 240 V
— Confiabilidade
— Eficiência
— Segurança
— Compatibilidade
Rede bipolar escolhida
42
INEP
Desbalanços em uma linha CC bipolar
— Perdas nos alimentadores são minimizadas se as correntes forem equilibradas
r
+i
+V
+V
_P
+P
_r
0r
_i
_i
0 4243
INEP
Conversor multi-funções
Co-autor: Eng. Jackson Lago
— Não há equipamentos para CC com tensão mais elevada e +48 V geraria correntes muito elevadas
— São necessários mais estudos sobre aterramento para distribuição em CC
— Sistemas CC são, em teoria, mais confiáveis que CA, porém ainda não há informações consolidadas
— Ainda não há uma cultura ou educação para sistemas CC, principalmente na indústria
— Falta desenvolver sistemas pilotos e normas para estes tipos de sistemas
— Deve-se criar um mercado para sistemas CC
— Já existem conectores e cabos para CC 400 V, porém não há uniformização por parte dos fabricantes
— Não há multiplicadores de conectores para CC 380 V e também será necessário uniformizá-los
— Disjuntores CC para 380 V existem, porém de poucos fabricantes e com custo mais elevado
— Não há estudos sérios sobre os custos de implementação de sistemas de distribuição CC em baixa tensão
Desafios
— Redes CC se mostram uma solução técnica
compatível com requisitos de microredes modernas
— Dependendo da inserção de cargas em CC, uma
microrede CC pode ser superior à uma CA
— Ainda há muito o que fazer para tornar redes CC comercialmente viáveis
— Uma rede CC bipolar com níveis de tensão
adequados parece ser bem adaptada à distribuição ativa em BT
Considerações finais
— Rede:
• ―Velas‖ de Jablochkoff (CA)
• Alimentadas por dínamo de Gramme (CC)
Primeira rede elétrica no Brasil
Fonte:
— Rede
• Iluminação ―inteligente‖ com LEDs (CC)
• Geração distribuída (CC + CA)
• Armazenamento de energia (CC)
Futura rede elétrica no Brasil
(?)
Fontes: http://www.flickr.com/photos/argonne/3447648861/
Newsweek’s top 10 (world) ―hottest‖ cities 2006
“Florianópolis, Brazil –
Industry: high tech, with beaches', ban on heavy industry” ~380 000 people / 17 universities / 2 technological centers Aim: create 40k tech jobs in 10 years
Federal University of Santa Catarina
(2009)
— Entry students /year: 6669 — Total undergrad.: 26932 — Total grad.: 6242 — PhD: 2360 — Publications/year (journals): 2023 — Scholarships: 7521 — Professors+lecturers: 1649 — Other staff: 2808 = 33181 Founded: 1961 Built area: 651796 m2
Power Electronics Institute – INEP
Founded: 1979 as LAMEP
Re-structured: 1994 as INEP
Supervisor
Prof. Ivo Barbi
Professors Prof. D. Martins Prof. J. Fagundes Prof. E. Kassick Prof. S. Mussa Prof. M. L. Heldwein Prof. A. Perin Prof. H. B. Mohr Techincal staff Students 4 3 57 Administrative staff Master 17 PhD 17 Undergrad. 21 PostDoc 2
INEP – Outcomes
• 600+ articles
Publications
Master’s Degree Dissertations • 223 Dissertations
Doctorate Degree Thesis • 63 Thesis
Power Electronics books • 6 books (in Portuguese)
+ 1 book (in English)
Industry projects (last 10 years) • 70+ projects
52