• Nenhum resultado encontrado

Estudo de Caso de Migração de Cabeamento Cat5e para Cat6

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo de Caso de Migração de Cabeamento Cat5e para Cat6"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Estudo de Caso de Migração de Cabeamento Cat5e

para Cat6

Emanuel Machado da Silva¹, Eduardo Maronas Monks¹ Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas

¹Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores Rua Gonçalves Chaves, 602 – Centro – Pelotas – RS - Brasil

neco.sul@gmail.com emmonks@gmail.com

Resumo. Este artigo tem como objetivo registrar uma migração de estrutura de cabeamento categoria 5e para categoria 6 e analizar as principais diferenças entre as duas categorias, demonstrando em medições e comparações.

Palavras-chave: Cabeamento; Categoria 5e; Categoria 6; Cat5e; Cat6;

Abstract. This article aims to register a migration of structure cabling for category 5e and category 6 analyze the main differences between the two categories, showing measurements and comparisons.

Keywords: Cabling; Category 5e; Category 6; Cat5e; Cat6; 1. Introdução

Desde o princípio do desenvolvimento dos computadores cada ano que se passa é gerado um número imenso de informações, e cada vez mais, precisamos acessá-las mais rapidamente. Com esse crescimento exponencial, começou a serem gerados processos baseados em redes de computadores, e ao mesmo tempo normas para padronizar a criação e a implementação destas redes.

No que se refere à ligação física, mais, especificamente ao cabeamento, encontramos algumas divisões de categorias no qual o separam devido a suas características de freqüência de trabalho, aplicações.

2. Descrição Projeto

2.1 Idéia Inicial

Sabemos que novas tecnologias trazem mais recursos para nos auxiliar em determinada função. Em se tratando de cabeamento, sabemos também que quanto mais rápida a velocidade da informação trafegada, melhor será nosso trabalho. Pensando nisso elaborei este estudo para ter em mão, um embasamento técnico para melhor visualização desta destas diferenças.

Quando me foi apresentada a tarefa de realizar um estudo sobre um determinado assunto ligado a área de redes, logo me surgiu a idéia de desenvolver algo a respeito de cabeamento de rede, uma vez que na prática eu estava realizando uma migração de categoria baseado apenas em relatos de fabricantes e artigos técnicos, mas nada de fatos reais no qual eu tenha presenciado para a comprovação da alteração.

(2)

2.2 Objetivo Específico

2.2.1 Alteração de Estrutura: Alterar a estrutura da empresa separando a rede administrativa da técnica e já migrando a técnica para categoria 6.

2.2.2 Documentação: Documentar esta modificação e comprovar o custo gasto na modificação.

3. Cabeamento

3.1 Conceito

Conjunto formado pelos meios guiados de transmissão e demais acessórios para interligação dos dispositivos de uma rede.

3.2 Características

- Estabelece conexão entre dispositivos da rede;

- Possuem Conectores/Terminadores específicos para cada rede; - Transportam sinais elétricos/óticos;

- Sofrem atenuação; - Metal: EMI/RFI.

- Ótico: Refração/Absorção.

3.3 Propriedades

- Resistência: Perda de energia que um sinal sofre ao trafegar em um cabo. (Corrente contínua);

- Impedância: Características de resistência e reatância que causam atenuação em um sinal. (Corrente alternada).

3.4 Categorias

Cada cabo tem sua categoria e especificação quanto parâmetros de transmissão. 3.4.1 NEXT: é a imunidade à interferência dos pares na entrada do sinal. 3.4.2 FEXT: é a imunidade a interferência dos pares na saída do sinal. 3.4.3 Delay: Tempo que o sinal leva para percorrer o meio.

3.4.4 RL (Return Loss): é a reflexão do sinal causado por dobras ou defeitos de fabricação.

3.4.5 PSNEXT: é o somatório dos níveis de ruído entre pares do cabo.

3.4.6 ELFEXT: interferência de um sinal na entrada de uma par e saída de outro par na outra extremidade do cabo.

3.4.7 PSELFEXT: é o somatório dos níveis de ruído gerado por múltiplas fontes de sinal na extremidade oposta com relação ao sinal de entrada.

(3)

3.5 Divisão das Categorias

3.5.1 Categoria 1: é o cabo par trançado usado em cabos telefônicos. Só pode ser usado em transmissões de até 1 MHz (a Mbps).

3.5.2 Categoria 2: usado em redes Token Ring de 4 Mbps, atualmente não é maus usado.

3.5.3 Categoria 3: Permite transmissões de até 16 MHz, isto é, se o sistema de modulação usado transformar um bit em um elemento sinalizador, é possível obter transmissões de até 16 Mbp. Foi o cabo usado em redes Ethernet padrão (10 Mbps) usando cabo par trançado antes de cabos categoria 5 se tornarem padrão. Atualmente não é mais usado.

3.5.4 Categoria 4: Permite transmissões de até 20 Mhz. Usado para redes Token Ring de 16 Mbps. Atualmente não é mais usado.

3.5.5 Categoria 5: Permite transmissões de até 100 MHz, podendo ser usado por redes operando até 1 Gbps (Gigabit Ethernet), embora a categoria 5e tenha sido especificada com parâmetros mais “apertados” de paradiafonia (NEXT), para melhor comportar a 1Gbps. Foi substituído pela categoria 5e e atualmente não é mais usado.

3.5.6 Categoria5e: Idêntico ao cabo categoria 5 porém com especificações mais apertadas para a paradiafonia (NEXT), para comportar melhor transmissões de 1 Gbps (Gigabit Ethernet). Atualmente todos os cabos categoria 5 são na verdade 5e (pois oficialmente a categoria 5 não existe mais, sendo substituída pela categoria 5e).

3.5.7 Categoria 6: Permite transmissóes de até 250 Mhz. Como possui especificações ainda mais apertadas para a paradiafonia (NEXT), alguns Data Centers preferem o uso deste cabo em vez de cabos categoria 5e, para garantir um menor nível de interferência eletromagnética e com isso, uma possível maior taxa de transferência prática.

3.6 Equivalências

Equivalência Entre Classes e Categorias

Classes ISO/IEC Categorias ANSI/EIA/TIA Largura de Banda (MHz)

A - 0,1 B - 1 C 3 16 - 4 20 - 5 100 D 5e 100 E 6 250

(4)

3.7 Cat 5e vs. Cat 6

A principal diferença entre a Categoria 5e e a Categoria 6 está na performance de transmissão e na largura de banda estendida de 100MHz da Categoria 5e para 250MHz da Categoria 6. A largura de banda é a medida da faixa de freqüência que o sinal de informação ocupa. O termo é também usado em referência às características de resposta em freqüência de um sistema comunicação. No sentido mais qualitativo, a largura de banda é proporcional à complexidade dos dados transmitidos. Já a performance se traduz em uma menor atenuação, melhor NEXT, perda de retorno e ELFEXT, possibilitando uma melhor relação sinal/ruído.

Devido a esses fatores (performance e largura de banda), associando uma melhor imunidade às interferências externas, os sistemas que operam em Categoria 6 são mais estáveis em relação aos sistemas baseados na Categoria 5e. Isto significa redução nas retransmissões de pacotes, proporcionando uma maior confiabilidade e estabilidade para a rede.

Outro fato que deve ser considerado é que os requisitos para o link (meio de transmissão entre dois pontos, não incluindo a conexão de equipamentos) e canal (meio de transmissão fim-a-fim entre dois pontos no qual existem equipamentos de aplicações específicos conectados) na Categoria 6 são compatíveis com os da Categoria 5e, fazendo com que os projetistas escolham a Categoria 6, substituindo as redes Categoria 5e.

(5)

4. Investimento

Partindo das perspectivas visando o futuro, é sempre uma boa escolha instalar o melhor tipo de cabeamento disponível, por isso devemos analisar os custos da instalação ou reestruturação. Algumas das vantagens de se utilizar tecnologias de cabeamento mais avançadas são evidentes: Compatíveis com novos equipamentos e melhor desempenho.

COMPARATIVO DE VALORES CAT 5e CAT 6 Patch Cord 1,5m 6,60 15,70 Patch Panel 24P 215,00 390,00 Conector Jack 9,00 13,00 Cabo (metro) 0,80 1,60 Switch 24p 800,00 1.200,00

Valores Médios em Reais Dez - 2010

Tabela 2 – Comparativo de valores. 5. Medições

Para analisarmos se realmente vale a pena o investimento precisamos de dados reais para comprovar.

Para conseguir esses dados, realizamos algumas medições com a ferramenta Jperf/Iperf (http://sourceforge.net/projects (http://sourceforge.net/projects/iperf/) e cópia

simples em sistema Windows.

Nesta medição chagamos ao máximo 75 MBps.

Figura 3 – Medição em Rede Fast Ethernet com JPERF. .

(6)

Nesta medição chagamos ao máximo 225 MBps.

Figura 4 – Medição em Rede Gigabit Ethernet com JPERF.

Nesta medição chagamos ao máximo 225 MBps.

Figura 5 – Medição em Rede Gigabit Ethernet com JPERF.

(7)

6. Certificação

Certificação de cabeamento de redes é em geral uma garantia concedida por uma empresa ou fabricante de produtos relacionados a redes (Furukawa e AMP) a projetos de infraestrutura de redes que envolvam a transmissão de dados.

6.1

Como proceder para alcançar a Certificação

O projeto deve atender as especificações de projetos de cabeamento como a Norma Brasileira ISO/ABNT 14565, esta forma recomenda os procedimentos que devem ser tomados para se conseguir uma maior confiabilidade nas comunicações dentro da empresa.

Geralmente as empresas que irão conceder a certificação participam do projeto na condição de parceiro/fornecedor. Obrigatoriamente, teremos que adquirir todos os equipamentos de rede e cabos recomendados por ela, para que ela homologue o funcionamento destes.

Será necessária após a implementação do projeto a certificação, neste processo o fabricante ou parceiro ou em alguns casos o profissional que pode certificar irá realizar uma análise total ou por amostragem dos pontos de rede, esta análise em geral ocorre com equipamento Fluke de Alto Desempenho onde se mede diversas informações, como Throughput, atenuação do sinal, perda de pacotes, gargalos, etc. Tudo o que pode atrapalhar a transmissão dos dados pela rede.

6.2

Custo da certificação

De 70 a 100% do valor de cada ponto de rede. Dependendo do parceiro/fornecedor/fabricante.

6.3

Vantagem

Imagine que sua empresa atua na área Industrial, Logística ou Call Center, onde basicamente quase todas as informações passam pela rede, seja no tráfego interno seja no relacionamento com os clientes, associe a isto diversos serviços como impressoras, servidores, segurança da informação entre outros.

Havendo uma confiabilidade irrestrita na rede, isola-se um possível problema e se aumenta o ganho de desempenho de trabalho nas operações via rede. Isto é, qualquer problema que houver "Não será na rede!", e se porventura for na rede a empresa o fabricante de responsabiliza em refazer o ponto com problema.

(8)

Figura 8 – Exemplo de resultado de certificação de um ponto lógico (Cat6). 7. Conclusão

Após todo o processo de da alteração, finalização, certificação e testes na rede lógica, conclui que, SIM, é válida a migração de Categoria 5e para Categoria 6.

Entretanto ao utilizar certas ferramentas, vi que não deveria me focar somente nos cabos e conectores, mas também nos ativos de rede, principalmente nas interfaces das estações e servidores. Devido a esta falta de atenção, não obtive o resultado desejado, e sim um resultado medíocre.

Fica aí um novo desafio de seguir este trabalho para satisfação profissional. 8. Bibliografia

Pinheiro, J. M. S. (2003). 234p. Redes, Guia Completo de Cabeamento de. Elsevier, 8ª edição.

Trulove, J. (2006). 533p. Wiring, Lan. McGraw Hill, 3ª edição.

Referências

Documentos relacionados

1 - Aos nadadores-salvadores nacionais de Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu cujas qualificações não tenham sido obtidas em Portugal e

Como a grande maioria das amostras para adultos apresentou qui-quadrado não significativo pelo método da Distribuição Binomial Negativa, e consequentemente,

Nas respostas quanto ao prejuízo nas atividades profissionais e pessoais, indivíduos com face normal a disfunção leve por paralisia facial de Bell responderam não ter prejuízo

Para a busca dos artigos foram utilizados os seguintes descritores: paralisia facial, reabilitação, fisioterapia, facial paralysis, facial palsy, rehabilitation,

Objetivo: propor o Ângulo da Comissura Labial e avaliar sua confiabilidade como recurso objetivo na avaliação da modificação do tônus da musculatura facial na evolução da

De fato, o próprio relatório enfatiza que o critério adotado em seu embasamento para analisar o jovem é biológico, "pouco importando o seu desenvolvimento

Futsal – Voleibol – Handebol: Revisão das Regras Oficiais / Atividades com Exercícios Práticos (Agilidade).. Materiais, vídeos explicativos e links na

Uma vez colocado o objeto de calibracão no espaço base e depois de ter decidido e marcado os pontos no objeto que serem usados para calibrar, geramos um arquivo que contem as