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AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO INCREMENTO PARA AS AÇÕES PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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Academic year: 2021

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AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO INCREMENTO

PARA AS AÇÕES PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

INFORMATION AND COMMUNICATION TECHNOLOGIES AS AN INCREASE FOR PEDAGOGICAL ACTIONS IN THE CONTEXT OF YOUTH AND ADULT EDUCATION

LEAL, Igor Gabriel; FERNANDES, Jarina Rodrigues1

Grupo temático 1 Subgrupo 1.1

Resumo:

O presente trabalho busca descrever e refletir experiências voltadas ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) integradas às ações pedagógicas em uma sala de aula de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no município de São Carlos. As ações ocorreram por meio do programa de extensão universitária “Tecnologias na educação de jovens e adultos: sentidos e caminhos”, entre os meses de setembro e novembro de 2018. O objetivo geral do referido projeto é: contribuir para o apoio pedagógico, incremento e construção de caminhos para a integração das TIC aos currículos de EJA, de modo a favorecer a alfabetização, o aprimoramento dos conhecimentos de leitura e escrita, tendo em vista à participação social, crítica, criativa, cidadã dos estudantes dessa modalidade de ensino. Parte-se da perspectiva do uso das TIC´s como um incremento para o trabalho pedagógico, sendo um elemento integrador de processos educativos de qualidade. Verificou-se que a utilização das TIC´s no contexto da EJA proporcionou aprendizagens com relação ao conteúdo desenvolvido, bem como, em relação aos instrumentos tecnológicos utilizados.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Tecnologias de Informação e Comunicação; Prática pedagógica.

Abstract:

The present work seeks to describe and reflect experiences focused on the use of Information and Communication Technologies (ICT) integrated with pedagogical actions in a classroom for Youth and Adult Education (EJA) in the city of São Carlos. The actions took place through the university extension program “Technologies in the education of young people and adults: directions and paths”, between the months of September and November 2018. The general objective of the referred project is: to contribute to the pedagogical support, increase and construction of paths for the integration of ICT into the EJA curricula, in order to favor literacy, the improvement of reading and writing knowledge, with a view to the social, critical, creative, citizen participation of students in this teaching modality. It starts from the perspective of the use of ICTs as an increment for the pedagogical work, being an integrating element of quality educational processes. It was found that the use of ICTs in the context of EJA provided learning in relation to the content developed, as well as in relation to the technological instruments used.

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2 Keywords: Youth and Adult Education; Information and Communication Technologies;

Pedagogical practice.

1. O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no contexto da

Educação de Jovens e Adultos

Este texto relata e reflete sobre as ações desenvolvidas por meio do programa de extensão Tecnologias na educação de jovens e adultos: sentidos e caminhos, desenvolvido no âmbito universitário em parceria com as escolas públicas da cidade de São Carlos, visando apresentar práticas pedagógicas desenvolvidas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) buscando integrar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) ao currículo, tendo em vista potencializar o domínio dos conteúdos programáticos, bem como, o aprimoramento do uso dessas tecnologias.

Tal projeto visa promover ações colaborativas entre estudantes da UFSCar, pessoas da comunidade, professores e estudantes da EJA, tendo em vista o apoio pedagógico, o incremento e a construção de novos caminhos no âmbito de atividades voltadas para a integração das TIC´s ao currículo.

Atrelar o uso da tecnologia às ações pedagógicas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem representado a busca por reconhecer e conhecer possibilidades para o ensino mediado pelas TIC´s, mirando a promoção de ações voltadas ao letramento digital e superação de situações de exclusão.

Se por um lado os avanços tecnológicos permitiram uma melhoria na área econômica e científica devido ao aumento do fluxo de comunicação e troca de informações entre os países, por outro lado, ampliou a exclusão do trabalhador do processo de produção aumentando, principalmente nos países subdesenvolvidos, o índice de desemprego e pobreza da população. Em uma sociedade em que as tecnologias são elemento estruturante, os estudantes da EJA têm o direito tanto de ter acesso conhecimento dos bastidores dessa Sociedade em Rede (CASTELS, 1999), quanto do domínio instrumental que lhes possibilite melhores condições de inserção social e no mundo do trabalho.

A desigualdade em que se encontra mergulhada a sociedade brasileira se manifesta nos índices de inclusão e exclusão digital. O relatório Assessing internet development in

Brazil: using UNESCO’s Internet Universality ROAM-X Indicators publicado pela UNESCO

(2019) destaca que o acesso à Internet é um ponto crítico do cenário brasileiro. O referido relatório baseado em diversas fontes, merecendo destaque pesquisas realizadas pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) destaca que se há um crescente número de usuários da rede, há uma grande parte da população sem nenhum tipo de acesso: 61% das residências brasileiras estão conectadas, sendo que nas áreas rurais, esse percentual cai para 34%.

As desigualdades sociais e econômicas se repetem quando a questão é a possibilidade de conectividade: apenas 30% das pessoas de famílias de baixa renda (nível

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3 socioeconômico D e E) tem acesso à Internet, sendo que em famílias de alta renda (A e B) as

proporções são 99% e 93%, respectivamente. O acesso fixo, especialmente, entre as camadas de baixa renda, não pode ser considerado significativo a ponto de se poder falar em universalização do acesso, sendo que as conexões móveis são a principal forma de acesso. Os mais atingidos pela falta de conectividades estão entre os mais pobres, aqueles com mais de 60 anos e os que vivem em áreas rurais, parte do perfil dos sujeitos excluídos da escolarização, que muitas vezes, vêm buscar na EJA uma oportunidade para ingressar ou retornar à escola.

Outra área de preocupação é o uso das TIC nas escolas. O relatório baseado em pesquisa do Cetic.br/NIC.br, em 2017, indica que apenas 39% dos estudantes nas áreas urbanas usavam a Internet nas escolas. Nas áreas rurais, apenas 36% das escolas tinham acesso à Internet. Embora algumas políticas públicas específicas tenham sido implementadas nos últimos anos, o acesso e o uso das TIC nas escolas brasileiras ainda não progrediram satisfatoriamente.

Neste contexto brasileiro a EJA tem a potencialidade de amenizar diversas situações de exclusão, entre elas a digital, pois, trabalha diretamente com uma parcela da população que, em algum momento de seu percurso de vida já foi exposta a alguma situação excludente. Conforme nos aponta Arroyo (2005, p.223):

A EJA nomeia os jovens e adultos pela sua realidade social: oprimidos, pobres, sem terra, sem teto, sem horizonte. Pode ser um retrocesso encobrir essa realidade brutal sob nomes mais nosso, de nosso discurso como escolares, como pesquisadores ou formuladores de políticas: repetentes, defasados, aceleráveis, analfabetos, candidatos à suplência, discriminados, empregáveis.... Esses nomes escolares deixam de fora dimensões de sua condição humana que são fundamentais para as experiências de educação.

Nesse sentido o Parecer nº 11/2000 do Conselho Nacional de Educação estabelece as diretrizes curriculares para a Educação de Jovens e Adultos. Este documento enfatiza que a EJA deve atuar buscando atingir três funções complementares: a função reparadora, que busca restituir um direito negado a esta parcela da população em outras etapas da vida; a

função equalizadora que estabelece os mecanismos pelos quais a reparação dos direitos se

concretiza na prática; e a função permanente/qualificadora entendida como a própria função educativa da EJA (BRASIL, 2000).

Na busca por atingir estes três parâmetros, o uso das TIC´s para o incremento das ações pedagógicas no contexto da EJA, além de promover o acesso e gradual domínio do uso das tecnologias, possibilita que o conteúdo curricular previsto seja trabalhado de forma mais significativa em conjunto com os alunos, utilizando ferramentas e reflexões proporcionadas por estes instrumentos.

Partindo deste pressuposto, destaca-se como objetivo geral do referido projeto de extensão: contribuir para o apoio pedagógico, incremento e construção de caminhos para a

integração das TIC aos currículos de EJA, de modo a favorecer a alfabetização, o aprimoramento dos conhecimentos de leitura e escrita, tendo em vista à participação social, crítica, criativa, cidadã dos estudantes dessa modalidade de ensino.

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4 Logo, para promover estas ações, partimos da premissa de que, as Tecnologias de

Informação e Comunicação e seus usos devem ser considerados como um meio para a promoção de ações pedagógicas de qualidade. Pensar nesta direção implica considera-las como instrumentos facilitadores para o acesso ao conhecimento, e não como o próprio objeto central do ensino.

Para que el aprendizaje en general, y el uso de tecnología en particular, sea significativo, es importante partir de lo que a las personas jóvenes y adultas les interesa o de sus saberes previos. En otras palabras, el aprendizaje y el uso de las TIC se vinculan con la experiencia de vida individual y colectiva de los participantes. (ALVA, 2012, p. 16)

As ações pedagógicas mediadas por esta concepção têm a potencialidade de serem consideradas transformadoras em relação aos processos tradicionais de ensino e aprendizagem, pois, quebram com esquemas de decoração de atalhos e funções tecnológicas, promovendo uma reflexão sobre o conteúdo mediado pelas TIC´s.

2. Contexto de desenvolvimento do projeto

Na ocasião de desenvolvimento das práticas aqui relatadas contávamos com 43 pessoas, entre alunos e professores da graduação e pós-graduação, professores do ensino básico, voluntários e pessoas da comunidade. As ações deste projeto eram basicamente duas: as inserções em campo; e os encontros semanais para estudos de textos e reflexões conjuntas sobre as inserções.

As inserções aconteceram em diversas frentes de trabalho espalhadas por escolas públicas da cidade de São Carlos que atendem jovens e adultos. Sempre organizados em duplas de trabalho, os participantes do projeto iam até as escolas e promoviam ações que buscassem atrelar as TIC´s às ações pedagógicas. Ainda que nem todos os participantes do grupo fizessem parte das ações em campo, um grande número de pessoas participou destas inserções promovendo um amplo conjunto de ações nas escolas da cidade de São Carlos.

No caso do relato abordado neste texto as ações foram desenvolvidas entre os meses de setembro e novembro de 2018 em uma escola da periferia da cidade de São Carlos, contando com a participação de dois dos integrantes do grupo de extensão, orientados pela professora universitária responsável pelo grupo. Além destes, participaram das ações a equipe pedagógica da unidade escolar, duas professoras responsáveis pela sala de aula, os alunos regularmente matriculados nesta classe, e alguns integrantes da comunidade escolar. Anteriormente ao desenvolvimento das ações pedagógicas foram feitas visitas na escola e inserções na classe em que o projeto seria desenvolvido. Estes encontros prévios foram importantes para conhecer o ambiente escolar, a equipe pedagógica, a comunidade, bem como, os próprios alunos e suas demandas. Foram empreendidos diálogos com os estudantes a fim de conhecer aquilo que eles vinham aprendendo na escola, para assim planejarmos abordagens que fossem significantes para eles e para seus estudos.

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5 As ações desenvolvidas por meio do projeto de extensão só foram possíveis devido à

grande abertura com que fomos recebidos pela unidade escolar. A escola desde o início do projeto se mostrou extremamente receptiva e acolhedora com os dois voluntários engajados com o projeto de extensão, assim como, com a professora responsável pelo projeto.

Esta escola já tem um extenso histórico de parceria com a universidade, já que, sempre se mostrou colaborativa com a formação de professores, recebendo estagiários e bolsistas de iniciação à docência. É destaque também por promover ações transformadoras no âmbito da educação de jovens e adultos por meio do projeto “Comunidades de Aprendizagem”.

Os professores da unidade sempre se mostravam curiosos pelo projeto e nossas ações provocando constantemente conversas e trocas de dicas na sala dos professores. O gestor da escola e os funcionários (sobretudo os agentes educacionais) a todo o momento se colocavam à disposição para o auxílio das nossas ações, fosse emprestando os equipamentos para o Datashow, ou colaborando para a disponibilidade dos laptops utilizados em nossas ações.

Cabe destacar também que, além dos dois integrantes do projeto de extensão responsáveis pelo planejamento e execução das atividades, outros dois universitários cumprindo horas de estágio na sala em que foram feitas as inserções e um jovem cumprindo medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade também colaboraram com a execução do projeto, auxiliando na organização do espaço, atendimento individual às dúvidas dos alunos e explicações sobre o conteúdo.

Com relação às professoras responsáveis pela turma pudemos perceber o extremo engajamento delas para com as ações do projeto. Se tratam de duas professoras pois, uma lecionava para a turma cobrindo a licença maternidade da professora titular. A professora titular da sala retornou de sua licença no meio do projeto e, assim como aquela que a substituía, colaborou com todas as atividades, desde sugestões no planejamento até ações de auxílio e explicação de conteúdo.

Quanto ao plantel de alunos, todos estavam em processo de alfabetização, a turma variava quanto à faixa etária, contando com alunos jovens até idosos. Verificou-se que boa parte dos alunos era oriunda de outros estados ou cidades. Tinham experiências limitadas quanto ao uso das TIC´s, porém, eram muito participativos e abertos a aprender.

3. Procedimentos e ações

Nesta seção buscamos relatar as ações por meio das quais investigamos o uso das TIC´s para incremento das ações pedagógicas. Tratam-se das inserções posteriores àquelas nas quais fomos à escola para conhecer o contexto e os alunos da classe. Tais ações aconteceram semanalmente às terças feiras e cada encontro durava por volta de uma hora e meia.

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6 3.1. Roda de conversa inicial sobre tecnologias

Para este primeiro encontro foi organizada uma apresentação de slides contendo imagens de diferentes instrumentos, desde arado e moinho até os atuais smartphones e computadores. O intuito desta apresentação foi fomentar o diálogo sobre o que nós entendemos por tecnologia, sendo que, define-se por tecnologia tudo aquilo que ajuda o ser humano nas suas atividades cotidianas.

As imagens mostravam desde as tecnologias mais rústicas até as mais sofisticadas, dessa forma, íamos questionando desde o início da apresentação se os alunos consideravam aquilo que estava sendo mostrado como uma tecnologia. A primeira imagem era de um arado, ao perguntar se aquilo poderia ser considerado tecnologia a maioria da sala respondeu que não, percebemos assim que há a tendência em atrelar o termo tecnologia aos instrumentos digitais. Ao perguntar com mais ênfase se realmente aquilo não poderia ser considerado tecnologia o “não” foi reforçado, principalmente por dois garotos de aproximadamente dez anos, filhos de alunos da sala e que acompanhavam o encontro, nesse momento ao perceber a ênfase na pergunta dois ou três alunos da sala refletiram e responderam que aquilo poderia ser considerado uma tecnologia para a época em que foi inventado, este era justamente o ponto de reflexão que gostaríamos de atingir.

Ao expor suas ideias outros alunos da sala foram convencidos pelos colegas de que aquilo poderia se tratar de uma tecnologia, outros ainda continuavam irredutíveis em não considerar aquilo uma tecnologia. Duas outras imagens foram mostradas, sendo elas um moinho e uma bússola, até a imagem do moinho não havia consenso, porém, ao mostrar a bússola a maioria dos alunos indicou que enxergavam tecnologia naquele instrumento.

Após a exposição da imagem foi comentada a definição do termo “tecnologia”, sendo esta basicamente relacionada às formas de se facilitar a atividade humana, como complemento desta informação foi apresentada a imagem de uma roda rústica de pedra e dito que aquela era considerada pelo consenso científico como a primeira invenção humana, sendo esta já uma tecnologia, após esta discussão houve consenso na sala sobre as outras imagens também representarem instrumentos tecnológicos

As imagens seguintes já eram de celulares e computadores modernos, por meio da exposição das imagens foi possível estudar junto aos alunos a evolução gradativa do conhecimento humano traduzido nos instrumentos tecnológicos.

Feito isso ocorreu a discussão sobre se a tecnologia era “boa” ou “má” para a humanidade, os alunos foram unânimes ao afirmar que a tecnologia era boa e trazia o progresso. Porém, ao serem questionados por nós sobre o desenvolvimento e uso de bombas houve o entendimento de que a tecnologia por si só não tem valores morais, mas sim as pessoas que fazem uso dela, a discussão ocorreu por mais um tempo, e mais exemplos foram levantados pelos próprios alunos.

A perspectiva freireana nos interpela a problematizar a presença das tecnologias na sociedade. Não se trata de demonizar ou divinizar as tecnologias (FREIRE, 1996) mas de perguntar a serviço de que, de quem, para que, para quem estão sendo utilizadas, compreender como se constitui como elemento estruturante da Sociedade em Rede

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7 (CASTELLS, 1999) e como podemos utilizá-las à serviço dos interesses dos educandos da EJA

(FERNANDES, 2005; FRANCO, 2008; AMPARO, 2015).

Encerradas as discussões combinamos o próximo encontro. Devido às condições desfavoráveis que apresentavam os laptops da escola, e também ao entendimento de que os alunos em seu cotidiano utilizam mais os celulares do que propriamente computadores, ficou acertado que o próximo encontro exploraríamos aplicativos de celular.

3.2. Exploração da questão de aplicativos dos celulares

Para este encontro utilizamos um modem wifi de internet portátil que possibilitaria que todos tivessem condições de explorar a internet, foi solicitado também no encontro anterior que os estudantes que tivessem celulares, os trouxessem para a escola, pois com receio de serem roubados, alguns possuem os aparelhos, mas os deixam em casa.

Demos sequência ao encontro apresentando slides sobre diferentes aplicativos, para tanto, houve um trabalho prévio a esta inserção que consistiu em entrar nos aplicativos em nossos próprios celulares e tirar prints das telas para a exposição sobre como funcionavam as diferentes plataformas de aplicativos e como eles poderiam facilitar tarefas do dia a dia e entreter seus usuários, houve uma grande variedade de aplicativos explorados, desde aqueles que trazem receitas ou dão acesso ao rastreamento de horário de ônibus, até os que consistem em redes sociais de relacionamento.

Em seguida propusemos a exploração nos celulares daqueles que haviam trazido, demos sugestões de aplicativos para serem baixados de acordo com uma série de interesses que julgamos que eles teriam. Há medida em que os alunos iam instalando os aplicativos eles nos chamavam para prestar ajuda com algumas questões específicas. Alguns pediam ajuda com aplicativos já instalados, por exemplo, um rapaz que gostaria de acessar os dados de sua conta bancária pelo aplicativo que já tinha instalado, mas não conseguia explorá-lo. Outras questões referentes à configuração do celular foram surgindo e nós ajudávamos a solucioná-las na medida em que conseguimos.

Até então as atividades ainda tinham um cunho introdutório, no qual, íamos percebendo os caminhos pelos quais poderíamos abordar a tecnologia no contexto escolar. A intenção do uso dos celulares era promover ações por meio de aplicativos de alfabetização, porém, acertamos que para os próximos encontros tentaríamos utilizar os

laptops da escola ao invés dos celulares, já que gostaríamos que todos participassem, mas

nem todos tinham smartphones. Ainda assim nos colocamos à disposição para mais dúvidas que eles tivessem sobre seus aparelhos.

Nossa proposta colocava-se em consonância com a perspectiva de Silva, M. (2015) e de Amparo (2015), pois nosso intuito era nossa intervenção oportunizasse o aprimoramento de letramento digital dos estudantes e trouxesse contribuições aos estudantes de termos de inclusão social e digital, à medida que pudessem, inclusive, aprender a agendar e acessar serviços públicos via o próprio celular.

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8 3.3. O editor de texto

Neste encontro houve um árduo trabalho prévio para selecionar os laptops educacionais da escola. Estes aparelhos foram disponibilizados pela Prefeitura Municipal há alguns anos atrás e a maioria dos que ainda restavam na escola apresentava problemas de funcionamento em diferentes níveis, desde não ligar até não se conectar à internet. Sendo assim, selecionamos os que estavam em condições de uso e que tinham editor de texto.

Iniciamos o encontro em roda, estimulando que todos conectassem a fonte aos computadores à extensão de força, e depois disso ligassem e fossem até o editor de texto. Este caminho foi importante pois, mais do que usar o computador eles deveriam conhecer o processo que leva ao uso. Nesse sentido frisamos a diferença entre os laptops e os computadores com CPU, assim como salientamos a função das fontes, estabilizadores e demais máquinas que compõe os computadores. Pudemos perceber assim indícios de caminhos pelos quais podemos ensinar a usar tecnologia sem fazer dela o centro das ações, mas um instrumento.

Ligados os computadores solicitamos que os alunos explorassem as diferentes funções das máquinas para que assim criassem intimidade com elas, claramente foi necessário mostrar como explorar, como fazer uso do mouse, os locais que eram possíveis de serem explorados, entre outras funções. Fizemos atendimento individual em cada mesa.

Passada esta fase exploratória pedimos que eles abrissem o editor de texto, mostrando onde ficava e como abri-lo. Inicialmente para o reconhecimento pedimos que eles escrevessem seus nomes e fossem verificando os diversos usos das teclas. Utilizamos a lousa para desenhar as teclas de maior uso como “espaço”, “Capslock”, “Shift” e íamos dando dicas para toda a sala sobre como usá-las, já que as dúvidas eram parecidas, além disso fazíamos o atendimento pessoal às dúvidas específicas.

Na sequência a professora passou na lousa um texto que ela já havia preparado para a aula, para que os alunos copiassem e assim treinassem sua escrita no teclado, as dúvidas iam surgindo e nós íamos atendendo individualmente nas mesas, ou quando eram percebidas mesmas dúvidas de mais de uma pessoa nós explicávamos para toda a sala.

Partilhamos das considerações de Freire (2014) ao afirmar que o letramento digital produz mudanças qualitativas na aprendizagem dos alunos, aprimorando suas competências na produção de textos. Este avanço enquanto processo contínuo é catalisado pela mútua interação entre os conhecimentos proporcionados pelo letramento digital em consonância com as aprendizagens sobre os códigos escritos.

3.4. A organização de um currículo

Neste encontro propomos que eles redigissem seus próprios currículos nos editores de texto, para tanto, trouxemos um modelo e projetamos no Datashow. O intuito desta atividade, além de trabalhar a escrita e o conhecimento sobre a estrutura de um currículo,

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9 foi de proporcionar o contato com uma estrutura específica de documento, bem como,

reproduzi-la.

Optamos por trabalhar com o currículo no sentido de trazer textos diversos para o ambiente escolar. Entendemos que a importância da interação com diversas fontes escritas no processo de alfabetização é importante, sobretudo em contextos nos quais os alunos são oriundos de ambientes pouco letrados (RIBEIRO, 2018). Nesse sentido, o currículo, além de proporcionar o contato com o universo escrito, está estreitamente vinculado ao cotidiano prático de um adulto. Ainda que, não consideremos a educação unicamente como uma preparação para o mundo do trabalho, entendemos que esta preparação é importante.

O processo de digitar o currículo foi árduo, não em decorrência do processo de alfabetização dos alunos, sendo as dúvidas de escrita comuns para quem está se alfabetizando, o que foi percebido como mais complicado foi a manipulação das funções do teclado, porém, menos do que no encontro passado quando tiveram o primeiro contato com o editor. Ao passo que íamos esclarecendo as dúvidas sobre como colocar as letras maiúsculas, apagar letras, mudar de linha ou dar espaços, entre outras dúvidas, a manipulação foi melhorando. Para isso, além do currículo projetado no Datashow, nós íamos aos poucos fazendo na lousa o passo a passo do currículo, mostrando onde deveriam dar espaços, colocar “dois pontos”, mudar de linha, entre outros aspectos.

Neste encontro foi possível perceber que enquanto os alunos manipulavam a máquina, erravam as funções, acertavam, tiravam dúvidas sobre a manipulação do computador, eles também iam refletindo sobre sua escrita. A maioria dos alunos desta sala estavam em processo de alfabetização e a reflexão sobre a forma como escreviam demonstra a potencialidade de reflexão gerada pelo uso das TIC´s no processo de alfabetização e letramento.

3.5. Notícias na internet: refletindo sobre fake news e notícias veiculadas nos jornais online Aproveitando o clima proporcionado pela corrida eleitoral, bem como, a ascensão do tema fake news, optamos para neste encontro trabalharmos as notícias veiculadas pela internet, mostrando o impacto que as notícias falsas têm na sociedade, bem como, os meios para se evitar basear a opinião nestas falsas notícias.

Um novo trabalho prévio teve de ser realizado no sentido de identificar quais laptops possibilitariam a conexão com a internet, já que no encontro passado diversas máquinas se mostraram incapazes de tal ação. Mesmo aquelas que se conectavam tinham certas restrições de uso de dados, problema vivido em nossa experiência que denota a situação precária das escolas brasileiras quanto a equipamentos e acesso à internet (UNESCO, 2019). Tal precariedade só agrava o apartheid digital visto que justamente aqueles que não têm acesso à Internet fixa em suas residências são os que teriam mais necessidade de que na escola oportunizasse tal acesso e a possibilidade de aprimoramento do letramento e letramento digital de forma integrada.

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10 Iniciamos com uma exposição de slides na qual trazíamos alguns exemplos de

notícias falsas e como ela poderiam causar transtornos, relembramos o que foi discutido no primeiro encontro sobre o uso da tecnologia para o bem ou para o mal. Ressaltamos sobretudo um caso ocorrido no início de 2018 na cidade do Guarujá - SP, em que uma mulher foi acusada por meio de uma fake news de integrar um culto religioso que assassinava crianças, esta mulher foi espancada até a morte. O exemplo pesado foi trazido no intuito de mostrar que as fake news podem causar muito mais do que constrangimentos, mas até levar à morte.

Trouxemos algumas fontes seguras de sites de notícias, mas utilizamos os mesmos para discutir que mesmo as notícias reais podem ser manipuladas de acordo com os interesses de quem edita os jornais. Este tema é bem polêmico pois se trata da manipulação das informações, como exemplo disso utilizamos o caso de um vereador que na época invadiu uma escola municipal e depredou o patrimônio intelectual construído pelos alunos simplesmente por discordar do exposto, salientamos que no mesmo dia do ocorrido o maior site de notícias de São Carlos tinha como principal notícia o desaparecimento de uma cadela. Discutimos junto aos alunos a importância de saber que nenhuma notícia chega (ou não) até nós de forma imparcial.

Na segunda parte do encontro solicitamos que eles explorassem nos notebooks os sites que sugerimos. Para tanto, foi feito o mesmo exercício de conectar as fontes, ligar as máquinas, entrar na plataforma dos notebooks e acessar a internet. Foi percebido que alguns alunos já apresentavam maior familiaridade com a máquina e suas funções de tela e teclado.

A exploração ocorreu bem e os alunos acessaram notícias de São Carlos, do Brasil e do mundo em diferentes sites. Foi interessante salientar a diferença entre os jornais online e os jornais impressos, sendo que nos impressos a notícia já está exposta para a leitura, já nas plataformas digitais é necessário selecionar a leitura que mais chama atenção e entrar no link para acessá-la.

As notícias que mais chamavam atenção eram de ordem geral e os interesses variavam muito. Cabe novamente o destaque para a fragilidade dos notebooks, que impossibilitavam para muitos uma navegação rápida e livre de percalços.

O trabalho com as notícias e com o tema das fake news, além de proporcionar o contato extensivo com um gênero literário que faz parte do cotidiano dos alunos da EJA, possibilitou a expansão de a consciência sobre a temática. Freire (1967) nos faz pensar sobre esta transição da consciência ingênua que se sobrepõe à realidade para a consciência crítica que é a própria integração com a realidade. Proporcionar a reflexão conjunta sobre esta temática, nesse sentido, colaborou para que novas percepções fossem suscitadas nos alunos.

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11 Para este penúltimo encontro propusemos uma atividade sobre a terra natal dos

alunos, já que muitos (a maioria) são de outras cidades ou estados. Em um trabalho prévio ao encontro e em conjunto com a professora responsável pela sala, levantamos os dados sobre as cidades de onde eles vieram. Selecionamos imagens destas cidades e criamos pastas nos notebooks para que eles acessassem e reconhecessem as imagens.

Porém, a atividade não deu certo já que muitos saíram muito jovens de seu lugar de origem e não reconheciam as imagens. Sendo assim, a atividade teve de ser modificada na hora e converteu-se em uma atividade de pesquisa na internet das imagens de suas cidades. Fizemos também um gancho com a aula anterior sobre as notícias, solicitando que eles pesquisassem fatos que ocorriam em suas cidades ou mesmo no país no ano em que eles nasceram.

Esta nova atividade se mostrou muito mais significativa do que a primeira tentativa e despertou o interesse dos alunos que puderam ver diversas imagens e fatos sobre suas cidades que trouxeram à tona diversas lembranças. Muitos nos chamavam até suas mesas para mostrar as imagens e comentar como eles se lembravam de tais lugares em sua memória, salientando o processo de mudança pelos quais as cidades passaram.

Um caso em especial chamou a atenção nossa, uma jovem de aproximadamente vinte e cinco anos que não sabia sua terra natal, nem mesmo o ano de seu nascimento. Imaginamos que isso tenha ocorrido devido a um processo de abandono, perda de entes ou algo deste tipo que apagou vestígios de sua origem, porém, não questionamos ela sobre o porquê de seu desconhecimento, na tentativa de evitar maiores constrangimentos.

A atividade correu bem e o tempo reservado para o encontro foi além do esperado devido ao grande interesse pela atividade, nesse sentido, a abertura e colaboração da professora foi de extrema importância, já que ela abdicou de uma parte maior de sua aula, o que poderia ser um empecilho em seu planejamento.

Pudemos perceber neste encontro peculiaridades do trabalho do professor em planejar e replanejar suas ações de forma constante. Percebemos também o que nos aponta diversos teóricos sobre o trabalho relacionado ao resgate de memórias na EJA, sendo de extrema importância estimular atividades deste tipo para o reconhecimento de processos significantes de aprendizagem para os alunos.

Destaca-se também o trabalho com a memória como um importante aspecto vinculado ao trabalho pedagógico na EJA. Flores (2018) reflete que o trabalho com os jovens e adultos implica considerar três elementos principais: a experiência; a memória; e a transmissão, mediados por processos que impulsionem a reflexividade, a transformação e a subjetividade. Além disso, a memória mostrou-se como um importante gerador de interesses na sala de aula.

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12 Neste último encontro não foi proposta nenhuma atividade além do diálogo.

Conversamos sobre o que eles acharam bom ou não do projeto e relembramos as dificuldades que tivemos com as máquinas e com a internet.

Ao questionarmos sobre o que foi bom os alunos levantaram questões referentes ao conhecimento que adquiriram sobre o manuseio das máquinas, exploração do teclado, a navegação na internet, além de relatar o desejo de continuidade do projeto.

Já na hora de levantar questões que não foram positivas ou que poderiam ser melhoradas nenhum aluno expôs nada, talvez para não nos chatear ou fazer com que nos sentíssemos mal. Reforçamos que a crítica serviria para nos ajudar a melhorar para as próximas tentativas e que desde o começo nós estávamos lá para aprender junto com eles, sendo este momento (de crítica construtiva) ainda mais importante para nós, porém, mesmo assim ninguém teceu nenhuma crítica aos encontros. Um senhor inclusive exclamou que só de nós estarmos lá com eles já era motivo de gratidão.

Nos despedimos calorosamente, desejando boas festas e bom ano novo, além de sorte nos diversos caminhos que percorreríamos.

4. Considerações finais

A tecnologia tem sido quase que um elemento central na vida cotidiana da sociedade. Podemos perceber por exemplo seu uso em tarefas domésticas, atividades profissionais e recreativas, entre outros aspectos do dia a dia. Sendo assim, há a necessidade de favorecer a todos o acesso a estas tecnologias para seu domínio. Só assim, a tecnologia poderá contribuir para aquilo que aponta sua definição, ou seja, facilitar as atividades humanas do cotidiano.

Atrelar o uso da tecnologia aos processos de ensino aprendizagem, sobretudo em uma turma que está em processo de alfabetização, mostrou caminhos e possibilidades para sua integração no contexto escolar. Pensamos que as ações empreendidas deram indícios de que, ao usar as TIC´s nas ações pedagógicas, foi possível criar um ambiente de confiança e habilidades no uso destas tecnologias, sem fazer delas o principal foco das aprendizagens.

Isto pôde ser percebido na interação com os laptops, o ato de estimular os alunos a ligarem as próprias máquinas, conhecer as funções de botões, fios e fontes, gerou um conhecimento prático. Podemos destacar também que a confiança que eles adquiriram ao longo do projeto foi gradativa e pode ser considerada uma conquista. No início das atividades havia muito receio em usar os computadores, quebrá-los, ou danificar mais ainda as comprometidas máquinas que utilizávamos. Ao longo do projeto sentíamos que os alunos iam perdendo o medo de tocar nas máquinas, isso devido ao contato prolongado que tiveram com elas, o que gerou um ambiente de confiança e domínio dos computadores.

Outros avanços na área pedagógica também puderam ser percebidos com relação aos processos de leitura e escrita. Vislumbramos que o uso das TIC´s para as ações de alfabetização e letramento proporcionou que os alunos refletissem sobre sua escrita. Nesse

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13 sentido, entendemos que as tecnologias articuladas aos processos pedagógicos colaboram

para ações no sentido de uma construção de conhecimento crítico e reflexivo.

Estimular a reflexão dos alunos é uma questão enfocada por diversas pesquisas e estudos, entende-se que uma educação para a emancipação e transformação social só pode ser empreendida por meio de processos de autorreflexão sobre a própria aprendizagem, o que leva a uma “apropriação crítica” dos conhecimentos (FREIRE, 1967). Este conceito de apropriação crítica desenvolvido por Freire indica que a educação não deve ter um caráter de transmissão, mas que as ações pedagógicas devem estimular a reflexão, para que o educando possa ressignificar sua experiência escolar e de vida na apropriação dos conceitos trabalhados pela escola.

Sendo assim o uso das tecnologias para o incremento das ações pedagógicas demonstrou ser um caminho viável tanto para as reflexões sobre seu processo de aprendizagem, como diversos de diversos aspectos da vida cotidiana, como foi o caso das discussões geradas no encontro relacionado às fake news.

Ainda que as ações possam ser consideradas de êxito na prática investigativa consideramos que o professor ainda carece de apoio para que consiga desenvolver as mesmas atividades em seu cotidiano de trabalho. Como relatado, para a execução das ações descritas o projeto contou com o trabalho da professora da classe, dois integrantes do projeto de extensão, dois estagiários, e o jovem em cumprimento de medidas socioeducativas. Ainda assim, em alguns momentos nos encontrávamos necessitando de ajuda. Fica claro que as mesmas ações se fossem empreendidas unicamente por um docente responsável pela sala representariam um esforço impossível de ser concretizado, até pelo tempo da aula.

Nesse sentido, destacamos o caráter inacabado do processo de investigação impulsionado pelo projeto de extensão “Tecnologias na educação de jovens e adultos: sentidos e caminhos”. Esta experiência, somada a outras que aconteceram em frentes diversas de ação do projeto geraram discussões e pontos de partida para futuras ações que podem, mediadas por este movimento de pesquisa, empreender ações que estejam ao alcance viável para o cotidiano da sala de aula.

Referências

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