MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS
Aula 09: Modelagem de Membranas
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Departamento de Estruturas
Maria Betânia de Oliveira Professora Adjunta
betania@fau.ufrj.br mboufrj.weebly.com
Frei Otto Institute for Lightweight Structures
Tensoestruturas
Textile Arquitecture
Tensile Structures
Tensile Architecture
Tensile Membrane Structures
Architectural Umbrellas
UFRJ.FAU.DE
Walter Bird
Birdair
UFRJ.FAU.DEAula 9
Shigeru Ban
Pneumatic Strutures
• corpo em que uma das dimensões é muito menor
do que as outras duas.
Lâmina
• estrutura constituída por uma ou mais lâminas.
Folha
• folha curva submetida a esforços no seu folheto
médio
Casca
• casca não rígida submetida a esforços de tração
nos planos tangentes ao seu folheto médio
Membrana
Esforços nas Membranas: TRAÇÃO UFRJ.FAU.DE
Os cabos e membranas, usualmente denominados tensoestruturas, são utilizados em coberturas de grandes áreas livres.
Classes de estruturas tracionadas
UFRJ.FAU.DEAs membranas estruturais são cascas flexíveis que resistem às ações externas devido à sua forma, às suas características físicas e ao seu pré-tracionamento.
O pré-tracionamento da membrana pode ser alcançado, ou através do seu
estiramento por meio de cabos (estruturas de membrana protendida por cabos), ou através da atuação da pressão de gases (estruturas pneumáticas).
Estruturas de Membrana
Membranas protendidas por cabos Estruturas pneumáticas UFRJ.FAU.DE
Processo de projeto de tensoestruturas
A modelagem das tensoestruturas é caracterizada pela grande interdependência entre o estado de tensão e a forma das mesmas, pela composição da superfície desejada através da emenda de pedaços de membrana e pelo fato do cabo ou membrana resistir apenas a esforços de tração.
UFRJ.FAU.DE
Modelagem de Membranas MSE 2018.2
Determinação da forma/
configuração inicial de
equilíbrio
Determinação do padrão de
corte/emenda e planificação
UFRJ.FAU.DE
Determinação da forma/ configuração inicial de equilíbrio Determinação do padrão de corte/emenda e planificação Análise estrutural final/ garantia da segurança
Modelagem de Membranas MSE 2018.2
Tenso
Cubo
Busca da forma/equilíbrio
L
ink
Tenda Negra Tradicional
século XIX povos nômades coberturas facilmente montáveis, desmontáveis e transportáveis
tecido de pêlo negro de bode
combinação de mastros e cordas ancoradas no chão cor escura proporcionava sombra
trama aberta permitia o escape do ar quente e ajudava na proteção contra os intempéries
UFRJ.FAU.DE
Chapiteau
Revolução Industrial
mecanização da produção de tecidos têxteis de algodão, de lã e de linho a partir de 1800 os circos tornaram-se a principal forma de entretenimento surgindo “a grande tenda de circo”
a tecnologia de construção foi passada a sucessivas gerações. UFRJ.FAU.DE
Pavilhão da Alemanha na Exposição de Montreal, 1967 Frei Otto
UFRJ.FAU.DE
Complexo Olímpico de Munique, Alemanha, 1971 Frei Otto
UFRJ.FAU.DE
This model represents Architect Frei Otto's Munich Olympic stadium from the 1972 Olympics. I constructed this model by using tensioned fishing line and nylon fabric. George Klett ,2014.
UFRJ.FAU.DE
Membrana Cabo extremo embutido em
bainha situada no contorno da membrana
Cabo de ancoragem
As forças de membrana são transferidas para a estrutura rígida ou para a fundação Articulação
Detalhe típico dos cabos embutidos em bainhas situadas no contorno da membrana
UFRJ.FAU.DE
Com Superfícies Modificadas Com Superfícies Geradas entre Anéis Com Superfícies na Forma de Parabolóides Hiperbólicos Estruturas de Membrana Protendida por Cabos
UFRJ.FAU.DE
Modelagem de Membranas MSE 2018.2
Forma básica de estrutura de membrana
Obtenção de uma Superfície na forma de Parabolóide Hiperbólico
Pavilhão de Música de Kassel, Alemanha, 1955 Frei Otto
UFRJ.FAU.DE
Forma Básica de Estrutura de Membrana: Superfície Gerada entre Anéis
Hajj Terminal, Soudi Arabia
UFRJ.FAU.DE
UFRJ.FAU.DE
Modelagem de Membranas MSE 2018.2
Hajj Terminal, Jeddah, Soudi Arabia, 1980
Formas modificadas por:
(a) estrutura pontual, (b) estrutura linear em arco e (c) estrutura tridimensional
(a)
(c)
(b)
UFRJ.FAU.DE
Aeroporto Internacional de Denver, Colorado, 1993
Projeto Arquitetônico de Fentress Bradburn Architects
Concepção Estrutural de Horst Berger Associates e Severud Associates
Chene Park Amphitheater, Detroit, 1990
Projeto Arquitetônico: Schervish, Vogel, Mertz Arquitetura Têxtil: Kent Hubbell Architects Construção: Birdair
UFRJ.FAU.DE
The M&G Research Laboratory in Venafro, Italy, 1991 Samyn and Partners architect and engineer
UFRJ.FAU.DE
Pátio de Mesquita em Madinah, Saudi Arabia
UFRJ.FAU.DE
UFRJ.FAU.DE
Modelagem de Membranas MSE 2018.2
The Tuwaiq Palace, Saudi Arabia
Modelagem de Membranas MSE 2018.2 Hotel em Taipei, Taiwan
Igreja Batista Central, Fortaleza UFRJ.FAU.DE
Pavilhões da Marina da Glória, Rio de Janeiro
UFRJ.FAU.DE
Cobertura na PUC-Rio, Gávea, Rio de Janeiro
UFRJ.FAU.DE
Cobertura do Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
(Foto de divulgação do governo do Estado do Rio de Janeiro).
UFRJ.FAU.DE
Cobertura na Entrada do Maracanãzinho, Rio de Janeiro CRESPO & OLIVEIRA(2013)
UFRJ.FAU.DE
(Air inflated) (Air supported) Estruturas pneumáticas empregadas em coberturas
As estruturas pneumáticas possuem um ou mais compartimentos pressurizados, os quais podem fazer parte ou não do espaço útil da construção.
UFRJ.FAU.DE
Ventilador Axial
Ventilador Radial
Ventilador Tangencial
Equipamentos Empregados na Estabilização de Estruturas Pneumáticas
corrente de ar circula na direção do eixo do equipamento, possibilitando o arranjo de sistemas em série
corrente de ar é tomada na direção do eixo do equipamento, porém, é soprada na direção de
um ângulo reto da entrada
o eixo com hastes atua como um impulsor que gira dentro de um cilindro. O ar entra e sai tangencialmente à área deste
cilindro. É empregado em pequenas estruturas, onde há exigência de barulho reduzido. São convenientes na
produção de pressões negativas UFRJ.FAU.DE
Tubo Sanfonado
Tubo de Membrana com Conexão
Reforçada
Tubo Rígido
Conexão entre o Sistema de Pressurização e a Estrutura Pneumática UFRJ.FAU.DE
Membranas Suportadas pelo Ar Estruturas Pneumáticas Membranas Infláveis De Superfície Tubulares Elevadas Erguidas a partir do Nível do Piso a ser Coberto UFRJ.FAU.DE
Pavilhão da Fuji na Exposição de Osaka, Japão, 1970 UFRJ.FAU.DE
Pavilhão da Fuji na Exposição de Osaka, Japão, 1970 UFRJ.FAU.DE
Architect: Yutaka Murata
Engineer: Mamoru Kawaguchi
Pavilhão da Fuji na Exposição de Osaka, Japão, 1970 UFRJ.FAU.DE
Cobertura da Arena Romana de Nîmes, França
UFRJ.FAU.DE
Membrana Superior
Membrana Inferior
Pressão Interna
Cobertura da Arena Romana de Nîmes, França
UFRJ.FAU.DE
Membranas Suportadas pelo Ar Elevadas Erguidas a partir do Nível do Piso a ser Coberto
Tipos de Estruturas de Membrana Suportada pelo Ar
UFRJ.FAU.DES
istema típico de acesso à cobertura pneumática do tipo air supported ("eclusa de ar") e do elemento de transição entre este e o interior da estrutura (ASCE 17-96)UFRJ.FAU.DE
Porta Giratória para Saída e Entrada de Pessoas
Eclusa de Ar para circulação de veículos com portas nas duas extremidades, as quais devem ser abertas e fechadas, alternativamente
Esquema do funcionamento do sistema de acesso à cobertura pneumática
do tipo air supported
UFRJ.FAU.DE
Esquema típico de membrana suportada pelo ar elevada (ASCE 17-96)
UFRJ.FAU.DEHost Berger, David Geiger, Walter Bird
Pavilhão dos Estados Unidos na exposição de Osaka, Japão, 1970. UFRJ.FAU.DE
http://www.columbia.edu/cu/gsapp/BT/DOMES/OSAKA/int-10.jpg
Pavilhão dos Estados Unidos na exposição de Osaka, Japão, 1970. UFRJ.FAU.DE
http://www.columbia.edu/cu/gsapp/BT/DOMES/OSAKA/0489-21.jpg
Pavilhão dos Estados Unidos na exposição de Osaka, Japão, 1970. UFRJ.FAU.DE
http://www.columbia.edu/cu/gsapp/BT/DOMES/OSAKA/o-infin.html
Pavilhão dos Estados Unidos na exposição de Osaka, Japão, 1970.
Estádio de Vancouver, Canadá, 1983
Stantec Architecture
UFRJ.FAU.DE
Minnesota Metrodome, 1982
Architects: Skidmore, Owings & Merrill / Setter, Leach & Lindstrom, Inc. Structural engineer: Geiger Berger Associates
UFRJ.FAU.DE
Esquema típico de membrana suportada pelo ar erguida a partir do nível
do piso a ser coberto (ASCE 17-96).
UFRJ.FAU.DE
Detalhe típico da ancoragem da membrana no contorno da estrutura de
membrana suportada pelo ar erguida a partir do nível do piso ser coberto
(ASCE 17-96)
UFRJ.FAU.DEIlustração da Patente de Lanchester, 1917
UFRJ.FAU.DE
Primeira cobertura pneumática, 1946
Radome , cobertura de radar em clima ártico
Walter Bird UFRJ.FAU.DE
Le Radôme, França, 1962
Centre National d'Etudes Telephoniques - Museum Walter Bird
UFRJ.FAU.DE
Armazéns industriais no Brasil
UFRJ.FAU.DE
TENDAS CONTEMPORÂNEAS
UFRJ.FAU.DECobertura Suspensa de Colônia Alemanha, 1957
Frei Otto
PAES, M.F.; CRESPO, B.H.A. Arquitetura, estruturas e arte de Frei Otto. In: XXXIV
Jornada Giulio Massarine de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural,UFRJ, 2012. /Orientadora: Maria Betânia de Oliveira/
CRESPO, B.H.A. Tensoestruturas: comportamento estrutural e
possibilidades projetuais. In: XXXV Jornada Giulio Massarine de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural,UFRJ, 2013. /Orientadora: Maria Betânia de Oliveira/
Concepção de cobertura modular no Largo do Machado, Rio de Janeiro Beatriz Hüther Albernaz Crespo
Bolsista PIBIC/UFRJ
A cobertura tem o objetivo de proporcionar ambientes de sombra e proteção contra a chuva numa praça de convívio e lazer para todas as idades em todos os momentos do dia.
CRESPO, B.H.A. Tensoestruturas: comportamento estrutural e
possibilidades projetuais. In: XXXV Jornada Giulio Massarine de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural,UFRJ, 2013. /Orientadora: Maria Betânia de Oliveira/
Concepção da cobertura de uma escola de mergulho onde as aulas teóricas e as aulas práticas são num ambiente sobre o mar com acesso na praia de Ipanema.
Igreja de Papelão, Kobe, Japão Shigeru Ban
Modelo MSE 2014.2 UFRJ.FAU.DE
Modelagem de Membranas MSE 2018.2
forças que os
cabos/membranafazem na estrutura de suporte
Igreja de Papelão, Kobe, Japão
Shigeru Ban
Igreja de Papelão, Kobe, Japão Shigeru Ban
forças que os cabos fazem na chapa elíptica superior/externa chapa elíptica superior/externa
compressão forças diametrais
tração no disco interno
compressão longitudinal forças que os cabos/membrana
fazem na barra interna
UFRJ.FAU.DE
Texto 9.2
OLIVEIRA, M. B.; BARBATO, R. L. A. Estudo das estruturas de membrana: uma abordagem integrada do sistema construtivo, do processo de projetar e dos métodos de análise. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 22, p. 107-122, 2005.
UFRJ.FAU.DE
Leitura
Texto 9.1
REBELLO, Y.C.P. A Concepção Estrutural e a Arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2001. p.117-136.
Texto 9.3
OLIVEIRA, M. B.; BARBATO, R.L.A. A Tecnologia das estruturas de membrana. Téchne, n.68, nov, 2002.
9. 1 Confeccionar e analisar um modelo de membrana esticada e ancorada em um cubo com 17cm de aresta. Mais informações no link
Exercício
Tenso Cubo
Explicar o comportamento estrutural através da análise de modelos
físicos dos seguintes casos.
9.1 Tensoestrutura projetada por Frei Otto
9.2 Modelo de membrana esticada ancorada em uma estrutura tensegridy 9.3 Estrutura inflada do Pavilhão da Fuji na Exposição de Osaka
9.4 Membrana suportada pelo ar do Pavilhão dos Estados Unidos na Exposição de Osaka
UFRJ.FAU.DE