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TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZA-GEM NO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID)
Jéssica J. Wagner21
Sergio S. S. Filho22
Franciano Antunes23
Natália T. T. Silva24
Lawrenberg A. da Silva25
Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Universitário de Alto Araguaia.
A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA NA ATUALIDADE. Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo sobre a tecnologia na educação dentro do programa Institu-cional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBD) na Universi-dade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), onde se utilizam
21 Acadêmica do curso de Licenciatura em Computação e bolsistas do subprojeto PIBID de Computação da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Alto Araguaia. E-mail de contato: jessica.wagner2013@ hotmail.com.
22 Professor de Computação Aplicada pela Universidade do Estado de Mato Grosso, campus universitário de Alto Araguaia. Mestrando em Ci-ência da Computação pela Faculdade Campo Limpo Paulista. Coordena-dor de área do PIBID de Computação de Alto Araguaia de 2012 e 2014. Professor colaborador no PIBID Interdisciplinar de Alto Araguaia, com vigência de 2014 a 2018. Membro dos grupos de pesquisa GENTE e PI-XEL/UNEMAT. E-mail de contato: santos@unemat.br.
23 Professor colaborador do projeto PIBID de Computação da Universi-dade do Estado de Mato Grosso. Mestre em Computação Aplicada pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail de contato: fraciano@unemat.br. 24 Professora mestranda em Educação pela Universidade da Cidade de São Paulo. Supervisora do subprojeto PIBID de Computação pela Uni-versidade do Estado de Mato Grosso, campus de Alto Araguaia. E-mail de contato: tripolonitangerino@hotmail.com.
25 Professor do curso de Bacharelado em Comunicação Social da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus universitário de Alto Araguaia. E-mail de contato: lawrenberg@gmail.com.
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ferramentas tecnológicas na inserção de aprendizagem de alunos da Educação Básica (Ensino Fundamental), utilizan-do diversas ferramentas como o sistema operacional Linux Educacional e seus softwares Educativos (Gcompris, Kturtle, dentre outros).
O uso da Tecnologia é recente e muitos dos profes-sores se questionam na utilização dessas ferramentas na área da educação e não tem o porquê não utilizar, pois se trata de uma ferramenta que há várias possibilidades de seu uso, como pesquisas escolares, comunicação, e até mesmo como entretenimento.
As tecnologias têm o seu uso crescente em sala de aula onde, tanto os alunos, quanto os professores comparti-lham entre si, proporcionando uma aprendizagem mais cola-borativa, onde o educador incentiva, orienta e acompanha o desenvolvimento de cada educando. Mas muitos dos profes-sores se questionam como incorporar as novas tecnologias na educação, mas segundo a autora SANMYA:
Para incorporar a tecnologia no contexto escolar, é necessário:
t Verificar quais são os pontos de vista dos do-centes em relação aos impactos das tecnologias na educação.
t Discutir como os alunos quais são os impactos que as tecnologias provocam em suas vidas co-tidianas. Como eles se dão com os diversos ins-trumentos tecnológicos.
t Integrar os recursos tecnológicos de forma significativa com o cotidiano educacional. (SANMYA 2012, p. 41)
Os recursos tecnológicos são importantes na dispo-sição das práticas pedagógicas, mas sempre questionar como será atingido os seus objetivos, observando as limitações dos alunos e também dos recursos a serem utilizados pelos
pro-Col eç ão Educ aç ão e s oc iedade
fessores em sala de aula, como os softwares educativos e o uso da internet, os quais podem servir de ferramentas em pes-quisas escolares, mas cabe ao professor a função de estimular seus alunos a realizar pesquisas e elaborar trabalhos de forma que fiquem cada dia mais estimulados a estudar, absorvendo mais informações. Assim, um aluno passa o seu conhecimen-to para o outro, conhecimen-tornando um ambiente mais cooperativo e agradável.
Com a implantação do PIBID do curso de Licencia-tura em Computação em Alto Araguaia – MT, através da vi-vencia, foi possível observar que grande parte dos professores tem grande interesse em utilizar os computadores para a edu-cação. E é neste sentido que o projeto apresentou o ambiente LE (Linux Educacional) e assim, iniciar os estudos, juntamen-te com as instituições onde o projeto foi implementado a o utilizarem e terem o conhecimento sobre o sistema operacio-nal LE e seus softwares educativos como ferramenta no am-biente escolar e os seus recursos tecnológicos.
A UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES EDUCATIVOS EM SALA DE AULA
Um dos softwares educativos que vem sendo estuda-do é o Kturtle, também conheciestuda-do como “Linguagem Logo”. Trata-se de uma linguagem de programação que vem sendo muito usado em alguns projetos educacionais como o PIBID, é uma linguagem recomendado para utilização de crianças dentro das escolas melhorando assim a aprendizagem e aju-dado quem tem algum tipo de dificuldade no aprendizado.
O Linux Educacional, trata-se de um software edu-cativo que tem alguns códigos relativamente simples, com posições que o ponteiro principal da área de desenho que é uma tartaruga deve prosseguir, por exemplo, o usuário di-gitar o comando parafrente 15, o ponteiro vai avançar para frente 15 posições, conforme ilustrado na figura 01, chama-se a Geometria da Tartaruga, onde possibilita a criança a fazer
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os mais variados desenhos, em que a tartaruga se movimenta deixando um risco de lápis e assim ganhando forma em seus desenhos, e isto estimula a criança ao pensar e assim ela tem a possibilidade de analisar os erros e buscar soluções. Mas o logo não só se limita em formas geométricas, a linguagem logo também trabalha com sequencias de números e palavras que permite fazer várias outras coisas além de desenho como ope-rações matemáticas. Esse software é uma das ferramentas que podem ser utilizados no ensino-aprendizado e assim ajudan-do a desenvolver um raciocínio mais lógico, principalmente de estudantes da educação básica. Ele vem sendo utilizado no projeto PIBID do curso de Licenciatura em Computação da UNEMAT, campus universitário de Alto Araguaia, mais especificamente na escola Estadual Maria Auxiliadora, assim como também na Escola Municipal Adalcy da Conceição Ro-drigues, onde o programa Kturtle que usa a linguagem logo esta sendo utilizada para realização do ensino nas escolas.
Figura 1 - Tela de apresentação do software Kturtle
Outros softwares educativos também ajudam a de-senvolver um aprendizado e raciocínio lógico é o TuxMath que é um software educativo em que o aluno reforça o
apren-Col eç ão Educ aç ão e s oc iedade
dizado nas quatro operações simples da matemática esses jo-gos podem contribuir nas atividades, e nos laboratórios de informáticas trabalhados pelos professores, estimula a in-teligência, e permite que o estudante aprenda brincando de forma dinâmica e atraente e tornando conteúdo interessante, conforme ilustrado na figura 02.
Figura 2 - Telas de apresentação do software TuxMath
Não podemos nos esquecer dos editores de textos como o LibreOffice Writer (Linux) ou Word do pacote
Offi-Col eç ão Educ aç ão e s oc iedade
ce (Windows) em que eles podem oferecer muitas vantagens, pois nos dias atuais a informática está em todo lugar, e sua uti-lização incorreta pode causar transtornos principalmente na vida profissional. Os editores de textos ajudam nos trabalhos escolares, e por meio dessa ferramenta há diversos recursos que podemos utilizar como: o tipo de fonte, as margens, pará-grafos, dentre outros, no qual essas ferramentas possibilitam na melhor formatação dos materiais produzidos pelo educan-do. Além disso, também ajudam no desenvolvimento da es-crita, ajudando a escrever corretamente, que com a internet vem se tornando cada vez mais escassa, o uso de gírias e abre-viações que acaba atingindo nos textos escolares.
Os editores de textos podem estimular nas produ-ções de textos, e nas atividades escolares do que na forma tradicional de escrita. Eles podem auxiliar os professores em qualquer disciplina, sendo interessante destacar que os pro-fessores devem ensinar não só a utilizar estas ferramentas, mas também preocupar-se com a forma de escrever, mas es-timular nas produções de palavras e versos, por exemplo, o famoso “ditado”, na utilização de lápis e papel era algo chato até mesmo traumático para alguns alunos, e com a utilização de editores de textos, a aula pode se tornar algo muito mais divertido e interessante para os alunos.
As planilhas eletrônicas realizam cálculos matemá-ticos de forma rápida e prática, pois apenas informando os valores, podemos elaborar contas, gráficos, entre outras coi-sas. Podemos aproveitar a capacidade de um computador, em frações de segundos as informações são processadas, o aluno pode aprender algumas operações matemáticas que talvez o professor, naquela aula, não saberia explicar ou teria maio-res dificuldades. A partir de algumas aulas, utilizando pla-nilhas eletrônicas, pode-se aprender muito, pois estimula o raciocínio lógico e tornasse um instrumento que auxilia para complementar o trabalho do professor em sala de aula. Para Santos e Ferreira (1993) as planilhas eletrônicas servem como
Col eç ão Educ aç ão e s oc iedade instrumento que:
1. Propicia a aprendizagem ativa e não com um fim em si mesmo;
2. Permite desenvolver capacidades mentais e ad-quirir competências ligadas a aspectos numéri-cos (relacionar variáveis, descobrir regularida-des etc.);
3. Permite ao aluno libertar-se de cálculos fatídi-cos e centrar-se no processo de resolução dos problemas;
4. Permite diversificar estratégias de resolução de problemas.
(SANTOS e FERREIRA 1993, p.15)
Portanto, a utilização dos softwares educativos é de extrema importância, pois ajuda a desenvolver o raciocínio do educando e facilita no ensino do educador, podendo assim tornar as aulas muito mais interessantes e demonstrativas. Além disso, os professores que teriam dificuldades de ensi-nar um determinado conteúdo, hoje em dia, já podem fazer uso de recursos tecnológicos, que possibilita uma utilização mais dinâmica, fazendo com que os alunos se sintam mais motivados a aprender, utilizando o sistema operacional Linux Educacional.
O USO DA TECNOLOGIA DENTRO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DO-CÊNCIA (PIBD)
O uso do sistema operacional LE (Linux Educacio-nal) e seus softwares educativos dentro do programa PIBID têm proporcionado que a utilização desses recursos tecnoló-gicos, tal que podemos considerar que os computadores têm ensinado muito durante os processos educativos realizados pelos integrantes do subprojeto e por ferramentas tecnológi-cas, em que a informática ensina muito, mas de acordo com Lévy (1999) “... a informática oferece máquinas de ensinar”, e os computadores como ferramenta de pesquisa a serem colo-cadas nas mãos dos alunos, podendo se tornar em algo mais
Col eç ão Educ aç ão e s oc iedade atrativo.
Essas tecnologias utilizadas no programa Institucio-nal de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) vêm trazendo resultados na aprendizagem dos alunos, onde os bolsistas se propõem a trazerem propostas de ensino cada vez mais di-nâmicas e com propósitos inovadores, utilizando tecnologias como: projetor multimídia disponibilizado pelo PROINFO, para melhor apresentação das aulas; Assim como também utilizar o sistema operacional Linux Educacional 4.0, desmis-tificando seus recursos computacionais, utilizando-os nas re-feridas escolas citadas anteriormente.
Por meio do PIBID tenta-se utilizar de forma positi-va o uso da tecnologia na educação, mas é muito importante que os bolsistas estejam dispostos a novos desafios. Geral-mente surgem situações positivas como: os alunos tornam-se mais autônomos em trabalhos escolares, ficam mais motiva-dos por terem ferramentas disponíveis e, por conseguinte ga-nham mais criatividade. Alguns alunos tem dificuldades de concentração ficam mais concentrados, dentre outras. Com os métodos integrados podemos considerar que com os tra-balhos realizados pelos bolsistas do PIBID, foi possível trans-mitir qual é a finalidade de um computador e mostrar que ele não só serve para jogos ou uso para redes sociais, assim como também mostrar que se pode aprender muito utilizando o computador. Nesse sentido, houve um grande interesse por parte dos alunos em conhecer melhor sobre o sistema ope-racional Linux tornando, fazendo com que o interesse fosse almentando cada vez mais, sendo perceptível do decorrer das aulas.
Neste sentido, é que o subprojeto PIBID de computa-ção, vem sendo de grande interesse e tem proporcionado uma vivencia dos muito significativa por parte dos acadêmicos, dando mais experiência e contribuindo para a formação pro-fissional, e melhorando os conhecimentos adquiridos, apren-dendo a superar dificuldades dentro de uma sala de aula.
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AS NOVAS TECNOLOGIAS E AS RELAÇÕES DOS PROFES-SORES COM ENSINO TECNOLÓGICO DENTRO DA EDU-CAÇÃO
Atualmente, ainda existem professores que não tem conhecimentos formais em relação à informática educativa ou nunca tiverem atividades com computadores em sala de aula, mas essa falta de relação diz respeito também à falta de interesse de alguns professores na área, ou até mesmo receio por desconhecer sobre o assunto. Grande maioria dos pro-fessores sente a falta de recursos didáticos para serem traba-lhados em sala de aula assim podendo ter mais segurança na utilização do computador e seus softwares educativos, mas alguns professores entendem que o computador pode se tor-nar uma ferramenta que pode ajudar a melhorar a qualidade do ensino e que, mesmo desconhecendo ou não teve algum tipo de contato com a informática educativa, entendem que o computador pode contribuir no ensino aprendizagem, mas caso contrário muitos professores pensam que o computador é só um símbolo de modernidade.
Apesar das tecnologias estarem muito presentes nas escolas, a Informática na Educação não se consolidou no sistema educacional, não somente devido à falta de verbas, mas também a falta de professores licenciados e preparados para lidarem com estas tecnologias. Professores na área da educação tem um grande deslumbramento pela informática educativa, mas pouco se conhece sobre assunto mais afundo, por falta de capacitação eficaz oferecida a eles, assim pode-mos afirmar para que os professores colocarem em prática seus conhecimentos de informática na educação haverá a possibilidade de o professor buscar o aprofundamento sobre o assunto e cada vez mais melhorando suas aulas atividades, utilizando a tecnologia disponibilizada pela escola.
A escola disponibiliza essa tecnologia, mas impon-do duas propostas pedagógicas, uma é por disciplina na qual,
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o professor irá utilizar o computador apenas como reforço conforme a disciplina ministrada o outro é por projetos edu-cacionais em que o projeto e o seu tema é apresentado aos alunos, e a sua aceitação pelos mesmos, discutindo-se sobre o conhecimento que o aluno já tem do tema dentre outros. Mas vale ressaltar que as escolas sempre discutem como vão ser utilizadas estas propostas, sejam elas por disciplina ou por projetos educacionais, classificando a utilização da informáti-ca na eduinformáti-cação em sistematizada e não sistematizada, ou seja, tal que o sistematizada é imposto aos professores horários da utilização da informática, ideal para quem está começando a introduzir a informática na educação em suas aulas ativida-des e a não sistematizada onde o professor decide que horário ele vai ministrar as suas aulas atividades, mas o ideal utilizar quando os professores estão em um estágio mais avançado de interação com a informática educativa.
Em geral muitos professores tem a possibilidade de inicialmente apresentar aos seus alunos os conceitos de al-guns softwares educativos, sem utilizar tecnologia alguma e finalmente, após expor como o software funciona, por em prática e ter sua exercitação.
Portanto, a tecnologia na educação não significa apenas uma ferramenta qualquer para auxiliar nas pesquisas escolares, mas também, o uso da informática deve ser de for-ma positiva, entretanto, isso vem de acordo com a proposta de cada professor ao utilizar esta ferramenta que é o compu-tador, se está disposto a novos desafios para que a educação na informática seja uma forma de aprendizado que possibilita a transmissão de informação de professor para o aluno. Referências
LÉVY, Pierre. Cibercultura – Tradução de Carlos Irineu da Costa – Editora 34 ltda (edição brasileira), 1999. Cybercultu-re – Editions Odile Jacob, 1997. Pag 169 á 173.
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MEC – Ministério da Educação e Cultura. Curso de Linux Educacional. Secretaria de Educação a Distancia – SEED. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação – CIN-TED. Disponível em: <http://webeduc.mec.gov.br/linuxedu-cacional /curso_le/>. Acesso em: 15 de agosto 2013.
OLIVEIRA, Ramom de. Informática educativa. 7ª Edição - Papirus Editora – Campinas, SP 2002;
SILVA, Lawrenberg Advíncula da. Entre a sala de aula, a realidade profissional e a sociedade local: uma breve refle-xão sobre a experiência de ensino no curso de jornalismo de Alto Araguaia, Mato Grosso. Coleção comunicação em cena, volume 1, organizador Liana Gottlieb – São Paulo: Scor-tecci, 2012. Vários autores.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação – Novas ferramentas Pedagógicas para o professor na Atualidade. 9ª Resivada, atualizada e ampliada – São Paulo – Editora Érica Ltda., 2012;
Wazlawick, Raul Sidnei. Metodologia de pesquisa para ciên-cia da computação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
WEISS, A. M. L; CRUZ, M. L. R. A informática e os pro-blemas escolares de aprendizagem. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001;
