ARTES
DIGITAIS
Bruna Cruz 11016
João Lopes 11007
João Delgado 10971
2018/2019
Abysmo é uma editora de livros que em 2013 abriu uma galeria em Lisboa, onde, nas suas paredes recebem, não palavras, mas a parte mais visual e gráfica, como ilustrações e trabalhos de Design como cartazes, mani-festos etc. A editora é seguida do slogan: “Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escu-ridão, mistério… Escrevê-la com i latino é fechar a boca do abysmo, é transformá-lo numa superfície banal.”, uma frase de Teixeira Pascoaes. Nesta galeria, para além da quantidade de livros ricos em ilustrações e grafi-camente apelativos, está exposta uma quantidade consideravelmente variada de trabalho do MAGA Atelier. Consistem maioritariamente em posters que, de forma geral, anunciam espetáculos, concertos de música e até mesmo museus de arte.
MAGA Atelier é uma criação de José Mendes, Luís Alvoeiro e Carlos Guerreiro. Inicialmente, em janeiro de 2009, era apenas composto por Mendes e Alvoei-ro, e tinham como nome “AMDS”, que significava “Alvoeiro Mendes Design Studio. “MAGA” surge em janeiro de 2010 quando Carlos Guerreiro se junta ao grupo. O nome consiste então na soma das iniciais de: Mendes, Alvoeiro, Guerreiro e Atelier. Consis-te numa empresa de Design estratégico a fim criar soluções que preencham as necessidades e ambições dos seus clientes, de forma justa do ponto de visto do negócio. Este grupo caracteriza-se por ser formado por três amigos de longa movidos pela paixão e pelo desejo de fazer bom design.
Carlos Guerreiro hoje é um nome incontornável na história do Design gráfico e da ilustração em Portu-gal, contando já com 25 anos de experiência profis-sional. Começou por estudar no IADE, mas não con-cluiu o curso porque, quando estava no terceiro ano recebeu duas propostas de trabalho em 1991/92: uma para o Diário de Notícias e outra para o atelier Risco, tendo aceite a segunda proposta. Permaneceu neste atelier até 1995/96, mas
manteve-se sempre com outros projetos pessoais. Apartir de 1996 lança-se ao mundo do freelance, mas em 2000 regressa a trabalhar numa empre-sa para o projeto Yorn. Depois disso volta a ser freelancer, apesar de passar pela Ivity,
empre-José Mendes foi um dos principais fundadores do MAGA. Nasceu em 1973 e estudou design gráfico na Ar.Co. Co-meçou por trabalhar na Novo Design, de 1998 a 2001, depois passou para a Brandia, até 2006, de seguida, trabalhou na Mola Ativism, até 2008, e depois passou a trabalhar pela Ivity até à criação da MAGA, em 2009. O seu trabalhou passou muito pelo desenvolvimento de design de identidade para as marcas, incluindo logotipo, web design etc. Trabalhou com grandes marcas, tais como: Galp, RTP, Sporting Clube de Portugal, Sata Airlines, fundação Caloust Gul-benkian, Coca-Cola, Antena 3, entre outros. Afastou-se do MAGA a meio do ano de 2015, visto que, o projeto ini-ciou uma nova fase, fo-cada mais no estrangeiro, e, assim, decidiu passar a focar-se exclusivamente nos seus projetos pes-soais.
Luis Alvoeiro é também um designer gráfico. Ti-rou uma licenciatura em Design de Comunicação na faculdade de Belas Artes de Lisboa. Foi diretor gráfico da Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediter-râneo/Lisboa, em 1994. Logo de seguida, durante o ano letivo 1994/1995, lecionou a cadeira de Design de Comunica-ção na F.B.A.U.L. como professor convidado. No ano seguinte, torna-se diretor de equipa de design gráfico na Novo Design, onde permanece até 2002. Nesta empre-sa dirigiu projetos de design de identidade para marcas de grande reconhecimento a nível nacional, tais como: CTT Correios, Buondi, Ok Teleseguro, Banco Universo, entre outros. Apartir de setembro de 2003 assume o cargo de diretor de design gráfico da BLUG: Branding and Communications. Em 2006 formou um grupo de designers, a UN.CO – Un.Corporated. De seguida, em 2008, integra a 37design como diretor criativo de design grá-fico até a formação do MAGA, em janeiro de 2009.
No caminho proposto passamos pela Galeria Graça Brandão situada no Bairro Alto.
Uma galeria fundada em 2006 pelo seu diretor José Mário Brandão. Esta galeria nasce da fusão entre as Galerias João Graça (inaugurada em Lisboa em 1991) e Canvas (inaugurada no Porto em 1996). Através desta fusão a galeria uniu duas áreas de intervenção, a primeira que se destacou pela divulgação de novos talentos ligados a arte da instalação, vídeo e fotografia, enquanto a segunda focou-se mais na parte contemporânea.
A galeria dá a conhecer ao espectador obras de arte portuguesa e brasileira focadas na arte contemporânea, onde já passaram nomes como Albano Afonso, Ana Vieira, Gonçalo Pena, José Almeida Pereira, Nuno Ramalho, entre outros.
Neste momento a galeria abarca a exposição de Paulo Lisboa, Imagines Plumbi.
O artista Paulo Lisboa nasceu em 1977, terminou a sua licenciatura em 2006 em Artes Plásticas/Pintura na Escola Superior de Tecnologias do Instituto Politécnico de Tomar. E neste momento frequenta o mestrado de Desenho na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
O próprio artista não sabe bem o que representou, mas estas obras podem ser vistas como portais, aberturas para um vazio, para um desconhecido, para um submundo. Este anonimato deixa que seja o espectador a tirar a conclusão que melhor se adequa, na visão estritamente fotográfica, as obras podem ser vistas como positivos e negativos, que não necessitam de qualquer enquadramento ou conhecimento para as perceber.
Na galeria as obras estão dispostas em dois locais. No piso superior onde se encontram as obras mais geométricas onde se podem observar a representação de sólidos que a primeira vista parecem retângulos com diversas opacidades. No piso inferior onde podemos encontrar as obras mais orgânicas, já começamos a identificar o que poderá ser uma esfera e é usada a projeção para representar a ideia de profundidade e sobreposição.
Outras exposições do artista Paulo Lisboa são,
Para Além do Zero e do Um, uma exposição
apresentada na Galeria MUTE no Príncipe Real. Esta exposição aborda os dois dígitos da encriptação binária e o que existe para além deles, ou seja, o que existe depois do humano e de uma linguagem que rege determinadas regras. Nesta exposição Paulo Lisboa conta com a parceria de Catarina Patrício, Filipe Pino, Ricardo Geraldes e Tânia
Paulo Lisboa também já expos as suas obras na Galeria Graça Brandão em 2015, na exposição denominada, Phosphora.
Nesta exposição, comparando com a que foi vista anteriormente, o artista também dá uso a grafite, mas desta vez sobre xisto. Através de subtis oscilações de intensidade e de traço, o artista cria uma mancha molecular que faz o desenho. Mais uma vez a luz representada pela ausência ou menor intensidade do traço. Toda a exposição baseia-se nessas oscilações e feixes de luz que tornam a obra num mistério marcado pela experimentação consistente e pelo rigor.
UX Art Space by Lexus
– Carolina Grau (curadora) e Natxo Checa (produtor executivo)
A nova galeria UX Art Space é um espaço temporá-rio que permite que o design e a arte contemporânea se unam e criem numa experiência artística única possível de visitar no centro de Lisboa.
A exposição surge no contexto do novo lançamento do modelo Lexus UX, que será lançado em 2019. De certa forma, toda esta exposição está associada ao marketing e à publicidade deste novo modelo da marca, o que torna a distância entre a arte e o mun-do empresarial mais pequena, pois permite o acesso à novidade através do ramo artístico e, por isso, dá, igualmente, acesso à cultura.
Esta exposição transporta os visitantes e envolve as suas emoções, através da abstração e da
desconstru-ção, criando uma interpretação artística do movi-mento, som, forma e paleta de cores Lexus. – Carolina Grau
Nesta galeria, para além da existência de um protó-tipo do novo modelo da Lexus, é possível apreciar obras de artes de quatro jovens artistas. Todos estes artistas foram desafiados pela marca a participar no UX Art Space e, de certo modo, a reinterpretar o modelo UX, assim, Bence Magyarlaki (Hungria, 1992) e Inês Zenha (Portugal, 1995) desconstruíram e tornaram abstrato aquilo que para eles se mostrava ser o UX. Trabalharam numa instalação imersiva intitulada como UX Deconstructed, onde o movi-mento, o som e as formas do Lexus ganham uma nova imagem.
A primeira obra está suspensa no ar com bastantes formas geométricas e representa a desconstrução do modelo UX desenvolvida através do tema do origa-mi, estas peças suspensas movem-se de acordo a pre-sença e quantidade de pessoas presentes no espaço. Muito próxima desta obra está presente uma insta-lação sonora, emitida através de uma espuma que estava posicionada num arco logo depois da peça anterior, esta espuma possuía no seu interior colunas que emitiam o som do Lexus na estrada. Esta ins-talação tornava-se numa espécie de introdução ao modelo UX que se apresentava de seguida, modifi-cado pelos dois artistas, uma vez que acrescentaram ao protótipo da Lexus uma faixa branca, aplicada na longitudinal. O carro assim modificado não se torna numa obra de arte, mas deste modo reforça a ligação entre design, tecnologia e arte.
Depois das peças artísticas destes dois artistas, segue-se, ao lado do modelo UX, a obra Abstraction in Motion de Divine Southgate-Smith (Reino Unido, 1995). Trata-te de um giclée que apresenta formas geométricas coloridas que visam representar o carro em movimento destacando-se sob uma estrutura arquitetónica branca tridimensional.
Por fim, na sala final, apresenta-se o último artista dos quatro, Pedro Henriques (Portugal, 1985), que criou duas esculturas em alumínio intituladas como Mudslidem, esta obra consiste em dois módulos triangulares e monocromáticos (um azul e outro