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RELATÓRIO DE GESTÃO AVONPREV

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Academic year: 2021

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AVONPREV

Janeiro/2018

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No Brasil, a atividade econômica registrou expansão em dezembro, reforçando o cenário de recuperação da economia. O indicador de atividade do Banco Central (IBC-Br) apurou

alta de 0,5% em novembro na comparação com outubro, com ajuste sazonal, após avanço de 0,35% em outubro. Na comparação anual, o indicador registrou alta de 2,9%. Ambos os resultado, na margem e anual, ficaram acima das expectativas do mercado, 0,4% e 2,8%, respectivamente para o mês. Caso o indicador do Banco Central fique estável em dezembro, a economia brasileira encerrará o quarto trimestre com alta de 0,8%, após avanço de 0,5% no trimestre anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o IBC-Br registra alta de 0,7%. Diante dos dados mais positivos nos últimos meses, elevamos a nossa projeção de crescimento do PIB no quarto trimestre para 0,2% e 0,1% projetado anteriormente. Assim, esperamos que a economia brasileira encerre o ano com expansão de 1,0%. Para 2018, esperamos a continuidade do processo de recuperação, estimulado pelos efeitos defasa dos da política monetária. Portanto, acreditamos que a economia brasileira deva registrar expansão de 3,0% em 2018.

Em termos de dinâmica inflacionária, o IPCA-15 de janeiro apresentou surpresa baixista, subindo 0,39%, abaixo da expectativa do mercado (+0,43%). A abertura mostrou que

alimentos aceleraram para 0,76% em relação ao resultado anterior de -0,02%. Esse movimento foi explicado principalmente por itens consumidos em domicílio como tomate, batata e frutas. Outro grupo que também apresentou forte impacto foi transportes que subiu 0,86% após alta de 1,16% em dezembro. A principal influência veio de combustíveis que subiram 2,54%, com destaque para a gasolina e o etanol. No outro sentido, houve queda do grupo habitação com -0,41%, devido à deflação nas contas de energia elétrica com a volta da bandeira verde. No acumulado em 12 meses, o indicador acelerou para 3,02% de 2,94% registrado no final do ano passado. Apesar dessa piora marginal, os núcleos ainda mostram uma dinâmica favorável do cenário inflacionário. Serviços desaceleraram para 4,52% e a média dos núcleos está em 3,62%. Para 2018, projetamos alta de 3,85% do IPCA, mantendo o comportamento benigno do ano passado.

Nos Estados Unidos, o FED decidiu manter a taxa de juros entre 1% e 1,25% ao ano, em linha com o esperado pelo mercado. De modo geral, o comunicado trouxe poucas novidades,

reforçando a política de gradual aumento na taxa de juros. A respeito da atividade, o FED reforçou que o desempenho da atividade e do mercado de trabalho mantém a solidez dos últimos meses. A respeito da inflação, os membros do comitê pontuaram que o CDI segue abaixo da meta de 2%, embora também tenham destacado que as expectativas de inflação do mercado tiveram aumento recentemente. Por fim, sobre a evolução do cenário, o FED manteve a avaliação de que os riscos

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Na Zona do Euro, o BCE sinalizou que pode alterar seu comunicado nas próximas reuniões. A ata da última reunião do BCE revelou maior confiança dos membros acerca do

processo de recuperação da atividade na região. No que concerne aos últimos números de inflação abaixo do esperado, os membros ressaltaram que as surpresas abrangeram questões pontuais. Apesar da confiança no cenário, os integrantes do BCE pontuaram que alguns fatores (tecnologia, globalização, etc.) podem afetar a relação entre atividade e inflação, exigindo cautela na condução da política monetária. Por fim, a grande novidade da ata ficou por conta da menção sobre a possibilidade de alteração gradual do comunicado nas próximas reuniões, caso o cenário continue evoluindo positivamente. Em linha com o nosso cenário, avaliamos que essa

interpretação do BCE revelada através da ata reduziu a probabilidade de extensão do programa de compras de títulos para além de setembro (cronograma atual). Os dados mais recentes de

atividade fortalecem esse quadro de não continuidade das compras, sinalizando que a região deverá manter o ritmo de crescimento de 2,5% em 2018.

Na China, os dados de PMI referentes a dezembro apontam para alguma moderação do crescimento no último trimestre de 2017. De acordo com o escritório nacional de estatísticas

(NBS), o PMI da indústria cedeu para 51,6 pontos em dezembro, resultado em linha com o esperado. Quanto a sua composição, os indicadores de produção (54,0), novas encomendas (53,4) e emprego (48,5) diminuíram na margem. Por outro lado, os índices de encomendas para exportação (51,9) e preços de insumos (62,2) aumentaram. Na abertura por porte de empresa, destaque para as quedas dos PMIs das pequenas (48,7) e médias (50,4), ao passo que o indicador das grandes companhias (53,0) exibiu ligeira alta no mês. Já o PMI não manufatureiro subiu de 54,8 para 55,0 pontos entre novembro e dezembro, refletindo principalmente o aumento do PMI de construção (de 61,4 para 63,9 pontos), ao passo que o PMI de serviços recuou de 53,6 para 53,4 pontos no mês. Por fim, o PMI do setor siderúrgico cedeu para 50,2 pontos em dezembro, exibindo quedas nos componentes de encomendas (domésticas e externas) e produção.

Avaliamos que estes indicadores de PMI (indústria e serviços) são compatíveis com crescimento ao redor de 6,7% do PIB no 4T17, vindo de 6,8% nos três meses anteriores. Este movimento de desaceleração deve ganhar maior intensidade à frente, tendo em vista as medidas restritivas já implementadas pelo governo, tais como o aperto regulatório nos setores alavancados

(imobiliário) e a alta de juros no mercado interbancário. Desta forma, esperamos que o PIB da China desacelere para próximo de 6,5% neste ano, vindo de 6,8% em 2017.

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Renda Fixa

O fundo BRAM Renda Fixa Target rendeu 0,59% no mês de janeiro, o equivalente a 101,19% do CDI (0,58%). O FI Avonprev apresentou retorno de 1,81% acima do seu benchmark IMA-Geral que rendeu 1,76% no mês – nos últimos 12 meses, o FI Avonprev acumula retorno de +13,22%, enquanto o IMA-Geral apresentou retorno de +12,77%.

No mercado global, dados de atividade nos Estados Unidos mais aquecidos na margem com forte geração de empregos e ajuste de salários podem gerar alguma pressão na inflação. No mês, a curva de juros norte americana de longo prazo teve um ajuste importante com a abertura de taxas sem impacto relevante nos preços dos ativos de risco. Continuamos observando um crescimento coordenado das principais economias, com dados de inflação ainda comportados, corroborando para o cenário de gradualismo no processo de normalização de política monetária dos países desenvolvidos e suportando a ampla liquidez global.

O mês foi marcado por um forte fluxo de recursos para ativos de risco. No Brasil, as taxas pré-fixadas cederam significativamente, especialmente as mais longas, desinclinando a curva de juros. Embora os dados de inflação de dezembro tenham surpreendido negativamente na margem, a recuperação econômica e as expectativas mais positivas para as eleições

presidenciais tiveram maior peso nesse movimento de queda de prêmio de risco.

O resultado do fundo foi positivamente impactado pela queda das taxas de juros pré-fixadas. Aumentamos gradualmente o risco do portfólio, privilegiando os vencimentos médios em geral. Acreditamos que os prêmios das curvas de juros permanecem razoavelmente atrativos, mas acreditamos que é importante manter espaço de risco no fundo para momentos de aversão ao risco.

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Renda Variável

O ano de 2018 iniciou com valorização expressiva nos mercados de ações de uma forma geral, com os benchmarks alcançando novos recordes de pontuação. O índice IBrX teve retorno de +10,7% no mês, acumulando valorização de +106% em 24 meses. O índice S&P 500 também teve retorno expressivo de +5,7% no mês, acumulando +49,9% de valorização em 24 meses (em moeda original). O investidor estrangeiro aumentou significativamente sua exposição na Bovespa em R$ 9,5 bilhões no mês, representando cerca 71% do saldo líquido de 2017, enquanto o investidor institucional local diminuiu sua exposição em R$ 5,2 bilhões no mês.

No cenário externo, o clima de otimismo com expectativas de crescimento positivas foi predominante e impulsionou a valorização dos ativos de risco em geral como as commodities e as ações, com destaque para as ações dos países em desenvolvimento que alcançaram maior nível de valorização em 10 anos. A preocupação com a dinâmica de aperto monetário nos EUA foi dominada por mais notícias positivas de resultados corporativos, potencializadas pelo otimismo com o novo pacote de corte de impostos proposto pelo governo Trump e anúncios de aumentos salariais. No mercado local, o recesso parlamentar manteve fraco o noticiário relacionado às reformas, mas os dados correntes confirmam o cenário de recuperação da economia, influenciando positivamente os preços das ações.

O ambiente interno de taxas de juros baixas, inflação sob controle, recuperação gradual da economia, crescimento de lucros e a baixa exposição dos investidores locais ao segmento de renda variável, reforça nossa visão otimista para o mercado de ações. Por outro lado, o cenário de incertezas derivadas das eleições e do cenário externo nos próximos meses, justifica nossa

estratégia de aumentar a liquidez dos portfolios, mantendo ainda alta seletividade e privilegiando empresas com resultados resilientes.

Em janeiro, o setor de Bancos foi o destaque de valorização refletindo expectativa de continuidade do crescimento da economia local e expectativa de resultados melhores, assim como o setor de petróleo (Petrobrás), acompanhando a valorização do petróleo no mercado internacional. O setor de Educação foi destaque negativo - em função do maior pessimismo dos investidores em relação ao FIES – junto com o setor de Alimentos, com destaque para a

Referências

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