Segurança de Processos e Prevenção de Perdas
EQE 592Heloísa L. Sanches, D.Sc. heloisa@eq.ufrj.br
Luiz Fernando Lopes R. Silva, D.Sc. lflopes@eq.ufrj.br
Departamento de Engenharia Química, Escola de Química Universidade Federal do Rio de Janeiro
Sumário
Parte I
Estrutura
Introdução Estatísticas de acidentes e perdas Análise de acidentes Sumário
1 Introdução
Cronograma da disciplina EQE-592 Conceitos e definições
Causas de acidentes em plantas industriais Prevenção de acidentes em plantas industriais
2 Estatísticas de acidentes e perdas
Natureza do processo de acidente
3 Análise de acidentes
Flixborough Seveso Bhopal
Sumário Prevenção de acidentes em plantas industriais
Disciplina EQE-592
Ementa e Bibiografia
Introdução e conceitos básicos. Análise de acidentes.
Toxicologia, efeitos em organismos, modelos de vulnerabilidade e limites de tolerância. Modelos de fonte de acidentes (liberação tóxica e dispersão).
Incêndios e Explosões. Projetos para prevenção.
Sistemas de alívio de pressão e identificação de perigos (APP, HAZOP).
Análise e Gerenciamento de Riscos.
Datas Importantes!
1aProva: 21/10/2009
2aProva: 14/12/2009
2aChamada: 16/12/2009
Prova Final: 21/12/2009
Bibliografia recomendada:
Crowl, D.A. e Louvar, J.F. (1990)Chemical Process Safety: Fundamentals with Applications. Prentice-Hall, Englewood Cliffs.
Estrutura
Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas Análise de acidentes Sumário
Cronograma da disciplina EQE-592
Conceitos e definições
Causas de acidentes em plantas industriais Prevenção de acidentes em plantas industriais
Introdução
A indústria de processos
Emprego da transformação de matérias-primas em produtos úteis e lucrativos. Crescimento econômico como resultado dos avanços tecnológicos e, portanto, da indústria (química, em especial).
Aumento da complexidade dos processos requer tecnologias de segurança mais complexas.
Hoje em dia, tecnologias de segurança e processos possuem importância equivalentes.
Segurança de processos inclui teorias altamente complexas e técnicas. Regras e normas regulamentadoras também são bastante usadas.
Segurança ou Prevenção de Perdas
Sumário Prevenção de acidentes em plantas industriais
Introdução (cont.)
Acidente
Evento não planejado e indesejável, ou uma sequência de eventos que geram consequências indesejáveis.
Perigo (hazard)
Condição física ou química que possui potencial para causar danos à pessoas, propriedades ou ao meio ambiente.
Riscos
Estrutura
Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas Análise de acidentes Sumário
Cronograma da disciplina EQE-592
Conceitos e definições
Causas de acidentes em plantas industriais Prevenção de acidentes em plantas industriais
Exemplos de tecnologias de segurança
Modelagem matemática
Modelos hidrodinâmicos representando o escoamento bifásico no alívio de um vaso.
Modelos de dispersão representando o espalhamento de vapor tóxico em uma planta após liberação.
Sumário Prevenção de acidentes em plantas industriais
Causas de acidentes
Large Property Damage Losses in the Hydrocarbon-Chemical Industries: A Thirty-Year Review, J & H Marsh & McLennan Inc., New York, 1998.
Causas de perdas em acidentes em plantas de processo
Problemas de manutenção de equipamentos (bombas, válvulas e sistemas de controle). Erros na sequência de abertura e fechamento de válvulas, alimentação de reagentes. Distúrbios relativos à falhas de energia ou resfriamento de água.
Estrutura
Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas Análise de acidentes Sumário
Cronograma da disciplina EQE-592 Conceitos e definições
Causas de acidentes em plantas industriais
Prevenção de acidentes em plantas industriais
Causas de acidentes (cont.)
A Thirty-Year Review of One Hundred of the Largest Property Damage Losses in the Hydrocarbon-Chemical Industries, Marsh Inc, New York, 1987.
Falhas de equipamento (hardware) associadas com grandes perdas.
Sumário Prevenção de acidentes em plantas industriais
Sistemas de prevenção de perdas
Caracterização
Ênfase na gestão e sistemas de gestão, em particular para tecnologia. Preocupação com os perigos que se originam com a tecnologia.
Preocupação com os perigos maiores (incêndios, explosões e liberações tóxicas). Preocupação com a integridade da contenção de perigos.
Abordagem sistêmica em todos os níveis, ao invés da tentativa e erro.
Características
Técnicas para identificação de perigos. Abordagem quantitativa dos perigos. Avaliação quantitativa dos perigos face aos critérios de risco.
Técnicas de engenharia de confiabilidade. Independência em avaliações e inspeções críticas. Planejamento de emergências
Investigação de incidentes.
Crítica às práticas tradicionais ou regulamentações quando
Estrutura
Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas Análise de acidentes Sumário
Cronograma da disciplina EQE-592 Conceitos e definições
Causas de acidentes em plantas industriais
Prevenção de acidentes em plantas industriais
Programas de Segurança
S-A-F-E-T-Y
Sistema Registrar o que deve ser feito para se ter um programa de segurança de ponta, fazer o que tem de ser feito e registrar o que foi feito.
Atitude Atitude positiva inclui a vontade de realizar tarefas indesejáveis necessárias para o sucesso.
Fundamentos Compreender/usar os fundamentos de segurança de engenharia no projeto, construção e operação da planta.
Experiência Aprender a partir da experiência da história para não repeti-la.
Tempo Todos devem reconhecer que a segurança requer
tempo para estudar, fazer o trabalho, registrar resultados (para a história), dividir experiências, treinar e ser treinado.
You (Você) Todos devem assumir a responsabilidade e se envolver para contribuir para o programa. A segurança deve receber a mesma importância que a produção.
Meio mais efetivo de implementar um programa
de segurança é torná-lo responsabilidade detodos
em uma planta.
BOMprograma de segurança identifica e
elimina os perigos existentes na planta.
Programa de segurançaDE PONTApossui sistemas de
Sumário
Conceitos
Importância na prevenção de acidentes
Estatísticas são valiosas para se determinar se um processo é seguro ou se um procedimento de segurança está sendo efetivo.
Diversos métodos estatísticos estão disponíveis para caracterizar o desempenho
sob acidente e em relação a perdas, masdevem ser empregadas com cuidado.
Médias não refletem o potencial de ocorrências específicas que envolvem perdas potenciais.
Infelizmente, não existe um método único capaz de medir todos os aspectos necessários.
1 Taxa de incidência da OSHA. 2 Taxa de acidentes fatais (FAR).
Estrutura Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas
Análise de acidentes Sumário
Natureza do processo de acidente
OSHA
Definição
OccupationalSafety andHealthAdministration (Administração de Segurança Ocupacional e de Saúde) do governo norte-americano.
Responsável por assegurar que se forneça aos trabalhadores um ambiente seguro de trabalho.
Ferimento ocupacional Doença ocupacional Dias de Trabalho Perdidos Casos Registráveis
Casos Não Fatais sem Dias de Trabalho Perdidos
Cálculo da taxa de incidência da OSHA baseado em casos por 100 trabalhadores por ano (200000 horas de trabalho).
T IOSHA=
No. ferimentos & doenças×200000
Horas totais trabalhadas em todo período
T IOSHA=
No. dias perdidos×200000
Sumário
FAR e Taxa de fatalidade
Definição de FAR
É empregada principalmente na indústria química britânica.
Esta estatística é aqui apresentada porque existem dados úteis e interessantes sobre a FAR na literatura.
Relata o número de fatalidades baseada em 1000 empregados que trabalham
durante todas as suas vidas (50 anos⇒108horas de trabalho).
F AR= No. fatalidades×10
8
Horas totais trabalhadas em todo período
Definição de Taxa de Fatalidade
Independente do número de horas efetivamente trabalhadas e relata somente o
número de fatalidades esperadas por pessoa×ano.
Útil cálculos sobre populações genéricas onde o número de horas de exposição não está claramente definido
Taxa Fatalidades= No. fatalidades por ano
Estrutura Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas
Análise de acidentes Sumário
Natureza do processo de acidente
OSHA vs. FAR
Comparações e ressalvas
Ambas taxas de incidência dependem do número de horas de exposição. Um empregado que trabalhe em um turno de 10h está exposto a um risco total maior do que um que trabalhe em um turno de 8h.
Uma FAR pode ser convertida em uma taxa de fatalidade (ou vice-versa) se o número de horas de exposição for conhecido.
Taxa de incidência da OSHA não poder ser rapidamente convertida em uma FAR ou em uma taxa de fatalidades porque contém informações tanto de ferimentos quanto de fatalidades.
OSHA (dispensa e mortes) FAR (mortes) Indústria 1985 1998 1986 1990
Química 0,49 0,35 4,0 1,2
Sumário
Sequência evolutiva
Considere o seguinte exemplo...
Funcionário caminha ao longo de uma grande passarela e tropeça em direção ao parapeito. Para previnir a queda, se agarra à válvula mais próxima.
A válvula se abre e um líquido altamente inflamável é dispersado rapidamente em forma de uma nuvem de vapor. Esta nuvem entra em ignição próximo a um caminhão.
Explosão e rápido espalhamento do incêndio por toda a planta.
Incêndio dura 6 dias até que todos o material inflamável estocado na planta fosse consumido. Perda total da planta.
AZAR????????
Simples acidente⇒Grande catástrofe Sequência Evolutiva:
Iniciação evento que inicia o acidente
Propagação evento(s) que mantêm ou expandem o acidente
Estrutura Introdução
Estatísticas de acidentes e perdas
Análise de acidentes Sumário
Natureza do processo de acidente
Sequência evolutiva (cont.)
Passo Efeito desejado Procedimentos
Início Diminuição - Aterramento
- Inertização
- Procedimentos de manutenção
Propagação Diminuição - Transferência emergencial de material
- Redução de inventários de materiais inflamáveis - Instalação de válvulas de retenção e de desliga-mento
Término Aumento - Equipamentos e procedimentos de combate a
incêndios
- Sistemas de alívio
Sumário
Importância do conhecimento passado
Aprenda com o erro dos outros
“A maioria dos incidentes são bastante simples. Não seria necessário nenhum conhecimento esotérico ou estudo detalhado para prevení-los.”
Trevor Kletz
Descarrilhamento de um trem espalhando químicos no ambiente.
Incêndio em navio petroleiro (10/02/2009).
Estrutura Introdução Estatísticas de acidentes e perdas
Análise de acidentes
Sumário
Flixborough
Seveso Bhopal
O acidente de Flixborough
Flixborough, Inglaterra. Junho de 1974
Produção de 70000 tons/ano de caprolactam (nylon).
Oxidação do ciclohexano em série de 6 reatores (fase líquida com injeção de ar na presença de um catalisador). Condições do processo: 155◦C e 7.9 atm.
Vazamento no Reator no. 5
Sumário
O acidente de Flixborough (cont.)
Instalação da conexão
Tubulação usual entre reatores: 28 pol. Tubulação temporária: 20 pol.
Cálculos mostram adequação para vazão requerida.
Operação: acidente devastador
Pequeno aumento de pressão (abaixo do ponto de controle da válvula de alívio). Torção e quebra da conexão: dois pontos de vazamento massivo.
Estrutura Introdução Estatísticas de acidentes e perdas
Análise de acidentes
Sumário
Flixborough
Seveso Bhopal
O acidente de Flixborough (cont.)
Ignição da nuvem
Ignição em forno próximo (provável). Explosão completa da planta, inclusive escritórios administrativos.
Final de semana: 28 mortos e 36 feridos. Extensão de danos: 1821 casas e 167 lojas e estabelecimentos.
Queima da planta por mais de 10 dias.
Regras de segurança
Revisão completa ou supervisão por engenheiros especializados na instalação da conexãoby-pass.
Armazenamento excessivo de químicos perigosos (∼1650 l).
76% de ciclohexano e nafta, tolueno, benzeno e gasolina.
Sumário
O acidente de Seveso
Seveso, Itália. Julho de 1976
Produção do bactericida hexaclorofeno, com TCDD como produto indesejado.
TCDD é a mais poderosa toxina (fatal em doses de10−9 do peso corporal).
Insolúvel em água, difícil descontaminação.
Doses não-letais resultam na doença cloroacne (persiste por vários anos).
Reator fora de controle
Eventos encadeados resultaram no aumento sutil da temperatura de operação.
Aumento na produção de TCDD (3).
Liberação de∼2 kg de TCDD pela válvula de alívio.
Em condições normais, apenas traços de TCDD com menos de 1 ppm.
Estima-se que, no acidente, concentrações de mais de 100
Estrutura Introdução Estatísticas de acidentes e perdas
Análise de acidentes
Sumário
Flixborough
Seveso
Bhopal
O acidente de Seveso (cont.)
Efeitos imediatos e permanentes
Chuvas contaminaram o solo com TCDD (∼10 milhas2).
Contaminação imediata dos alimentos (ao toque) e animais silvestres.
Ordem emergencial de abater animais.
Falta de comunicação entre autoridades responsáveis.
Cidades não foram evacuadas mesmo após vários dias da contaminação.
Vários casos de queima de pele e cloroacne foram reportados. Apoio governamental para aborto (por opção).
Problemas neurológicos, cardiovasculares e endócrinológicos ainda são reportados.
Regras de segurança
Má coordenação e incompetência nas operações de segurança conduzidas pela diretoria da companhia e pelo governo local.
Anúncio público foi feito após mais de uma semana. Mais outra semana para iniciar a evacuação. Poucos estudos científicos para verificar o nível de periculosidade do TCDD.
Sumário
O acidente de Bhopal
Bhopal, Índia. Dezembro de 1984
Caso mais impactante da história da indústria química.
Planta química como principal fonte de emprego e cidades satélite ao redor.
Produção de pesticidas, com uso do metil isocianato (MIC).
Estrutura Introdução Estatísticas de acidentes e perdas Análise de acidentes
Sumário
Sumário
Sumário
Introdução à Segurança de Processos.
Conceitos e definições.
Causas e prevenção de acidentes em plantas industriais.
Estatísticas de acidentes e perdas.
Natureza do processo de acidente.
Análise de acidentes.
Maiores Informações...
Bibliografia recomendada.
Kletz, T. (2001)Learning from Accidents in Industry, Gulf Professional
Publishing, Oxford, UK.
Sumário
Parte II
Estrutura
Toxicologia Estudos Toxicológicos Higiene Industrial Sumário
5 Toxicologia
Conceito e definição
Substâncias tóxicas em organismos
6 Estudos Toxicológicos
Conceitos de estudos toxicológicos Dosagem versus resposta
7 Higiene Industrial
Introdução
Etapa de Identificação Etapa de Avaliação Etapa de Controle
Sumário
Introdução
Importância para o Engenheiro Químico
Como os intoxicantes entram nos sistemas biológicos. Como os intoxicantes são eliminados de sistemas biológicos. Efeitos de intoxicantes em organismos biológicos.
Métodos para prevenção e redução da entrada de intoxicantes em organismos.
Definição de Toxicologia
Há tempos atrás: “Ciência dos Venenos”. Paracelsus (∼1500):
Todas as substâncias são venenosas: não existe uma única que não o seja. A dosagem correta diferencia um veneno de um remédio.
Princípio fundamental da toxicologia
Não existem substâncias inofensivas, somente formas inofensivas de usá-las.
Estrutura
Toxicologia
Estudos Toxicológicos Higiene Industrial Sumário
Conceito e definição
Substâncias tóxicas em organismos
Como os intoxicantes entram em organismos biológicos
Rota do agente químico dentro do corpo segue pela entrada, transporte no fluxo
sanguíneo até eliminaçãooualojamento
em orgão alvo. Rotas para entrada de intoxicantes em organismos
biológicos complexos
Ingestão: através da boca para o estômago Inalação: através da boca ou nariz para os pulmões
Injeção: através de cortes na pele
Absorção dérmica: através da membrana da pele
Tabela:Controle das rotas de entrada através do uso de técnicas de higiene industrial.
Rota de entrada Orgão de entrada Método de Controle
Ingestão Boca Rigidez nas regras de comer, beber e fumar Inalação Boca ou nariz Ventilação, respiradores, capuzes e outros
Sumário
Como os intoxicantes entram em organismos biológicos (cont.)
Estrutura
Toxicologia
Estudos Toxicológicos Higiene Industrial Sumário
Conceito e definição
Substâncias tóxicas em organismos
Como os intoxicantes são eliminados
Rotas de eliminação pelo organismo
Excreção através dos rins, fígado, pulmão e outros orgãos
Rins predominam na excreção de substâncias tóxicas em todas as rotas de entrada
Intoxicantes ingeridos∗podem ser eliminados pelo fígado ou rins. Compostos comP M≥300são eliminados pelo fígado na forma de bile.
Compostos comP M <300entram na corrente sanguínea e são eliminados pelos rins.
Eliminação pelo pulmão de substâncias mais voláteis. Outras rotas de eliminação (suor, pelos e unhas).
Desentoxicação com a mudança da química do intoxicante em
algo menos danoso pela bio-transformação∗.
Bio-reagentes transformam o intoxicante em produto inofensivo ou menos danoso à saúde.
Fígado é o orgão mais ativo, mas a bio-transformação também pode ocorrer no sangue, paredes do trato intestinal, pele, rins, etc.
Armazenamento no tecido adiposo, ossos, sangue, fígado e rins.
Sumário
Efeitos de Intoxicantes em Organismos Biológicos
Respostas à Intoxicantes
Efeitos irreversíveis Efeitos reversíveis
Cancerígeno (câncer) Dermatóxico (pele)
Mutagênico (dano no cromossomo) Hemotóxico (sangue) Risco à reprodução (dano ao sistema
reprodu-tivo)
Hepatóxico (fígado)
Teratogênico (defeitos de nascimento) Nefrotóxico (rins)
Neurotóxico (sistema nervoso) Pulmonotóxico (pulmão)
Efeitos reversíveis podem (ou não) apresentar sequelas permanentes. Determinação do grau de exposição antes dos primeiros sintomas aparecerem. Variedade de testes médicos com base no histórico do paciente antes do acidente.
Problemas respiratórios diagnosticados comrespirômetro.
Resultados podem diagnosticar doenças no brônquios, fibrose e deteriorização dos alvéolos.
Doenças neurológicas diagnosticadas pela condição mental, função dos nervos cranianos, reflexos motores e sistemas sensoriais.
Mudanças na pele (textura, pigmentação, veias e pelos) e unhas indicam possível intoxicação.
Estrutura Toxicologia
Estudos Toxicológicos
Higiene Industrial Sumário
Conceitos de estudos toxicológicos
Dosagem versus resposta
Objetivo e Etapas dos Estudos Toxicológicos
Principal objetivo do estudo toxicológico
Quantificar os efeitos de possíveis intoxicantes em um organismo alvo.
Usualmente, animais são usados na esperança de extrapolar os efeitos aos seres humanos.
Ao quantificar os efeitos, estabelecer procedimentos para manipulação adequada do agente.
Etapas de um estudo toxicológico
Identificação do intoxicanteem relação à sua composição química e estado físico.
Organismo alvopode ser uma simples célula ou animais,
dependendo doefeito ou resposta a ser monitorado.
Limites de dosagemdependem da rota de entrada.
Entrada direta, por ingestão ou injeção (mgagente/kgpeso animal).
Substâncias gasosas (ppm oumgagente/m3ar) e particulados
(mgagente/m3ar oumppcf).
Sumário
Introdução
Resposta de organismos biológicos à intoxicantes
Organismos respondem de forma diferente à mesma dose de intoxicante.
Idade, sexo, peso, alimentação, condições de saúde, etc.
Testes realizados em um grande número de indivíduos.
Mesma dosagem⇒Verificação da resposta.
Análise frequentemente representada por distribuição normal ou gaussiana.
f(x) = 1
σ√2πe
−12 x−µ σ
2f(x)- probabilidade (ou fração) de indivíduos com a mesma resposta. x- resposta ao intoxicante. σ- desvio padrão da distribuição. µ- média da distribuição.
µ=
P
ni=1xif(xi)
P
n i=1f(xi)σ=
P
ni=1(xi−µ) 2f(x
i)
Estrutura Toxicologia
Estudos Toxicológicos
Higiene Industrial Sumário
Conceitos de estudos toxicológicos
Dosagem versus resposta
Curva de dosagem vs. resposta
Experimento repetido para diferentes dosagens (várias curvas probabilidade vs.
resposta). Cada curva tem seu próprioµeσ.
Gráfico completo para resposta vs. dosagem (cumulativa), com barras de erros (σ) em torno da média (µ).
Apresentação logarítmica fornece maior legibilidade.
Sumário
Modelos para curvas dose-resposta
Curvas para vários tipos de exposição (calor, radiação, impacto, som, etc.). Conversão das curvas para unidades de probabilidade (probit),Y.
Relação entre porcentagem eprobits
P =√1
2π
Z
Y−5−∞
e−u22du
ou valores tabelados (Crowl e Louvar, pg. 50).
Ajuste para diferentes tipos de exposição
Y =k1+k2lnV
V: variável causativa
Tabela:Correlações de probits para vários tipos de exposições (Crowl e Louvar, pg. 51).
Tipo de danos Variáveis que influênciam V
Fogo tempo de exposição (t) e intensidade de radiação efetiva (I) Explosão pressão de pico (p◦) e impulso (J)
Estrutura Toxicologia
Estudos Toxicológicos
Higiene Industrial Sumário
Conceitos de estudos toxicológicos
Dosagem versus resposta
Valores de dosagem limite
Definição
Menor valor da curva dose-resposta é a dose limite.
Abaixo deste valor, o organismo é capaz de detoxificar e eliminar os agentes tóxicos sem efeitos detectáveis.
American Conference of Governmental Industrial Hygienists(ACGIH) estabeleceu
valores de dosagem limite(threshold limit values-TLV) para vários químicos. Concentrações em que um trabalhador não apresente nenhum efeito adverso durante sua vida de trabalho.
TLV-TWA Média temporal para trabalho de 40 horas por semana.
TLV-STEL Exposições de curto prazo. Concentração máxima de exposição (15 min) sem que ocorra:
Irritação intolerável.
Mudança crônica ou irreversível nos tecidos.
Necrose em grau suficiente para afetar ou reduzir a eficiência do trabalhador.
TLV-C Valores limites de topo. Concentração máxima para exposição instantânea (não deve ser excedida!).
Sumário Etapa de Controle
Introdução
Definição e Conceitos
Higiene industrial é a ciência responsável por identificar, avaliar e controlar as condições e locais que possam trazer danos e prejuízos à saúde.
Principais tarefas
Monitoramento da concentração de vapores de toxinas e seus métodos de controle através de ventilação.
Selecionar equipamento de proteção pessoal, normas para manuseio de materiais tóxicos, etc.
Três fases em um projeto de higiene industrial
IdentificaçãoDeterminação da presença ou possibilidade de exposições no ambiente de trabalho.
Avaliação Determinação da magnitude da exposição.
Estrutura Toxicologia Estudos Toxicológicos Higiene Industrial Sumário Introdução
Etapa de Identificação
Etapa de Avaliação Etapa de Controle
Práticas na identificação
Responsabilidades do higienista industrial
Identificação e solução de potenciais problemas de saúde em plantas industriais.
Complexidade da tecnologia de processos químicos:
Trabalho conjunto com engenheiros de processos, operadores, laboratoristas e gerência.
Visa ajudar na prática de higiene industrial entre os funcionários. Em grandes plantas industriais, condições de risco podem chegar a milharesquando químicos tóxicos ou inflamáveis são manipulados.
Agregartodasas informações relevantes
Descrição completa do processo químico e procedimentos de operação.
Descrição do vendedor para o equipamento (manual). Revisões de segurança.
Informações provindas dos fornecedores de materiais químicos. Informações dos funcionários de operação.
Qualidade da identificação depende do número de recursos e qualidade das perguntas.
Sumário Etapa de Controle
Práticas na identificação (cont.)
Riscos em potencial Líquidos Barulho Vapores Radiação
Pós Temperatura
Fumaça Mecânico
Métodos de entrada de intoxicantes Inalação Ingestão Absorção (pele) Injeção
Danos em potencial
Pulmão Pele
Ouvidos Olhos
Sistema nervoso Fígado
Rins Orgãos Reprodutivos Sistema circulatório Outros orgãos
Dados úteis para identificação Valores limites de intoxicantes Limites de odores para vapores Estado físico
Pressão de vapor de líquidos
Sesitividade de químicos à temperatura e im-pacto
Taxas e calor de reação Reatividade com outros químicos Níveis de barulho do equipamento
Estrutura Toxicologia Estudos Toxicológicos Higiene Industrial Sumário Introdução Etapa de Identificação
Etapa de Avaliação
Etapa de Controle
Práticas na avaliação
Avaliação dos riscos e exposições
A fase de avaliação determina a extensão e grau de exposição do funcionário às substâncias tóxicas e riscos físicos no ambiente de trabalho.
Avaliação do grau de vazamento:
Grandes vazamentos⇒exposições repentinas a altas concentrações de toxinas⇒ efeitos agudos imediatos (inconsciência, ardência nos olhos e ataques de tosse). Pequenos vazamentos⇒repetidas exposições em baixas concentrações⇒efeitos podem não aparecer em vários meses ou anos (usualmente danos sérios ou permanentes).
Avaliação contínua é necessária.
Estabelecimento das técnicas de controle.
Avaliando a exposição ...
à intoxicantes voláteis. de funcionários à pós e poeiras. de funcionários à sons/barulhos.
Estimando...
exposição de funcionários à vapores tóxicos. taxa de vaporização de um líquido.
Sumário Etapa de Controle
Práticas no controle de riscos
Aplicável após etapas de identificação e avaliação.
Tipo Técnicas usuais
Enclausuramento
Enclausurar sala ou equipamento sob pressão nega-tiva
Isolar operações perigosas em determinados pontos. Selar salas, esgotos, ventilação, etc.
Analisadores e instrumentos para observar dentro dos equipamentos. Isolar superfícies em alta temperatura.
Recolhimento pneumático do material particulado. Ventilação local
Recolher e remover substâncias perigosas Usar as chaminés de forma apropriada. Usar as chaminés para carga e descarga.
Uso de ventilação em estações de armazenamento de tambores. Exaustão local em determinados pontos.
Manter sistemas de exaustão sob pressão negativa. Ventilação para diluição
Projeto de sistemas de ventilação para controle de substâncias com baixa toxicidade
Boa ventilação em vestiários ou salas com roupas contaminadas. Ventilação para isolar operações das salas e escritórios. Projeto de filtragem de salas com ventilação direcionada. Métodos de molhamento
Métodos de molhamento para minimizar contami-nação com particulados
Limpeza de vasos (química vs.sandblasting). Sprayde água para limpeza frequente. Boas práticas
Mantenha materiais tóxicos e particulados contidos Usar diques ao redor de tanques e bombas.
Fornecer conexões de água e vapor para áreas de lavagem. Fornecer linhas para descarga e limpeza.
Proteção pessoal
Estrutura Toxicologia Estudos Toxicológicos
Higiene Industrial
Sumário
Introdução Etapa de Identificação Etapa de Avaliação
Etapa de Controle
Práticas no controle de riscos (cont.)
Respiradores
Rotineiramente encontrados em laboratórios e plantas químicas.
Devem ser usados apenas:
em base temporária até que métodos de controle regulares sejam implementadas.
como equipamento de emergência para garantir a segurança do trabalhador em caso de acidentes. como último recurso no caso das técnicas de controle não possam fornecer proteção satisfatória.
Sumário Etapa de Controle
Práticas no controle de riscos (cont.)
Ventilação
Método mais comum para controle de material tóxico no ambiente.
Remoção rápida de concentrações perigosas de materiais inflamáveis e tóxicos. Aplicação altamente localizada, reduzindo a quantidade de ar movido e o tamanho do equipamento.
Fácil obtenção e instalação.
Custo operacional alto! Energia elétrica para grandes ventiladores e custo para aquecer ou resfriar ar.
Baseado em dois princípios:
Estrutura Toxicologia Estudos Toxicológicos
Higiene Industrial
Sumário
Introdução Etapa de Identificação Etapa de Avaliação
Etapa de Controle
Práticas no controle de riscos (cont.)
Ventilação Local
Dispositivo para enclausurar completamente a fonte de contaminantes e mover o ar de modo a carregar os contaminantes para um aparelho de exaustão.
Coifa enclausurada contém completamente a fonte de contaminante.
Coifa exterior retira continuamente contaminantes por exaustão.
Coifa receptora usa a descarga para coleta de contaminantes.
Coifapush-pull utiliza corrente de ar de outro sistema para puxar contaminantes.
Exemplo típico é o sistema de exaustão em capelas.
Ventilação para Diluição
Não pode ser instalado em sistemas de coifas e deve ser usado em espaços abertos.
Sumário
Sumário
Sumário
Toxicologia.
Conceitos e definições.
Efeitos de substâncias tóxicas em organismos.
Estudos toxicológicos.
Conceitos e curvas dosagem versus resposta. Modelos para avaliação e exposição à perigos.
Higiene industrial.
Etapas de identificação, avaliação e controle.
Maiores Informações...
Bibliografia recomendada.