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CERTIFICADOS DE EMISSÕES REDUZIDAS E O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO (MDL): SOCIALIZAÇÃO DOS PREJUÍZOS E PRIVATIZAÇÃO DOS LUCROS

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Academic year: 2020

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Ano 2 - N º 04 / Jan - 2009

CERTIFICADOS DE EMISSÕES REDUZIDAS E O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO (MDL): SOCIALIZAÇÃO DOS PREJUÍZOS E PRIVATIZAÇÃO DOS LUCROS.

REDUCED EMISSIONS CERTIFICATE ON CLEAN DEVELOPMENT

MECHANISM: SOCIALIZATION OF LOSSES AND PRIVATIZATION OF EARNS

*Charlene Maria C. de Ávila Plaza1 **Nivaldo dos Santos2

RESUMO

O artigo analisará em um primeiro momento as referencias históricas das negociações sobre Mudanças Climáticas nos âmbitos da Convenção Quadro das Nações Unidas (CQNUMC) bem como das Conferencias Partes – COP’s e seus respectivos grupos de interesses, desde a COP-1 a COP-13. Todas estas questões sobre aquecimento global exigem mudanças institucionais tanto de caráter publico quanto privado e um dos mecanismos responsáveis por estas mudanças tanto na forma de gestão ambiental quanto na forma de gestão social e econômica diz respeito ao MDL, inserido no protocolo de Kyoto para geração de Créditos de carbono com a finalidade de mitigação dos gases de efeito estufa proporcionados pelos paises do não Anexo I aos paises do Anexo I. Nesta perspectiva analisaremos o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, juntamente com as possibilidades de alterações das matrizes energéticas, isto é, energias renováveis, como a solar, eólica, biomassa e outras como alternativas de crescimento e desenvolvimentos econômico, social e ambiental para os paises, de forma a atingir a sustentabilidade. Há incertezas com relação aos rumos do

1* Mestre em Direito na área de Integração e Relações Empresariais pela Universidade de Ribeirão Preto/ UNAERP-SP. Professora da Universidade Paulista UNIP. Pesquisadora do Núcleo de Patentes e Transferência de Tecnologia-NUPATTE-GO e da Rede Ibero Americana de Propriedade Intelectual e Gestão da Inovação – RIAPIGI-GO. Advogada do Escritório Carraro S.S-GO. Endereço: Rua C-257, n. 80, Edifício Suíça Park, Bairro Nova Suíça, Goiânia-GO, cep: 74.280-200. E.mail: charlene_plaza@hotmail.com. ou charlene@carraro.adv.br

2* * Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC-SP. Professor Doutor UFG/UCG. Coordenador Geral do Núcleo de Patentes e Transferência de Tecnologia-NUPATTE-GO. Coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvi mento. Endereço: Avenida Universitária, 1440, Setor Universitário, Goiânia-GO, cep: 74.605.010. E.mail: nivaldo@ucg.br.

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Protocolo de Kyoto pós 2008-2012, bem como para a implementação destas energias renováveis no Brasil.

Palavras-chave: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Créditos de Carbono, Energias Renováveis, Protocolo de Kyoto, Mudanças Climáticas.

ABSTRACT

This paper analyzes, inittialy, the historical references about Climate Change negotiations in the scope of the United Nations Framework Convention on Climate Change (CQNUMC) and the Conference of Parties – COPs and their respective groups, since 1 until COP-13. All these questions about global warming require institutional changes from both private and public sector and one of the mechanisms responsible for these changes both in the form of environmental management as social economic management relates to MDL's, described in the Kyoto protocol to create carbon credits to mitigate greenhouse gases effect. In this view, the Clean Development Mechanism will be analyze, along with the possibility of energy basis changes, renewable energy sources such as solar, wind, biomass and other alternatives for growth and economic, social and environmental development in order to achieve sustainability. There are some uncertainties related to perspectives about Kyoto Protocol post 2008-2012, as well as the implementation of such renewable energy in Brazil. Keywords: Clean Development Mechanism, Carbon Credits, Renewable Energy, the Kyoto Protocol, Climate Change.

SUMÁRIO

Resumo. Abstract. Introdução. I. Perspectivas Históricas do arcabouço institucional. 1.1 Da Conferência Mundial sobre o Ambiente Humano ao Protocolo de Kyoto. 1.2 Das Conferências Partes (COP/MOP): Implementação de Mitigações de Emissão dos Gases de Efeito Estufa – GEE. II. Créditos de Carbono e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL. 2.1 Função e Objetivos: O Aparato Institucional e os Procedimentos relativos ao MDL. 2.2 Etapas Formais do Projeto de MDL. 2.3 O Princípio do Poluidor Pagador

(Polluter Pay Principle) e as Externalidades Negativas do Mercado. III. O Paradigma

Energético: Sementes Visíveis do Mundo Contemporâneo. Considerações Finais. Referências Bibliográficas.

INTRODUÇÃO

Em maio de 2007, com as preocupações do planeta no tocante ao aquecimento global o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas-(Intergovernamental Panel

on climate change-IPCC), divulgou seus dados, afirmando que o modelo de

desenvolvimento que o Brasil vem adotando não é sustentável em relação aos parâmetros de políticas internacionais, principalmente no que concerne à questão ambiental.

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As mudanças globais são as formas como o homem altera a natureza, particularmente nos últimos 150 anos, envolve muito mais que clima, engloba perda da biodiversidade, deposição de enxofre nos ecossistemas pela queima de combustíveis fósseis provocando a denominada “chuva acida”, bem como os efeitos nefastos dos fertilizantes na agricultura e outros. Conseqüentemente alteram-se as atmosferas do planeta, mudanças climáticas, gerando o aquecimento global, pelo aumento dos gases de efeito estufa (GEE’s). Pelos tratados multilaterais, estas emissões são responsabilidades de paises desenvolvidos, apesar de que há controvérsias, e quem salda a conta, vez que as mudanças climáticas devem ser tratadas em todos os âmbitos não somente pelo aspecto ambiental.

Os paises que estão em plena expansão de desenvolvimento econômico, como Índia, China, Brasil, África do Sul, obviamente não querem reduzir suas taxas de crescimento em detrimento de políticas voltadas a reduzir estes gases.

Os conceitos tradicionais como devastação aliada ao crescimento e desenvolvimento se faz operantes e, reduzir as emissões de gases de efeito estufa significa desenvolvimento sustentável, conceito ignorado pelos mesmos.

Outra questão relevante é sobre transferências de tecnologias para aperfeiçoar o consumo de recursos naturais e energias.

Nenhuma empresa de paises desenvolvidos irá ceder sua tecnologia para paises em desenvolvimento com a finalidade de que sejam diminuídos os efeitos dos CO².

De fato o que existe, em tese, é a conscientização de alguns paises desenvolvidos, transformarem suas matrizes energéticas em matrizes mais limpas.

Desse modo o Brasil poderá obter vantagem, vez que tem um enorme parque de energia hidrelétrica, um programa de biocombustíveis estruturado, recursos para energias eólica e solar, estes últimos ainda não foram explorados devidamente.

Mas, devemos atentar que não existe exploração de energia sem impactos ambiental, social e econômico.

Nas negociações internacionais, o Brasil precisa se impor. Temos uma rica biodiversidade. A floresta amazônica presta um serviço de grande valia ambiental para o planeta, essenciais para manter o ciclo hidrológico, a radiação, o balanço do carbono.

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Mas estes serviços ambientais exigem custos. Manter uma floresta intacta necessita custo de fiscalização, elaboração de atividades sustentáveis para comunidades residentes, no intuito de conscientização sobre sustentabilidade e o seu uso correto.

Há custos sociais, políticos e financeiros para o governo brasileiro diminuir o desmatamento? Há. Alguém tem que se obrigar.

É o caboclo na Amazônia? Os índios? O restante da população brasileira? Os paises desenvolvidos que causaram o problema do aquecimento? Quem arcará com os custos e mais, como valorizar, medir estes serviços ambientais?

É necessário um debate mais responsável sobre estas questões e uma maior consciência e comprometimento dos governos brasileiros em reassumir a vanguarda nas negociações multilaterais, assumindo que também é responsável pela degradação do meio ambiente, cuja emissão de gases de efeito estufa esta em substancial índice de elevação no país.

O presente artigo foi desenvolvido baseado primeiramente na evolução histórica das negociações multilaterais e a criação dos organismos internacionais responsáveis pelo debate à cerca do problema do aquecimento global e a degradação do meio ambiente por ações praticadas pela humanidade.

Em seguida, procuramos analisar baseado no estágio atual os mecanismos de desenvolvimento limpo, seus benefícios e contradições que a um só tempo cria sanções aos paises que não cumprem as metas de reduções e desonera outro na permissividade de poluir em prol do desenvolvimento econômico.

Em um terceiro momento, discorremos sobre a finalidade do principio do poluidor pagador bem como as externalidades negativas do mercado para fins de entendimento deste princípio e, encerramos com uma analise das possibilidades e vantagens em se adotar às energias renováveis para assegurar os crescimentos econômicos, sociais e tecnológicos visando o desenvolvimento sustentável do planeta.

1. PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DO ARCABOUÇO INSTITUCIONAL. Da Conferência Mundial sobre o Ambiente Humano ao Protocolo de Kyoto.

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Atualmente esta premissa não encontra respaldo, devido as crescentes mudanças climáticas, representando um desafio nas negociações internacionais que suscita questionamentos quanto ao papel da soberania nacional, pois as atividades locais podem afetar todo o planeta.

A questão climática e suas complexidades como o aquecimento global resultante do aumento da concentração na atmosfera de gases de efeito estufa3 (GEE) são discutidas pelas comunidades internacionais há mais de 30 anos, vez que perceberam que a omissão no desenvolvimento de políticas e instrumentos legais internacionais sobre mudanças climáticas traria conseqüências crescentes para as gerações futuras no âmbito mundial.

Em junho de 1972 com a Conferência Mundial sobre o Ambiente Humano em Estocolmo precursora das Negociações sobre Mudanças Climáticas, emerge uma visão, embora ainda turva, sobre a conscientização global dos riscos provocados pela ação do homem no meio ambiente e a necessidade vital de um esforço coletivo do governo, indústria e sociedade.

Na mesma década, em 1979 sob o patrocínio da Organização Meteorológica Mundial realizou-se a primeira Conferência Climática Mundial tendo como objetivos a avaliação dos potenciais impactos das mudanças climáticas, sem conotação política ambiental.

Em 1980 com o Protocolo de Montreal (1987), se estabeleceu um precedente para a ação internacional sobre os impactos ambientais causados pela ação do homem de efeitos trans-fronteiras. Seu objetivo foi à redução ou eliminação de substâncias perigosas, instituindo o primeiro Fundo Ambiental Global na intenção assistencial aos paises em desenvolvimento, como também promover uma colaboração entre paises dos hemisférios Norte e Sul, na pesquisa e difusão de novas tecnologias a fim de aplacar a obsolência tecnológica na redução da camada de ozônio.

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GEE´s –CO² – Dióxido de carbono (proveniente da queima de combustível como carvão, óleo, gás natural e madeira); N²O – óxido nitroso (fertilizantes naturais e artificiais); CH4 - Gás metano (produção e transporte de óleo e gás, produção de arroz e processos digestivos de vacas e ovelhas); CFC – cloro-fluor-carbono (ar condicionados, refrigeradores, entre outras aplicações industriais), hidrofluorocarbonos (HFCs), perfluorocarbonos (PFCs) e hexafluor sulfúrico (SF), mencionados pelo Protocolo de Kyoto.

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Assim, por este Protocolo, os paises integrantes obedecem ao princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas 4 , entre países desenvolvidos e em desenvolvimento (UNEP, 2000).

Nas ações conjuntas do Programa Ambiental das Nações Unidas e a Organização Meteorológica Ambiental, se implementa em 1988 o IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas5 com o objetivo de oferecer informações sobre riscos das mudanças climáticas induzidas pelo homem, seus impactos e as possíveis mitigações e adaptações em torno do problema climático.

Nesta década surge através das Nações Unidas a United Nations Framework

Convention on Climate Change – (UNFCCC) - Comitê Intergovernamental de Negociação

para a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (CIN/CQNUMC). A CQNUMC foi adotada em junho de 1992, depois de um ano e meio de negociações na oportunidade da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominado “Cúpula da Terra” realizada na cidade do Rio de Janeiro, cuja ratificação, aceitação, aprovação ou adesão somaram-se 185 paises além da União Européia, com entrada em vigor em 21 de março de 1994.

Estabeleceu-se um regime jurídico internacional para efetivar o objetivo principal6, qual seja: atingir a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para impedir uma interferência antrópica, perigosa no sistema climático (United Nations, 1992).

A CQNUMC se caracteriza por um objetivo bem sedimentado, mas não define a forma de atingi-los somente estabelecendo normas gerais de ação política, baseado nos

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Artigo 3º, parágrafo 1˚ da CQNUMC afirma que as partes devem proteger o sistema climático em benefício das gerações presentes e futuras da humanidade com base na equidade e em conformidade com suas responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades. Em decorrência, s Partes paises desenvolvidos devem tomar a iniciativa no combate à mudança do clima e a seus efeitos adversos.

5 O termo utilizado pelo IPCC difere do uso adotado pela CQNUMC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas). Segundo o IPCC, mudanças climáticas se referem a qualquer mudança no clima ocorrida com o tempo, quer devida à variabilidade natural ou como resultado da atividade humana. Para a CQNUMC, refere-se à mudança no clima que é atribuída direta e indiretamente à atividade humana, que altera a composição da atmosfera global, e é adicional à variabilidade natural do clima, observada em períodos de tempo comparáveis.

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A CQNUMC enuncia o objetivo de alcançar “a estabilização das concentrações de GEE’s na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema do clima. Este nível deverá ser alcançado em um prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente à mudança do clima, que assegure que a produção de alimentos não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável (artigo 2)”.

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princípios de precaução e no principio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas com relação aos compromissos de redução de emissões globais.

Fundamenta o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas entre as partes pelo fato de que a maior parcela das emissões globais, históricas e atuais, de gases de efeito estufa é originária dos paises desenvolvidos, sendo que as emissões per capita dos paises em desenvolvimento ainda são relativamente baixas em comparação com os desenvolvidos. Atualmente a Austrália é o país com maior volume per capita de emissão de dióxido de carbono resultante da geração de eletricidade7.

No princípio de precaução estabelecem medidas para prever, evitar ou minimizar as causas das mudanças climáticas. No segundo princípio, os paises em desenvolvimento e os desenvolvidos foram classificados em grupos (anexo I e não Anexo I), bem como suas responsabilidades.

Os paises do Anexo I, países ditos industrializados, membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), União Européia e paises industrializados da ex União Soviética e Leste Europeu, assumiram compromissos de redução das emissões aos níveis de 1990 até 2000 e 2000 a 2020 pós Conferência de Berlim.

O critério para a divisão do ônus entre as Partes do Anexo I se torna decorrência natural do fato de que, dadas às emissões ao longo de um período, possível determinar as responsabilidades relativas individualmente, de acordo com as respectivas contribuições para a mudança do clima, medida pela variação induzida na temperatura.

Os integrantes do não Anexo I, incluindo o Brasil, couberam a adoção de medidas para que o crescimento necessário de suas emissões seja limitado pela introdução de medidas apropriadas, contando para isso com recursos financeiros e acesso à tecnologia dos paises industrializados.

Embora sedimentado o objetivo da Convenção, assume paradoxalmente um perfil variável que constantemente pode ser alterado em prol dos objetivos que continua petrificado.

7 Pesquisa do Instituto americano Center for Global Development publicada no site The carbon monitoring for action (CARMA), revela o quanto os países desenvolvidos produzem mais CO2 per capita que as economias emergentes.

Segundo o estudo, os australianos emitem 10 tl (toneladas) métricas de CO2 per capita por ano na geração de eletricidade, cerca de cinco vezes mais do que a China. Em segundo lugar aparecem os Estados Unidos, com 8 tl por pessoa, aproximadamente 16 vezes mais do que a Índia. A América Latina não aparece com destaque no ranking, porque a geração de energia na região é basicamente hidrelétrica.

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Isto se deve ao fato de que ao longo dos tempos, os caminhos até então eleitos para se alcançar o objetivo se mostram obsoletos e inadequados visto que, até o presente não houve concretização real da mitigação dos GEE’s pelos paises signatários (anexo I).

Desta forma surgem as Conferências partes, que através de tratados específicos os paises, criam, desenvolvem e implementam técnicas para o objetivo sedimentado da CQNUMC.

1.2 Das Conferências Partes (COP/MOP): Implementação de Mitigações de Emissão dos Gases de Efeito Estufa - GEE

Ao discorrermos sobre os objetivos da Convenção Quadro, mencionamos que possuem objetivos bem sedimentados, mas assumindo um perfil variável em prol dos países signatários para que estes venham a implementar soluções que acompanhem as evoluções no decorrer dos anos.

Surgem desta Convenção principal (CQNUCM) as Conferências partes (COP’s) com a finalidade de implementar meios de alcançar os objetivos precípuos da CQNUMC.

Na COP-1, realizada em Berlim em março/abril de 1995, a protagonista foi a União Européia que pressionou pelo estabelecimento legal de um Cronograma de Limitações Quantitativas e Objetivos de Redução.

De acordo com Carpenter (1995) foi discutida a necessidade de criar um protocolo para a CQNUMC com ações apropriadas para além do ano 2000, bem como o fortalecimento dos compromissos entre os paises do Anexo I, submetidas à aprovação na COP-3.

Em julho 1996 instaurou-se a COP-2 em Genebra com poucos progressos no tocante a um acordo sobre as metas de redução de CO² para o novo tratado.

Os Estados Unidos manifestaram a concordância de mecanismos para restrições legais de emissões e ao mesmo tempo encorajaram a inclusão de mecanismos de flexibilização como o comércio de emissões (VIOLA e LEIS, 2001).

Assumiu desta forma uma posição de liderança, segundo Viola e Leis (2001), pois enfatizavam a urgência de negociar metas obrigatórias com a introdução de cotas comercializáveis e emissão de carbono com a finalidade de flexibilizar e complementar os esforços domésticos para atendimento das metas de emissão.

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Propostas rejeitadas através da justificativa de que os mecanismos de flexibilidade eram desconhecidos pelos demais paises, sendo que a época somente os EUA possuía a experiência prévia, com o estabelecimento de cotas de emissão comercializáveis para enxofre e material particulado. A segunda rejeição diz respeito à utilização de mecanismos de mercado para proteção ambiental e por associação, a terceira rejeição a proposta norte americana, diz respeito aos compromissos de redução de emissões pelos paises em desenvolvimento.

Como não bastassem os irrisórios progressos desta COP-2, outro assunto tumultuado, segundo Bhandari (1998) se referiu aos impactos econômicos adversos das medidas implementadas pelos paises da OCDE com referencia as reduções de emissões pelos paises em desenvolvimento.

Em 1997, COP-3 em Kyoto, foi lançado o Protocolo para formalização do compromisso de controle das emissões de GEE a partir de 1998, marcando o começo de difíceis rodadas de negociação para torná-lo eficaz, vez que a União Européia e os Estados Unidos tinham diferenças significantes entre suas propostas, realçando as disparidades entre os paises do Norte e do Sul.

Entre as propostas apresentadas pelos paises nesta Convenção, destaca-se:

•Metas de redução voluntárias, proposta européia que sugeria uma redução de 15% nos níveis de emissão de dióxido de carbono, metano e oxido nitroso, em relação aos níveis de 1990 a ser atingida em 2010 e uma meta de redução de 20% para 2020. (BHANDARI, 1998).

•Metas de redução por vários períodos, proposta dos Estados Unidos, mas sem apresentarem sugestões de metas quantitativas, talvez por questões políticas do setor de energia daquele país.

•A flexibilidade do comercio de emissões entre paises, bem como a possibilidade de uso intertemporal das permissões, espécie de poupança e empréstimos para o futuro.

Nesta oportunidade o Senado Americano por unanimidade, emitiu uma resolução proibindo a assinatura de qualquer tratado em Kyoto pelos EUA.

O resultado desta Convenção foi um protocolo que comprometia os paises desenvolvidos e os em desenvolvimento atingir metas quantitativas de redução das emissões.

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Assim, o Protocolo de Kyoto, criou três mecanismos de flexibilização: a) a execução em conjunta (joint implementation), o comércio de certificações de redução de emissões e o MDL – mecanismo de desenvolvimento limpo, incorporado no artigo 12 do protocolo mencionado com o objetivo de obrigar os paises desenvolvidos (anexo I da Convenção Quadro), reduzir a quantidade de seus GEE entre 2008 a 2012, em pelo menos 5% em relação aos níveis coletados em 1990. De que maneira? Substituir as matrizes energéticas por fontes limpas ou ambientalmente corretas e promover o seqüestro de carbono, protegendo as florestas ou implementando o reflorestamento.

A Convenção subseqüente foi a COP-4 em 1998 na cidade de Buenos Aires, cujas partes estabeleceram o BAPA-Plano de Ação de Buenos Aires.

Segundo Gutiérrez et al (2003) foram especificadas regras gerais no âmbito da CQNUCM, como capacitação, desenvolvimento e transferência de tecnologias, assistências aos paises em desenvolvimento, particularmente os mais vulneráveis aos efeitos adversos das mudanças climáticas e ou ações realizadas pelos paises desenvolvidos para combaterem as mudanças climáticas.

Na COP-5 em Bonn, Alemanha, 1999 ocorreu reuniões técnicas e processo de consulta sobre o cumprimento do Plano de Buenos Aires, (FONSECA at al, 2001).

O principal resultado da Conferência foi o acordo para realizar a COP-6 em novembro de 2006, Holanda-Hague (CSE, 1999).

Conforme previsto a COP-6 se realizou na Alemanha com a finalidade de findarem os procedimentos e criarem as instituições necessárias para o Protocolo operacional.

De acordo com Loschel e Zhang (2002) este objetivo foi frustrado pela União Européia e Estados Unidos bem como pelos paises constituídos da umbrella group8 por duas questões principais: 1- em que extensão os paises do anexo I poderiam contabilizar a absorção de carbono pelas florestas e terras agricultáveis (sumidouros), como parte das

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O grupo guarda chuva – umbrella group composto pelos paises: Japão, EUA, Suíça, Canadá, Austrália, Noruega e Nova Zelândia, denominado JUSCANNZ-acrônimo formado pelas letras iniciais dos países formadores do grupo.

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metas de redução de emissões9. 2- em que extensão os paises do anexo I poderiam utilizar os mecanismos de flexibilidade para atingirem suas metas de reduções10.

Nesta oportunidade surgiu o Acordo de Bonn, salientando que nenhum acordo significativo sobre o Uso da Terra, ou Mudanças do Uso da Terra e Florestas, restando inacabada a conferencia e o tema transferido para a COP-7 (GUTIÉRREZ et al, 2003).

Para alguns autores, entre eles Kopp (2001) este entrave entre União Européia e Estados Unidos para questões como os limites do comércio de emissões como meio para atingir os compromissos do Protocolo de Kyoto, foi decidido favoravelmente aos Estados Unidos que optavam em não estabelecer limites para o comércio de emissões. 11

Depois de mais de três anos de negociações o Acordo de Bonn foi transformado em um texto legal denominado Acordo de Marrakesh, na COP-7.

As principais decisões na COP-7, segundo Jotzo e Michaelowa (2002) foram: • Aceitação, como sumidouros de carbono, do gerenciamento de florestas, com limites para cada país, e de solos agricultáveis e revegetação, sem limites para cada pais.

• Não estabelecimento de limites para o uso dos mecanismos de flexibilidade (Comercio de emissões, implementação conjunta e MDL).

• Com relação ao MDL, os sumidouros passaram ser aceitos, porém, limitados às atividades de florestamento e reflorestamento.

• Os direitos de emissões foram considerados bens fungíveis (passíveis de serem substituídos por outra coisa da mesma espécie, qualidade, quantidade e valor), isto é, os diferentes tipos de permissões são substitutos perfeitos, para a contabilização de redução de emissões.

A COP-8, New Delhi-Índia, 2002, foi adotada a Declaração de Delhi sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, reafirmando a prioridade dada pelos paises desenvolvidos à questão do desenvolvimento e erradicação da pobreza,

9 Os americanos desejavam uma ampla e generosa definição de sumidouros, enquanto os europeus desejavam restringir o uso de sumidouros.

10 Os Estados Unidos e outros membros do grupo guarda-chuva defendiam o comercio irrestrito de emissões, enquanto a União Européia propunha limites quantitativos para utilização desses mecanismos, insistindo em que as ações de redução domésticas deveriam ser o principal meio de atingir as metas (LOSCHEL e ZHANG, 2002).

11 Todas as três formas de créditos de carbono podem ser usadas para atingir os compromissos de redução de um pais, incluindo o comercio de emissões entre os paises do Anexo I, certificados de redução de emissões obtidos por meio de joint implementation e mecanismos de desenvolvimento limpo.

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reconhecendo as responsabilidades em comum, mas diferenciadas, das partes para a implementação dos compromissos da CQNUMC (GUTIÉRREZ et al, 2003).

Em 2003 foi realizada a COP-9 em Milão-Itália cujas negociações, segundo a Organização Americana Pew Center on Global Climate Change12 (2003) foram conduzidas em um clima de incertezas no tocante ao Protocolo de Kyoto mesmo os países reafirmando o apoio em ratificá-lo.

Entre os poucos resultados obtidos ressalta-se as decisões sobre as normas técnicas para os projetos de sumidouros no tocante do MDL e linhas mestras de operação de dois novos fundos: Fundo Especial de Mudança Climática e o Fundo para os Paises em Desenvolvimento.

A principal controvérsia estava relacionada à provisão de fundos para a diversificação econômica de paises afetados pelas medidas de mitigação. 13

Ressalta Kopp (2003) que a COP-9 estava repleta de detalhes técnicos para a administração do Protocolo de Kyoto, por profundas divisões entre governos, principalmente União Européia e Estados Unidos. Os primeiros em ratificar o apoio ao Protocolo de Kyoto e o segundo a recusa em ratificá-lo.

Para Carraro (2002), a decisão dos Estados Unidos retirarem-se do Protocolo de Kyoto reduziu a efetividade ambiental do Protocolo, diminuiu os incentivos empreendedores no que tange as pesquisas e desenvolvimento em economia de energia e o aumento do poder de barganha dos vendedores de permissões.

Em contrapartida os paises em desenvolvimento mostraram-se hostis em relação ao Protocolo vendo-o como instrumento limitador do crescimento econômico.

Na COP-10 houve uma verdadeira preparação para a vigência do Protocolo de Kyoto, apesar de suas incertezas que imperam até o presente momento.

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Pew Center on Global Climate Change – fundada em 1998, independente, sem fins lucrativos e não política partidária, tendo como objetivo promover informações claras e soluções inovativas a respeito da mudança global do clima.

13 A COP-9 adotou decisão prevendo futura orientação para operação de um fundo para os paises menos desenvolvidos. A orientação para a entidade responsável pela operacionalização do Fundo deverá incluir a necessidade de uma solução voltada para as necessidades dos paises, alinhada com as prioridades nacionais e que assegure efetividade de custos e complementaridade com outras fontes de recursos, equidade de acesso, critérios para as atividades amparadas com base nos custos totais acordados, linhas de ação para suporte expedito, urgência para adaptação aos efeitos adversos das mudanças climáticas e priorização das atividades (PEW CENTER, 2003).

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Segundo Aguilar et al (2004), ficou patente que vários paises não estão preparados para iniciar as negociações para o período pós 2012 no âmbito dos compromissos de redução de emissões e a implementação dos mecanismos do aludido Protocolo.

O fato é que as incertezas reduzem o ímpeto para a adoção de iniciativas de mitigação de alto custo e favorecem os argumentos a favor de medidas de futuras adaptações, como ocorreu nas COP´s anteriores.

A biodiversidade, em particular o clima, não é sensível a debates burocráticos e políticos sobre a sua situação e o ideal seria os paises começarem a perceber a atual dinâmica do tempo e das mudanças climáticas, vez que as COP’s continuam ano após ano sem objetivos racionais. As irracionalidades se repetem.

Na oportunidade da COP-11 sediada em Montreal/Canadá em 2005 e a 1º Conferência das Partes (COP/MOP-1), após a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, foram discutidos as questões relativas ao desmatamento em paises em desenvolvimento bem como a adoção de regras necessárias para a implementação do Protocolo de Kyoto, entre elas: os princípios para o tratamento do uso da Terra, mudança do uso da Terra e Florestas, as modalidades e procedimentos para o MDL.

No que concerne ao MDL alguns tópicos discutidos merecem destaque:

• O reconhecimento da necessidade de continuação do MDL pós-2012;

• Atividades de projetos iniciados entre 1o. de janeiro de 2000 e 18 de novembro de 2004; sem solicitação de registro, mas que tenham submetido uma nova metodologia (de linha de base e/ou monitoramento), ou que tenham requisitado a validação por uma entidade operacional designada até 31 de dezembro de 2005 poderiam solicitar créditos retroativos casos registrados pelo Comitê Executivo até 31 de dezembro de 2006;

Atividades de “carbon dioxide capture and storage” (captura geológica de carbono) deveriam ser analisadas em profundidade antes de serem consideradas como atividades de projetos dentro do MDL;

• Políticas locais/regionais/nacionais não poderiam ser consideradas como atividades de projetos de MDL, mas atividades de projetos dentro de um programa poderiam ser registradas com um único projeto de MDL desde que uma metodologia aprovada de linha de base e de monitoramento tenha sido utilizada; um limite de projeto

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apropriado tenha sido definido; a dupla contagem evitada; os vazamentos tenham sido considerados; e que as reduções de emissões sejam reais, mensuráveis, verificáveis e adicionais;

• Novas formas de demonstração da adicionalidade seriam analisadas, incluindo melhorias na “ferramenta para a demonstração da adicionalidade”;

• A “ferramenta para a demonstração da adicionalidade” não é de uso obrigatório;

• Seriam cobradas taxas para cobrir os custos administrativos do MDL de US$ 0,10 por redução certificada de emissão (RCE) emitida para as primeiras 15.000 toneladas de CO² equivalentes reduzidas em um dado ano, e de US$ 0,20 por RCE emitidas para quantidades superiores a 15.000 toneladas de CO² equivalente reduzidas em um dado ano. (ROCHA, 2007).

Na COP-12, pequenos passos foram dados em Nairóbi para garantir que não houvesse falhas entre a primeira e a segunda fase denominada COP-13 em dezembro passado que se expirará em 2012. Os resultados da COP-12 mostraram que o Brasil tem um enorme desafio pela frente como um dos maiores emissores de gases estufa da atualidade. Se o país realmente quiser fazer parte da solução do problema das mudanças do clima, devem adotar uma política nacional de mudanças climáticas, explorar alternativas energéticas limpas e renováveis e combater o desmatamento da Amazônia. Essa reunião, a primeira a acontecer na África Sub-saariana, obteve alguns bons resultados para países em desenvolvimento com o acordo firmado para estabelecer os princípios do Fundo de Adaptação. Esse fundo é um instrumento de financiamento unificado, que se vale de um imposto nas transações efetuadas no mercado de carbono para gerar recursos que ajudarão as pessoas mais pobres e vulneráveis do mundo a se adaptarem à realidade das mudanças climáticas.

Desde a vigência da CQNUMC em 21 de março de 1994 foram realizados 12 encontros, sendo que o próximo (COP-13) aconteceu na Indonésia em dezembro de 2007 sem grandes progressos em agilizar a continuação do Protocolo de Kyoto sob pena de um colapso no mercado de carbono bem como o descrédito do referido protocolo perante o planeta que clama por soluções que amenizem as mudanças climáticas devido às ações antrópicas provocadas pela humanidade.

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Infelizmente o Protocolo de Kyoto não obteve seu “efeito” desejado e o acordo global para reduzir emissões de gases de efeito estufa está distante, vez que as metas fixadas de 5,2% de redução sobre as emissões observadas em 1990 pelos paises desenvolvidos passaram a ser irrelevantes diante do acelerado aquecimento global.

2. CRÉDITOS DE CARBONO E MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO – MDL

2.1 Função e Objetivos: O Aparato Institucional e os Procedimentos relativos aos MDL (Clean Development Mechanism – CDM)

Como mencionado, o Protocolo de Kyoto criou três mecanismos de flexibilização: a) a execução em conjunta (joint implementation), o comércio de certificações de redução de emissões e o MDL – mecanismos de desenvolvimento limpo, incorporado no seu artigo 12. O primeiro diz respeito à implementação conjunta de um projeto, cujos países desenvolvidos implementam projetos que reduzam emissão em outros paises industrializados, em que os custos de redução sejam menos onerosos. O segundo, denominado de comércio de emissões, onde os paises pertencentes ao Anexo I do protocolo, que tenham reduzido suas emissões para um nível inferior as suas metas podem negociar esse excesso para outros paises desenvolvidos que não tenham atingido as reduções propostas. E por fim, o MDL em que os paises desenvolvidos podem investir em projetos que minimizem as emissões, não emitam ou seqüestram GEE’s, negociados através de cessão de créditos de carbono pelos paises em desenvolvimento com a função de utilizá-los como parte de suas cotas de reduções obrigatórias, propiciando para os paises em desenvolvimento, crescimento econômico aliado ao desenvolvimento sustentável.

O MDL é o único mecanismo estabelecido pelo Protocolo de Kyoto que permite a participação voluntária de paises em desenvolvimento, tendo como funções precípuas ajudar os paises do Anexo I (paises desenvolvidos) cumprirem as metas estabelecidas tendo por base o ano de 1990, no tocante à mitigação dos gases de efeito estufa, bem como promover desenvolvimento sustentável nos paises em desenvolvimento pertencentes ao não Anexo I, visando à prevenção das mudanças climáticas no planeta.

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A participação no MDL pode envolver tanto entidades públicas como privadas, sendo que os CER’s (Certificados de Emissões Reduzidas) obtidos no período de 2000 a 2008 poderão ser resgatados entre 2008 e 2012 para o cumprimento dos compromissos.

As reduções de emissões promovidas pelos projetos de MDL devem ser certificadas por entidades operacionais, a saber: a COP/MOP14 (Conferência das Partes), EB-MDL15 (CDM Executive Board-Conselho Executivo do MDL), AND16 (Designated National

Autority-Autoridade Nacional Designada), EOD17 (Designated Operational Entity-Entidade Operacional Designada) e Project Developer18 (Desenvolvedor de projetos).

Apesar de muitas dúvidas e ceticismos existentes quanto às funções básicas do Protocolo de Kyoto é necessário, principalmente para os paises em desenvolvimento, buscar investimentos fortes em projetos que promovam o crescimento econômico, tendo como finalidade os desenvolvimentos social e ambiental onde os lucros não sejam as únicas finalidades perpetradas. E ao mesmo tempo, buscar soluções em energias alternativas e renováveis para a sustentabilidade com responsabilidade e comprometimento por parte de todos os agentes dos setores publico e privado, visando à preservação das gerações futuras.

2.2 O Princípio do Poluidor Pagador (Polluter Pay Principle) e as Externalidades Negativas do Mercado.

O mecanismo de desenvolvimento limpo, embora muitos alegam a paternidade ao Brasil, surgiu com a nomenclatura de FDL (Fundo de Desenvolvimento Limpo), pela

14 Órgão máximo da CQNUMC, composta por todos os paises que ratificaram e sua função é determinar diretrizes gerais para a plena implantação da CQNUMC.

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Órgão da ONU e subordinado as decisões das COP’s responsável pela supervisão dos MDL’s. Entre suas funções podemos destacar: o credenciamento das entidades operacionais designadas; registro das atividades de projeto do MDL; emissão dos RCE’s; desenvolvimento e operação do registro do MDL; estabelecimento e aperfeiçoamento de metodologias para definição da linha base, monitoramento e fugas.

16 Sua função é atestar a participação dos paises de forma voluntária, relatar as atividades que contribuem para o desenvolvimento sustentável dos paises participantes e a aprovação das atividades dos projetos de MDL. 17 São entidades nacionais ou internacionais credenciadas pelo Conselho Executivo e designadas pela COP/MOP. Seus objetivos consistem em validar atividades de projetos de MDL de acordo com as decisões de Marraqueche, verificar e certificar reduções de emissões de GEE e remoção de CO², manter uma lista pública de atividades de projetos de MDL, enviar um relatório anual ao Conselho Executivo, manter disponíveis para o publico as informações sobre as atividades de projeto de MDL, que não sejam consideradas confidenciais pelos participantes do projeto.

18 Podem participar de atividade de projeto de MDL as Partes Anexo I, e não Anexo I ou entidades públicas e privadas dessas Partes, desde que por elas devidamente autorizadas. Atividades de projeto de MDL podem ser implementadas por meio de parcerias com o setor publico e privado.

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proposta brasileira e seria mantido pelas sanções perpetradas aos paises desenvolvidos que não cumprissem as metas pré-estabelecidas do Protocolo de Kyoto a respeito das reduções de emissões.

Logicamente, que esta proposta brasileira encontrou barreiras oposicionistas dos paises desenvolvidos.

Desta oposição, algo inesperado surge: uma articulação entre Brasil e EUA para alterar o FDL, passando a denominar-se MDL-Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

Mas seria o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo um instrumento jurídico ambiental?

Cremos que não. Primeiro, porque não se coadunam com os princípios elementares do Direito ambiental, princípios da participação, ubiqüidades, desenvolvimento sustentáveis e o principio do poluidor pagador, erroneamente conceituado e deturpado por alguns que na utilização da hermenêutica imprópria, conceituam-no como sendo “o pagar para poluir”.

A partir deste conceito equivocado do principio do poluidor pagador, há uma inversão do verdadeiro sentido valorativo e em conseqüência o enquadramento do MDL como instrumento de natureza jurídica ambiental.

Para que compreendamos seus preceitos, necessário entender as regras das externalidades negativas, ou seja, falhas de mercado, no sentido de que os produtos postos no mercado não possuem preço que contenha em si todos os ganhos ou perdas resultantes da sua produção.

Quando as externalidades se encontram presentes, o preço de um bem não reflete necessariamente seu valor social, conforme preconiza Pindyck19 (1998).

Sob outra ótica, poderia dizer que há um enriquecimento do produto à custa de um efeito negativo suportado pela sociedade, já que não teria colocado no custo do seu produto esse desgaste, advindo à expressão “privatização dos lucros e socialização das perdas”.

19

A externalidade negativa ocorre, por exemplo, quando uma usina de aço despeja seus afluentes em um rio do quais os pescadores dependem para sua pesca diária. Quanto mais afluentes forem despejados no rio pela usina de aço, menos peixes haverá. A usina de aço, entretanto, não tem nenhum incentivo para responder pelos custos externos que ela esta impondo aos pescadores quando toma a decisão de produção. Além disso, não existe um mercado no qual esses custos externos possam ser repassados para o preço final do aço.

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A interpretação correta do principio do poluidor pagador em ultima analise é internalizar o custo, embutir no preço e assim produzir, comercializar produtos que são sabidamente degradantes do meio ambiente, nas suas diversas etapas da cadeia de mercado.

Não é um principio somente corretivo, mas preventivo, que visa evitar o dano. Enfim, não se compra o direito de poluir mediante a internalização do custo social. Definitivamente, o MDL não é instrumento de efetivação do principio do poluidor pagador, porque a finalidade precípua do MDL é comprar o direito de poluir, utilizando a exegese literal do PPP (principio do poluidor pagador).

Por uma analise bem remota, se o MDL fosse um instrumento do PPP, ter-se-ia o seguinte:

•Responsabilização pura e simples dos paises do Anexo I por todos os desastres ambientais e os sociais que dele decorrem oriundos dos GEE lançados ao longo dos anos, a partir de 1990.

• Impedimento de utilização das matrizes energéticas que sejam responsáveis pela emissão de CO², como a queima de combustíveis fósseis, atuando de forma a exigir substituição das matrizes existentes por outras que sejam limpas.

• Compensação aos paises que ao longo dos anos, tal como o Brasil, se prestam para manter um mínimo de sustentabilidade no clima do planeta, sem nenhuma recompensa ofertada.

O princípio do poluidor pagador (polluter pays principle) assenta-se no Direito Econômico preconizando que os custos sociais externos que acompanham o processo produtivo devem ser internalizados, isto é, devem ser levados em consideração quando da elaboração dos custos de produção e por sua vez assumi-los, assim, o PPP imputa ao poluidor o custo da poluição perpetrada, bem como suas conseqüências por dano ecológico em uma abrangência não somente sobre bens e pessoas, mas sobre toda a natureza.

Derani apud Milaré (2001) discorre sobre as externalidades negativas afirmando que embora resultantes da produção, são recebidas pela coletividade, a contra sensu do lucro que é auferido somente pelo produtor privado.

Para Milaré (2001) o principio do poluidor pagador consiste no preceito de que quem poluiu, responderá pelos danos e não inversamente – pagador-poluidor: pagou, então pode poluir.

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3. O PARADIGMA ENERGÉTICO: SEMENTES VISÍVEIS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O Mecanismo de Joint Implementation é o único instrumento de cooperação hemisfério Norte – Hemisfério Sul previsto no Protocolo de Kyoto que oportuniza aos paises desenvolvidos financiar e realizar nos paises em desenvolvimento, projetos de mitigação de GEE’s a partir de tecnologias favoráveis ao meio ambiente.

Muito embora este objetivo seja de certa maneira louvável, várias questões do protocolo merecem e necessitam de um debate aprimorado entre os paises participantes no intuito de implementar e inserir dados não informados ou obscuros. Dentre eles, os relativos aos custos de adaptação dos paises para os efeitos negativos das mudanças climáticas, bem como a implementação e aprimoramento relativo à capacidade e transferência tecnológica com enfoque a investimento em eficiência energética, desenvolvimento em fontes de energias renováveis, técnicas de seqüestro de carbono e questões sobre a propriedade intelectual concernentes a patentes e pagamento de royalties entre paises contratantes.

Mesmo o Protocolo estabelecendo em seu artigo 12˚, parágrafo 8˚ o financiamento em tecnologia e capacitação (capacity building) para os paises em desenvolvimento, fruto da COP-12, este não lhes asseguram e muito menos regulamentam as fontes de financiamento (art. 10), assim sendo bastante vago.

Desta premissa as metas do protocolo continuam bastante tímidas, baseadas em reduções de emissões de 5,2% em relação ao patamar de 1990 em 2012, além de o mecanismo essencial adotado ser débil e contraditório, vez que penaliza monetariamente os paises com relação às emissões de CO² e, em contrapartida permite a comercialização do “direito” de poluir.

Basicamente o MDL desonera paises desenvolvidos, fazendo com que paises em desenvolvimento se responsabilizem pelas emissões de gases de efeito estufa sem que estes sejam reduzidos no ambiente. Sem a redução de emissões pelos paises desenvolvidos não há solução para as mudanças climáticas globais.

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Para tanto, o paradigma energético se faz presente nas sociedades contemporâneas, ainda incipientes que anseiam por mudanças baseados em um mundo de energias limpas.

Como a produção e o uso da energia representam um dos maiores desafios para a qualidade de vida com alternativas de um futuro energético mais limpo, necessário à interação de políticas públicas, tecnológicas e econômicas para viabilizar este novo panorama.

Cientes destas questões que transitam entre as transformações radicais das matrizes energéticas e fontes de energias socialmente e ambientalmente insustentáveis, a Organização não Governamental Greenpeace20 divulgaram relatório complementar e alternativo (Energy Revolution) ao IPCC, salientando que a humanidade necessita superar dois obstáculos para a real concretização destes paradigmas inovadores, quais sejam: primeiro, o político-ideológico e o segundo, o econômico.

Para Martins, (2007, p.18-19) “A idéia segundo a qual as sociedades têm o direito e a capacidade de construir seu futuro tornou-se uma heresia para o pensamento capitalista – que ainda é predominante”. Assim, “a afirmação da vontade coletiva desafia um dos dogmas centrais da ideologia neoliberal: o de que as sociedades devem esquecer o sonho perigoso de planejar seu futuro comum, e entregar seu destino à “mão invisível” do mercado – que assegurará liberdade, riqueza e felicidade”.

Ao comentar sobre o segundo obstáculo – o econômico, Martins (2007, p.19) diz que “as fontes de energia alternativas não se diferenciam das tradicionais apenas por serem sustentáveis”, justificando que “em todos os casos, sua produção adapta-se muito mais facilmente a um modelo descentralizado e descentralizador de produção, sendo que a lógica não é mais gerar eletricidade em imensos empreendimentos comandados por corporações jurássicas” assim o modelo da concentração produtiva é substituído pela geração descentralizada.

Um dos grandes dilemas a serem superados para a problemática do aumento dos GEE’s é a idéia predominante do antropocentrismo capitalista, não dimensionando a temporariedade do dano ambiental provocados pela conduta humana.

20 Organização não governamental, sem fins lucrativos com mais de 30 anos de luta pacífica em defesa do meio ambiente e presente no Brasil desde 1992, atuando em 30 paises.

.Disponível em:

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Segundo Derani (1997) a política empresarial esta focada na “monetarização e regulamentação da natureza”, exacerbando o aspecto financeiro dos recursos naturais, ignorando seu caráter esgotável.

Por esta ótica, nem o principio do poluidor pagador muito menos o propalado desenvolvimento sustentável são capazes de eliminar o caráter poluente e tóxico dos resíduos deixados pelos recursos energéticos atualmente utilizados.

Entre as alternativas para a substituição ou complementação ás energias convencionais para as energias limpas e renováveis com ênfase a responder de forma ecologicamente sustentável bem como auxiliar as demandas de populações mais distantes sem acesso á energia, destacamos:

• Biomassa: como forma de contribuição parcial, tanto na produção de biocombustíveis como na co-geração com base nos resíduos agrícolas, no descarte do uso de lenhas e biogás de lixo urbano.

• Solar térmica e fotovoltaica: solar na aplicação térmica com menos custos que a fotovoltaica, mas esta, com grandes possibilidades pelo crescimento do mercado mundial.

Considerada uma das alternativas energéticas mais promissoras, juntamente com a energia eólica, se divide em duas categorias: ativa, que produz energia elétrica e calor como subproduto, e passiva que produz calor tendo como principal uso o aquecimento de água. São utilizados para esta categoria de energias renováveis sistemas fotovoltaicos que produzem energia diretamente por meio de células solares, e solar térmica que produz energia indiretamente, utilizando os raios solares.

No Brasil, as políticas energéticas ainda caminham a passos lentos e rumos incertos mesmo com a criação em 2002 do PROINFA (Programa de incentivo as fontes alternativas de energia elétrica), Programas de Biocombustíveis e a Lei de Eficiência Energética21, principalmente no que tange a viabilidade e ausência de políticas publicas para investimentos em pesquisas de fontes renováveis bem como para a sua implementação.

Assim, são necessários investimentos em recursos energéticos renováveis para que o país consiga a autonomia energética, desenvolvendo alternativas capazes de amenizar os

21 Lei 10.295/01 através do Decreto 4.059/2001 que estabelece índices máximos de consumo de energia para equipamentos e produtos comercializados no país.

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efeitos advindos do uso e manejo irresponsável por parte de todos os agentes da cadeia social e industrial.

Em síntese, para que tenhamos sucesso com os objetivos de melhoria e implementação de uma matriz energética baseada em energias limpas, o país necessita aprimorar políticas de energias suficientes e consistentes, cooperação internacional entre governos e entre governos e empresas bem como alternativas para incentivos tributários capazes de subsidiar estas mudanças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A preocupação de toda comunidade internacional no que se refere às mudanças climáticas bem como os apelos midiático fazem com que as sociedades questionem o modo de vida contemporâneo, baseado no crescimento pelo crescimento.

O crescimento é um mito da economia do imaginário que nos propõe bem estar através do consumo exacerbado de bens e produtos, pois cresce de um lado e decresce do outro, isto é, degradação da qualidade de vida com o surgimento de pandemias, catástrofes climáticas, desigualdades sociais sob o apelo do marketing econômico na pretensa promessa do bem estar social. Pessimismo? Não, apenas bom senso.

Mais que um paliativo para todo o caos das questões climáticas e suas complexidades advindas do aquecimento global, organismos internacionais como a Conferencia Mundial sobre o Ambiente Humano e a CQNUMC, surgem para objetivar maneiras facilitadoras para que os ecossistemas se adaptem com naturalidade ás mudanças climáticas no afã de conjugar desenvolvimento econômico com way life sustentável.

A grande inovação nasceu na oportunidade da COP-3 com a criação de um regime multilateral, o Protocolo de Kyoto viabilizando os mecanismos de flexibilização, dentre eles o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Apesar de muito ceticismo quanto a este mecanismo, eles começam a ser bem representativo para a implementação das metas estabelecidas por estes organismos, como também para a promoção de um desenvolvimento social e ambiental, na esperança pela sociedade que os lucros não sejam as principais finalidades.

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Neste momento é primordial a inserção dos paises em desenvolvimento avançarem nas suas contribuições e esforços para mitigar as emissões de GEE visando especial atenção a implementação de energias limpas através deste regime multilateral visando o período de 2012.

Para tanto, necessário que o Brasil reconheça e aceite o estabelecimento de compromissos adicionais além das medidas voluntárias, conscientizando que os paises do não Anexo I não podem mais ser tratados como grupo indistinto no referencial as metas de redução, sob pena de serem considerados obstáculos significantes do progresso em prol de um acordo multilateral.

O Brasil deverá primar pelo reconhecimento de suas obrigações para que seja assegurada a todos os membros participantes do protocolo uma divisão baseada na equidade das responsabilidades e ao mesmo tempo ser incluído no Anexo 1/B – paises recém-industrializados, responsáveis por altas taxas de emissões.

O capitalismo moderno está sendo aos poucos suplantado, vez que o consumo individualista, antes condição legítima, cede lugar para o consumo responsável, transformando a visão antropocêntrica do mundo de exploração irresponsável da natureza para o consumo ambientalmente, economicamente e socialmente sustentado com superioridade na eficiência produtiva e principalmente com responsabilidade e comprometimento com o meio ambiente.

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