Prof. Jorge H. B. Casagrande
COMUNICAÇÃO DE DADOS
Modelo Básico de Comunicação de Dados
Modem
A
Modem
B
DTE A DCE A Meio de DCE B DTE B comunicação ID – Interface Digital IA–Interface Analógica Cabo lógico Comunicação Física Comunicação Lógica
DTE - Data Terminal Equipament
Modelo Básico de Comunicação de Dados
□
Conexão FÍSICA elementar - Quando os limites de
alcance dos sinais das IDs são respeitados
Caracterização da Comunicação de Dados
■
Sentido da Transmissão
□ Simplex, Semi (half) duplex, (full) duplex
■
Transporte da informação
□ Serial ou paralelo
□ Determina a capacidade, custo de HW, Flexibilidade e imunidade à ruídos
■
Taxa de transmissão (bps)
■
Sincronismo da Transmissão dos bits
□ Síncrono ou Assíncrono
■
Número de links (meios de transmissão)
□ 1, 2 ...
Comunicação Assíncrona
□
Exemplo de transmissão assíncrona com 8 bits e sem
Paridade e estado inicial da linha alto.
□
Implementada pela UART (Unidade Assíncrona de Tx)
■ Eficiência Te=100*info/(info+ctle) [%] (máx=80%!)
■ Overhead Oh=100*[ctle/info] [%]
Comunicação Assíncrona
□ Conexão FÍSICA elementar da ID em modo assíncrono duplex (Sem sinais de controle) - mínimo de 3 fios no cabo lógico
ID ID TD RD GND RD TD GND TD – transmissão de dados RD – recepção de dados
Comunicação Assíncrona
□
Conexão FÍSICA da ID em modo assíncrono duplex em
um modelo básico de comunicação de dados
ID ID TD RD GND ID ID RD TD GND Modem (DCE) Modem (DCE) MEIO
DCE
DCE
ZoomComunicação Síncrona
❑
O sinal de TD/RD na ID necessita de um sinal adicional
separado para dar o compasso da amostragem dos bits de
dados. Não há start/stop.
❑
Todos os bits de TD são dados
❑
EXIGÊNCIA de um protocolo na camada de enlace
(orientado à bit ou à byte). A Te e Oh fica dependente
deste protocolo!
❑
Exige 5 fios na ID para uma comunicação full-duplex
❑
Uso de uma USART (Unidade Síncrona Assíncrona de
Recepção e Transmissão) implementada em HW e/ou SW
❑
Custo elevado na ID porém é possível conseguir índices de
eficiência mais próximos de 100%
Comunicação Síncrona
□ Conexão FÍSICA da ID em modo síncrono duplex.
□ Por padrão universal o DCE é o equipamento que deve gerar o sincronismo de TD e RD. ID ID TD RD GND
DCE
TC RC TD RD GND TC RCDTE
TC – TRANSMITER CLOCK RC – RECEIVER CLOCK MEIOProf. Jorge H. B. Casagrande
INTERFACES DIGITAIS
□
O par metálico está presente como condutor na
transmissão de dados:
–
Nas IDs;
–
Nos links;
–
Nos circuitos impressos…
□ Considerando os parâmetros distribuídos, pode ser
modelado eletricamente:
□
Efeito indesejado do acoplamento
indutivo de condutores em paralelo
INTERFACES DIGITAIS
□
Efeito minimizado do acoplamento
indutivo de condutores trançados
□
Resultado: Modelo elétrico mais aproximado, o Duplo T□ Pares de fios trançados tornam desprezíveis a reatância indutiva.
A B (R/4)/Km C/Km (R/4)/Km (R/4)/Km (R/4)/Km Fonte de sinal carga
INTERFACES DIGITAIS
□
Necessidade da padronização de Interfaces Digitais:
■ A transferência de dados entre equipamentos DTEs e/ouDCEs utiliza taxas, alcances e propósitos diversos;
■ A característica elétrica do sinal deve respeitar cada aplicação;
■ Interoperabilidade e universalização das conexões
■ Devido aos fios expostos nas conexões entre IDs, ruídos externos são captados;
■ Necessita definir:
□ Características mecânicas
□ Descrição funcional dos sinais utilizados
□ Características Elétricas (esta define o padrão “comercial”)
INTERFACES DIGITAIS
INTERFACES DIGITAIS
INTERFACES DIGITAIS
Solução adicional para minimizar ruídos: Sinais diferenciais (balanceados)
Pinos correspondentes no conector da ID Gerador não balanceado Gerador balanceado com sinal diferencial
Receptor diferencial
Receptor diferencial balanceado
Ex. circuito balanceado Ex. circuito não balanceado
Saída
S+R Ruído (R) Sinal (S)
Sinal (S)
Saída S
INTERFACES DIGITAIS
Sinais diferenciais: fontes em ambos os fios, porém defasadas de 180º Resultado: Eliminação expressiva dos ruídos na recepção!
INTERFACES DIGITAIS
Sinais não diferenciais: Usam GND comum para todos os sinais da ID
□
Normatização das IDs:
■ Necessário definir limites elétricos para que um sinal seja considerado “1” ou “0” lógico
■ A Associação da Indústria Eletrônica (EIA) definiu
padrões como os Recomendation Standart (RS) RS232, RS485, RS423 etc...
■ Circuitos balanceados (diferenciais) ou não e as taxas em bps aplicáveis são as bases da criação dos dos
padrões. Ex.: RS530, V.35 estabelecem circuitos mistos diferenciais e não diferenciais para altas taxas.
■ As mais utilizadas nos circuitos de dados são RS232, RS485, V.35, V.36 e G.703.
□
Normatização das IDs: Premissas Básicas
■ A necessidade de troca de informações em geral é para localidades distantes
■ O modelo básico de comunicação de dados prevê então DTEs Distantes
■ Se há meio de transmissão entre DTEs, há DCEs obrigatoriamente
■ Os DCEs regem todo o controle sobre a camada física e o compasso (sincronismo) entre os DTEs
■ Toda interface digital portanto deve prever uma
padronização elétrica, mecânica e funcional para uma conexão entre DTE-DCE
■ De forma elementar, um pino da ID que é fonte no DTE será carga no mesmo pino no DCE e vice-versa. Nasce o conceito de cabo pino-à-pino (ou cabo direto ou 1:1)
□ Normatização das IDs: Exemplo do Modelo Elétrico de um Circuito fonte-carga do TD da RS232 (padrão CT1XX)
R0 R L C L C 0 VL EL V 0 T E R M I N A D O R D R I V E R origem destino fonte carga TD CT103 Pino 2 da ID Pino 7 da ID Cabo lógico
INTERFACES DIGITAIS
INTERFACES DIGITAIS
□ Grupo de sinais (circuitos)
PARA NOSSO ESTUDO!
Em uma comunicação que usa todos os sinais ao lado:
□ O TD só é liberado se CTS, DSR, DCD, TC e RC estiverem presentes □ O RD só é liberado se RTS, DTR e TCKE estiverem presentes RC TC TCKE DCD DTR DSR CTS RTS RD TD GND Terra Sinal X DTE 113 X -102 X DTE 108 X X Grupo sincro. X X X X Grupo controle X Grupo refer. DCE 115 DCE 114 DCE 109 DCE 107 DCE 106 DTE 105 X DCE 104 X DTE 103 -101 Grupo dados Origem CT
INTERFACES
DIGITAIS
□ Grupo de sinais (circuitos) Mais importantes X X X Grupo sincro. X X X X X X X Grupo controle X X Grupo refer. X TEST 142 TCKE 113 X -111/ 112 X RI 125 X LDR 140 DTR 108 X LAL 141 RC 115 TC 114 DCD 109 GND 102 DSR 107 CTS 106 RTS 105 X RD 104 X TD 103 Terra 101 Grupo testes Grupo dados Sinal CTINTERFACES DIGITAIS
□
Interface RS232
INTERFACES DIGITAIS
INTERFACES DIGITAIS
□
Exemplo da função dos sinais da ID em uma linha discada
continuação...
INTERFACES
DIGITAIS
□ Resumo dos circuitos da interface digital RS232 e RS232C (V.24) (CANAL PRINCIPAL) □ Todos os sinais não-diferenciais e limitados em 20Kbps (V.28) □ Aplicações Síncronas ou assíncronas MODEM EM TESTE DCE TEST 142 25 -RELÓGIO DE TRANSMISSÃO EXTERNO DTE TCKE 113 24 -SELEÇÃO DE TAXA DE TRANSMISSÃO DTE/DC E -111/112 23-INDICADOR DE CHAMADA (RING) DCE RI 125 22 9 COMANDO DE LDR DTE -140 21
-TERMINAL DE DADOS PRONTO DTE DTR 108/2 20 4 COMANDO DE LAL DTE -141 18 -RELÓGIO DE RECEPÇÃO DCE RC 115 17 -RELÓGIO DE TRANSMISSÃO DCE TC 114 15 -ALIMENTAÇÃO EXTERNA DCE -12V -10 -ALIMENTAÇÃO EXTERNA DCE +12V -9 -PORTADORA DETECTADA DCE DCD 109 8 1 TERRA DIGITAL -GND 102 7 5 MODEM PRONTO DCE DSR 107 6 6
PRONTO PARA TRANSMITIR DCE
CTS 106
5 8
PEDIDO PARA TRANSMITIR DTE RTS 105 4 7 DADOS RECEBIDOS DCE RD 104 3 2 DADOS TRANSMITIDOS DTE TD 103 2 3 TERRA DE PROTEÇÃO -Terra 101 1 -FUNÇÃO ORIGEM SINAL CIRCUITO (CT) PINO DB25 PINO DB9 Pinout – relação da posição dos pinos com seus
respectivos sinais para o padrão mecânico
INTERFACES DIGITAIS
□ Interface V.35
■ Aplicações exclusivamente síncronas
■ Velocidades acima de 48Kbps e até 2Mbps
■ Grupo de sinais de dados e Sincronismo São diferenciais (V.35)
■ Grupo de sinais de controle não diferenciais (V.28)
■ Conector padrão M.34 (ISO2593)
□ Interface V.36
■ Aplicações exclusivamente síncronas em ambientes ruidosos
■ Velocidades acima de 48Kbps e até 2Mbps (RS449)
■ Exceto os grupos de teste, os demais sinais são diferenciais (V.11)
INTERFACES DIGITAIS
□ Conectores das interfaces V.35 e V.36 (referência tipo Macho)
INTERFACE
V.35
□ Pinouts padrões RELÓGIO DE RECEPÇÃO DCE RTa RTb 115 6 19 17 9 V X RELÓGIO DE TRANSMISSÃO DCE STa STb 114 3 16 15 12 Y AA/aa RELÓGIO DE TRANSMISSÃO EXTERNO DTE TTa TTb 113 11 24 24 11 U W PORTADORA DETECTADA DCE RR 109 10 8 F TERMINAL PRONTO DTE DT 108 -20 H MODEM PRONTO DCE DM 107 9 6 E PRONTO PARA TRANSMITIR DCE CS 106 7 5 D PEDIDO PARA TRANSMITIR DTE RS 105 5 4 C DADOS RECEBIDOS DCE RDa RDb 104 4 17 3 16 R T DADOS TRANSMITIDOS DTE SDa SDb 103 2 15 2 14 P S TERRA DIGITAL -S.GND 102a 102b 13 7 23 B TERRA DE PROTEÇÃO -P.GND 101 1 1 A FUNÇÃO ORIGEM SINAL Circuito (CT) PINO DB25 TELERÁS PINO DB25 ISO2110 PINO M34 ISO2593INTERFACE
V.36
□ Pinouts padrões RELÓGIO DE RECEPÇÃO DCE RTa RTb 115a 115b 6 19 17 9 8 26 RELÓGIO DE TRANSMISSÃO DCE STa STb 114a 114b 3 16 15 12 5 23 RELÓGIO DE TRANSMISSÃO EXTERNO DTE TTa TTb 113a 113b 11 24 24 11 17 35 PORTADORA DETECTADA DCE RRa RRb 109a 109b 10 22 8 10 13 31 TERMINAL PRONTO DTE DTa DTb 108a 108b -12 30 MODEM PRONTO DCE DMa DMb 107a 107b 9 21 6 23 11 29 PRONTO PARA TRANSMITIR DCE CSa CSb 106a 106b 7 20 5 13 9 27 PEDIDO PARA TRANSMITIR DTE RSa RSb 105a 105b 5 18 4 19 7 25 DADOS RECEBIDOS DCE RDa RDb 104a 104b 4 17 3 16 6 24 DADOS TRANSMITIDOS DTE Sda SDb 103a 103b 2 15 2 14 4 22TERRA DIGITAL (DE SINAL) -S.GND a S.GND b 102a 102b 13 7 23 19 20 TERRA DE PROTEÇÃO -P.GND 101 1 1 1 FUNÇÃO ORIGEM SINAL Circuito (CT) PINO DB25 TELERÁS PINO DB25 ISO2110 PINO DB37 ISO4902
INTERFACES DIGITAIS
□
Interface RS485
■
Sinais diferenciais balanceados com saída tri-state
■
Conectada em barramento de 2 (half-duplex) ou 4
fios (full) com até 4000 pés
■
Obrigatório o uso de protocolos para endereçar os
dispositivos
■
Adequada para redes multiponto com até 32
dispositivos em 2 fios com driver padrão (utilizando
repetidores ou drivers especiais é possível muito
mais!)
INTERFACES DIGITAIS RS485 @2 FIOS
Multiponto
half-duplex
até 256
pontos
Multiponto
half-duplex
até 256
pontos
INTERFACES DIGITAIS
□
Interface G.703
■ Um único sinal codificado em cada par de fios de entrada/saída = Interface mecânica simplificada!
■ Usa código HDB3 para 2Mbps (75Ω)
□ Padrão G.704 define estrutura do sinal multiplexado
■ 32 canais de 64 kbps – quadro 32bytes – 125us, ciclo 4ms ■ As duas normas juntas G703/G704 são conhecidas como E1
□
Padrões mecânicos G.703
□ Cabos lógicos
■ Seu custo é relevante e obrigatório na infra-estrutura.
■ Má qualidade dos componentes ou de sua construção afeta o desempenho e confiabilidade dos circuitos de dados.
■ Todos os sinais possuem um pino de origem no DTE ou DCE
■ Devem interligar adequadamente cada par de equipamentos respeitando basicamente:
□ Não ligar pinos de origem com outros de origem □ Não ligar pinos de destino com outros de destino □ Operação funcional do par origem/destino
■ Cabos acima de 15m devem possuir malha ou fita de blindagem
■ Para interfaces com sinais diferenciais cabos devem ser
preferencialmente pareados (especialmente se > 15m)
■ Utilizar a quantidade de pinos (pinout) realmente
necessária na ID