Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina. Pesquisa Fecomércio Comércio eletrônico em Santa Catarina 2014

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Federação do Comércio de Bens, Serviços

e Turismo de Santa Catarina

Pesquisa Fecomércio –

Comércio eletrônico em

Santa Catarina 2014

Núcleo de Pesquisas Fecomércio SC

01/12/2014

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1 Pesquisa Fecomércio | Comércio Eletrônico Santa Catarina 2014

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...2

PESQUISA COM CONSUMIDOR...3

Perfil Socioeconômico... 3

Não utilizam a internet ... 4

Usuários de internet ... 4

Comportamento do usuário de internet em relação ao e-commerce .... 6

Não compram pela internet ...10

EMPRESARIADO CATARINENSE E O E-COMMERCE ... 12

Empresas que realizam o e-commerce ...14

Empresas que não estão inseridas no ambiente virtual ...18

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INTRODUÇÃO

O Comércio Eletrônico, também conhecido como e-commerce, é uma forma de negócio ou transação comercial que demanda a transferência de informações por mecanismos eletrônicos, a partir da internet. Essa categoria de negócio vem crescendo vertiginosamente no mundo todo nos últimos anos, e o Brasil acompanha essa tendência. Prova disso são os números do e-commerce durante o primeiro semestre de 2014, quando o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 16,06 bilhões, e o número de pedidos chegou a 48,17 milhões (E-bit, 2014).

Atenta a essa realidade, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) realizou a pesquisa para compreender o panorama do e-commerce catarinense. A pesquisa foi instaurada em duas frentes: levantamento com consumidores do Estado, objetivando descrever a relação deste público com o comércio eletrônico. Para tanto se buscou informações sobre o relacionamento do consumidor com o mundo on-line, traçando o perfil do e-consumidor, com suas preferências e hábitos.

A outra vertente analisou o e-commerce com base em dados levantados junto ao empresariado de Santa Catarina, dentre os quais os principais segmentos pesquisados foram: calçados/ vestuário e confecção; livraria, papelaria e bazar; varejo supermercados; alimentos/ bebidas/bares/restaurantes; farmacêutico/ higiene pessoal, perfumaria cosméticos; varejo material de construção; Cia aérea/operadoras de turismo/hotéis; loja de departamento/magazine; eletroeletrônicos; informática; artigos esportivos; operadora de telefonia móvel, entre outros. Na pesquisa com as empresas foram levantados os números sobre a adesão dessa forma de negócio entre os empreendimentos catarinenses, juntamente com a rejeição dessa forma de negócio, dentre outros dados, como o faturamento médio referente a vendas pelo formato e-commerce.

A apresentação da pesquisa esta dividida em dois capítulos: o primeiro capítulo versa sobre os dados referentes aos consumidores e o capítulo seguinte tem como foco a análise dos dados sobre o empresariado catarinense.

O levantamento ocorreu entre os dias 27 de novembro a 5 de dezembro, na qual foram entrevistados 419 consumidores, dos municípios de Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma e Florianópolis. A escolha destes municípios extrapola o âmbito geográfico e está baseada na representatividade deles para o estado no que se refere às particularidades dos negócios de comércio e serviços. Junto ao empresariado também foram realizadas 419 entrevistas, com as empresas representadas pele Federação distribuídas entre as mesmas seis cidades catarinenses: Florianópolis, Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville e Criciúma.

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PESQUISA COM CONSUMIDOR

Perfil Socioeconômico

O capítulo visa revelar a relação dos consumidores de Santa Catarina com o comércio eletrônico. Para tanto, inicialmente, foi averiguado o perfil sócio econômico das 419 pessoas pesquisadas, a partir da coleta de informações sobre: sexo, faixa etária, grau de escolaridade, estado civil e renda média familiar mensal.

Fonte: Núcleo de pesquisas Fecomércio-SC.

69,5% 30,5% 14,6% 19,8% 22,9% 22,9% 14,1% 5,3% 0,5% 57,8% 25,8% 6,9% 6,2% 3,3% 2,40% 16,90% 46,30% 17,70% 3,10% 2,10% 11,50% 1,2% 27,9% 45,8% 21,5% 2,9% 0,7% Feminino Masculino 16 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 64 anos 65 anos ou mais Recusa Casado/União estável Solteiro Separado/divorciado Viúvo NR/NS De 0 a R$ 888 De R$ 889 a R$ 1.417 De R$ 1.418 a R$ 3.763 De R$ 3.764 a R$ 6.109 De R$ 6.110 a R$ 7.965 Mais de R$ 7.965 Recusa Sem alfabetização Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Pós - graduação Recusa S e x o Fa ix a e tá ri a E s ta d o c iv il R e n d a m é d ia f a m ili a r m e n s a l G ra u d e e s c o la ri d a d e

Perfil Socioeconômico

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O comércio eletrônico tem como prerrogativa a utilização da internet pelo consumidor, por esse motivo, a pesquisa inicialmente questionou se o entrevistado utiliza a internet. Do total de entrevistados, a porcentagem dos que declararam utilizar a internet foi de 76,4%. No gráfico a seguir é possível observar a distribuição entre os entrevistados que afirmaram acessar ou não a internet.

Fonte: Núcleo de pesquisas Fecomércio-SC

Não utilizam a internet

O perfil socioeconômico das pessoas entrevistadas que declararam não utilizar/acessar a internet, 23,6% do total da amostra, também foi apurado.

Dentre as pessoas que declararam não utilizar a internet, a maioria são mulheres (76%), com faixa etária entre 45 a 54 anos (36%), seguidos por pessoas entre 55 a 64 anos (26%). A maioria é casada ou em união estável (67%), seguida por pessoas que se dizem viúvas (11%). Referente ao grau de escolaridade, o maior percentual entre os entrevistados que declararam não utilizar a internet são de pessoas que cursaram até o ensino fundamental (51%), seguida por aqueles que afirmaram ter cursado o ensino médio (segundo grau) (36%). Sobre a renda média familiar mensal, a faixa de maior expressão entre os que não utilizam a internet é a de pessoas com renda familiar mensal de R$ 1.418 a R$ 3.763 (51%), seguida por pessoas com renda familiar mensal de R$ 889 a R$ 1.417 (22%).

Usuários de internet

Referente às pessoas que utilizam a internet (76%), o perfil socioeconômico destoa das que não utilizam, principalmente sobre a faixa etária, onde a mais representativa é a com pessoas entre 25 a 34 anos (25%), seguida por pessoas entre 35 a 44 anos (24%). Outro fator que se destaca refere-se ao grau de escolaridade, onde o maior número é de pessoas que cursaram o ensino médio/segundo grau (49%), seguido por pessoas que cursaram ou cursam o ensino superior (27%). Casadas ou em união estável são a maioria (56%). A renda familiar mensal predominante também é a de pessoas que ganham entre R$ 1.418 a R$ 3.763 (45%), contudo, a segunda maior faixa

Sim 76,4% Não

23,6%

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de renda familiar entre usuários de internet é a de pessoas que ganham entre R$ 3.764 a R$ 6.109 (20%). O gráfico a seguir compila os perfis destes dois públicos.

76% 24% 3% 4% 18% 36% 26% 11% 1% 67% 9% 9% 11% 3% 5% 22% 52% 10% 1% 10% 5% 52% 36% 4% 3% 68% 33% 18% 25% 24% 19% 10% 3% 56% 31% 6% 5% 2% 2% 15% 45% 20% 3% 21% 49% 27% 4% Feminino Masculino 16 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 64 anos 65 anos ou mais Recusa Casado/União estável Solteiro Separado/divorciado Viúvo NR/NS De 0 a R$ 888 De R$ 889 a R$ 1.417 De R$ 1.418 a R$ 3.763 De R$ 3.764 a R$ 6.109 De R$ 6.110 a R$ 7.965 Mais de R$ 7.965 Recusa Sem alfabetização Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Pós - graduação Recusa S e x o F a ix a e tá ri a E s ta d o c iv il R e n d a m é d ia f a m ili a r m e n sa l G ra u d e e s c o la ri d a d e

Perfil socioeconômico

usuários e não usuários de internet

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Na análise comparativa entre os entrevistados que não utilizam a internet e os que utilizam, é possível observar que os que não utilizam são mulheres mais velhas, casadas, baixa escolaridade e com renda média familiar entre as mais baixas. Os usuários de internet, entretanto, são prioritariamente mulheres jovens, também casadas, mas com maior percentual de solteiros, com maior escolaridade e com maior renda familiar mensal.

Dentre as pessoas que declararam usar a internet (76,4%) também foi investigado se a pessoa realizava ou não compras on-line.

Comportamento do usuário de internet em relação ao

e-commerce

Este subitem investiga o comportamento do usuário da internet em relação ao e-commerce. Onde, dentre o total daqueles que declararam utilizar a internet, 44,7% afirmaram já ter feito compras na modalidade e-commerce.

Entre os e-consumidores pesquisados, a maioria são representados por mulheres (66,1%). Sobre a faixa etária, a que mais realiza compras pela internet é a de jovens adultos entre 35 a 44 anos (25,7%), seguidos pelos pesquisados entre 25 a 34 anos (21,3%). Contudo, é possível notar que a aderência de compras pela internet está distribuída em praticamente todas as faixas etária, ficando abaixo de 15% apenas entre os entrevistados com mais de 65 anos, os quais representam 4,4% do e-consumidor pesquisado.

O estado civil de maior representatividade entre estes consumidores é o de casados e/ou em união estável (54,6%), seguida pelos entrevistados que se declararam solteiros (29,0%).

A faixa de renda mais expressiva entre os e-consumidores é a de R$ 1.418 a R$ 3.763 representando 44,3%, seguida pela faixa R$ 3.764 a R$ 6.109

Nunca Comprou 55,3% Já comprou

44,70%

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(20,8%). Esses consumidores, em sua maioria estudaram até o ensino médio (45,4%), seguida por aqueles que cursaram ou cursam o ensino superior (28,4%).

Fonte: Núcleo de pesquisas Fecomércio-SC.

Dentre os consumidores que declararam já ter comprado pela internet (44,7%) foi também averiguada a frequência com que realizam essas compras on-line. Verificou-se que a compra eventual (66,4%), realizada diante de uma necessidade específica do consumidor, é a mais realizada entre os e-consumidores catarinenses pesquisados.

66,1% 33,9% 15,3% 21,3% 25,7% 17,5% 15,3% 4,4% 0,5% 54,6% 29,0% 7,7% 5,5% 2,7% 2,70% 13,10% 44,30% 20,80% 4,40% 3,30% 11,50% 2,7% 19,1% 45,4% 28,4% 2,7% 1,6% Feminino Masculino 16 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 64 anos 65 anos ou mais Recusa Casado/União estável Solteiro Separado/divorciado Viúvo NR/NS De 0 a R$ 888 De R$ 889 a R$ 1.417 De R$ 1.418 a R$ 3.763 De R$ 3.764 a R$ 6.109 De R$ 6.110 a R$ 7.965 Mais de R$ 7.965 Recusa Sem alfabetização Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Pós - graduação Recusa S e x o F a ix a e tá ri a E s ta d o c iv il R e n d a m é d ia f a m ili a r m e n s a l G ra u d e e s c o la ri d a d e

Perfil socioconômico

E-consumidor

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Fonte: Núcleo de pesquisas Fecomércio SC

A principal motivação para realizarem suas compras pelas internet está relacionada aos valores mais baixos dos produtos vendidos pelos sites: os descontos representam 54,5% das motivações para se comprar pela internet. A praticidade e comodidade da compra pela internet são o segundo principal motivo para a compra on-line (32,9%).

Para realizar suas compras on-line, a escolha do site é uma das principais decisões a se tomar. Nesse sentido, entre os critérios utilizados para a escolha do site para compra, o principal elencado pelos e-consumidores catarinenses pesquisados foi o fato de a empresa ser conhecida no mercado (42,7%). Ter os melhores preços (28,7%) também é um fato levado em consideração, critério que dialoga estreitamente com a principal motivação para a compra on-line: os descontos e melhores preços.

66,40%

18,20%

12,60%

2,80% Compra eventualmente

Comprou pelo menos uma vez nos últimos 3 meses

Comprou pelo menos 1 vez no último mês

Compra toda a semana

Frequência de Compras

54,5% 32,9% 7,0% 2,8% 1,4% 1,4% Descontos, melhores preços

Praticidade/ Comodidade

Variedade de produtos

Facilidades de pagamentos Informações completas sobre o

produto

Outro

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Nota: respostas múltiplas, percentual total superior a 100%.

Fonte: Núcleo de Pesquisas Fecomércio-SC

Outro dado importante refere-se aos principais produtos que o consumidor catarinense pesquisado compra, compraria ou não compraria pela internet. Nesse sentido, a pesquisa abordou apenas o público que já vivenciou a experiência do e-commerce (44,7%), permitindo assim delinear especificamente o comportamento do e-consumidor catarinense. A tabela a seguir contempla os dados de cada segmento.

Segmento Já comprou Compraria Não compraria Total

Moda 51,4% 20,7% 27,9% 100,0% Cosméticos 24,3% 36,4% 39,3% 100,0% Livros 41,5% 37,3% 21,1% 100,0% Telefonia 41,5% 29,6% 28,9% 100,0% Informática 43,7% 37,3% 19,0% 100,0% Utensílios domésticos 28,9% 45,1% 26,1% 100,0% Eletrodomésticos 57,0% 24,6% 18,3% 100,0% Artigos esportivos 26,8% 48,6% 24,6% 100,0% Brinquedos e games 25,4% 50,0% 24,6% 100,0% Viagens 26,1% 52,1% 21,8% 100,0% Produtos automotivos 12,0% 45,1% 43,0% 100,0% Móveis 16,9% 38,7% 44,4% 100,0% Alimentos 11,3% 34,5% 54,2% 100,0% Lazer 31,7% 46,5% 21,8% 100,0% Serviços de telefonia 18,4% 44,7% 36,9% 100,0% Cursos 12,1% 38,6% 49,3% 100,0% Fonte: Núcleo de pesquisas Fecomércio-SC

42,7% 28,7% 21,7% 19,6% 16,8% 11,2% 2,8% Empresa conhecida no mercado Melhores preços Segurança do Site Avaliação de outros usuários Indicação de conhecidos Formas de pagamento Condições de entrega

Critérios de escolha dos sites para compra

on-line

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Em seguida realizou-se uma análise referente aos principais segmentos já comprados, os principais passíveis de compra e os mais rejeitados quando oferecidos no formato e-commerce.

 Moda e eletrodomésticos: são os produtos com os quais os e-consumidores catarinenses possuem maior experiência na compra on-line, onde 51,4% dos e-consumidores já adquiriram produtos de moda pela internet, e 57,0% já compraram eletrodomésticos via on-line. Contudo, os artigos de moda possuem uma taxa de rejeição considerável, onde 27,9% declararam que não comprariam produtos de moda pela internet, essa taxa pode estar relacionada ao fato de não se poder experimentar o produto de forma on-line. Livros (41,5%), telefonia (41,5%) e informática (43,7%), também são produtos os quais o e-consumidor catarinense pesquisado possui certa experiência de compras.

 Utensílios domésticos, artigos esportivos, brinquedos e games, viagens e lazer: com percentuais acima de 45%, são os principais produtos passíveis de compra pelo e-consumidor pesquisado, ou seja, são produtos que o entrevistado ainda não comprou pela internet, mas compraria ou não rejeita a possibilidade de compra-los futuramente via on-line.

 Alimentos e cursos: estes são os produtos com maior rejeição pela compra on-line, onde 54,2% dos entrevistados declararam que não comprariam alimentos pela internet, e 49,3% não comprariam cursos on-line. Móveis (44,4%) e produtos de automotivos (43,0%) também possuem taxas consideráveis de rejeição na venda on-line.

Referente aos consumidores que acessam a internet, mas não realizaram compras pela internet (55,3%) os dados estão expostos e analisados no subitem que segue.

Não compram pela internet

Além das pessoas que declaram já ter comprado pela internet, as pessoas que alegaram não realizar este tipo de compra também foram inquiridas. Sobre o sexo dos entrevistados que não compram pela internet, a maioria é composta por mulheres (71,6%), apenas 28,4% são homens.

A maioria é de pessoas com idade entre 45 a 54 anos (27,1%), em seguida estão os entrevistados entre 35 a 44 anos 20,8% e 18,6% tem entre 25 a 34 anos. A maioria é de casados ou em união estável (59,6%), apenas 23,1% é de solteiros.

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A maioria das pessoas que declararam nunca ter comprado pela internet afirmaram ter cursado o ensino médio (46,7%), em seguida estão os que cursaram apenas o ensino fundamental 33,8% e apenas 16,4% cursaram o ensino superior. A maioria possui uma renda média familiar mensal entre R$ 1.418 a R$ 3.763 (48,0%), seguida por pessoas que possuem renda média familiar mensal entre R$889 a R$1.417 (19,1%).

Estes consumidores foram indagados sobre as motivações que os levam a não realizar compras pela internet, os principais motivos elencados por eles foram: não sentem segurança em realizar transações financeiras on-line, e a impossibilidade de experimentar o produto.

Após observar o comportamento do consumidor catarinense em relação ao comércio eletrônico, também foi investigada a conduta do empresariado presente no estado de Santa Catarina em relação ao e-commerce.

34,4% 22,7% 17,2% 8,2% 7,8% 7,0% 2,7% Não sente segurança em realizar

transações financeiras on-line Outro Impossibilidade de experimentar o

produto

Receio de não receber o produto Receio de receber o produto com

defeito

Receio de passar dados e número de documentos

Tempo de entrega/ Demora para receber o produto

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EMPRESARIADO CATARINENSE E O E-COMMERCE

O capítulo dedica-se a observar a relação do empresariado catarinense e o e-commerce, delineando a aderência dessa forma de negócio junto aos empreendimentos de Santa Catarina. Foram realizadas 419 entrevistas, com empresas localizadas nas seis principais cidades catarinenses: Florianópolis, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma e Lages.

Inicialmente foi delineado o perfil das empresas pesquisadas, dentre as quais a categoria de Micro Empreendedor Individual foi a mais expressiva (57,3%), seguida pelas de categoria Sociedade limitada (24%,7%).

Categoria da empresa

Micro empreendedor individual - MEI 57,3% Sociedade Limitada - LTDA 24,7% Empresário individual 9,9% Sociedade Anônima - S.A 4,2% Sociedade Individual 4,0% Fonte: Núcleo de Pesquisas Fecomércio SC

Como citado anteriormente, os principais segmentos pesquisados foram: calçados/vestuário e confecção; livraria, papelaria e bazar; varejo supermercados; alimentos/bebidas/bares/restaurantes; farmacêutico/higiene pessoal, perfumaria cosméticos; varejo material de construção; Cia aérea/operadoras de turismo/hotéis; loja de departamento/magazine; eletroeletrônicos; informática; artigos esportivos; operadora de telefonia móvel, entre outros. O segmento de maior expressão foi o de calçados/ vestuário e confecção (42,0%), seguido pelo segmento de livraria, papelaria e bazar (18,1%).

Segmentos de atuação das empresas

Calçados/Vestuário e Confecção 42,0% Livraria, papelaria e bazar. 18,1% Varejo Supermercados 8,8% Alimentos/Bebidas/Bares/Restaurantes 8,4% Farmacêutico/Higiene pessoal, perfumaria

cosméticos. 5,3%

Varejo material de construção 4,8% Cia Aérea/operadoras de turismo/hotéis 2,1% Loja de departamento/Magazine 2,1% Eletroeletrônicos 1,4%

Informática 1,2%

Artigos Esportivos 0,2% Operadora de telefonia móvel 0,2%

Outro 5,3%

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Foi também averiguado a quantidade total de colaboradores que essas empresas possuem. A grande maioria (78,9%) tem até 10 colaboradores, seguida por aquele que possuem entre 10 a 30 colaboradores (16,8%).

Fonte: Núcleo de Pesquisas Fecomércio SC

A grande maioria das empresas investigadas, 96,4%, possui sede em Santa Catarina e, 3,9%, das empresas estão sediadas em outros estados, contando apenas com filiais em Santa Catarina, como a tabela a seguir bem ilustra.

Município sede das empresas

Blumenau - SC 22,0% Chapecó - SC 18,8% Joinville - SC 17,9% Criciúma - SC 16,9% Florianópolis - SC 12,1% Lages - SC 6,8% São Paulo - SP 3,4% Brusque - SC 0,5% Maravilha - SC 0,2% Nova Veneza - SC 0,2% Palhoça - SC 0,2% Jaraguá do Sul - SC 0,2% Cachoeirinha - RS 0,2% Concórdia - SC 0,2% Curitiba - PR 0,2%

Dentro da análise deste perfil da amostra, foi observada a quantidade das empresas que estão inseridas no ambiente virtual e as que realizam o e-commerce.

A quantidade de empresas inseridas no universo virtual é de 52,3%, o gráfico a seguir ilustra essa distribuição:

78,9% 16,8% 2,6% 1,7% Até 10 colaboradores De 10 a 30 colaboradores De 30 a 50 colaboradores Acima de 50 colaboradores

Quantidade de colaboradores

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Os principais ambientes virtuais onde essas empresas declararam estarem inseridas são as redes sociais (74,9%), seguidas por aquelas presentes em websites e portais (46,6%).

Ambiente virtual

Conta em uma rede social (Ex: Facebook, Twitter, Instagram, Youtube). 74,9%

Website/portal 46,6%

Loja virtual 8,7%

Blog 1,8%

Cadastro em um guia de produtos e serviços (Ex: Central do Comércio, portal

Hagah). 1,4%

Nota: respostas múltiplas, percentual total superior a 100% .

Empresas que realizam o e-commerce

Em meio às empresas presentes no ambiente virtual, 15,9% dizem realizar o comércio eletrônico pelo modelo e-commerce: exposição, transação e pagamento realizados via internet. Dentre essas estão inseridas aquelas empresas que não possuem precisamente uma loja virtual própria, mas estão presentes em websites, portais de vendas e outras são franquias ou filiais de marcas que detém o e-commerce em outro estado.

Não 47,7% Sim

52,3%

Empresa inserida no ambiente

virtual (Internet)

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Empresas ineridas no ambiente virtual que vendem

pelo e-commerce

O gráfico a seguir é a análise dos dados a partir do total de empresas pesquisadas, onde apenas 8,6% vendem no formato e-commerce. A grande maioria das empresas catarinense não realiza venda on-line (91,4%).

Foi verificado também que na média as empresas adeririam o

e-commerce há quatro anos. Apurou-se também junto as empresas, a quantidade

de colaboradores destacados para atuar diretamente com o comércio eletrônico da empresa, a média foi de 7,69 colaboradores.

O principal modelo de vendas utilizado por estas empresas é o modelo misto (76,9%), em que o empreendimento realiza as vendas e os negócios na forma física e simetricamente no ambiente virtual. E 23,1% realizam apenas o e-commerce, no qual apenas fazem as vendas de forma on-line.

47,7% 52,3%

Não está inserido no ambiente on-line Está inserido no ambiente on-line 84,1% 15,9% Não realiza venda on-line Realiza Venda on-line Sim 8,6% Não 91,4%

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Modelo de vendas pela internet (e-commerce)

Misto 76,9%

Puro 23,1%

Sabe-se que a venda on-line permite a comercialização dos produtos a consumidores que estão a quilômetros de distância. Mesmo assim, buscamos averiguar qual a abrangência das transações on-line realizadas pelas empresas do estado, a partir do maior volume de negócios que esses empresários concretizam. Observou-se que a principal abrangência em volume de negócios é nacional (76,9%) atendendo aos pedidos não apenas dentro do estado sede, mas conjuntamente em outros estados da Federação.

Abrangência de vendas pela internet (e-commerce)

Nacional 76,9%

Regional 15,4%

Local 7,7%

Internacional 0,0%

Observando a abrangência que a venda on-line pode alcançar, foram averiguados também quais os principais serviços utilizados na entrega dos produtos. Conversando com a abrangência nacional, a principal forma de entregas dos produtos é via correios (57,1%), pois essa modalidade tem a maior abrangência e menor custo. A segunda principal forma de entrega é via transportadora privada (21,4%).

Como a preocupação com a proteção dos dados é constante nas transações on-line, uma questão apurada junto às empresas teve como objetivo verificar os métodos de proteção utilizados nos sites para a compra on-line. A

57,1%

21,4%

7,1% 7,1% 7,1%

Correios Transportadora privada Download Frota própria Motoboy

Principais serviços utilizados para a entrega

dos produtos vendidos pela internet

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forma de proteção mais utilizada são os protocolos de identificação (38,5%), como demonstra a tabela a seguir.

Principais procedimentos de segurança adotados para a efetivação da venda pela internet (e-commerce)

Protocolos de identificação 38,5% Criptografia 30,8% Certificado Digital 15,4% Selo Digital 0,0% Firewall 0,0% Outros 30,8%

Nota: respostas múltiplas, percentual total superior a 100%

Ao que se refere aos valores que a empresa alcança com a venda on-line, perguntou-se sobre o ticket médio de vendas pela internet, o qual foi de R$301,77. Referente ao percentual médio de faturamento que o e-commerce gera a estas empresas é de 29,6%.

A partir dessa informação, foi averiguada a avaliação do empresariado sobre a tendência anual de suas vendas pelo e-commerce. Segundo o empresariado as vendas expressam uma tendência crescente (50,0%), contudo a taxa de empresários que observou estabilidade nas vendas pela internet também é alta, com de 41,7% dos entrevistados, como demonstra o gráfico que segue:

Essa informação corrobora com o dado sobre a satisfação do empresariado referente aos seus e-commerce, que demonstrou estarem, em sua maioria, satisfeitos (57,1%), contudo, a segunda maior porcentagem é de

Crescente 50,0% Estável 41,7% Decrescente 8,3%

Tendência das vendas pela internet

(e-commerce)

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empresários insatisfeitos (21,4%) com o desempenho de suas lojas on-line. Tal insatisfação pode estar relacionada à considerável taxa de estabilidade nas vendas. Contudo, o grau de satisfação e o percentual de faturamento ratifica os dados nacionais, onde no primeiro semestre de 2014 o crescimento do faturamento pelo e-commerce ficou em 26% (E-bit, 2014).

Grau de satisfação da empresa sobre as vendas pela internet (e-commerce)

Totalmente insatisfeito 14,3%

Insatisfeito 21,4%

Indiferente 0,0%

Satisfeito 57,1%

Totalmente satisfeito 7,1%

O empresariado foi convidado a dar a sua opinião também sobre as principais vantagens que ele enxergou na realização das suas vendas no formato e-commerce. A melhoria da comunicação com o cliente (61,5%) foi a principal vantagem apontada. Outra vantagem elencada refere-se à abrangência geográfica (46,2%) que a venda pela internet propicia, podendo alcançar o público consumidor em diversos locais, ao mesmo tempo.

Principais vantagens na realização das vendas pela internet (e-commerce)

Melhoria da comunicação com o cliente 61,5%

Abrangência Geográfica 46,2%

Diminuição dos custos operacionais 23,1% Maior agilidade no atendimento ao cliente 15,4% Disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana 7,7%

Fidelização 0,0%

Mais um canal de vendas 0,0%

Penetração em novos mercados 0,0% Divulgação/exposição de fotos e produtos 0,0%

Nota: respostas múltiplas, percentual total superior a 100%

Empresas que não estão inseridas no ambiente virtual

Observou-se que 47,7% do empresariado não esta sequer inserida no ambiente virtual. Dentre os empresários mencionados a maioria é composta por micro empreendedores individuais (63,6%), do segmento de calçados, vestuário e confecção (28,1%). O quadro a seguir expõe os dados.

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Item Tipo %

Categoria da empresa

Micro empreendedor individual - MEI 63,6% Sociedade Ltda - limitada 23,6% Empresário individual 8,7% Sociedade Individual 3,1% Sociedade Anônima - S.A 1,0%

Segmento de atuação

Calçados/ Vestuário e Confecção 28,1% Livraria, papelaria e bazar. 24,1% Varejo Supermercados 15,6% Alimentos/ Bebidas/Bares/Restaurantes 9,5% Varejo material de construção 5,0% Farmacêutico/ Higiene pessoal, perfumaria

cosméticos 3,5%

Loja de departamento/Magazine 2,0%

Eletroeletrônicos 2,0%

Cia Aérea/operadoras de turismo/hotéis 1,5%

Informática 1,0%

Artigos Esportivos 0,5%

Operadora de telefonia móvel 0,5% Farmacêutico/ Higiene pessoal, perfumaria

cosméticos 0,0%

Varejo material de construção 0,0%

Outro 6,5%

Dentre os empreendimentos que não estão inseridos no ambiente virtual, 84,3% contam com menos de 10 colaboradores, em concordância com o dado sobre a categoria da empresa, que em sua maioria são MEI.

84,3% 14,6% 0,5% 0,5% Até 10 funcionários De 10 a 30 funcionários Acima de 50 funcionários De 30 a 50 funcionários

Número de colaboradores

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Junto a este público foi averiguado se existia o interesse ou não em futuramente investir nessa forma de comércio, contudo foi observado que a grande maioria (78,2%) não tem interesse em realizar o e-commerce.

O principal motivo para que essas empresas, até o momento da pesquisa, ainda não terem desenvolvido o e-commerce, são as dificuldades logísticas que envolvem essa modalidade de negócio e as incertezas quanto à legislação aplicável. 78,2% 8,1% 3,0% 2,0% 8,6% Não tem interesse em investir

Sim, mas planeja investir a longo prazo

Sim, pretende investir no próximo ano

Sim, está em construção

NR/NS

Interesse em investir no comércio

eletrônico

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CONCLUSÃO

As compras pela internet vêm crescendo consideravelmente no Brasil e no mundo. Prova disso são os números do setor do e-commerce brasileiro: em 2014 o crescimento nominal do faturamento no primeiro semestre ficou em 26%, acima do varejo tradicional que cresceu próximo a 4% (E-bit, 2014).

Contudo, em Santa Catarina os números são menos expressivos. Na análise dos consumidores, 44,7% dos entrevistados já tiveram experiência com o e-commerce. Dentre esses, o perfil do e-consumidor catarinense pesquisado é formado por pessoas em idade ativa, prioritariamente por jovens adultos entre 35 a 44 anos (25,7%), contudo nota-se que entre as faixas etárias o consumo on-line é amplamente distribuído, sendo que sua taxa menos representativa é formada por pessoas com mais de 65 anos (4,4%). A grande maioria são casados ou em união estável (54,6%), mas com um número considerável de solteiros (29,0%).

O e-consumidor catarinense pesquisado, em sua maioria, possui uma renda familiar entre R$ 1.418 a R$ 3.763 (44,3%), seguida por consumidores com renda familiar entre R$ 3.764 a R$ 6.109 (20,8%). A grande maioria cursou o ensino médio (45,4%), acompanhada por um número considerável de pessoas que cursaram ou cursam o ensino superior (28,4%).

Verificou-se que a compra eventual (66,4%), realizada diante de uma necessidade específica do consumidor, é a mais realizada entre os e-consumidores catarinenses pesquisados.

Referente ao estudo realizado junto ao empresariado constatou-se que (52,3%) das empresas estão inseridas no ambiente virtual. Observou-se também que 47,7% dos estabelecimentos não estão sequer inseridos no ambiente virtual. Dentre os empreendimentos citados a maioria é composta por microempreendedores individuais (63,6%), do segmento de calçados, vestuário e confecção (28,1%).

Dentre as empresas presentes no ambiente virtual, 15,9% delas realizam o comércio eletrônico nos moldes de e-commerce: exposição, transação e pagamento realizados via internet. Se analisado tendo como base o total da amostra, apenas 8,6% das empresas em Santa Catarina vendem no formato

e-commerce. Referente a avaliação do empresariado sobre a tendência anual de

suas vendas pelo e-commerce, eles constataram tendência crescente (50,0%). O empresariado citado foi convidado também a dar a sua opinião sobre as vantagens em passar a realizar a venda on-line, e as principais vantagens elencadas foram: melhoria da comunicação com o cliente (61,5%) e a abrangência geográfica (46,2%) que a venda pela internet propicia, podendo alcançar o público consumidor em diversos locais, ao mesmo tempo.

Todo o cenário demonstra que o e-commerce ainda é pouco expressivo no estado de Santa Catarina, porém, por ser uma realidade mundial, é um campo que pode ser melhor explorado.