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THE BEST OF CABELO 2017

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Academic year: 2021

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(1)

2017

THE BEST OF

(2)
(3)

De lá para cá o artista contou com a colaboração

dos produtores Marcelo Lobato, Kassin e Berna

Ceppas e dos músicos Bruno Di Lulo, Domenico

Lancelotti, Gustavo Benjão e Guilherme Monteiro.

Em março de 2016, sob a supervisão da Rato BranKo

Produções, dá-se início ao trabalho da finalização

do disco agora concebido como um canal multimídia

com lançamento previsto para 2017.

2003

2006

2011

2012

2016

Após o fim de sua banda Boato, Cabelo reúne em 2003

os músicos Leo Saad (guitarra), Fabrício Oliveira (baixo) e

Fernando Jacutinga (bateria) para seu novo projeto musical.

Com esse power trio, intitulado

Os piolhos, o artista realiza

shows pelo Brasil e gravações conhecidas como Hanoi

Tapes, no estúdio Hanoi-Hanoi no Rio de Janeiro.

Em 2006 o músico Lulu Santos se junta ao grupo

dirigindo sessões de ensaio para a produção de

uma demotape jamais realizada.

Após 6 anos de hiato musical, o artista inicia

o processo de gravação de seu primeiro disco

com a produção de Jongui e Leo Saad.

(4)

THE BEST OF

CABELO

SOM

IMAGEM

CANAL

+

=

EXPERIMENTAÇÃO

MULTIMÍDIA

(5)

11 MÚSICAS

ABUSADA

RABO DE FOGUETE

TSUNAMI

A PERNA DA BONECA

NÃO ÉS HUMANA

LUZ COM TREVAS

LADAINHA DO MORTO

PRA JÁ

VOVÔ VAI VOLTAR

JE VOUS SALUE MARIE

SIDARTA

(6)

Parece muito natural

Rima do morro com asfalto

Rachando o concreto a erva brotou

Nas ruas de Copa foi criada

Dormia em frente ao Peep Show

Cheirando cola com a rapaziada

Cantando funk samba rock ‘n`roll

Aos doze transou a Coroa

Quinze mandava na estica

Lapa BotecoTaco perseguindo a boa

A fim de ficar rica

A dama bandida fugiu com mocinha

A dama bandida sumiu com a parada

Se mandou de madrugada

Rio Santos

Curtindo praias , motéis

Em Parati provou cachaça

Bala na balada em Maresias

Bailou com o sol

Silêncios ao vento

Ela com ela adivinharam pensamentos

Chegou no porto acelerada

Ouviu do cara numa gíria Charlie Brown

Que ela é abusada , abusada , abusada

Ela é abusada

ABUSAD

(7)

Beira do mato

Caboclo Cobra Coral

Da gira na Baixada

Vem num trem pra Central

Beira do mar

Na areia

Ouve o canto da Sereia

Você pergunta que bicho vai dar

Os números se misturam na esquina

Navalha de um vento frio

No abismo do meio fio

Um som que atravessa a rua

Enquanto engole a fumaça

Fumaça de gasolina

Pedaços de dinossauros

Daqui da beira dá pra perceber

Um abalo que vem do fundo

Um baque de fim do mundo

Daqui da beira dá pra perceber

A onda , a onda , a onda ...

A onda é grande a onda vai avançar

A onda é grande a onda vai avançar

Amor inumano

Tem nome de Tsunami

Djavan viu Diva de Java

Djavan viu invadir

Djavan viu

Invadir Jarbas

(8)

Vovô era um homem de alegria

Vovô vivia na boemia

Ligado num papo num rabo de saia

Na briga soltava sopapo rabo de arraia

Cabeça branca era um coroa disposto

Tomava Parati com um bom tira gosto

Não era mole quando improvisava no samba

Bailava de sapato branco na corda bamba

Quando o aluguel estava atrasado

Se virava na mesa do carteado

Levando aquela vida sereno e tranquilo

Um belo dia o véio acordou bolado

Meu neto eu já estou a um passo da cova

Nunca me liguei nas coisas do além

Desconfio que quando chegar minha hora

Vou apelar pra Oxalá pra Nossa Senhora

Se realmente alguma coisa houver por lá

Juro que venho para lhe contar

Vovô vai voltar

Trazendo notícias do mundo de lá

Vovô vai voltar

Trazendo notícias do mundo de lá

VOVÔ

(9)

Hei , Sidarta Gautama

Como cavalo comendo grama

Eu não converso

Por meio de palavras com o universo

Os homens morrem , o capim morre

Logo os homens são capim

Hei , Sidarta Gautama

Como o cabelo do Dalai Lama

Eu não preciso

Mas gosto de ver o seu sorriso

Ando pra cima , ando pra baixo

Sempre aqui agora que me acho

Nesse caminho , um e o mesmo

Mesmo que o barco navegue a esmo

Eu em você , você em mim

Eu em você , você em mim

Sem princípio nem fim

SID

AR

(10)

A luz do aroma furtacor que o seu suor emana

Me revela a morte ou é alucinação

No galope da égua atravessa a planície em chamas

Agarra na crina da a volta na razão

Crepúsculo púrpura o coração

Dispara sem direção

Soltando sangue a vapor

Viúva negra

Noite de mil olhos

Me envolve e injeta o veneno

Sob as pétalas de Vênus

Eu amo mas não entendo

Nãnãnãnãnãnãnã não és humana

Não és humana não

Arrombando as portas da percepção

Engolindo meus olhos por diversão

Na contramão do mundo sequestra minha alma

E vaga pelos planetas

Com as pernas que eu quero

Nãnãnãnãnãnãnã não és humana

Não és humana não

O enxame de olhos piscando no céu

É o sinal da abdução

HUMANA

NÃO ÉS

Seu sorriso de meia lua exala uma brisa

Que embriaga e seduz

Meu corpo sugado por um gigantesco canudo de luz

Qual escada Magirus projeta minha alma no espaço

De onde misturo

Em um só ponto

Visões de eras passadas presente futuro

Por toda a Terra se espalha a guerra

E um mar de miséria econômica e espiritual

Mas vejo emergir a luz nos guetos

Apesar da nuvem escura de medo que paira

Oh Nana Oh Nana Oh Nana ...

Comandante da nave mãe do funk

Lampiã bandoleira cyberpunk

Coração na boca procura força

Na poça da ilusão

Evapora-se a espiã cósmica

Viúva negra noite de mil olhos

Me envolve e injeta o veneno

Sob as pétalas de Vênus

Eu amo mas não entendo

Nãnãnãnãnãnãnãnã não és humana

Não és humana não

(11)

Tava indo do nada pro lugar nenhum

Parei numa casinha em Cafarnaum

Entrei e vi um velho bêbado ele lia a Bíblia

Pela boca de um bode preto e branco que dizia

Je vous salue Marie , je vous salue Marie

Tava saindo da casa do japonês

Da menina do Lido outra vez virei freguês

Ela saiu da boate toda suada

No peito a língua dos Stones tatuada

Na cama do hotel cantou assim num tom confuso

A língua se enrolando como um parafuso

Je vous salue Marie , je vous salue Marie

Tava no meio do caminho da minha vida

Na selva de concreto atravessando a avenida

Pra ver o ninho da ave subi uma escada

Cada degrau da escada uma estrada bifurcada

Viola na porteira menino sentado

Dos lábios do menino mudo um fraseado

Je vous salue Marie , je vous salue Marie

JE VOUS

SALUE

MARIE

(12)

LADAINHA

DO MORTO

(13)

Com dezessete facadas na feira de Canabrava Amaro Sampaio Mello morreu por mim.

Com uma bala na testa no Engenho de Canamansa Francisco Bezerra Lima morreu por mim

Bordel de Valparaíso:

com um punhal na garganta Raquel Medina- a morena – morreu por mim.

Com seu fuzil já sem balas soldado de Ho Chi Minh Cao Cih aos doze anos morreu por mim.

Hans Alfred von Ahlenfeld com a cabeça arrancada por uma granada russa morreu por mim.

Um conde de Budapeste no Ponto Euxino um Ovídio em Bucareste outro Ovídio morreu por mim.

O poeta Mandelstamm não terminou seu soneto em sua prisão na Rússia morreu por mim.

Landsberg era alemão era grego e era judeu

no campo dos concentrados morreu por mim.

Sansão sem olhos em Gaza entre as ruínas do templo destroçando os filisteus morreu por mim.

Na rua Bento Lisboa com carta de despedida Marina bebeu veneno morreu por mim. Iracema abriu o gás Ana Lúcia abriu as veias um tiro na boca – Mary morreu por mim.

Em Belém Mafalda flor da beleza palestina

pisou na bomba entre relvas morreu por mim.

Na Polônia na Rumânia cada Raquel cada Sara mirando o fuzil da Prússia morreu por mim.

Em paredones de Havana o frade de São Francisco benzendo Paco Figueres morreu por mim.

E nas ruas de Manágua padre Ernesto Cardenal um guerrilheiro sandino morreu por mim.

No mesmo dia de sol na rua de Pablo Cuadra um “contra”de quinze anos morreu por mim.

O jangadeiro Jerônimo nos verdes mares bravios alagado pelas águas

morreu por mim.

Em Lavras da Mangabeira poeta Dimas Macedo

um irmão da Coronela morreu por mim.

O poeta Kusakabe

ouviu o estouro da bomba deu um grito em Hiroshima morreu por mim.

Na praça de Little Rock com uma guitarra na mão o negro Bem baleado morreu por mim.

Heitor nos muros de Tróia Aquiles com o pé flechado Pátroclo com sua lança morreu por mim.

Em seu palácio Cleópatra a cobra mordendo o seio ninho de amores e aromas morreu por mim.

Punhal de Brutus no peito no sangue de sua toga

César meu rei meu pontífice morreu por mim.

O grego e o troiano o líbio o soldado o general

como Helena e Clitemnestra morreu por mim.

E Teresa de Cepeda

chamada Teresa de Ávila morrendo por não morrer morreu por mim.

Em Paris Jorge – e no Chile Baeza Pepe e Girola

Efraín, Napoleão, morreu por mim.

Nos campos em flor da França Jacques Alain e Charles

a flor-de-lis da esperança morreu por mim.

Cada cabra do sertão

cada matador de engenho cada jagunço da várzea morreu por mim.

Uma noite Margarida Olhou meu retrato triste Saltou a janela verde Morreu por mim. A afogada do Leblon o enforcado de Bangu a defunta do Encantado morreu por mim.

Um negro em Camaragibe um João em Tanque d’Arca uma cigana em Belgrado morreu por mim.

Fui pregado em duas cruzes e na cruz do meio um Deus depois de sete palavras morreu por mim.

Um por um eu os matei

um por um me assassinaram fui salvo por cada um

cada um morreu por mim. Estalo a língua na boca a morte no céu da boca tem gosto de vinho e mel vou gozando seu sabor: por cada um vou morrendo vou morrendo devagar. Amén.

(14)

A perna da boneca tá sem ela

Vai andando pela passarela

Passa pela poça que parece um pedaço de céu

Do céu

Visita a boca continua nua pela rua

Dá a volta no quartel

Dá adeus pro guarda pro soldado engana o coronel

A perna da boneca tá cansada

Fez a cama na calçada

Tem um sonho alegre e acorda

Com a própria risada

Dobra a esquina transa uma mutuca

Sai pra batalhar a janta

Passa uma estrela cadente o mundo

Pra ela se encanta

A perna da boneca tá voando

Pelo céu do oceano Atlântico

Avião azul movido por um coração romântico

A PERNA DA

(15)

Cinema é luz

Com trevas

Negativo positivo

É a rebelião sem trégua

Aqui não é Hollywood

É na real que o bicho pega

A água que o peixe nada

É a mesma que bebe a égua

Tá ali o corpo estendido no chão

É o diabo que carrega ?

Por um milhão no bolso

O corpo do povo cê entrega ?

Eu digo não

Corpo do povo não é carvão

Desgovernada a massa inverte a direção

E cada morro é um vulcão

Não tá dormindo pode entrar em erupção

LUZ

COM TREVAS

Aqui é do fim fim pra frente

É a obra pelo desvio

Espasmos da luz

Para-raios do Paracleto

Ovo bomba , expande

Big Bang Bang

É Rambo x Rimbaud

Ovo bomba , explode

Do buraco negro do gueto

A luz escapa como pode

Cinema é luz

Com trevas

Negativo positivo

(16)

É pra já

Eu tô a jato

No Irajá

Filé no prato

Isso me instiga

Mastigar você

Nega loura do asfalto

Tô bancando o jogo alto

Aposto todas minhas fichas em você

No cassino do amor

Tenho a sorte a meu favor

Estou certo do que vai acontecer

No viaduto de Madureira

Parei na sua na sexta feira

Eu tô atento

Sacando o clima

e os gaviões

Já tão em cima

Isso me incita

Conquistar você

PRA

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Referências

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