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O Processo de Trabalho Gerenciar em Enfermagem e o Sistema Único de Saúde 1 GRECO, ROSANGELA MARIA 2

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O Processo de Trabalho Gerenciar em Enfermagem e o Sistema Único de Saúde

1 GRECO, ROSANGELA MARIA2 Objetivos

 Compreender como esta estruturado o Sistema Único de Saúde (SUS) e como se dá a participação do enfermeiro no sistema.

 Compreender a gerência como uma dimensão do processo de trabalho do enfermeiro como facilitadora das ações de enfermagem;

 Descrever as competências gerenciais do enfermeiro;

 Identificar a atuação do enfermeiro na gerência do cuidado e da unidade de trabalho;  Conhecer as tendências e perspectivas da gerência em enfermagem.

“A finalidade do trabalho não é resposta ao desejo de apenas um sujeito, mas é para atender às necessidades de um conjunto social. É pelo trabalho que o ser humano acumula saberes e fazeres

capazes de mudar a sociedade, enquanto se reproduz, traduzindo a noção de historicidade” VELLOSO; SILVA (2014, p. 30)

Para inicio de conversa...

A partir da década de setenta, em nosso país, tem inicio o processo de reforma do Sistema de Saúde, o que culminou em 1986 com a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, onde há a proposição da adoção de uma política de saúde universalista. Com a Nova Constituição Brasileira e a promulgação das Leis Orgânicas da Saúde (8080 e 8142), consolida-se a criação do Sistema Único de Saúde (NUNES, 2006).

Neste cenário, a discussão sobre os modelos de Gestão dos Serviços de Saúde, ganha espaço, força e importância na busca por alternativas organizacionais e de gestão que contribuam para um Sistema de Saúde que seja comprometido com a defesa da vida, individual e coletiva e com os princípios e diretrizes do SUS (CARVALHO; CUNHA, 2006; TEIXEIRA, 2011).

O SUS, instituído em 1988, propõe uma reforma administrativa com: descentralização, hierarquização, desconcentração dos serviços do nível central e dos estados para os municípios, mecanismos de controle e regulação entre as esferas de governo, direção voltada para resultados;

Assim o Ministério da Saúde tem incentivado que Estados e Municípios discutam e desenvolvam formas atualizadas de gestão e gerenciamento dos sistemas e serviços de saúde, e para isto tem investido em cursos de especialização e de capacitação, sejam presenciais ou a distância.

Deseja-se do gestor contemporâneo, capacidade para assimilar as necessidades, complexidades e diversidades atuais, recuperando os aspectos positivos do passado, gerenciando o conhecido e o desconhecido, o objetivo e o subjetivo, o fácil e o difícil, com as pessoas e não para e sobre elas, o que implica na discussão das competências gerenciais – conhecimentos, habilidades e atitudes - necessárias para dar conta destas exigências (SANTOS, 2007).

E neste contexto, nós enfermeiros, temos um papel essencial, por sermos os profissionais que historicamente discutimos e estudamos a administração como uma das dimensões do cuidar, como uma ferramenta que se bem utilizada pode contribuir para uma assistência de qualidade.

Assim é que discutiremos neste texto como esta estruturado o Sistema Único de Saúde, e como se dá a participação da enfermagem com enfase nas competências dos enfermeiros na administração/gerência/gestão do processo de trabalho.

Senta que lá vem história....

1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem II, para

os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem do 7º período da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Pedimos que caso haja o interesse em utilizar este material para outro fim seja citada a fonte.

2Enfermeira, Doutora em Saúde Pública, Professor Associado do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM II

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Para estudarmos e entendermos o Sistema Único de Saúde – SUS, e como se dá a

participação da enfermagem neste sistema é necessário compreender os modelos assistenciais

presentes.

Os modelos, se constroem, se organizam e são fruto de uma relação dinâmica, que é

social e política, como uma consequência de interesses dos grupos sociais, sendo, portanto

construções históricas dos homens. Eles são também os modos como o Estado, a sociedade

civil, as instituições de saúde, as organizações de trabalhadores, as empresas que atuam no

setor, se organizam para produzir serviços de saúde (ALMEIDA, el al 1989; MELO, 1996;

MENDES, 2011)

Assim podemos definir Modelo Assistencial como sendo uma combinação tecnológica (conhecimentos, técnicas, equipamentos e outros recursos) com distintos graus de complexidade, utilizado para a organização dos serviços de saúde, em um território determinado, para grupos populacionais específicos, considerando e articulando as relações estabelecidas pelos prestadores de serviços entre si e com a população, a situação demográfica e epidemiológica e os determinantes sociais da saúde (MELO,1996; MENDES, 2011).

Em relação à assistência de saúde nos dias de hoje pode-se afirmar que no Brasil estão

presentes vários modelos (MENDES, 1999)

O Modelo Assistencial Sanitarista (hegemônico do início do século até

meados dos anos 60 – campanhas, programas especiais e ações de vigilância

epidemiológica e sanitária);

O Modelo Médico Assistencial Privatista (hegemônico dos meados dos anos

60 até final dos anos 80 – ênfase na assistência médico-hospitalar e nos

serviços de apoio diagnóstico e terapêutico) e

O Modelo do Sistema Único de Saúde – SUS – instituído em nosso país pela

Constituição Federal de 1988 - organizado segundo as diretrizes de:

descentralização, mando único em cada esfera de governo, atendimento

integral e participação comunitária. E que se assenta em três aspectos

fundamentais - o conceito abrangente de saúde, a concepção de que a saúde é

um direito de cidadania e um dever do estado e a reformulação do sistema de

saúde como uma proposta estratégica tendo como princípios: universalidade

do acesso, equidade, descentralização, participação popular e assistência

integral à saúde com a unificação das ações curativas e preventivas, sob

regulação do estado;

Com a criação do SUS, firmou-se também, um sistema plural de saúde, composto por

três subsistemas: o subsistema público – SUS –; o subsistema de atenção médica supletiva

e o subsistema de desembolso direto, assim o SUS inclui serviços estatais e serviços

privados pactuados com o Estado, seja por convênios, ou contratos, recebendo recursos

estatais pela prestação de serviço (MENDES, 1999).

Portanto, os serviços públicos são administrados direta ou indiretamente pelo Poder

Público e são financiados com os recursos oriundos de impostos e taxas, já os privados são

estruturados por empresas privadas e financiados por quem utiliza dos serviços, que pagam

diretamente pela assistência (RODRIGUES; SANTOS, 2011).

O sistema público é composto pelas instituições de saúde (BRASIL, 2002):

Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) - unidade de prestação de assistência à

saúde a população de uma área geográfica delimitada, com atividades de promoção,

prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de forma

programada e continua, é a estrutura física básica de atendimento onde a comunidade deve

conseguir resolver a maioria dos problemas;

Unidade Intermediária de Atendimento – serviços de prestação de assistência à saúde a

pacientes externos em situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com risco de

vida (emergência), são as Unidades de Pronto Atendimento - UPAS;

Unidade de atendimento hospitalar – prestação de atendimento de assistência à saúde em

regime de internação, estas unidades podem se subdividir em:

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Hospital geral – destinado a prestar assistência à saúde nas várias especialidades, podendo ter

a sua ação limitada a um grupo etário (hospital infantil), a determinada camada da população

(hospital militar) ou a finalidade especifica (hospital de ensino);

Hospital especializado – destinado predominantemente, a prestar assistência à saúde a uma

determinada especialidade.

Na atualidade a assistência à saúde e de competência do Ministério da Saúde que deve

dispor de todas as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, reduzindo as

enfermidades, controlando as doenças endêmicas e parasitárias, melhorando a vigilância à

saúde e dando qualidade de vida ao brasileiro.

Cabendo a ele entre outras as seguintes responsabilidades:

 Definição de uma política nacional de saúde;

 Coordenação e fiscalização do Sistema Único de Saúde;

 Saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde individual

e coletiva, inclusive a dos trabalhadores e dos índios;

 Informações de saúde;

 Insumos críticos para a saúde;

 Ação preventiva em geral, vigilância e controle sanitário de fronteiras e de portos

marítimos, fluviais e aéreos;

 Vigilância de saúde, especialmente drogas, medicamentos e alimentos;

 Pesquisa científica e tecnologia na área de saúde.

O Ministério da Saúde - MS, com vistas a organizar um modelo que dê conta das

necessidades de saúde da população brasileira tem proposto a organização do SUS em regiões de

saúde a partir das Redes de Atenção à Saúde (RAS), que consistem em “uma estratégia para

superar a fragmentação da gestão e da atenção e assegurar ao usuário o conjunto de ações de

saúde com efetividade, eficiência, segurança, qualidade e equidade” (BRASIL, 2012).

O esforço de organizar o SUS na perspectiva das RAS objetiva integrar as políticas,

estratégias e programas federais, incluindo o repasse de recurso, mas, principalmente, a integração

real destes serviços e equipes no cotidiano, de modo a construir/fortalecer redes de proteção e

manutenção da saúde das pessoas (BRASIL, 2011).

Segundo Mendes (2011), na concepção de Redes de Atenção à Saúde, os diferentes níveis

de atenção à saúde e serviços com diferentes densidades tecnológicas integram-se através de uma

rede poliárquica, que se organiza através de um centro de comunicação que coordene os fluxos,

organização diferente ao modelo conceituado como hierarquizado e caracterizado por níveis de

complexidade (BRASIL, 2012).

Figura 1: (modificado) A mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para as redes de atenção à saúde (MENDES, 2011).

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A Atenção Básica, integra-se como centro de comunicação das necessidades de saúde da

população responsabilizando-se de forma contínua e integral, através do cuidado

multiprofissional, do compartilhamento de objetivos e compromissos, enfatizando a função

resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais comuns de saúde. Estimula-se, neste

formato, um agir a partir de uma rede horizontal e integrada, conformadas a partir de pontos de

atenção à saúde (BRASIL, 2012, p. 3).

E neste contexto como fica a enfermagem? Como já dissemos anteriormente a

enfermagem é um processo de trabalho interdependente dos demais processos de trabalho que

compõem o processo de produção em saúde, é um trabalho que não se faz isolado ou

desarticulado do contexto social, político e econômico, como consequência no decorrer do

desenvolvimento de nossa sociedade a enfermagem foi se constituindo, desenvolvendo o seu

projeto político legal de modo articulado e respondendo as necessidades e modelos de atenção

a saúde instituídos (ALMEIDA; ROCHA, 1997).

A Enfermagem no SUS

Ao mesmo tempo em que a enfermagem se submete aos modelos assistenciais, como uma prática social ela também participa do processo, contribuindo e influenciando as mudanças no Sistema de Saúde.

Assim, uma vez que o objeto de trabalho e a finalidade da Enfermagem são idênticas às das demais práticas sociais em saúde, e ela se constitui como um dos meios/instrumentos desse processo de produção maior, tanto no modelo individual como no de saúde coletiva, ela se operacionaliza por diferentes processos de trabalho, ou dimensões: o de assistência à saúde – cuidar; o de gerenciamento dessa assistência – administrar, o de investigação científica (gerando o saber necessário à produção), o de ensino e o de participação política (QUEIROZ; SALUM, 1996; MALAGUTTI; CAETANO, 2009; SANNA, 2007).

Mas, qual é então a especificidade do trabalho em enfermagem? A especificidade do trabalho da enfermagem esta na sua forma de intervenção no objeto, ou seja, nos meios e instrumentos que utiliza para transformar o objeto em direção a finalidade. Historicamente esses meios e instrumentos tem sido: observação, levantamento de dados, planejamento, evolução, avaliação, sistemas de assistência, procedimentos técnicos, procedimentos de comunicação e de interação, a própria força de trabalho, os equipamentos e materiais, os modelos e métodos de administração entre outros (QUEIROZ; SALUM, 1996; ALMEIDA; ROCHA, 1997).

Nós já vimos que o trabalho da enfermagem é desenvolvido por mais de uma categoria profissional, e ocorre através de ações hierarquizadas que são distribuídas segundo graus de complexidade. Ele pressupõe assim, que se tenha um trabalhador – o enfermeiro – melhor preparado para garantir a unidade e organização desse trabalho coletivo e que seja capaz também de planejar e desenvolver novos processos, métodos e instrumentos.

Além disso, o mercado profissional espera do enfermeiro uma capacidade para trabalhar com conflitos, enfrentar problemas, negociar, dialogar, argumentar, propor e alcançar mudanças, com estratégias que aproximem da equipe e do cliente contribuindo para a qualidade do cuidado, ou seja, espera do enfermeiro uma capacidade para gerenciar (LUNARDI; LUNARDI, 1996).

Portanto, o enfermeiro tem que ter competência para desempenhar estes papéis, ele precisa ter conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) para realizar com eficácia e eficiência estas funções (ROTHBARTH; WOFF; PERES, 2009).

GERENCIAR

ENSINAR

PARTICIPAR

POLITICAMENTE

CUIDAR

PESQUISAR

ENFERMAGEM

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A função gerencial do enfermeiro é um fato e também recebe as influências de determinantes sócios, políticos, culturais e econômicos, ela não pode ser compreendida como um trabalho isolado, ela é um processo que depende de uma ação cooperativa de um grupo de pessoas. Além disso, ela não é neutra, podendo assumir a posição de manutenção, reforma ou transformação, mas apesar disso não se pode dar a ela o papel principal e único das transformações (KURCGANT, 2002; BARROS, 1993).

Nesta concepção a gerência em enfermagem pode ser conceituada como sendo um instrumento capaz de política e tecnicamente, organizar o processo de trabalho com o objetivo de torná-lo mais qualificado e produtivo na oferta de uma assistência de enfermagem universal, igualitária e integral, contribuindo para a consolidação do SUS (BARROS, 1993).

O ato de gerenciar é instituir práticas como análise do processo de trabalho, o diálogo, a participação e o debate com toda a equipe de saúde (SPAGNOL, 2005).

O novo paradigma gerencial, e as competências gerencias no século XXI.

A necessidade da administração/gerência/gestão existe desde as mais antigas sociedades, todavia foi com a expansão do processo de produção industrial na Inglaterra, França e EUA que as mudanças na organização do trabalho, com a separação entre a concepção, a execução e o controle, fizeram com que a prática e a teoria da administração/gerência/gestão do trabalho ganhassem impulso (PINHEIRO, 1998; CHIAVENATO, 2013).

A este respeito nós já discutimos os conceitos, objetivos e a evolução da administração geral, a origem, e como se deu a evolução do saber administrativo na enfermagem.

Além disso, vocês já estudaram e discutiram as Teorias – Científica, Clássica, Relações Humanas, Burocrática, Comportamental, de Sistemas e Contingencial - que embasam a ciência da administração e sua aplicação e presença na Enfermagem.

Vocês viram também que as teorias administrativas surgiram como uma consequência do contexto sócio, político e econômico que ao transformar os modelos de organização do trabalho foram transformando também as formas de compreender e de se utilizar a ciência administração nas instituições e serviços, pois o desenvolvimento contínuo das forças produtivas, a internacionalização dos mercados e os conflitos sociais e organizacionais é que levam a respostas mais abrangentes para as questões administrativas (PARK,1997; CHIAVENATO, 2013).

Nos últimos anos em nosso país, o termo – administração – tem sido substituído por gerência devido ao desgaste e as falhas na prática administrativa, que fazem com que na utilização deste termo os sentimentos sejam de descrença, insatisfação, inutilidade e pessimismo em relação a quem os utiliza e a sua atuação (MOTTA, 1998).

Mas, o desgaste do termo não modificou a realidade das instituições e serviços onde continua existindo a necessidade de condução, tomada de decisão, liderança e supervisão e assim foram surgindo e sendo utilizados outros termos como gerência, e gestão (MOTTA, 1998).

Porém segundo Motta (2001, p.14) “no rigor vernácular, as palavras administração, gerência e gestão são sinônimas, sendo que o mesmo se pode dizer no sentido conceitual uma vez que, nenhum novo conceito foi introduzido quando se procurou acentuar o uso de uma palavra em detrimento de outra, salvo, evidentemente, o de deixar o adquirido desgaste de uma para recuperar conceitos anteriores, através da nobreza de um novo termo”.

O termo gestão surgiu e vem sendo utilizado como qualificativo de formas participativas como co-gestão e autogestão, sendo um termo genérico que assim como os outros a administração e a gerência, sugere a ideia de decidir e dirigir, só que tendo como paradigma a participação e com uma vantagem adicional, o fato de ser um termo novo e que não carrega em si os preconceitos dos anteriores (MOTTA, 1998).

Assim, gerenciar é um recurso estratégico que mundialmente vem sendo discutido, pois uma boa gerência é um dos recursos mais cobiçados mundialmente (KLIKSBERG, 1994).

Entretanto, para se realizar uma boa gerencia nos dias de hoje é preciso que se reconheçam as transformações nos planos econômicos, político e tecnológico porque vêm passando as organizações de modo geral, uma vez que o processo de gerencia não é estático, neutro, nem a - histórico (BARROS, 1993).

Em relação à crise do paradigma gerencial tradicional, Kliksberg (1994) mostra que o modelo tradicional de gerencia (modelo racional) é baseado nos ensinamentos de Taylor, Fayol e seus seguidores modernos; onde uma boa organização é a que possui um organograma detalhado; com ênfase na divisão do trabalho; no planejamento das funções; na descrição de cargos, nos manuais de tarefas e procedimentos, o que gera estruturas fixas, permanentes e rígidas.

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Entretanto já se demonstrou que este modelo de organização formal influí pouco na produtividade, não que se deva renunciar a este tipo de estruturação, mas sim que esta forma de organização é limitada e por isso é necessário que ela seja revista e ampliada, indo para além dos modelos formais.

Nos dias de hoje, novas tendencias tomam conta do mercado, onde globalização, liderança, competitividade tem permeado o trabalho dos gestores o que faz com que a flexibilidade da organização e suas condições de adaptabilidade sejam necessárias frente à mutação contínua da realidade que se esta vivendo (CUNHA; XIMENES NETO, 2006).

No modelo de flexibilização do gerenciamento, a produção é determinada pelo consumo, o trabalho é realizado em equipe, com flexibilização da organização do trabalho e agilidade na adaptação dos instrumentos, pois frente aos avanços tecnológicos e da globalização, uma vez que as mudanças e a realidade são dinâmicas, as organizações precisam ser capazes de responder em “tempo real a imprevisibilidade” (FELLI, PEDUZZI, 2005)

Como crítica ao modelo racional tem-se a burocratização, que leva a formalidade das organizações produzindo um fenômeno denominado de “incapacidade disciplinada” com a valorização do cumprimento das normas em lugar das metas (KLIKSBERG, 1994).

Outro aspecto discutido, diz respeito à distância entre planificação e ação, uma vez que a realidade é tão rápida, que se alguém planeja e depois é que vem o processo de implementação corre-se o risco de fracassar. Isto não significa que não corre-se deve planejar, apenas que é necessário aproximar estreitamente planificação e ação.

Mas então o que fazer para ser um gerente de excelência? Quais são os novos paradigmas em gerência?

Ainda segundo Kliksberg (1994), um gerente de excelência deve:

 Se dedicar mais a conversar: para que possa tomar decisões melhores, identificar reais problemas e desenvolver processos de negociação criando uma rede de contatos;

 Identificar quais são realmente os problemas críticos;  Ser rápido nas decisões;

 Maximizar a flexibilidade, que consiste em, entre outros aspectos, estimular os contatos horizontais nas empresas que são os que possibilitam diagnósticos mais rápidos e soluções melhores;

 Negociar, inter-relacionar-se, e não atuar através de uma imposição autocrática;  Desenvolver a liderança;

 Ter habilidades para tratar os recursos humanos e trabalhar as relações humanas;  Desenvolver capacidades de criatividade e inovação;

A renovação nos modelos de gestão é uma necessidade latente uma vez que nos dias de hoje gerenciar tem que ir além do direcionar para alcançar os objetivos, o gerente deve “facilitar às condições para que os recursos humanos da organização respondam individualmente, criativamente, a um meio que requer adaptações permanentes” (KLIKSBERG, 1994).

E ao falarmos dos recursos humanos não devemos nos esquecer de que as pessoas em uma empresa são a chave para o sucesso, o crescimento e o desenvolvimento da mesma, e que nos dias de hoje o gerente tem que ter habilidade para tratar com as pessoas, promover a participação, não descuidar das relações humanas “consiste em se facilitar às condições para que os recursos humanos da organização respondam individualmente, criativamente, a um meio que requer adaptações permanentes” (KLIKSBERG, 1994).

Frente as estes pressupostos, quais são então, as competências gerenciais neste século?

Cunha e Ximenes Neto (2006) afirmam que muitos autores tem enfatizado a necessidade de desenvolvimento de competências individuais como liderança, persuasão, trabalho em equipe, criatividade, tomada de decisão, planejamento, organização e determinação, além de competências profissionais como saber agir, mobilizar-se, comunicar-se, aprender, comprometer-se, assumir responsabilidades e desenvolver visão estratégica.

O novo paradigma gerencial e as competências gerenciais do enfermeiro

Em relação à crise do paradigma gerencial tradicional, esta já chegou até nós – enfermeiros -, estamos evoluindo nas ciências da administração uma vez que já não somos mais apenas fieis seguidores das teorias clássicas, funcionalista, das relações humanas e até contingencial, não nos satisfazemos mais apenas com as ações de vigiar as atividades rotinizadas dos profissionais de nível médio e elementar ou em estar auxiliando outros profissionais (SANTOS, 1995).

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Assim, nos dias de hoje para o desempenho da função gerencial na enfermagem, são requeridas competências gerenciais relativas ao processo administrativo - gerência de unidade que consiste na previsão, provisão, manutenção, controle de recursos materiais, humanos e financeiros para o funcionamento do serviço, e competências gerenciais relacionadas ao cuidado - gerência do cuidado que consiste no diagnóstico, planejamento, execução e avaliação da assistência, passando pela delegação das atividades, supervisão e orientação da equipe (ROTHBARTH, WOFF, PERES, 2009).

Esta divisão entre gerencia do cuidado e da unidade entretanto, é apenas didática pois na prática, enquanto enfermeiros desempenhando a função gerencial, as gerências da unidade e do cuidado estão associadas, uma vez que o enfermeiro ao gerenciar recursos em geral deve estar voltado para o processo assistencial e não pode perder de vista a qualidade da assistência.

Neste sentido, Alves (1998) coloca que “tornar disponíveis os recursos necessários, preparar a equipe para oferecer uma assistência de qualidade, realizar auditorias com a finalidade de alimentar as ações educativas e a revisão dos processos, controlando a qualidade do cuidado oferecido ao cliente, é uma forma bastante atual de gerenciar o cuidado de enfermagem”.

Além disso, segundo Carvalho (2002) o grande desafio dos gerentes de enfermagem nos dias de hoje é fazer com que a equipe de enfermagem e de saúde, desenvolvam suas atividades tendo como parâmetros, princípios e valores que estejam alinhados com a missão da categoria e da instituição.

Para desempenhar a função gerencial com eficiência e eficácia o enfermeiro, dentre outros instrumentos, pode utilizar o Planejamento Gerencial e a Sistematização da Assistência de Enfermagem que são instrumentos que possibilitam que haja uma intima relação entre o processo de gerenciamento em enfermagem e o processo assistencial individual.

A sistematização como o próprio nome diz consiste em uma organização das ações de modo a que através do uso dos processos mentais de indução e dedução, análise e síntese (método científico) se alcance uma assistência de enfermagem efetiva e eficaz.

Assim em relação à importância e contribuição da sistematização da assistência para a gerência em enfermagem Fonseca (2003) afirma que “além de direcionar a caracterização de recursos humanos e materiais, facilita a avaliação da assistência prestada, o que permite verificar o alcance dos padrões mínimos de assistência, oferecendo subsídios aos indicadores de custos e rendimentos, indicando também áreas que requeiram aprimoramento”.

Gerência em enfermagem: tendências e perspectivas

Nós já vimos que o paradigma gerencial tradicional está em crise, e que existem propostas de inovação para as ciências administrativas, do mesmo modo em relação à enfermagem, o modelo racional baseado na Teoria Geral da Administração, vem sendo questionado com propostas de superação deste modelo.

Assim, o marco tradicional, centrado em Taylor, Fayol e Weber, já demonstram não serem suficientes para conduzirem a gerência em enfermagem, surgindo à necessidade de práticas gerenciais inovadoras, que tenham como pressupostos o diálogo, a participação, o debate e a critica, levando o enfermeiro a assumir o papel de transformador social (ERDMANN et al, 1994).

Neste sentido, Barros (1993) faz uma comparação entre as características das mudanças propostas e as novas tendências e possibilidades de gerência em enfermagem, o que iremos abordar resumidamente abaixo.

a) Substituição de uma posição normativa, para uma postura de experimentação e busca do novo;

b) Investir nos recursos humanos, e no trabalho em equipe que tem se mostrado o caminho certo para o aumento da produtividade com qualidade e a satisfação dos trabalhadores; c) Utilização do tempo para desenvolvimento de relações interpessoais ao invés da utilização

do tempo com papéis (burocratização);

d) Repensar a assistência de enfermagem de forma a desenvolver ações específicas de enfermagem e de controle de risco, que efetivamente respondam às necessidades da população, de modo a que as ações administrativas e pedagógicas do enfermeiro também possam se inovar;

e) Caminhar na direção de um modelo de organização do trabalho em que o enfermeiro não esteja no ápice da pirâmide, mas no centro de uma rede de decisões, onde haja participação (palavra chave quando se propõe a uma mudança nos modelos de gestão) efetiva de todos – trabalhadores e usuários - ,.

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f) Buscar a flexibilização através do rompimento com organogramas rígidos e com estruturas verticalizadas onde haja a centralização do poder, colocar a decisão o mais perto possível do local da ação, atribuindo a decisão sobre os meios aos responsáveis pelos fins e desta forma descentralizando a decisão, a autonomia e também a execução;

g) Administrar políticas, através de enfoque estratégico, visão global, perspectivas em longo prazo, construção de consenso, convencimento, compromisso, ética e transparência. Algumas reflexões finais

Temos consciência de que estas propostas de mudanças não são simples, tão pouco fáceis de serem conseguidas, e não temos a ingenuidade de acreditar que basta listá-las e discuti-las em sala com nossos alunos para que se tornem uma realidade, mas acreditamos que são horizontes, profissões de fé e como tal, é preciso que tenhamos a coragem de lutar por elas.

Para Spagnol (2005) é necessário que se busquem outras propostas para a gerência em enfermagem, outros referenciais teóricos, que tenham como alicerce princípios éticos, democráticos e como foco o processo de trabalho, o trabalhador e o cliente dos serviços de saúde como atores sociais que têm interesses, desejos e necessidades.

Nesse sentido ela propõe como pressuposto fundamental a compreensão de que os enfermeiros, técnicos e auxiliares sejam considerados sujeitos sociais em ação e não mais apenas recursos humanos em enfermagem, e deste modo que a equipe de enfermagem passe a ser vista como “um coletivo de sujeitos sociais, que estabelecem uma teia de relações, tecida cotidianamente pelos seus profissionais (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem), somando-se a isto as relações constituídas também pelos diversos profissionais de saúde. Este coletivo organizado possui como objetivo principal a prestação de uma assistência integral à população, que necessita dos serviços de saúde. Por outro lado, estes serviços precisam estar estruturados para atingir a sua finalidade produtiva, ou seja, a produção de ações de saúde, realizadas de forma ética, digna e segura” (SPAGNOL, 2005 p.125).

Temos a nosso favor toda a proposta de mudança do modelo assistencial porque vêm passando o nosso País sendo que a este respeito Silva et al (1993) afirmam que “o novo modelo assistencial, que vem sendo implementando, demanda um profissional crítico, que além da competência técnica também dê conta da dimensão política do trabalho no setor saúde, e que além das questões biológicas e individuais, busque compreender e assistir aos homens, mulheres e crianças em suas dimensões sociais, econômicas, culturais, familiares, afetivas, verdadeiramente humanas, com intuito de desenvolver um serviço que atenda às necessidades de saúde e contribua com o fortalecimento da cidadania e democracia brasileiras”.

Para terminar fazemos nossas as palavras de Barros (1993) quando afirma que a gerência em enfermagem tem que ser compreendida como um instrumento que contribua efetivamente para que a assistência de enfermagem se torne um modelo de produção de serviço, que seja capaz de garantir qualidade para toda a população.

Além disso, é importante também, reafirmar que a gerência em enfermagem é uma das dimensões do cuidar, assim os enfermeiros ao utilizarem os elementos da administração nas atividades que realizam no dia a dia de trabalho, devem ter como essência o assistir, para que o processo de trabalho seja desenvolvido a partir de uma análise reflexiva e não de uma conduta automatizada (VICENTIM, et al, 1991).

Referências

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(11)

Exercícios para fixação do conteúdo

1)

Cite quais são os novos paradigmas em gerência e como eles podem influenciar a gerencia em enfermagem?

2)

Cite e explique quais são as tendências e perspectivas da gerência em enfermagem? 3) Conceitue com suas palavras gerencia em enfermagem.

4) Explique no que consiste a gerencia do cuidado e a gerencia da unidade.

5) Explique porque o termo administração em enfermagem esta sendo substituído pelo de gerencia em enfermagem?

6) Cite e explique quais são as competências gerencias em enfermagem. 7) Quais os modelos de atenção à saúde presentes no nosso país? 8) Qual o papel do enfermeiro no SUS?

Referências

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