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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA. Profa. Sandra de Souza Pereira

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Academic year: 2021

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(1)

CUIDADOS DE

ENFERMAGEM NA

DEPENDÊNCIA

QUÍMICA

(2)

OS TRANSTORNOS RELACIONADOS COM SUBSTÂNCIAS

→ Por uso de substâncias (dependência e uso abusivo)

→ Distúrbios induzidos por substâncias (intoxicação, abstinência, delírio, demência, amnésia, psicose, transtornos de humor, de ansiedade, psicose, disfunção sexual e distúrbios do

sono)

▪ Droga

- Predominante na sociedade

- Algumas alteram o humor e são aceitáveis (álcool, cafeína e nicotina)

(3)

Os transtornos relacionados com substâncias

- Fins medicinais: grande produção, estimulantes e depressores do SNC (anfetaminas/sedativos/tranquilizantes)

- Preparações isentas de prescrição para alívio de toda dor humana, real ou imaginária

- Algumas substâncias ilegais alcançaram aceitação de determinados grupos (maconha e haxixe) – não são inofensivas – efeitos a longo prazo estão sendo estudados

- Efeitos perigosos de outras substâncias ilegais são documentados (LSD, fenciclina, cocaína e heroína)

(4)

Os transtornos relacionados com substâncias

- Amplas variações culturais – consumo e padrão de uso - Prevalência entre 18 a 24 anos

- Diagnóstico de transtorno mais comum no homem

(5)

USO ABUSIVO

DE SUBSTÂNCIAS

Alguns conceitos

▪ Usar indevidamente ou de um modo prejudicial. Tratamento inadequado ou conduta que possa resultar em lesões (conceito fundamental)

▪ Padrão mal adaptativo de uso de droga manifestado por consequências adversas recorrentes e significativas relacionadas com o uso repetido de substância (APA, 2000) ▪ Qualquer utilização que apresente riscos significativos para a saúde

(6)

CRITÉRIOS DSM-IV-TR -

USO ABUSIVO

DE SUBSTÂNCIAS

Padrão de má adaptação que leva a comprometimento clinicamente significativo ou angústia, manifestado por um ou mais dentro de um período de 12 meses:

1. Uso recorrente que resulta em fracasso em cumprir as principais obrigações funcionais no trabalho, escola ou casa (ex.: falta no trabalho, expulsões na escola...)

2. Uso recorrente em situações nas quais é fisicamente perigoso (ex.: dirigir automóvel ou operar uma máquina)

3. Problemas legais recorrentes relacionados com substâncias (ex.: prisões por conduta) 4. Uso contínuo, apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos da substância (ex.: discussões com cônjuge, lutas...)

(7)

DEPENDÊNCIA

Alguns conceitos

▪ Uma exigência compulsiva ou crônica

(8)

DEPENDÊNCIA FÍSICA x PSICOLÓGICA

▪ É evidenciada por um conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos que indicam uso apesar dos problemas

▪ A administração repetida exige o seu uso contínuo para evitar o surgimento de efeitos desagradáveis

É promovido pela tolerância

▪ Necessidade de doses cada vez maiores ou mais frequentes (efeitos desejados)

▪ Há um desejo devastador de repetir o uso de um fármaco em particular para produzir prazer ou evitar desconforto

▪ Desejo extremamente

poderoso

▪ Produz fissura (craving) intensa por uma substância,

bem como seu uso

(9)

CRITÉRIOS DSM-IV-TR –

DEPENDÊNCIA

DE SUBSTÂNCIAS

Três das seguintes características devem estar presentes para um diagnóstico:

1. Evidência de tolerância (quantidades progressivamente maiores para atingir intoxicação ou efeitos desejados OU redução acentuada do efeito com a mesma quantidade)

2. Evidência de sintomas de abstinência (síndrome da abstinência típica OU a mesma substância (ou outra relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas

3. Consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo que se pretendia 4. Desejo persistente ou esforços infrutíferos para reduzir ou controlar o uso

5. Grande parte do tempo é gasta para OBTER, USAR ou RECUPERAR-SE do uso 6. Atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas 7. Uso é contínuo, apesar do conhecimento de um problema físico ou psicológico

(10)

INTOXICAÇÃO

POR SUBSTÂNCIAS

▪ Estado físico e mental de euforia e frenesi emocional ou de letargia e estupor

▪ Desenvolvimento de uma síndrome reversível específica de uma substância causada pela ingestão (ou exposição a) recente da substância (APA, 2000)

▪ Alterações de comportamento podem ser atribuídas aos efeitos fisiológicos sobre o SNC

(11)

CRITÉRIOS DSM-IV-TR –

INTOXICAÇÃO COM SUBSTÂNCIAS

1. O desenvolvimento de uma síndrome reversível específica causada pela ingestão ou exposição

2. Comportamento mal adaptativo clinicamente significativo ou alterações psicológicas que são causadas pelo efeito da substância sobre o SNC durante ou logo após o uso (ex.: beligerância, instabilidade de humor, comprometimento cognitivo, do julgamento,

funcionamento social ou ocupacional)

3. Os sintomas não são causados por uma condição clínica geral e não são mais bem explicados por outro transtorno mental

(12)

ABSTINÊNCIA

DE SUBSTÂNCIAS

▪ Reajuste fisiológico e mental que acompanha a interrupção de uma drogadição

▪ É o desenvolvimento de uma mudança no comportamento mal adaptativo substância-específico, com concomitantes alterações fisiológicas e cognitivas, sendo causada pela cessação ou redução de uso intenso e prolongado

de substância (APA, 2000)

(13)

CRITÉRIOS DSM-IV-TR –

ABSTINÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS

1. Desenvolvimento de uma síndrome substância-específica causada pela cessação (ou redução) do uso intenso e prolongado de substâncias

2. Síndrome substância-específica causa angústia clinicamente significativa ou comprometimento do funcionamento social ou ocupacional ou de outras áreas importantes

3. Os sintomas não são causados por uma condição clínica geral e não são mais bem explicadas por outro transtorno mental

(14)

CLASSES DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

→ Todas elas estão associadas a transtornos por uso e induzidos por substâncias

1. Álcool

2. Anfetaminas e substâncias relacionadas 3. Cafeína 4. Maconha 5. Cocaína 6. Alucinógenos 1. . 2. . 3. . 4. . 5. . 6. . 7. Inalatórios 8. Nicotina 9. Opioides 10.Fenciclidina (PCP) e substâncias relacionadas

(15)

FATORES PREDISPONENTES

▪ Não há uma teoria única que explique a etiologia do problema ▪ Interação de vários elementos

Fatores biológicos

• Genética: fator hereditário (alcoolismo) – filhos de alcoolistas 3 x mais propensos

• Bioquímica: hipótese que o álcool possa produzir substâncias semelhantes à morfina no cérebro (responsáveis pela dependência do álcool)

(16)

FATORES PREDISPONENTES

Fatores psicológicos

• Influências do desenvolvimento: abordagem psicodinâmica – superego punitivo e fixação na fase oral do desenvolvimento psicossexual

Fatores de personalidade:

- baixa autoestima, depressão frequente, passividade, incapacidade de comunicação afetiva (não são preditivas do comportamento aditivo)

(17)

FATORES PREDISPONENTES

Fatores Socioculturais

• Aprendizagem social: influência da família (modelo dos pais) – influência dos colegas (encorajamento do uso) – influência do grupo de trabalho (expressão de coesão do grupo)

• Condicionamento: experiência agradável provocada pela substância (repetição) – ambiente agradável uso aumentado / ambiente aversivos redução de uso

• Influências culturais e étnicas: cultura estabelece padrões, molda atitudes – diferenças entre países/costumes

(18)

USO ABUSIVO DE

ÁLCOOL

E DEPENDÊNCIA

Perfil da substância

• Substância natural - reação de uma fermentação do açúcar com esporos de levedura • C2H5OH (álcool etílico)

• Classificado como alimento porque contém calorias (sem valor nutricional)

• Teor alcoólico varia (bebidas destiladas contém maior teor alcoólico)

• Exerce efeito depressor do SNC (alterações comportamentais e de humor) • Tamanho, se o estômago está cheio ou não (influenciam os efeitos)

(19)

USO ABUSIVO DE

ÁLCOOL

E DEPENDÊNCIA

Padrões de uso/Uso abusivo

• Realçar sabor dos alimentos nas refeições • Reuniões sociais

• Incentivar relaxamento e sociabilidade • Promover sentimento de celebração

• Usada em ritual sagrado de práticas religiosas • Principal ingrediente em medicamentos

• Inofensivo e agradável (benéfico) se usado com responsabilidade e moderação

(20)

USO ABUSIVO DE

ÁLCOOL

E DEPENDÊNCIA

4 FASES PELAS QUAIS O PADRÃO DO ALCOOLISTA EVOLUI

Fase 1: Pré-alcoólica: utilização de álcool

para aliviar estresse do dia e tensões da vida. Observação dos pais na infância – entende que o álcool é aceitável para lidar com o estresse. Desenvolve tolerância.

Fase 2: Alcoólica inicial: Começa com

blackouts durante ou após consumo. Álcool é uma droga exigida pelo indivíduo. Comportamentos de beber sorrateiramente ou em segredo, preocupação em consumir e manter estoque, goles rápidos e mais apagões. Culpa enorme, defende o consumo e excesso negação.

Fase 3: Crucial: perde-se o controle.

Dependência fisiológica evidente.

Incapacidade de escolher se deve ou não beber. Bebedeira de longa duração é comum. Extremamente doente. Manifestação de raiva e

agressividade. Beber é o foco (arrisca tudo). É

comum perder o emprego, família, amigos, autorrespeito.

Fase 4: Crônica: Desintegração emocional

(desamparo profundo e autopiedade) e física.

Mais intoxicado que sóbrio. Psicose. Abstinência resulta em alucinações, tremores, convulsões, agitação intensa e pânico. Depressão e ideação suicida.

(21)

USO ABUSIVO DE

ÁLCOOL

E DEPENDÊNCIA

Efeitos sobre o corpo

• Pode induzir a uma depressão geral, não seletiva e reversível do SNC

• 20% de uma dose são absorvidos direta e imediatamente na corrente sanguínea (parede do estômago)

• Não é digerido

• Vai diretamente para o cérebro, retardando ou deprimindo a atividade cerebral • 80% processados mais lentamente (trato intestinal superior e corrente sanguínea)

• Doses baixas: relaxamento, perda de inibições, ausência de concentração, sonolência, fala arrastada e sono

(22)

USO ABUSIVO DE

ÁLCOOL

E DEPENDÊNCIA

INTOXICAÇÃO

• Sintomas incluem desinibição de impulsos sexuais ou agressivos,

labilidade de humor,

comprometimento do julgamento, do funcionamento social e ocupacional,

fala arrastada, falta de coordenação, marcha instável, nistagmo e rubor facial • Intoxicação = 100 a 200mg/dl

• Morte = 400 a 700mg/dl

ABSTINÊNCIA

• 4 a 12h após cessação ou redução de uso pesado e prolongado

• Tremor grosseiro nas mãos, língua e pálpebras, náuseas ou vômitos, mal-estar ou fraqueza, taquicardia, sudorese, pressão arterial elevada, ansiedade, humor depressivo ou irritabilidade, alucinações ou ilusões transitórias, cefaleia e insônia

• Pode progredir para delírio por abstinência alcoólica – 2º ou 3º dia após interrupção

(23)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

SEDATIVOS,

HIPNÓTICOS OU ANSIOLITICOS

Perfil da substância

• Compostos sedativos-hipnóticos capazes de induzir diferentes graus de depressão SNC

(alívio tranquilizador da ansiedade até anestesia, coma e morte)

• Classificados: barbitúricos, hipnóticos não barbitúricos e agentes ansiolíticos • Efeito = dose e potência do fármaco

• De forma geral, vários princípios foram identificados e se aplicam de maneira bastante uniforme a todos os depressores do SNC

(24)

1. Os efeitos dos depressores do SNC são sinérgicos uns com os outros e com o estado comportamental do usuário (ex.: combinação com álcool, efeitos depressivos compostos, intensos e imprevisíveis)

2. Os depressores do SNC são capazes de produzir dependência fisiológica (ex.: administração de grandes doses por tempo prolongado causará superexcitabilidade do SNC na retirada)

3. Os depressores do SNC são capazes de produzir dependência psicológica (ex.: gerar impulso psíquico para atingir nível máximo de funcionamento ou bem-estar)

4. A tolerância cruzada e a dependência cruzada podem existir entre vários depressores do SNC (ex.: um fármaco resulta em resposta reduzida a outro; um fármaco pode impedir os sintomas de abstinência de outro)

(25)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

SEDATIVOS,

HIPNÓTICOS E ANSIOLÍTICOS

Padrões de uso/Uso abusivo

• Há dois padrões de desenvolvimento de dependência e uso abusivo:

1. prescrição médica para tratamento de ansiedade ou insônia e o indivíduo aumentou a dosagem por conta própria

2. Uso obtido ilegalmente por meio de colegas (comum nos jovens – para conseguir a sensação de euforia – levará ao uso regular)

(26)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

SEDATIVOS,

HIPNÓTICOS E ANSIOLÍTICOS

Efeitos sobre o corpo

• Os compostos sedativo-hipnóticos induzem efeito depressor geral (cérebro, nervos, músculos e tecido do coração)

• Reduzem a taxa de metabolismo

• Doses baixas selecionam as ações depressoras - Depressão respiratória - Efeitos cardiovasculares - Função renal - Efeitos hepáticos - Temperatura corporal - Desempenho sexual

(27)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

SEDATIVOS,

HIPNÓTICOS E ANSIOLÍTICOS

INTOXICAÇÃO

• Comportamento mal adaptativo significativo ou mudanças psicológicas • Comportamento sexual agressivo ou

inadequado, instabilidade do humor, comprometimento do julgamento ou do funcionamento social ou ocupacional

• Fala arrastada, falta de coordenação, marcha instável, nistagmo, diminuição da atenção ou memória e estupor ou coma.

ABSTINÊNCIA

• Síndrome típica após decréscimo acentuado ou cessação

• Início dependerá do fármaco de uso

• Abstinência grave tem mais chances em altas doses e períodos prolongados

• Hiperatividade autônoma, aumento tremor das mãos, insônia, náuseas ou vômitos, alucinações, ilusões, agitação psicomotora, ansiedade ou convulsões

(28)

USO ABUSIVO DE

ESTIMULANTES DO SNC

E DEPENDÊNCIA

Perfil da substância

• São identificados pela excitação do comportamento e agitação psicomotora

• Os grupos são classificados de acordo com semelhanças no mecanismo de ação

• Estimulantes psicomotores: aumento ou potencialização dos neurotransmissores • Estimulantes celulares gerais (cafeína e nicotina) – direta na atividade celular • Com moderação aliviam a fadiga e aumentam a vigilância

(29)

USO ABUSIVO DE

ESTIMULANTES DO SNC

E DEPENDÊNCIA

Padrões de uso/Uso abusivo

• Alto potencial de uso abusivo pelos efeitos prazerosos

• Uso abusivo e dependência se caracterizam por um uso episódico ou crônico diário

• Uso episódico com doses altas seguidas de dias para recuperação (sintomas intensos e desagradáveis – crash)

• Uso diário a dose aumenta devido tolerância

• Dose alta de cafeína no dia = ansiedade, insônia e depressão • Após cafeína, o tabaco é a substância mais consumida

(30)

USO ABUSIVO DE

ESTIMULANTES DO SNC

E DEPENDÊNCIA

Efeitos no corpo

• Capazes de excitar todo o SN

• Aumento da atividade ou ampliação da capacidade dos agentes neurotransmissores • Respostas fisiológicas de acordo com a potência e dosagem

- Efeitos do SNC

- Efeitos cardiovasculares

- Efeitos gastrointestinais e renais - Desempenho sexual

(31)

USO ABUSIVO DE

ESTIMULANTES DO SNC

E DEPENDÊNCIA

INTOXICAÇÃO

• Comportamento mal adaptativo significativo ou mudanças psicológicas durante ou logo após o uso

• Cocaína e anfetaminas: euforia ou embotamento afetivo, mudança na sociabilidade, hipervigilancia, sensibilidade interpessoal, ansiedade, tensão ou raiva, comportamentos estereotipados ou comprometimento de julgamento

• Efeitos físicos: taquicardia ou bradicardia, dilatação pupilar, pressão arterial elevada ou reduzida, transpiração ou calafrios, náuseas ou vômitos, perda de peso, agitação ou retardo psicomotor, fraqueza muscular, depressão respiratória, dor torácica, arritmias cardíacas, confusão, convulsões, discinesias, distonias ou coma

• Cafeína: após 250mg (inquietação, nervosismo, excitação, insônia, rubor facial, diurese, distúrbio gastrointestinal, espasmos musculares, fluxo de pensamento e fala evasivos, taquicardia ou arritmia cardíaca, períodos de inesgotabilidade e agitação psicomotora

(32)

USO ABUSIVO DE

ESTIMULANTES DO SNC

E DEPENDÊNCIA

ABSTINÊNCIA

• Síndrome típica após algumas horas ou dias a cessação ou redução

• Anfetamina e cocaína: disforia, fadiga, sonhos desagradáveis vívidos, insônia ou hipersonia, aumento do apetite e retardo ou agitação psicomotora

• Cafeína: cefaleia, fadiga, ansiedade, irritabilidade, depressão, comprometimento do desempenho psicomotor, náuseas, vômitos, fissura por cafeína e dor e rigidez musculares

• Nicotina: humor disfórico ou deprimido, insônia, irritabilidade, frustração ou raiva, ansiedade, dificuldade de concentração, inquietação, frequência cardíaca reduzida e aumento do apetite e ganho de peso

(33)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

INALATÓRIOS

Perfil da substância

• Inalação de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos (combustíveis, solventes, adesivos, propelentes de aerossol e diluentes de tinta)

(34)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

INALATÓRIOS

Padrões de uso/Uso abusivo

• Prontamente disponíveis, legais e baratas (droga de escolha) • Inalação por nariz ou boca ou ensacamento

• Associado a um aumento da probabilidade de transtorno de conduta ou antissocial • Tolerância por uso pesado

(35)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

INALATÓRIOS

Efeitos no corpo

• Absorvidos pelos pulmões e atingem o SNC rapidamente (atua como depressor) • Efeitos relativamente breves (de minutos a horas)

- Sistema nervoso central - Efeitos respiratórios

- Efeitos gastrintestinais - Efeitos no sistema renal

(36)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

INALATÓRIOS

INTOXICAÇÃO

• Comportamento mal adaptativo clinicamente significativo ou alterações psicológicas

• Confusão, beligerância, agressividade, apatia, comprometimento do julgamento, comprometimento do funcionamento social ou ocupacional

• Durante ou após o uso (tonturas, nistagmo, falta de coordenação, fala ininteligível, marcha instável, letargia, reflexos deprimidos, retardo psicomotor, tremor, fraqueza muscular generalizada, visão turva ou diplopia, estupor ou coma, euforia)

• Sintomas não são caracterizados por condição clínica geral nem explicados por outro transtorno mental

(37)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

OPIÓIDES

Perfil da substância

• Grupo do ópio e seus derivados (efeito sedativo e analgésico) • Induzem tolerância e dependência fisiológica e psicológica • São os mais eficazes para alívio da dor intensa

(38)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

OPIÓIDES

Padrões de uso/Uso abusivo

• Uso abusivo e dependência

1. Fármaco por prescrição – aumento da dose e frequência de uso 2. Usam para fins recreacionais e as obtêm por fontes ilegais

• A tolerância e dependência leva o indivíduo a adquirir a substância por qualquer meio para manter o vício

(39)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

OPIÓIDES

Efeitos no corpo

• Classificados como analgésicos narcóticos • Principais efeitos no SNC, olhos e trato GI

• Uso crônico da morfina ou toxicidade aguda: síndrome da sedação, constipação crônica, diminuição da frequência respiratória e constrição das pupilas

- Sistema nervoso central - Efeitos gastrintestinais - Efeitos cardiovasculares - Desempenho sexual

(40)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

OPIÓIDES

INTOXICAÇÃO

• Comportamento mal adaptativo clinicamente significativo ou alterações psicológicas durante ou após o uso

• Euforia inicial, apatia, disforia, agitação ou retardo psicomotor e comprometimento do julgamento • Sintomas físicos: constrição pupilar (dilatação em

superdosagens), sonolência, fala arrastada e prejuízo na atenção e memória

• Intoxicação grave: depressão respiratória, coma e morte

ABSTINÊNCIA

• Humor disfórico, náuseas e vômitos, dores musculares, lacrimejamento ou rinorreia, dilatação pupilar, piloereção, sudorese, cólicas abdominais, diarreia, bocejos, febre e insônia

• Fármacos de curta duração os sintomas começam de 6 a 12h e atingem o pico em um período de 1 a 3 dias e diminuem ao longo de 5 a 7 dias

• Fármacos de longa duração os sintomas começam de 1 a 3 dias e o pico entre 4 a 6 dias e diminuem ao longo de 14 a 21 dias

(41)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

ALUCINÓGENOS

Perfil da substância

• Capazes de distorcer a percepção de realidade

• Alterar a percepção sensorial e induzir alucinações (principalmente visuais) • Uso recorrente produz tolerância – doses cada vez maiores

• Dependência física com a retirada (não há evidência) • Dependência psicológica varia – dose, droga e usuário • Sintéticas ou naturais

(42)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

ALUCINÓGENOS

Padrões de uso/Uso abusivo

• Geralmente é episódica

• Habilidades cognitivas e perceptivas acentualmente afetadas

• LSD não leva a dependência física ou sintomas de abstinência – tolerância em algo grau (uso por 3 a 4 dias)

(43)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

ALUCINÓGENOS

Efeitos no corpo

• Efeitos altamente imprevisíveis (dose, estado mental e ambiente)

• Reações tóxicas: reação de pânico (viagem ruim) e flashback (repetição) • Efeitos fisiológicos

- Náuseas e vômitos - Calafrios

- Dilatação da pupila

- Aumento pulso, PA e temperatura - Tontura leve

- Tremor

- Perda de apetite - Insônia

- Sudorese

- Lentidão das respirações

- Elevação do açúcar no sangue

• Efeitos psicológicos

- Resposta ampliada a cor, textura e sons - Intensificação da consciência corporal - Distorção da visão

- Sensação de desaceleração do tempo - Sentimentos ampliados

- Medo de perder o controle - Paranoia, pânico

- Euforia, êxtase

- Projeção do ego em imagens oníricas - Serenidade, paz

- Despersonalização, desrealização - Aumento da libido

(44)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

ALUCINÓGENOS

INTOXICAÇÃO

• Comportamento mal adaptativo ou alterações psicológicas durante ou após o uso

• Ansiedade acentuada ou depressão, ideias de referência, medo de perder a razão, ideação paranoide e dificuldade de raciocínio

• Alterações perceptuais: Plena vigília e atenção, intensificação das percepções, despersonalização, desrealização, ilusões, alucinações e sinestesias

• Sintomas físicos: dilação pupilar, taquicardia, sudorese, palpitações, visão turva, tremores e falta de coordenação

• Superdosagem (ecstasy) ataques de pânico, alucinações, visão turva, rabdomiólise e morte por insuficiência renal ou cardiovascular

(45)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

CANNABIS

Perfil da substância

• 2ª substância mais consumida de maneira abusiva • Haxixe é um concentrado mais potente

• Em doses moderadas – efeitos semelhantes ao álcool • Dependência psicológica e pode ocorrer tolerância

(46)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

CANNABIS

Padrões de uso/Uso abusivo

• Droga ilícita mais consumida

• Considerada erroneamente como de baixo potencial de uso abusivo • Alguns acreditam que é inofensiva

• Tolerância ocorre com o uso crônico

(47)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

CANNABIS

Efeitos no corpo

• Cardiovasculares: taquicardia e hipotensão ortostática

• Respiratórios: efeitos deletérios devido quantidade de alcatrão produzida; broncodilatação; doenças crônicas obstrutivas das vias respiratórias (laringite, bronquite, tosse e rouquidão) – lesão pulmonar e CA

• Reprodutivos: diminuição na contagem, motilidade e estrutura do esperma – supressão da ovulação, ruptura dos ciclos menstruais e alteração hormonal

• SNC: euforia, inibições relaxadas, desorientação, despersonalização e relaxamento; • Desempenho sexual: melhora o desempenho; função sexual por liberar inibições

(48)

USO ABUSIVO E DEPENDÊNCIA DE

CANNABIS

INTOXICAÇÃO

• Presença de comportamento mal adaptativo clinicamente significativo ou mudanças psicológicas durante ou após o uso

• Comprometimento da coordenação motora, euforia, ansiedade, sensação de tempo desacelerado e dificuldade de raciocínio

(49)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Para reflexão do profissional...

- Quais os meus padrões de consumo de álcool?

- Se eu bebo, por que faço? Quando, onde e quanto? - Se eu não bebo, por que me abstenho?

- Estou confortável com meus padrões de consumo de bebida alcoólica? - Se eu decidir não beber mais, isso será um problema para mim?

- O que eu aprendi com meus pais sobre beber? - Minhas atitudes mudaram quando adulta?

- Quais são meus sentimentos sobre as pessoas que se intoxicam? - Parece mais aceitável para alguns indivíduos do que para outros?

- Eu já usei termos como “cachaceiro”, “bêbado” ou “beberrão” para descrever alguém que bebe? - Eu já exagerei? Ou o álcool já afetou minha vida?

(50)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Avaliação inicial

- Usuário apresenta-se emagrecido, pele ressecada, narinas avermelhadas ou lesadas, ou hematomas nos braços

- Fala pastosa, hiperemia da conjuntiva e congestão facial, hálito alcoólico, andar desordenado

- Sarcástico, ridiculariza pessoas, demonstração inadequada de afeto - Não cuida da higiene e da alimentação

- Atribui a culpa a terceiros - Sensível a críticas

(51)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Diagnósticos de enfermagem (NANDA)

1. Nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais 2. Volume de líquidos deficiente

3. Risco de infecção

4. Processo de pensamento perturbado 5. Percepção sensorial perturbada

6. Enfrentamento ineficaz 7. Risco de violência

8. Risco de violência direcionada a si mesmo 9. Risco de lesão

(52)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Diagnósticos de enfermagem (NANDA) 1. . 2. . 3. . 4. . 5. . 6. . 7. . 8. . 9. . 10. .

11.Processos familiares disfuncionais 12.Risco de suicídio

13.Baixa autoestima crônica 14.Baixa autoestima situacional 15.Manutenção ineficaz da saúde 16.Não adesão ao tratamento

17.Padrão de sono perturbado 18.Déficit no autocuidado

19.Negação ineficaz

(53)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Resultados esperados

• Admita que é dependente de SPA

• Expresse consciência do processo contínuo de recuperação • Verbalize controle da própria vida

• Demostre redução dos sentimentos de culpa, raiva e vergonha

• Desenvolva estratégias eficazes para controle da ansiedade, frustração e raiva • Apresente manifestações de recuperação da autoestima

• Admita os riscos decorrentes do uso de SPA

• Admita as consequências pessoais associadas ao uso de SPA • Desenvolva estratégias eficazes para controle do uso de SPA

(54)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Resultados esperados

• Teste estratégias para controle de uso de SPA

• Assuma compromisso com as estratégias de controle de uso de SPA

• Afaste-se do grupo de pessoas ou situações que o influenciam no uso de SPA • Utilize recursos da comunidade de acordo com suas necessidades

• Frequente com a família grupos de apoio

• Mantenha lista de nomes e telefone de pessoas que poderá contactar se necessário • Reconheça as mudanças ocorridas no seu estado de saúde

• Mantenha a esperança no futuro

(55)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Intervenções de enfermagem (NIC)

• Esclarecer que o cuidado é considerado em todas as dimensões • Observar e anotar a ingestão de alimentos e líquido

• Ajudar o cliente a aceitar que seu comportamento é decorrente do uso de SPA • Não demonstrar descrença na recuperação

• Listar com o cliente comportamentos substitutos para a procura e uso de SPA • Estar atento ao comportamento manipulativo – estabelecer limites

• Orientar sobre os riscos de uso de SPA na gestação • Oferecer apoio de modo consciente e empático • Aferir os SSVV sempre que necessário

(56)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Intervenções de enfermagem (NIC)

• Estar atento aos sinais e sintomas de abstinência • Avaliar objetivamente as queixas do cliente

• Manter observação para evitar riscos de agressão • Manter o cliente ocupado em atividades produtivas • Encorar o cliente a seguir com o tratamento

• Observar e registrar as horas de sono

• Observar, aplicar e registrar as medidas gerais de enfermagem • Orientar quanto aos recursos existentes na comunidade

• Empenhar-se na criação de programa de psicoeducação • Fazer reuniões periódicas entre equipe

(57)

Referências

▪ TOWNSEND, M. C. Enfermagem psiquiátrica: conceitos de cuidados. 7. Ed. São Paulo: Guanabara, 2017. ▪ DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.

▪ STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. L.; ARANTES, E. C. Enfermagem psiquiátrica em suas dimensões assistenciais. Barueri: Manole, 2008.

Referências

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