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ANAIS DOS RESUMOS DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS

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(547C) ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE EVIDENCIAÇÃO

E O GRAU DE CONCENTRAÇÃO DA PROPRIEDADE NAS EMPRESAS

BRASILEIRAS QUE EXPLORAM ATIVOS BIOLÓGICOS

PAULO ALEXANDRE DA SILVA PIRES Universidade Estadual de Londrina (UEL) paulo.alexandre.pires@hotmail.com JÚLIA PERES TORTOLI

Universidade de São Paulo (USP) jptortoli@fearp.usp.br

DUCINELI RÉGIS BOTELHO Universidade de Brasília (UnB) ducineli@unb.br

ILIRIO JOSÉ RECH

Universidade Federal de Goiás (UFG) ilirio@usp.br

RESUMO

Embora a atividade agrícola seja uma das mais antigas e relevantes para a sociedade somente nos últi-mos anos ela passou a ser objeto de preocupação por parte dos contadores e da contabilidade (RECH, 2012; ELAD e HERBOHN, 2011; JOHANSSON e BERN, 2010; ELAD, 2004). Essa preocupação desencadeou o desen-volvimento de normas apropriadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos fenômenos que envolvem a produção e transformação de ativos biológicos e de produtos agrícolas, mais precisamente a IAS 41 – Agriculture. No Brasil o CPC 29 – Ativos biológicos e produtos agrícolas se deu em 2009, na esteira do processo de convergência as International Financial Reporting Standards (IFRS). A importância das ativi-dades agrícolas para o mundo, o crescimento do número de empresas que exploram atividade agrícola que captaram recursos via mercado de capitais, fez com que surgissem estudos destinados a verificar a value

relevance das informações contábeis relacionadas à mensuração dos ativos biológicos a valor justo (SILVA

FILHO et al. 2013a; ELAD; HERBOHN, 2011; JOHANSSON; BERN, 2010; WILLIAMS; WILMSHURST, 2008; HERBOHN; HERBOHN, 2006; ELAD, 2004). Tendo em vista que a atividade agrícola pode ser considerada uma atividade exótica, para muitos usuários da informação contábil faz com que os gestores detenham in-formações substanciais que poderiam ser divulgados por meio das demonstrações financeiras. Desse modo, a presente pesquisa tem o objetivo de analisar a associação entre o índice de evidenciação das informações recomendadas pelo CPC 29 e o grau de concentração da propriedade nas empresas brasileiras que exploram ativos biológicos. Para isso, foram analisadas 25 empresas brasileiras de capital aberto que exploram ativos biológicos entre o período de 2011 e 2015. Essa pesquisa se delineou como quantitativa quanto aos seus métodos e descritiva em relação aos objetivos. Foi feito uma análise das notas explicativas das companhias abertas que compunham a amostra para determinar o Índice de Evidenciação (variável dependente) a luz do que é exigido pelo CPC 29, em seguida, através da ferramenta estatística Gretl® Software foi elaborado o painel data e a verificação do melhor modelo e quadro de correlação que analisasse a associação entre o Índice de Evidenciação e as variáveis independentes, sendo elas: Ativo Biológico e Ativo Total (AB/AT), Rentabilidade do Patrimônio Líquido (Rent PL), Endividamento (End), Tamanho da empresa calculado pelo Ativo Total (TAM), Controle Acionário (Cont AC), Liquidez Acionária (Liq AC), Negociabilidade Acionária (Neg AC). As variáveis TAM, End, ABAT apresentaram um relação positiva e significativa. No entanto o coe-ficiente da variável End foi praticamente zero o que leva a descartar a influência dessa variável no índice de evidenciação. Por fim a variável CompAC apesar de apresentar coeficiente positivo, não possui significância estatística o que denota que a mesma não influencia o índice de evidenciação. Desta forma conclui-se que a concentração de propriedade acionária não afeta o índice de evidenciação dos ativos biológicos de empre-sas que exploram tais ativos.

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1. INTRODUÇÃO

A aplicação dos conceitos contábeis pode ser visto como uma forma para tornar visível, no mundo real, fenômenos abstratos e complexos, tais como ativos, passivos, receitas e despesas que não existem de outra forma (POTTER, 2005). A contabilidade faz com que os fenômenos se tornem visíveis ao olhar da ciência de modo a auxiliar gestores, investidores e organizações. Em se tratando de atividades mais complexas como a produção agrícola a aplicação dessa Ciência se torna ainda mais relevante.

Embora a atividade agrícola seja uma das mais antigas e relevantes para a sociedade somente nos últimos anos ela passou a ser objeto de preocupação por parte dos contadores e da contabilidade (RECH, 2012; ELAD, HERBOHN, 2011; JOHANSSON, BERN, 2010; ELAD, 2004). Essa preocupação desencadeou o desenvolvimento de normas apropriadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos fe-nômenos que envolvem a produção e transformação de ativos biológicos e de produtos agrícolas, mais precisamente a IAS 41 – Agriculture.

A adoção de normas voltadas para a atividade agrícola se deu primeiramente na Austrália, e poste-riormente pelo International Accounting Standards Committe (IASC) antecessor do International Accounting

Standards Board (IASB). No Brasil o CPC 29 – Ativos biológicos e produtos agrícolas se deu em 2009, na

esteira do processo de convergência as International Financial Reporting Standards (IFRS).

A importância das atividades agrícolas para o mundo, o crescimento do número de empresas que ex-ploram atividade agrícola que captaram recursos via mercado de capitais, fez com que surgissem estudos destinados a verificar a value relevance das informações contábeis relacionadas à mensuração dos ativos biológicos a valor justo (SILVA FILHO et al. 2013a; ELAD; HERBOHN, 2011; JOHANSSON; BERN, 2010; WIL-LIAMS; WILMSHURST, 2008; HERBOHN; HERBOHN, 2006; ELAD, 2004).

Grande parte das pesquisas se destinou a analisar os impactos da adoção do valor justo, a metodologia adotada pelas empresas ou as dificuldades de aplicar os conceitos emanados das normas vigentes. Outra parte das pesquisas objetivavam a analisar a aderência das empresas as recomendações da norma (GON-ZAGA; RECH, 2013; HERBOHN, 2005; FISHER; MORTENSEN; WEBBER, 2010; OLIVEIRA; RECH, 2011). Tais pesquisas concluíram que as empresas se preocupavam em mensurar os ativos biológicos a valor justo, no entanto não divulgavam informações adicionais que auxiliassem a compreensão das demonstrações finan-ceiras, o que reduzia a utilidade da informação contábil.

A falta de evidenciação das informações relacionadas aos ativos biológicos faz com que aumentem o conflito de agência. Tendo em vista que a atividade agrícola pode ser considerada uma atividade exótica, para muitos usuários da informação contábil faz com que os gestores detenham informações substanciais que poderiam ser divulgados por meio das demonstrações financeiras.

Gonçalves e Lopes (2014) realizaram uma pesquisa com uma amostra de empresas de vários países. Os autores verificaram que a divulgação obrigatória e voluntária dos ativos biológicos é influenciada pela intensidade dos ativos biológico possuídos pelas empresas, concentração da propriedade, o tamanho da empresa e o setor.

No Brasil, pesquisas realizadas por Lanzana (2004), Murcia et al (2008) Herculano e Moura (2015) identificaram que os fatores “tamanho” e as variáveis “empresas de auditoria” e “endividamento” contri-buem para explicar o nível de evidenciação voluntária de informações das empresas brasileiras.

A literatura revela que as empresas brasileiras têm como uma de suas característica a concentração de propriedade acionária (MOURA; BEUREN, 2011; DUTRA; SAITO, 2002). Em se tratando de atividades agrí-colas essa característica não é diferente. Essa constatação pode ser verificada tendo em vista que a maioria das empresas do setor que captou recursos no mercado de capitais que tinham sua origem de empresas familiares e que continuam no controle familiar (JBS, Duratex, Fibria, Minerva, Suzano, São Martinho etc).

Essa característica faz com que seja observado um conflito de agência entre os acionistas majoritários e minoritários. Como destacado por Sunder (1997), a informação contábil nesta situação tem um papel fundamental para a redução dos conflitos de agência e a realização dos contratos entre majoritários e mino-ritários. Para isso é necessário que as empresas estejam empenhadas em disponibilizar para ambos volume suficiente de informações para a tomada de decisões.

No entanto, sabe-se que se o acionista majoritário detém o controle de o que informar por meio da con-tabilidade este procederá a uma divulgação seletiva para atender aos seus interesses. Desta forma pode-se indagar se empresas do agronegócio que possuem maior concentração de propriedade acionária apresen-tem um nível menor de evidenciação dos ativos biológicos. Com base nessa inquietação, a presente pesquisa

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tem o objetivo de analisar a associação entre o índice de evidenciação das informações recomendadas pelo CPC 29 e o grau de concentração da propriedade nas empresas brasileiras que exploram ativos biológicos.

Para responder à questão de pesquisa e alcançar o objetivo proposto foram analisadas as notas expli-cativas relacionadas aos ativos biológicos de 25 empresas brasileiras abertas que tinham dados disponíveis no período de 2011 a 2015. Por meio de uma análise em painel data no modelo de regressão logística Probit, foram analisadas a associação entre o grau de propriedade e o nível evidenciação. Como variáveis de contro-le foram adotadas o tamanho das empresas, a rentabilidade, o endividamento e a relação entre o volume de ativos biológicos e o ativo total como medida da influência da intensidade dos ativos biológicos.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Importância da evidenciação no processo contábil

A evidenciação se confunde com o objetivo da Contabilidade, ao tornar possível que todo processo en-volvido nas fases de reconhecimento e mensuração chegue até o usuário de forma clara e objetiva com as in-formações necessárias para os diversos tipos de usuários. Dessa maneira, no sentido macro, a evidenciação das informações econômico-financeiras torna-se um desafio para a contabilidade, devido à subjetividade no processo de decisão de quais informações devem ser divulgadas, como e para quem evidenciá-las.

O termo evidenciação está relacionado a outros campos do conhecimento entre eles o da comunicação. Ao utilizar a contabilidade como um sistema de comunicação, o contador avalia a realidade da empresa em relação ao ambiente que ela está inserida e transmite aos diversos usuários a informação processada nas fases de reconhecimento e mensuração por meio das demonstrações financeiras (STERLING, 1967).

Assim, a evidenciação significa tornar evidente informações sobre os fenômenos abstratos e complexos relacionados aos eventos econômicos/financeiros das entidades. Hendriksen e Van Breda (1999) destacam que um dos objetivos da evidenciação é fornecer informações para tomada de decisões através de dados contábeis e outras informações relevantes. Para tanto, os referidos autores ressaltam três perguntas funda-mentais para o processo de evidenciação: a) a quem deve ser divulgada a informação? b) qual a finalidade da informação? c) quanta informação deve ser divulgada?

Sprouse e Moonitz (1962) destacam que a evidenciação da informação contábil está ligada aos fatores que levam as empresas a se questionar o que deve ser evidenciado. Neste contexto, os autores destacam três níveis distintos de evidenciação: a) evidenciação adequada (minimização de informações para tornar a de-monstração compreensível); b) evidenciação justa (informações com condições igualitárias para diferentes usuários); e c) evidenciação completa (apresentação de todas as informações relevantes).

Para que um volume maior de usuários se beneficie das informações reportadas pela contabilidade, essa deve ser portadora de uma informação relevante, oportuna e desejada. Com tais características essa será capaz de influenciar na tomada de decisão e avaliação de eventos passados, presentes e futuros das entidades, modificando o conhecimento do usuário.

Oliveira e Rech (2012) afirmam que quanto mais relevante for a informação contábil evidenciada para o processo decisório dos usuários, melhor será o aperfeiçoamento e elaboração futura destas informações. No entanto, Hendriksen e Van Breda (1999) afirmam que a evidenciação depende do usuário que analisará as informações evidenciadas. Neste sentido, tais usuários devem ser pessoas preparadas razoavelmente para receber tais informações. No mesmo sentido o Statement of Financial Accounting Concepts nº 2 (FASB, 1980) e a Conceptual Framework do International Accounting Stanadrds Board (IASB) afirmam que as demonstra-ções financeiras são elaboradas para usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e estão dispostos a estudar a informação com diligência razoável.

Estudos, como de Botoson (1997) e Alencar (2005) sugerem que o nível de evidenciação medido para o mercado de capitais, apresenta uma relação inversa entre qualidade da informação contábil e risco de liquidez do mercado (OLIVEIRA, RECH, 2012).

Outro aspecto a ser considerado na evidenciação é a forma de evidenciação. Entretanto, não se deve confundir forma com tipo de evidenciação. A primeira versa da maneira como deve ser tratada a informação (prognósticos financeiros, política de contabilização, mudanças de contabilização, de eventos subsequentes e evidenciação dos segmentos de uma empresa) e a segunda, do método a ser adotado para evidenciar as informações (estrutura e organização das demonstrações contábeis, terminologia e apresentação

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detalha-da, informações complementares, notas explicativas, demonstrativos e quadros suplementares e tabelas, parecer do auditor, análise e discussão gerencial, relatório da administração, informações periódicas e re-latórios gerenciais).

Independente da forma ou tipo de evidenciação esta tem como princípio que todas as informações, se-jam boas ou ruins, devem ser apresentadas para os usuários. No entanto, Scott (2009) afirma que os inves-tidores sabem que os gestores têm informações privilegiadas, mas não sabem quais são. Assim eles partem do pressuposto que se for favorável, os gestores irão divulga-las. Do contrário, exceto por outros incentivos estes tenderão a ocultar as informações desfavoráveis. Contrariando assim o conceito de full disclosure.

2.2 A evidenciação no processo de redução da assimetria informacional

A literatura contábil que discute a assimetria informacional e o papel da contabilidade como fator redutor dessa anomalia vê a empresa como um conjunto de contratos (SUNDER 1997; WATTS, 1992, SCOT, 2009). Nesta linha de pensamento, há um contrato formal ou informal entre os diversos participantes (acionistas, ad-ministradores, clientes, empregados, fornecedores, governos etc), de modo que cada um contribui para a firma e recebe em troca a sua retribuição. Essa linha de pensamento é denominada de Teoria Contratual da Firma.

Nesse sentido, pesquisas relacionadas ao equilíbrio de mercado, que envolvem as principais questões ou problemas da assimetria informacional estão baseadas na teoria da agência. Esta teoria tem como pres-suposto central que, com a separação de controle e propriedade, os recursos da empresa não são eficien-temente alocados, porque os gestores não têm as mesmas motivações dos acionistas, uma vez que existe desalinhamento de interesse entre ambos (PINDYCK; RUBINFELD, 2002; LÖFGREN, PERSSON; WEIBULL, 2002). Tal desalinhamento ocorre, principalmente, devido aos acionistas procurarem seus próprios interes-ses, reduzindo os riscos representados por uma aplicação individual, a ação da empresa, enquanto que, os gestores não podem diversificar os riscos da mesma forma daqueles, uma vez que a empresa é detentora de ativos e conhecimento.

Desse modo, a teoria da agência enfoca o papel do agente e do principal, em que o primeiro detém a informação que influenciará sua decisão, ocasionando um retorno satisfatório ou não para o segundo. E o principal deverá proporcionar formas de induzir o agente a prestar um bom serviço que atenda também aos seus interesses, ou seja, o principal se compromete a remunerar o agente (CALDAS, 2002; HENDRIKSEN; BREDA, 1999). Pode-se dizer, portanto, que há uma relação, baseada na teoria da agência quando existe um contrato entre pessoas, no qual o bem-estar ou mal-estar de um dos participantes depende daquilo que é feito por uma outra pessoa, também participante. (PINDYCK; RUBINFELD, 2002).

Nesse contexto, um dos grandes problemas na teoria da agência se apresenta no momento em que uma das partes possui um volume maior de informações que a outra (assimetria). Assim, este contrato dificil-mente será perfeito, pois o agente pode influenciar positivadificil-mente ou negativadificil-mente os resultados (LANE, 2003). Isto ocorre, possivelmente, em função dos seres humanos agirem segundo seus próprios interesses, o que é denominado de oportunismo.

Eisenhardt (1989) afirma que a teoria da agência define de forma eficiente a determinação de contra-tos, com o objetivo de gerenciar o relacionamento entre o principal e o agente. A existência de informação assimétrica pode levar a graves falhas de eficiência do mercado de capitais. O grande desafio da redução da assimetria informacional assimétrica consiste na formulação de contratos completos que busquem mini-mizar as perdas de bem-estar decorrentes deste tipo de problema (KREPS, 1990 apud MACIEIRA, 2006).

Pindyck e Rubinfeld (2002) destacam que nas empresas, uma das funções dos proprietários é monitorar o comportamento de seus administradores. No entanto o monitoramento pode ter um custo superior ao be-nefício além de que, em alguns casos os meios serem limitados e imperfeitos. Desse modo, é necessário que os proprietários incentivem os administradores, não precisando, assim, recorrerem à intervenção estatal

A introdução da assimetria de informações em modelos nos quais os agentes se comportam estrategi-camente leva a necessidade de não apenas considerar o que os agentes conhecem, mas o que eles pensam que os outros agentes envolvidos na relação econômica sabem a respeito das informações que eles detêm. Uma das consequências quando da existência de informações assimétricas é a presença de comportamentos oportunistas, entre os agentes, por parte daqueles que detêm as informações.

Na visão de Arbage (2003), o pressuposto de que os agentes podem se comportar de forma oportunista insere um componente de incerteza nas relações comerciais, pois não se pode prever o comportamento dos agentes mesmo após a elaboração de contratos. Segundo o autor, quanto maior o nível de oportunismo

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constatado no padrão comportamental dos agentes, e quanto menos informações estejam disponíveis ou evidenciadas para a tomada de decisão, tanto maior é o risco de as transações deixarem de acontecer como foram planejadas, ocasionando situações inerentes a seleção adversa ou ao risco moral.

Nos problemas gerados pela assimetria informacional, a informação o recurso essencial para qualquer tomada de decisão estratégica e nas transações econômicas, onde é fundamental, principalmente, quando se trata de um processo concorrencial. Porém, o custo da obtenção de informações relevantes ao processo muitas vezes é elevado (PINTO JR.; PIRES, 2000; MACIEIRA, 2006). Por outro lado, é interessante, estrategi-camente, para a empresa manter em sigilo tais informações para que seus concorrentes não se beneficiem delas. Por isso, as organizações procuram manter ocultas suas informações sobre estrutura, capacidade financeira, pesquisa e desenvolvimento de produtos e outras informações que possam beneficiar seus con-correntes (GODOY; SILVA; BALBINOTTO NETO, 2004; MACIEIRA, 2006).

No entanto, alguns fatores fazem com que, mesmo com a existência de risco de evidenciar um volume maior de informações, as empresas estejam mais predispostas a divulgar parte de suas de informações. Es-tudos realizados por Nunes, Teixeira e Nossa (2009) e Avelino, Pinheiro e Lamounier (2012) estudaram o fator tamanho da empresa e verificaram que este está, significativamente, relacionado com a quantidade de informações divulgadas aos stakeholders. Esses autores justificam a influência deste fator, destacando que as grandes empresas sofrem maiores pressões por parte dos órgãos políticos, investidores e sociedade em geral.

Pesquisas realizadas por Murcia et al (2008) identificaram que os fatores “tamanho” e as variáveis “em-presas de auditoria” e “participação no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)” explicam a eviden-ciação voluntária de informações ambientais das empresas brasileiras. No mesmo sentido, Lanzana (2004) verificou que o grau de endividamento é uma característica que leva as empresas a divulgar um volume maior de informações. No entanto, essa característica é contestada por Dallabona, Mazzioni e Klann (2012). Enquanto o primeiro encontrou uma relação positiva estes últimos, analisando as empresas do agronegócio constataram relação inversa entre o nível de evidenciação de ativos biológicos e produtos agrícolas e o nível de endividamento. Empresas do agronegócio com maiores níveis de endividamento apresentaram menores índices de evidenciação.

Por outro lado, Herculano e Moura (2015) verificaram a concentração de capital pode ser um fator influenciador para a qualidade da informação contábil. Tais autores verificaram que maior persistência nos resultados contábeis e nos fluxos de caixa estão relacionados com maior oportunidade da informação con-tábil nas empresas com elevado nível de concentrações de capital.

Sander (1997) destaca que as disputas e conflitos existentes na realização de contratos podem enfra-quecer a estrutura socioeconômica de uma empresa. Desta forma o conhecimento comum é essencial para que não haja conflitos ou que este sejam reduzidos a uma faixa de tolerância. Tais conflitos em sua grande parte tem origem na assimetria informacional. Dentro de um contexto em que a empresa é vista como um nexo de contratos a evidenciação das informações contábeis financeiras tem papel fundamental para redu-ção da assimetria informacional e consequentemente a reduredu-ção do conflito de interesses.

2.3 Definição e conceitos de ativos biológicos e produtos agrícolas

Um dos fenômenos abstratos que se materializam por meio da contabilidade tem sua origem nas tran-sações realizadas pelas empresas para a obtenção ou transformação de recursos econômicos financeiros. Na área voltada para a produção de recursos destinados a alimentação do homem esses fatores se materializam pela produção de plantas e animais. Tal produção pode ser consumida sem nenhuma transformação ou com a adição da inteligência humana podem se transformar em produtos agrícolas e serão destinados para a alimentação do homem ou para a transformação de outras plantas e animais.

Todo o processo de transformação ou sua gestão é conhecido no campo da economia como agronegó-cio. Na área da contabilidade essa transformação é definida como atividade agrícola. De acordo com a CPC 29/IAS 41, todo processo de gerenciamento da transformação biológica e colheita dos fenômenos biológicos resultantes para venda ou conversão em outros elementos biológicos ou produtos agrícolas pode ser deno-minado de atividade agrícola.

Os fenômenos biológicos ou elementos biológicos resultantes da atividade agrícola podem ser trans-formar em elementos abstratos e complexos, cuja processo contábil os denomina de ativos. Em se tratan-do de ativos resultantes da transformação biológica ou tratan-dos fenômenos biológicos são denominatratan-dos de ativos biológicos.

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A definição normativa de ativo que vigora atualmente no Brasil resultado do processo de convergên-cia internacional da contabilidade é a trazida pelo Pronunconvergên-ciamento Conceitual Básico (2011) amplamen-te conhecido por estrutura conceitual da contabilidade. Esamplamen-te pronunciamento foi emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em conformidade com as normas internacionais (IFRS), que delimita o conceito de ativo como um recurso que contempla três características essenciais.

A primeira se refere ao controle que a entidade exerce sobre esse o recurso, Iudícibus (2010) coloca que a controlabilidade exercida não está subordinada a propriedade ou a posse, com isso, deve ser consi-derada em primeiro plano. A segunda é a necessidade do ativo ser originário de um evento passado, como explicam Hendriksen e Van Breda (1999, p. 285) “Ativos não devem incluir benefícios que poderão surgir no futuro, mas não existem no presente momento, ou não estão sob o controle da entidade no presente”. E como terceira, temos a expectativa de que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade. Iudícibus (2010, p. 125) comenta esse ponto “O elemento precisa apresentar uma potencialidade de serviços futuros (fluxos de caixa futuros) a entidade”.

Por outro lado, a definição de biológico encontrada no Dicionário Luft (2000, p. 116) é “1. Relativo a biologia. 2. Pertence aos seres vivos organizados.”, ou seja, refere-se aos seres vivos ou aquilo que é próprio deles, incluindo por definição os seres humanos. Porém, no contexto de ativos biológicos, os seres humanos não se somam a esse grupo.

Considerando as definições apresentadas, a compreensão das definições específicas de ativos bioló-gicos fica mais clara. Segundo Rech (2011, p. 35) a primeira definição de caráter contábil foi de Goyen e Robers em 1991 que descreveu como “ativos vivos não humanos que, devido à capacidade de crescimento, produção, reprodução e degeneração, contêm benefícios econômicos e potencial de serviços que estão su-jeitos a variações contínuas durante sua vida”.

Rech (2011, p. 36), considerando os conceitos basilares da definição de ativo, expressa o seguinte conceito “pode-se definir ativo biológico como um estoque de serviços atuais advindos da produção e exploração de elementos do reino animal, exceto recursos humanos, e do reino vegetal à disposição da empresa”. Essa definição atende a cada uma das características de ativo já citadas, com enfoque específico nos ativos biológicos.

O CPC 29 – Ativos biológicos e Produto Agrícola, que corresponde a norma internacional IAS 41 –

Agri-culture, passou a vigorar no Brasil a partir de 2009. Além das definições conceituais o CPC 29 determina

quais os critérios de mensuração que devem ser adotados, assim como a forma de divulgação que deve ser observada pelas entidades obrigadas ao seu cumprimento. Neste sentido o CPC 29 (2009) define ativos bio-lógicos de forma sintética como um animal e/ou uma planta, vivos. Da mesma forma define produto agrícola como o produto derivado/colhido do ativo biológico.

2.4 Recomendações da norma para a mensuração e evidenciação dos

ativos biológicos

A mensuração pode ser definida como o processo de “atribuir uma quantidade numérica a uma carac-terística ou a um atributo de algum objeto, como um ativo, ou de uma atividade, como a de produção” (HEN-DRIKSEN, VAN BREDA,1999, p. 303). De acordo com os mesmos autores a mensuração pode ser feita por duas medidas diferentes: medidas de entrada que são baseadas no custo de aquisição e medidas de saídas que são baseadas no valor de venda em mercados organizado.

O CPC 29 (2009) determina que os ativos biológicos devam ser mensurados ao seu valor justo (valores de saída) menos as despesas decorrentes da venda, no momento do reconhecimento inicial e ao final de cada período de competência. A definição de valor justo de acordo com Pronunciamento Conceitual Básico (2008) é “o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Porém, existem circunstâncias em que o valor justo dos ativos biológicos não pode ser medido com confiabilidade, nestes casos a previsão CPC 29 (2009) é que seja mensurados pelo custo deduzido qualquer depreciação e/ou perdas por irrecuperabilidade. A preferência do valor justo em relação ao custo histórico existe, entre outros fatores, porque embora o custo histórico seja objetivamente verificável, ao transcorrer do tempo ele deixa de ser representativo, além disso, o valor justo, embora sofra várias críticas por sua sub-jetividade, tem uma maior capacidade de representar o valor preditivo de um ativo.

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Já a evidenciação dos ativos biológicos como fase subsequente e complementar a mensuração pode ser definida, seguindo o conceito apresentado no início desse referencial teórico, como o processo de tornar visível as informações relacionadas aos ativos biológicos. Murcia (2009) destaca que evidenciação é um canal de transmissão destinado a levar as informações da empresa até o mercado para auxiliar os usuários no processo decisório.

No que diz respeito a evidenciação das informações relacionadas aos ativos biológicos a norma destaca um rol de informações para melhor levar ao mercado as informações desses ativos. O check list da presente pesquisa se utiliza desse rol de informações para verificar o nível de evidenciação de tais ativos. Destaca-se que essa é uma etapa importante do processo de reconhecimento e mensuração dos ativos biológicos, tendo em vista que atividade rural apresenta características nem sempre de conhecimento para todos os usuários da informação contábil.

2.5 Reclassificação das plantas portadoras objeto das alterações da

IAS 41/CPC 29

A norma internacional de ativos biológicos IAS 41 – Agriculture, e por consequência o CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola que é a regulamentação correspondente a ela no Brasil foram alteradas, em 2015, em um aspecto relevante no que tange ativos biológicos. As Plantas portadoras deixaram de serem consideradas ativos biológicos do ponto de vista normativo e com isso não são mais tratadas pelo CPC 29, passando ao escopo do CPC 27 – Ativo Imobilizado.

Assim, os ativos biológicos usados na produção ou fornecimento de produtos agrícolas que se espera que tenham a capacidade de produzir produtos por mais de um período e sua probabilidade de serem ven-didas como produto agrícola seja remota forma definidos como plantas portadoras.

De acordo com a Revisão de Pronunciamentos Técnicos – nº 8/2015, que altera várias normas de conta-bilidade vigentes no Brasil e com a Amendments para o IAS 16 e IAS 41 – Agriculture: Beare Plants, as plantas portadoras são plantas vivas que: a) São utilizadas na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas; b) São cultivadas para produzir frutos por mais de um período; e c) Têm uma probabilidade remota de se-rem vendidas como produto agrícola, exceto para eventual venda como sucata.

De acordo com os documentos acima citados a partir de sua edição os ativos biológicos portadores são transferidos para o escopo da IAS 16 – Property, Plant and Equipment e no Brasil, a norma correspondente é o CPC 27 – Ativo Imobilizado. Assim esses ativos devem ser contabilizados seguindo as exigências aplicáveis para a contabilização de ativos imobilizados.

Isso significa em termos gerais excluir os ativos biológicos portadores do critério de mensuração a valor justo, como era recomendado sob o escopo da IAS 41 (CPC 29). Essa alteração teve origem no estudo apresentado em 2011 pelo Asian Oceanian Standard Setters Group (AOSSG), que representa 26 emissores de normas contábeis da região da Ásia e Oceania. O estudo apresentava as preocupações levantadas pelos usuários e preparadores das demonstrações financeiras destacando a relevância e utilidade da informação dos ativos biológicos a valor justo.

De acordo com aquele organismo o reconhecimento e mensuração dos ativos biológicos portadores dentro das recomendações da IAS 41 – Agriculture dificultava a preparação das demonstrações financeiras e não melhorava a qualidade das informações.

Destaca-se que o estudo foi desenvolvido em países com mercado de capitais pouco desenvolvidos e com elevada concentração de propriedade o que pode sugerir viés nas conclusões encontradas. No Brasil, as pesquisas realizadas (SILVA FILHO ET AL. 2013a; SILVA FILHO ET AL.,2013b; RECH, OLIVEIRA, 2011) verificaram que a mensuração do ativos biológicos a valor justo provocou mudanças significativas no valor dos ativos e do Patrimônio Líquido das empresas. Além disso, as pesquisa não identificaram relevância para os usuários da informação contábil na adoção inicial do CPC 29.

Destaca-se que as mudanças decorrentes desse novo aspecto normativos ainda não foram objeto de estudo em pesquisas recentes, mas um efeito imediato de qualquer alteração nos critérios contábeis de classificação de ativo é a perda de comparabilidade histórica nas demonstrações.

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3. PROCEDER METODÓLOGICO

Para atender ao objetivo proposto de analisar a associação entre o nível de evidenciação e a con-centração de propriedade das empresas que exploram ativos biológicos no período compreendido entre 2011 e 2015, este estudo se delineou num método quantitativo para delimitar a hipótese de pesquisa, com enfoque descritivo dos dados contábeis e financeiros, utilizando-se como instrumento de coleta a base de dados do Economática®.

A amostra da pesquisa é composta por 25 empresas, com ações negociadas na BM&FBovespa. O cri-tério de seleção foi por empresas listadas na bolsa que estavam ativas e que possuíam ativos biológicos em seus balanços em pelo menos um dos anos analisados. Foram extraídas as informações constantes nas Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas dessas empresas do período compreendido entre 2011 e 2015. Para as empresas que continham dados ausentes, foi atribuído o valor referente ao ano mais próximo.

As companhias abertas que compõem a amostra são: Battistella, Biosev, Brasilagro, BRF SA, Celul Irani, Cosan, Duratex, Ferbasa, Fibria, Grazziotin, Itausa, JBS, Karsten, Klabin S/A, Marfrig, Minerva, Randon, Sao Martinho, SLC Agricola, Suzano Holding, Tereos, Trevisa, V-Agro, Wembley, Wlm Ind Com, as quais estão segregadas conforme a classificação setorial do Economática®, de acordo com a Tabela 1.

TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS DA AMOSTRA

Setor Frequência Frequência %

Comércio 3 12% Agro e Pesca 3 12% Alimentos e Bebidas 7 28% Papel e Celulose 4 16% Textil 2 8% Veiculos e peças 1 4% Siderurgia e Metalurgia 1 4% Outros 4 16% Total 25 100%

Fonte: elaboração própria.

As variáveis foram estabelecidas, conforme os critérios de evidenciação, determinados no pronuncia-mento CPC 29, bem como por meio de informações contábeis e financeiras extraídas das Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas. Desse modo, para esta pesquisa, a variável dependente é o Índice de Eviden-ciação (IE) e as variáveis independentes são: relação entre Ativo Biológico e Ativo Total (AB/AT), Rentabi-lidade do Patrimônio Líquido (Rent PL), Endividamento (End), Tamanho da empresa calculado pelo Ativo Total (TAM), Controle Acionário (ContAc), Liquidez Acionária (Liq AC), Negociabilidade Acionária (Neg AC).

A concentração de propriedade nas empresas é medida por meio de três variáveis, sendo: Liquidez Acionária (LiqAC), Negociabilidade Acionária (NegAC) e Controle Acionário (ContAC). Para o cálculo do IE, foram analisadas as Notas Explicativas das companhias abertas da amostra em relação aos itens a serem evidenciados, determinados pelo Pronunciamento CPC 29. Considerou-se para efeitos de análise, três cate-gorias de evidenciação Sim, Não e Não se Aplica, sendo que para cálculo do IE, estabeleceu-se a relação entre os itens evidenciados (Sim) e a somatória total dos itens evidenciáveis (categorias Sim e Não). O Quadro 1 apresenta o resumo das variáveis e as fórmulas de cálculo.

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QUADRO 1 – VARIÁVEIS DA PESQUISA

Variável Descrição Fórmula de Cálculo

IE Índice de Evidenciação Somatório dos itens “sim” divididos pelo somatório de “sim” e “não” ABAT Proporção de Ativos Biológicos (Ativo biológico CP + Ativo biológico LP)/Ativo Total

RentPL Rentabilidade do Patrimônio Líquido ROE médio calculado pelo Economática®

End Endividamento Exigível Total/Patrimônio Líquido

TAM Tamanho da Empresa LN(ativo total)

ContAc Controle acionário Participação percentual cumulativa dos três maiores acionistas nas ações com direito a voto / total de ações com direito a voto, obtida pelo Economática®

LiqAc Liquidez Acionária Calculada pelo Economática® para períodos de doze meses NegAC Negociabilidade Acionária Calculada pelo Economática® para períodos de doze meses Fonte: Elaboração própria.

Em relação ao Índice de Evidenciação, foi calculada a mediana para cada um dos anos, sendo que os valores que estiverem acima da mediana, foi atribuído valor 1. Para os valores abaixo da mediana, zero. Com isso, foi obtido o IE_ajustado, o qual será aplicado no modelo, descrito conforme Equação 1.

IE_ajusti,t = α + β1 . ABATi,t + β2 . RentPLi,t + β3 . Endi,t + β4 . TAMi,t

+ β5 . ContAci,t + β6 . LiqAci,t + β7 . NegAci,t + εi,t (1)

Para o tratamento dos dados e análise da associação entre as variáveis dependente e independentes, utilizou-se como ferramenta estatística o Gretl® Software para elaboração de um painel e verificação do melhor modelo e quadro de correlação.

Por fim, foi aplicado o método Probit para análise dos dados referente ao período de 2011 a 2015 para as 25 empresas da amostra. O modelo Probit utiliza a função de distribuição acumulada (FDA) da distribui-ção normal (GUJARATI, 2006).

4. RESULTADOS, ANÁLISES E DISCUSSÕES

Inicialmente, foi realizado o teste de correlação entre as variáveis explicativas, uma vez que valores com alta correlação dificultam a estimação correta dos parâmetros (GUJARATI, 2006), os resultados estão descritos na Tabela 2.

TABELA 2 – COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO

ABAT RentPL End TAM CompAC LiqAC NegAC

1 -0,0156 -0,0509 -0,1244 -0,0318 -0,1912 -0,1537 ABAT 1 0,1661 0,0099 -0,0099 0,2039 0,197 RentPL 1 0,1303 -0,1113 0,0986 0,1082 End 1 -0,4254 0,6974 0,7179 TAM 1 -0,4455 -0,4049 CompAC 1 0,9567 LiqAC 1 NegAC

Fonte: Resultados obtidos via Gretl. A variável dependente é o Índice de Evidenciação (IE) ajustado. As variáveis independentes são: Relação entre Ativo Biológico e Ativo Total (AB/AT), Rentabilidade do Patrimônio Líquido (Rent PL), Endividamento (End), Tamanho da empresa calculado pelo Ativo Total (TAM), Controle Acionário (ContAc), Liquidez Acionária (Liq AC), Negociabilidade Acionária (Neg AC).

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TABELA 3 – TESTE VIF Variável Valor RentPL 1,122 End 1,056 TAM 2,098 CompAC 1,326 LiqAC 2,312

Fonte: Resultados obtidos via Gretl, em que VIF(j) = 1/(1-R(j)²), onde R(j) é o coeficiente de correlação múltipla entre a variável j e a outra variável independente. A variável dependente é o Índice de Evidenciação (IE) ajustado. As variáveis independentes são: Relação entre Ativo Biológico e Ativo Total (AB/AT), Rentabilidade do Patrimônio Líquido (Rent PL), Endividamento (End), Tamanho da empresa calculado pelo Ativo Total (TAM), Controle Acionário (ContAc), Liquidez Acionária (Liq AC).

Verifica-se pela Tabela 2 que a variável Negociabilidade das Ações (NegAC) possui alta correlação com a variável tamanho (TAM) (0,72) e com a variável Liquidez da ações (LiqAC) (0,96). Dessa forma, NegAC foi excluída do modelo para fins de análise. Pela análise da correlação verifica-se que a variável ABAT (ativo biológico/ativo total) apresenta uma relação negativa com todos as demais variáveis. Por outro lado veri-fica-se que as varáveis rentabilidade do patrimônio Líquido (RentPl), Endividamento (End) e tamanho do ativo (TAM) tem relação positiva com liquidez acionária (LiqAC). Um fator a ser destacado é que essa última variável (LiqAC) possui relação negativa com a composição acionária (CompAC) o que comprova que quanto maior a concentração de propriedade menor é o volume de operações das ações das companhias.

Para dar sequência às analises foi considerada a presença ou não da multicolinearidade. Está pode ser definida como a extensão com que uma variável pode ser explicada por outras variáveis explicativas (HAIR et al., 2009). Uma das maneiras de medir a presença de multicolinearidade é por meio do teste de Variance

Inflation Factor (VIF), em que variáveis com valores superiores a dez devem ser desconsideradas do modelo.

Os resultados estão apresentados na Tabela 2.

Além disso, foi considerada a presença ou não da multicolinearidade, a qual pode ser definida como a extensão com que uma variável pode ser explicada por outras variáveis explicativas (HAIR et al., 2009). Uma das maneiras de medir a presença de multicolinearidade é por meio do teste de Variance Inflation Factor (VIF), em que variáveis com valores superiores a dez devem ser desconsideradas do modelo. Os resultados estão apresentados na Tabela 2.

Como pode ser observado na Tabela 3, as variáveis apresentam valores abaixo do limite preestabeleci-do, de forma que não houve necessidade de exclusão de variáveis do modelo.

Na Tabela 4, estão descritos os principais resultados obtidos por meio do modelo Probit binário. Por meio da Tabela 4, percebe-se que o modelo possui um R² de 0,3716, o que demonstra que as variá-veis inseridas possuem um poder explicativo de 37% sobre o índice de evidenciação dos ativos biológicos das empresas analisadas.

Os níveis de significância determinam que as variáveis significativas são: ABAT, End, TAM e LiqAC. Já as variáveis RentPL e ContAc não obtiveram valores significativos, pois apresentam valores superiores ao p-valor 0,1.

Os resultados demonstram que as variáveis ABAT e TAM possuem relação positiva com a variável de-pendente, ou seja, possuem impacto positivo com o nível de evidenciação. Já a variável liqAC obteve sinal negativo, demonstrando que tem relação inversa com o nível de evidenciação.

TABELA 4 – RESULTADOS DA MODELO PROBIT BINÁRIO

Descrição Variável Coeficiente p-valor

Constante const −6,75261 0,0022 ***

Proporção de Ativos Biológicos ABAT 13,9588 0,0000 ***

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Descrição Variável Coeficiente p-valor

Endividamento End 0,0002 0,0077 ***

Tamanho da Empresa TAM 0,8220 0,0074 ***

Controle Acionário ContAc 0,6495 0,4353 N.S.

Liquidez Acionária LiqAC −1,21562 0,0174 **

R-quadrado de McFadden

Número de casos ‘corretamente previstos’ Qui-quadrado(6)

0,3716 104 (83,2%) 64,2481 [0,0000]

Fonte: Resultados obtidos via Gretl. Total de 125 observações para o período de 2011 a 2015. A variável dependente é o Índice de Evidenciação (IE) ajustado. As variáveis independentes são: Relação entre Ativo Biológico e Ativo Total (AB/AT), Rentabilidade do Patrimônio Líquido (Rent PL), Endividamento (End), Tamanho da empresa calculado pelo Ativo Total (TAM), Controle Acionário (ContAc), Liquidez Acionária (Liq AC). Nível de Significância de 10% (*), Nível de Significância de 5% (**), Nível de Significância de 1% (***). Variáveis Não Significativas (N.S.) obtiveram p-valor superior a 0,1.

5. CONCLUSÕES

O objetivo desse estudo foi analisar a associação entre o índice de evidenciação das informações reco-mendadas pelo CPC 29 e o grau de concentração da propriedade nas empresas brasileiras que exploram ati-vos biológicos. Para isso, foram analisadas 25 empresas brasileiras de capital aberto do setor de agronegó-cio entre o período de 2011 e 2015. Essa pesquisa se delineou como quantitativa quanto aos seus métodos e descritiva em relação aos objetivos. Foi feito uma análise das notas explicativas das companhias abertas que compunham a amostra para determinar o Índice de Evidenciação (variável dependente) a luz do que é exigido pelo CPC 29, em seguida, através da ferramenta estatística Gretl® Software foi elaborado o painel

data e a verificação do melhor modelo e quadro de correlação que analisasse a associação entre o Índice de

Evidenciação e as variáveis independentes, sendo elas: Ativo Biológico e Ativo Total (AB/AT), Rentabilidade do Patrimônio Líquido (Rent PL), Endividamento (End), Tamanho da empresa calculado pelo Ativo Total (TAM), Controle Acionário (Cont AC), Liquidez Acionária (Liq AC), Negociabilidade Acionária (Neg AC).

Pelos resultados da pesquisa é possível verificar que as empresas que apresentam uma relação maior entre o volume de ativos biológicos e ativos totais (ABAT) tendem a evidenciar mais informações recomen-dadas pelo CPC 29. Isso pode estar relacionado a maior especialidade e controle desses ativos uma vez que as empresas intensivas em ativos biológicos necessitam de maior cuidado, pois as informações sobre tais ativos podem ser relevantes para os seus usuários.

Da mesma forma, verifica-se uma relação positiva entre o tamanho da empresa e o nível de eviden-ciação. O coeficiente positivo e significativo confirma as pesquisas de Murcia (2009) Lanzana (2004) que empresas maiores tendem a ser mais transparentes tendo em vista o risco de custos políticos (Watts, 1992). No que diz respeito a variável endividamento o coeficiente positivo e significativo denota uma relação direta entre evidenciação dos ativos biológicos e o endividamento das empresas. No entanto o efeito dessa variável é muito baixo a julgar pelo seu coeficiente. Nesse caso, para fins de análise, considera-se que essa variável não tem influência no índice de evidenciação.

Por fim, um dos indicadores dos efeitos da composição acionária é o baixo volume de negociação de ações de empresas, quando estas apresentam maior concentração acionária. Apesar de a variável de com-posição acionária não ter apresentado significância, verifica-se a liquidez das ações apresenta uma relação negativa e significativa com o índice de evidenciação. Essa relação contraria o sinal esperado dessa variável, uma vez que, quanto maior liquidez das ações de uma empresa pressupõe maior índice de evidenciação para suportar a necessidade dos usuários nas decisões de transacionar com o título representativo da empresa.

Entre os resultados encontrados foi observado que a Rentabilidade do Patrimônio Líquido e o Controle Acionário não apresentaram significância estatística para afirmar que as mesmas influenciam a evidencia-ção as informações sobre os ativos biológicos e consequentemente impactam no índice de evidenciaevidencia-ção. Esses resultados diferem do encontrados por Gonçalves e Lopes (2014) e Herculano e Moura (2015) no que diz respeito a concentração de propriedade acionária. Desta forma conclui-se que a concentração de propriedade acionária não afeta o índice de evidenciação dos ativos biológicos de empresas que empresas que exploram tais ativos.

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Entre os resultados encontrados foi observado que a Rentabilidade do Patrimônio Líquido e o Controle Acionário não tem influência sobre o Índice de Evidenciação, mas as outras variáveis independentes apre-sentam evidências estatísticas de que influenciam.

A principal limitação da pesquisa foi o número reduzido de empresas que exploram ativos biológicos Como sugestões de pesquisas futuras, poderão ser realizados estudos com os períodos não abrangidos neste trabalho, assim como poderão ser feitas pesquisas com outras variáveis independentes que possam explicar a evidenciação dos ativos biológicos, além de estudos comparativos com outros países que também estejam sujeitos às normas internacionais de contabilidade.

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