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ÍNDICES. IPC de maio: o papel dos preços livres... I - 1 PAULO PICCHETTI

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Academic year: 2021

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INFORMAÇÕES FIPE É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DE CONJUNTURA ECONÔMICA DA FUNDAÇÃO

ISSN 1234-5678

CONSELHO CURADOR

Maria Cristina Cacciamali (Presidente) André Franco Montoro Filho Carlos Antonio Luque Carlos Roberto Azzoni Hélio Nogueira da Cruz Ricardo Abramovay Simão Davi Silber DIRETORIA

DIRETOR PRESIDENTE

José Paulo Z. Chahad DIRETOR DE PESQUISA

Antonio Evaldo Comune DIRETOR DE CURSOS

Antonio Carlos Coelho Campino PÓS-GRADUAÇÃO

Fabiana Fontes Rocha SECRETARIA EXECUTIVA

Domingos Pimentel Bortoletto COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÕES - SUPERVISÃO EDITORIAL E PRODUÇÃO

Eny Elza Ceotto EDITOR CHEFE

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Ivo Torres Lenina Pomeranz Luiz Martins Lopes José Paulo Z. Chahad Maria Cristina Cacciamali Maria Helena Pallares Zockun Simão Davi Silber ASSISTENTES

Maria de Jesus Soares Luis Dias Pereira PROGRAMAÇÃO VISUAL E COMPOSIÇÃO

Nº 297 JUNHO DE 2005

AS IDÉIAS E OPINIÕES EXPOSTAS NOS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DOS AUTORES, NÃO REFLETINDO A OPINIÃO DA FIPE ÍNDICES

IPC de maio: o papel dos preços livres ... I - 1

PAULO PICCHETTI

índices de preços de obras públicas: os números após as

convenções coletivas de trabalho ... I - 2

VERA L. FAVA

séries estatísticas ... I - 4

Índice de Preços ao Consumidor Índice de Preços de Obras Públicas

Índice Nac. do Custo de Mão-de-Obra de Montagem e Manutenção Industriais Índice Nacional de Custos do Transporte Rodoviário de Carga

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junho de 2005 PAULO PICCHETTI (*)

IPC de maio: o papel dos

preços livres

índices

O IPC da FIPE fechou o mês de maio em 0,35%, o que confirmou a expectativa de forte recuo com relação aos 0,83% de abril. A análise deste número é importante para colocar em perspectiva a trajetória da inflação no contexto atual da economia brasileira.

Em primeiro lugar, o efeito de preços administrados está praticamente ausente desse número, após vários meses em que os reajustes das tarifas de ônibus, remé-dios, mensalidades etc. pressionaram o índice. Assim, temos uma medida mais fiel do comportamento dos preços livres.

Entretanto, a dinâmica da inflação passou a ser influenciada principalmente pela parte dos preços livres referente aos produtos do grupo alimentação, mais diretamente relacionados a questões do lado da oferta. Sucessivos problemas climáticos nas diferentes regiões produtoras do País foram responsáveis por uma grande volatilidade dos preços agrícolas durante esse primeiro semestre. Alguns itens de cultura rápida, como, por exemplo, o tomate, tiveram oscilações muito acentuadas, tanto para o lado positivo quanto para o negativo em curtos períodos de tempo. Essa volatili-dade, apesar de distorcer os resultados do curto prazo, acaba sendo diluída quando consideramos períodos mais longos, visto que variações positivas e negativas tendem a se anular, apesar de elevadas pontualmente. Com isso, os preços dos produtos agrícolas tendem a um equilíbrio de longo prazo, marcado por uma tendência de elevação em ritmo inferior ao da média levando-se em consideração o conjunto de preços que compõem o índice.

Nesse contexto, é importante analisar o comporta-mento do núcleo calculado para o IPC, cujo objetivo é justamente a filtragem dessas oscilações pontuais. O gráfico abaixo mostra o comportamento do núcleo:

Desde o início de 2005 os preços têm sentido o efeito dos problemas de oferta e das tarifas administradas, como mencionado. Entretanto, o núcleo tem apre-sentado uma estabilidade ao redor de 0,30% ao mês, o que evidencia a distorção trazida pelos aumentos pontuais. Neste sentido, é interessante observar que o número do mês de maio, livre desses efeitos, mostra claramente uma convergência para o patamar indica-do pelo núcleo desde o início indica-do ano.

Para os próximos meses, no entanto, é muito provável que tenhamos uma oscilação no sentido contrário. Os números já disponíveis dos índices que calculam preços no atacado apontam para uma forte desace-leração dos preços agrícolas e industriais, reflexos da

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junho de 2005

regularização da oferta e do câmbio apreciado. Essas reduções devem chegar aos preços para os consumido-res, corrigindo as distorções apontadas anteriormente, porém mais uma vez ofuscando a verdadeira dinâmica dos preços formados em mercados.

De qualquer maneira, um indicador muito favorável em uma perspectiva temporal mais longa que tende a diluir os efeitos dessas oscilações é a variação acu-mulada em 12 meses. Após fechar o ano de 2004 com uma taxa de 6,56%, o indicador de 12 meses elevou-se continuamente ao longo dos quatro primeiros meses

de 2005. Essa tendência foi finalmente revertida em maio, quando o indicador passou dos 7,94% acumula-dos de maio/2004 a abril/2005, para 7,71% acumulaacumula-dos de junho/2004 a maio/2005. A perspectiva é que essa queda se mantenha ao longo dos próximos meses, e o IPC feche o ano de 2005 em um nível entre 5% e 5,5%.

(*) Coordenador do IPC-FIPE e Professor da FEA-USP.

VERA LUCIA FAVA (*)

índices de preços de obras públicas:

os números após as convenções

coletivas de trabalho

Em maio de 2005 os índices de preços de obras públicas foram pressionados pelos reajustes salariais, tendo em vista que esse é o mês de assinatura das convenções coletivas de trabalho no setor da construção civil. O aumento acordado entre o SindusCon-SP – Sin-dicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo – e o Sintracon-SP – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Município de São Paulo – foi de 8,12% sobre os salários vigentes, descontadas as ante-cipações. O salário normativo passou para R$ 585,20 (R$ 2,66/h), o que indica aumento de 8,13%.

A convenção coletiva de trabalho assinada pelos associados ao SINICESP-Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo – e ao Sin-dicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo também esta-beleceu reajuste salarial de 8,12%. O salário normativo

foi fixado em R$ 587,40 (R$ 2,67/h), mas somente para o Município de São Paulo.

De maio/2004 a abril/2005, período que serve de base para o cálculo da perda do poder de compra dos salá-rios desde a convenção coletiva anterior, as variações de preços acumuladas foram de 6,61% para o INPC-Brasil, 8,07% para o IPCA-Brasil e 7,94% para o IPC-Fipe. Por-tanto, pelos dois últimos índices, os reajustes estiveram próximos da recomposição do poder aquisitivo dos salários e pelo INPC houve ganho real de 1,4%. Os aumentos salariais apurados pela Fipe, que refle-tem, além dos acordos coletivos assinados, a rotativi-dade da mão-de-obra, foram de 6,97% para os índices de Edificações e Serviços Gerais com Predominância de Mão-de-Obra, 7,33% para Pavimentação e 7,38% para Terraplenagem (vide Tabela 1). As variações acumuladas nos últimos 12 meses estão próximas das registradas em maio.

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junho de 2005

Quanto aos índices de obras pesadas, bem menos sensíveis aos aumentos salariais, as variações em maio foram de 1,16% para Terraplenagem e 0,55% para Pavimentação.

Depois de computados os efeitos dos reajustes anu-ais de salário, as variações acumuladas nos últimos 12 meses são as seguintes: 8,49% para Edificações, 6,12% para Terraplenagem, 8,39% para Pavimentação e 8,18% para de Serviços Gerais com Predominância de Mão-de-Obra.

tabela 1 – índices de preços de obras públicas – variação porcentual ÍNDICE MAI/ 2005 ANO MESES12 EDIFICAÇÕES 2,71 3,03 8,49 . material -0,49 -0,24 9,42 . mão-de-obra 6,97 6,99 7,22 . equipamento 0,37 3,95 12,16 TERRAPLENAGEM 1,16 2,64 6,12 . material 0,01 1,18 18,05 . mão-de-obra 7,38 7,23 7,72 . equipamento 0,82 2,79 -0,57 PAVIMENTAÇÃO 0,55 1,36 8,39 . material -0,17 0,20 7,43 . mão-de-obra 7,33 7,27 7,93 . equipamento 1,69 5,91 15,21

SERVIÇOS GERAIS COM

PREDOM. DE MÃO-DE-OBRA 4,03 4,21 8,18

Fonte: Banco de Dados do Sipop-Fipe.

Como sempre, o índice mais pressionado pelos rea-justes salariais foi Serviços Gerais com Predominância de Mão-de-Obra, com elevação de 4,03%, já que os salários respondem por 60% de sua variação.

O índice de Edificações, em cuja composição a mão-de-obra também tem grande peso, aumentou 2,71%. A deflação de 0,49% observada para os materiais compensou, em parte, o aumento do custo da mão-de-obra. O setor que mais contribuiu para esse resul-tado foi minerais não-metálicos, com queda de 1,80% (vide Tabela 2). Destacaram-se nesse setor o cimento Portland e o tijolo maciço comum, com reduções de preços de 6,3% e 3,7%, respectivamente.

tabela 2 – índices de preços de obras públicas – evolução dos preços nos principais setores (em %) – maio/2005

Setor Edificaç. Terraplen. Paviment. Minerais não-metálicos -1,80 0,00 -0,72

Metalúrgica 0,04 -

-Mecânica 1,26 1,00 3,71

Material elétri.e de comunic. 0,65 - -Material de transporte -1,34 -0,01 0,06

Madeira 0,31 -

-Borracha -0,48 -0,84 -1,77

Química 0,68 0,14 -0,02

Matérias plásticas 0,53 -

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junho de 2005

ÍNDICES

séries estatísticas

ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - julho de 1994 = 100

Alimentação Habitação Transportes

Índice

Geral Geral Industr. ElaboradoSemi NaturaIn Geral Aluguel Geral Veículo Próprio ColetivoTransp. Despesas Pessoais Vestuário Saúde Educação Mar/05 258.4244 208.7973 176.3535 219.9909 230.5081 358.7684 651.2833 361.5749 307.2034 453.9628 208.5740 111.3680 317.9744 364.4944 Abr 260.5693 212.0337 179.0341 223.4008 236.7318 359.3066 651.9997 366.3477 310.2755 461.8163 209.3875 112.2923 323.6661 364.6402 Maio 261.4813 213.4755 180.9139 224.3614 236.9449 359.8096 653.3689 366.3844 309.6860 461.8163 210.5810 112.7190 326.3849 364.9320

ÍNDICES DE PREÇOS DE OBRAS PÚBLICAS - março de 1994 = 100

Edificações Pavimentação Terraplenagem Serv. Gerais

Geral Mat.

Constr. Mão-de- Obra Equip. Geral Constr.Mat. Mão-de- Obra Equip. Geral Constr.Mat. Mão-de- Obra Equip. Predom. M. O .

Mar/05 296.096 283.151 332.028 283.653 391.863 436.116 326.005 254.634 303.157 438.891 323.791 237.559 314.577

Abr 296.313 283.158 332.115 284.333 393.746 438.253 326.054 256.331 300.256 440.925 323.845 232.798 314.784

Maio 304.331 281.760 355.280 285.373 395.923 437.488 349.950 260.664 303.725 440.959 347.749 234.699 327.478

INCTF – FIPE/NTC – Jun/94 = 100, INCTFR – FIPE/NTC – Mar/00 = 100 e INCTL – FIPE/NTC – Out/03 = 100

Mês Distâncias

Muito Curtas (50 km) Curtas (400 km) Médias (800 km)* Longas (2.400 km) Muito Longas (6.000 km)

INCTF INCTFR INCTL INCTF INCTFR INCTL INCTF INCTFR INCTL INCTF INCTFR INCTL INCTF INCTFR INCTL

Mar/05 288.38 155.70 117.18 285.09 163.05 118.01 285.59 168.59 118.29 292.27 179.72 118.46 300.98 187.99 118.46

Abr 283.35 152.39 116.71 281.09 160.34 117.72 281.84 166.07 118.11 288.85 177.45 118.32 298.65 186.47 118.32

Mai 294.24 157.92 118.15 290.83 165.53 118.82 291.02 171.16 119.06 297.45 182.53 119.13 306.40 191.15 119.08

Jun 293.82 157.53 118.32 290.35 165.10 119.30 290.49 170.73 119.64 296.92 182.14 119.88 305.84 190.77 119.92

*Convenciona-se considerar o índice referente às distâncias médias como o INCTF, INCTFR e INCTLdo mês. INCTFou – FIPE/NTC – Mar/00 = 100

Mês Distâncias

Curtas (1 a 10 km) Médias (31 a 40 km)* Longas (81 a 90 km)

Mar/05 154.00 161.25 167.20

Abr 154.50 161.79 167.77

Mai 162.74 169.86 175.80

Jun 163.48 170.57 176.49

*Convenciona-se considerar o índice referente às distâncias médias como o INCTFou do mês.

ABEMI - ÍNDICE NACIONAL DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DE MONTAGEM E MANUTENÇÃO INDUSTRIAIS - DEZ 90 = 100

Out Nov Dez Jan/05 Fev Mar Abr

Mão-de-Obra Direta 9495412.495 9506806.989 9660817.263 9702358.777 9735346.797 9769420.511 9783097.699

Mão-de-Obra Indireta 7646632.886 7645103.559 7726141.657 7788723.404 7791838.894 7796513.997 7802751.208

Mão-de-Obra Total 8582620.280 8588628.115 8710586.634 8761979.095 8780379.251 8800574.123 88102254.755

Taxa de Variação Anual 1.0627 1.0577 1.0664 1.0656 1.0632 1.0661 1.0672

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