Mundos Descobertos pela
Ponta dos Dedos
IV Jornadas Deficiência Visual & Intervenção Precoce
Coimbra, 9 de Maio de 2014
Sabia que as
histórias se
vivem?
Quem nunca …
fez uma viagem
de sensações
“pela mão” de
Quem nunca …
… explorou
outros mundos
através de uma
de uma história?
Aceite o convite …
Regresse à
sua
Como seria se um dia chegasse ao
jardim-de-infância e, na zona da leitura, todos os livros se
tivessem transformado …
… num amontoado de
Numa infância que se caracteriza pela constante
descoberta de mundos, livros não adaptados são
como …
… um deserto para
crianças com deficiência
visual severa.
As crianças desde muito cedo têm acesso ao mundo da escrita …
letreiros, livros, folhetos, revistas, possibilitam a imersão nesse mundo.
Começam a associar as palavras que falam e ouvem a representações
gráficas, através da observação dos comportamentos dos pares e adultos
nos seus contextos diários.
E para as crianças com deficiência visual severa?
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Literacia Emergente
Conhecimentos, capacidades e atitudes que se constituem
como precursores desenvolvimentais da linguagem escrita e
que têm lugar antes do seu ensino formal.
A literacia é um processo que inicia desde o nascimento.
(Wright, 1991, p. xi)
“A oportunidade de construir uma base forte para a literacia é
um direito de todas as crianças”.
(Wright, 1991, p. xiii)
Literacia Emergente na Criança com DV
Desenvolver competências motoras globais Desenvolver competências linguísticas relevantes Ouvir histórias independentes de imagens e experiências visuais Explorar o ambiente através do tato Manusear livros tatilmente interessantes Adquirir diversão e conhecimentos acrescidos através da interação com históriasPossibilita
a
aprendizagem
de
competências
específicas de pré-braille como:
- seguimento;
- discriminação tátil;
- conceitos posicionais básicos;
- familiarização com o processo de leitura e escrita braille.
(Swenson,1999, p. 23).
Promover a Literacia Emergente
na Criança com DV
Uma atmosfera propícia ao processo de
literacia envolve um
ambiente relaxado
,
trocas
informais entre adulto e criança
e o
uso de …
(Swenson,1999, p. 24).
… materiais motivadores.
Materiais Motivadores e
Significativos
Ilustrações Táteis
A maioria dos livros para crianças de idades precoces tem ilustrações. "Ilustrações desempenham um papel importante no enriquecimento da linha da história, acrescentando humor e intriga, dando pistas instantâneas do que a história é e permitindo que o leitor reconstrua a linha da história (muitas vezes sem referência ao texto)”.
(Lamb, 1995, p. 5).
Com Actividades Pré-Braille …
Actividades
estruturadas
para
exploração
de
competências físicas e sensoriais:
- Percepção táctil; - Motricidade fina;
- Reconhecimento de caracteres braille.
(www.perkins.org)
Seguindo com o Sr. Esticadinho
Esta é uma pequena história que tem como principal objetivo que a criança faça o seguimento das linhas que constituem a parte tátil/ilustrativa da história.
À medida que o adulto lê a história, procura-se que a criança faça o seguimento da mesma, através do toque nas linhas que compõem as "imagens”, como fará mais tarde com a leitura do braille.
O Sr. Esticadinho procura amigos
É um livro que procura que a criança integre alguns
conceitos de orientação espacial, essenciais para a
iniciação do Braille. A história começa com a vontade de o Sr. Esticadinho encontrar amigos para brincar e desenrola-se em torno de orientações dadas por uma “vozinha”, que ajuda este simpático personagem a encontrar aquilo que desejava – “amigos para brincar”. A criança é desafiada, também ela, a seguir as orientações dadas pela “vozinha” para ter acesso à componente gráfica/ ilustrativa da história, e aos tão esperados amigos do Sr. Esticadinho.
Uma viagem atribulada no
autocarro do Sr. Zé
Uma variedade de atividades de seguimento podem ser desenvolvidas, utilizando caracteres braille para representar pessoas, locais, animais e outros objetos do interesse da criança (Lambe, 1996).
Neste livro, a criança faz uma viagem no autocarro do Sr. Zé com destino à escola. Pelo caminho, a criança vai-se confrontando com os desafios descritos pela narrativas: nº de crianças que iam no autocarro (representadas pela célula braille), semáforos vermelhos (representados pelo ponto 1,2,3,6, seguido de um espaço), etc.
Considerações Finais
§ Livros de experiência tátil como uma possibilidade de apoio à aprendizagem da leitura e da escrita;
§ Necessidade de providenciar materiais devidamente adaptados como garantia da igualdade de oportunidades e do crescendo de possibilidades de aprendizagem das crianças com DV;
§ Necessidade de aumentar a produção de materiais nesta área, de forma a apoiar famílias, educadores e outros técnicos;
Considerações Finais
§Valorização do livro …
Deixe-se maravilhar, pela “mão de
uma história” e boas descobertas!
Bibliografia:
Gillen, J. E Hall, N. (2003). The emergence of early literacy. In: Hall, N.; Larson, J. e Marsh, J. (eds.). Handbook of Early Childhood Literacy. London: Sage.
Lamb, G. (1995). Fingerprints: A whole language approach to Braille literacy. Manurewa,
Auckland, NZ: Homal Vision Education Centre.
Stratton, J. M., & Wright, S. (1991). On the way to literacy: Early experiences for visually
impaired children. Louisville, KY: American Printing House for the Blind.
Swenson, A. M. (1999). Beginning with Braille: Firsthand experiences with a balanced