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NOTA PÚBLICA SALÁRIOS ATRASADOS EDUCAÇÃO GESTÃO ANTERIOR DEZEMBRO/2016

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PREFEITURA MUNICIPAL DE POÇÕES

Estado da Bahia

NOTA PÚBLICA

– SALÁRIOS ATRASADOS EDUCAÇÃO –

GESTÃO ANTERIOR – DEZEMBRO/2016

O Prefeito Municipal de Poções, Leandro Araújo Mascarenhas, juntamente com a Secretária Municipal de Educação, Cíntia Severino Mascarenhas, com o objetivo de tornar público a atual situação salarial da categoria de professores, que não tiveram seus salários pagos pela gestão anterior referente ao mês de dezembro/2016 e aproveitando os questionamentos levantados pela A.P.L.B. – Sindicato, em seu ofício de nº 11/2017, que versa sobre o problema em epígrafe, vem, tornar público o que segue, tratando cada questionamento aventado no ofício supramencionado e levando ao conhecimento tanto da classe docente quanto da população em geral a situação em mote:

a) Considerando que a Administração Pública Municipal encontra-se inadimplente quanto à remuneração de dezembro dos professores (folha referente aos 60%) (R$ 1.685.025,97).

Nesta primeira questão, é importante salientar que esses valores não foram reconhecidos pela gestão anterior, uma vez que não foram empenhados, nem liquidados e, consequentemente, não fora, deixados em restos a pagar escriturados.

Com efeito, a gestão que se encerrou no dia 31 de dezembro de 2016, em seu momento de transição de governo nos apresentou uma relação de restos a pagar no valor de R$ 2.828.472,84. Sucede que neste valor não foi incluído o montante de R$ 1.685.025,97, referente aos salários dos professores.

Desta maneira, esta quantia que a A.P.L.B Sindicato apresenta não estão inclusos nos valores reconhecidos pela gestão anterior, pois os mesmos

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seja processado, há a necessidade de que sejam reconhecidos como despesas de exercícios anteriores.

b) Considerando que remuneração de pessoal, sobretudo de

servidores públicos estáveis, é verba ordinária prevista, anualmente, no orçamento público.

A remuneração de pessoal, especialmente de servidores públicos estáveis, é verba ordinária prevista anualmente no orçamento público, e estava prevista no orçamento anual de 2016. Sucede que, por irresponsabilidade administrativa da gestão que se encerrou em 31 de dezembro de 2016, se gastou mais do que arrecadado, gerando um déficit que, mesmo sendo de responsabilidade do Município, necessita de planejamento para a readequação das finanças públicas, que foram deixadas totalmente desequilibradas.

c) Considerando o montante significativo de repasses com

aplicação exclusiva na educação neste ano de 2017, tais como o repasse do FUNDEB (R$ 5.117.788,21) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

É importante ressaltar que esses valores de salários atrasados pela gestão anterior são referentes ao mês de dezembro de 2016 e que durante todo aquele ano, foram creditados na conta do FUNDEB a quantia de R$ 34.248.860,37 e, mesmo assim, não foram suficientes para que a administração anterior pagasse os devidos salários de uma classe trabalhadora que deve ser respeitada pelos relevantes serviços que presta à sociedade. Vejamos os valores que foram creditados mês a mês:

jan/16 R$ 3.237.576,56

fev/16 R$ 2.663.863,02

mar/16 R$ 2.405.561,30

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mai/16 R$ 2.610.863,00 jun/16 R$ 3.238.614,58 jul/16 R$ 2.327.986,64 ago/16 R$ 2.584.128,90 set/16 R$ 2.266.025,06 out/16 R$ 2.446.409,18 nov/16 R$ 3.195.630,82 dez/16 R$ 4.842.245,82 Total R$ 34.248.860,37

Observa-se que nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 foram creditados na conta do FUNDEB a quantia de R$ 5.901.439,58, e mesmo assim, com o decorrer dos meses esses valores junto com os outros que foram creditados no montante de R$ 34.248.860,37, não foram suficientes para pagar sequer as despesas correntes daquele ano, uma vez que não foram pagos os salários dessa categoria referente a dezembro de 2016.

Tem-se ainda, que de acordo com a Portaria Interministerial nº 08, de 26/12/2016, a previsão de recursos a serem transferidos do FUNDEB para o Município de Poções – BA para o ano de 2017 é de R$ 30.970.693,88 ou seja, exatos R$ 3.278.166,49 a menor que o ano de 2016. O que se denota reflexo dos valores que foram transferidos da repatriação, sendo que parte deste aporte foram destinados ao FUNDEB, e mesmo assim, frisamos, não foram suficientes para que naquele ano o antigo gestor pagasse o salário devido ao professor.

Neste mister, cumpre asseverar, mesmo hipoteticamente que os valores de transferência do FUNDEB previstos para o ano 2017 fossem maiores que os de 2016, ainda assim, estaríamos legalmente impedidos de utilizar os

recursos oriundos do ano em curso para cobrir despesas de exercícios anteriores, e a A.P.L.B. Sindicado tenta de forma impositiva levar a atual administração a cometer, senão vejamos o que diz o art. 21 da Lei 11.494/2007:

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DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS

Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de

complementação da União, serão utilizados pelos Estados, pelo

Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em

que lhes forem credita-dos, em ações consideradas como de

manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (grifos nossos).

Por imperativo de ordem legal, fica claro que os recursos do FUNDEB somente podem ser gastos no exercício financeiro em que foram creditados, e nesse propósito, fizemos um consulta o FNDE sobre o assunto, que nos reportou ao seguinte endereço eletrônico: http://www.fnde.gov.br/arquivos/category/167-fundeb?download=6186: aplicacao-dos-recursos

De fato, neste documento, temos em seu item 5.4 a resposta direta sobre esse assunto:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE Diretoria Financeira – DIFIN

Coordenação-Geral de Operacionalização do Fundeb e de Acompanhamento e Distribuição da Arrecadação do Salário-Educação – CGFSE

Coordenação de Operacionalização do Fundeb – COPEF

5.4. Os recursos do Fundeb podem ser aplicados em despesas de exercício anteriores?

Não. Os recursos devem ser utilizados dentro do exercício a que se referem, ou seja, em que são transferidos. Os eventuais débitos de exercícios anteriores deverão ser pagos com outros recursos, que não sejam originários do Fundeb.

Desta maneira, por tudo acima exposto, exsurge de clareza solar, que não se trata de não querer utilizar os recursos constantes da conta do FUNDEB para pagar as despesas de exercícios anteriores, referentes aos salários de dezembro/2016, o que ocorre é um impedimento legal proibindo essa utilização.

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Ainda sobre esse assunto encontramos diversas publicações na internet, o que chamamos a atenção para essa do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe:

Por fim, urge pontuar que, de um lado, os recursos creditados no FUNDEB no atual exercício, por ordem legal, não podem ser utilizados para adimplemento de vencimentos atrasados, de outro, a gestão anterior não deixou montante suficiente remanescente do FUNDEB referente ao exercício de 2016 que pudesse arcar com o pagamento dos profissionais do magistério.

d) Considerando que os repasses Federais e Estaduais

(FUNDEB/FPM e outros) não correspondem à totalidade do valor destinado legalmente à Educação, e que o Município é responsável em investir na área.

Sobre este questionamento, é sabido que muitos são os investimentos necessários não somente na seara da educação, mas também em todas as áreas essenciais do Município, como saúde, assistência social, limpeza pública, manutenção das vias, etc. Ocorre que, o desequilíbrio financeiro deixado pela gestão do então Prefeito OTTO WAGNER DE MAGALHÃES e seu Vice JOÃO BONFIM CARDOSO CERQUEIRA, está inviabilizando todas essas atividades

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essenciais no Município, fazendo-nos ter um esforço imensurável para restabelecer as finanças públicas.

Somente para se ter uma ideia, vários são os débitos herdados da administração anterior, tais como os provenientes de empréstimos consignados, que segundo Ação de Cobrança ingressada pela Caixa Econômica Federal, são mais de R$ 540.000,00; valores estes que foram deixados de ser repassados àquela instituição financeira, sem falar nos demais bancos, como o Bradesco e Banco do Brasil, que somados ultrapassam um milhão de reais em cobranças.

Além disso, existem os restos a pagar no valor de R$ 2.828.472,84 que engloba os valores dos demais servidores, que não os da educação e que não receberam também os devidos vencimentos referentes ao mês de dezembro de 2016.

Impende ainda mencionar que, em nota pública, publicada no Diário Oficial do Município em 19 de janeiro de 2017, foram esclarecidos alguns pontos pertinentes ao caos econômico no qual o Município de Poções – BA foi encontrado, sendo oportuna a menção que, o antigo gestor mesmo sendo intimado a cumprir o disposto nos autos do processo de nº 8000823-46.2016.8.05.0199, preferiu pagar uma ampla parcela de fornecedores. Em especial, diga-se de passagem, somente a uma casa de materiais de construção foi paga nas últimas setenta e suas horas do mandato, a quantia de R$ 542.733,79, sem falar em outros correligionários de campanha política, não obedecendo a ordem judicial emanada pelo Juiz de Direito desta Comarca, preferindo assim, os fornecedores e preterindo os servidores públicos.

Destarte, apesar da extrema importância e necessidade de pagamento dos servidores públicos municipais do mês de dezembro de 2016, a máquina administrativa, combalida em suas finanças e devedora de uma grande quantidade de fornecedores, fatos advindos das irresponsabilidades perpetradas pela administração anterior e, tendo em vista a premente necessidade da continuidade de serviços essenciais à população, não poderá dispor, de quase todo montante proveniente das receitas federais e estaduais para neste momento adimplir os vencimentos dos servidores deixados sem pagar pela administração anterior.

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e) Considerando que a Categoria, reunida em Assembleia, decidiu que, caso os valores pendentes não sejam pagos imediatamente, não participará da jornada pedagógica que se iniciará em 20/02/2017.

Sobre este ponto, por se tratar de uma decisão da categoria, não há qualquer possibilidade de intromissão. No entanto, rememora-se que a Jornada Pedagógica faz parte do Calendário Anual da Educação e serve para preparar as diretrizes a serem tomadas durante todo o ano letivo, não se justificando em hipótese alguma a ausência dos professores.

Ainda, insta asseverar, neste ponto, que o não pagamento de salários da educação, referentes ao mês de dezembro de 2016, fora causada, repisa-se, exclusivamente pelos atos da gestão anterior do Sr. OTTO WAGNER DE MAGALHÃES e seu Vice Sr. JOÃO BONFIM CARDOSO CERQUEIRA e que os vencimentos relativos ao ano de 2017 estão devidamente quitados na forma da lei.

PROPOSTA DE PAGAMENTO FEITA À A.P.L.B. – SINDICATO

Uma vez que não poderão ser utilizados recursos oriundos do FUNDEB para efetuar o pagamento dos salários atrasados relativos ao mês de dezembro de 2016, referentes à categoria dos professores e, ainda, levando em consideração as perspectivas orçamentárias do Município de Poções – BA, após um grande ajuste nos gastos, conseguiremos dispor anualmente, para ir sanando os vencimentos dos servidores públicos atrasados, a quantia de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) anuais, até a quitação dos mesmos.

Apesar de a categoria de professores argumentar que são valores irrisórios e que irá demorar muito para o pagamento total, contra argumentamos pelo fato de que teremos outro compromisso igual a esse para cumprir junto ao sindicato dos demais servidores, sem falar, nos valores dos consignados atrasados e das responsabilidades previdenciárias que vem debitando valores altíssimos na conta do FPM.

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Por fim, cientifica-se que o Município de Poções – BA de forma democrática, encontra-se aberto ao diálogo verdadeiro e honesto, sempre disposto a aceitar propostas reais e concretas que visam à construção de uma cidade cada vez melhor.

Gabinete do Prefeito, Poções – BA, 23 de fevereiro de 2017. Leandro Araújo Mascarenhas

Referências

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