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COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS E SUAS IMPLICAÇÕES

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COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS E SUAS IMPLICAÇÕES

Christiane Nascimento Gieseke

SUMÁRIO: 1. INTRODUÇÃO

2. REGIME DE BENS DO CASAMENTO 3. COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS

3.1- BENS EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO 3.2- DÍVIDAS ANTERIORES AO CASAMENTO

3.3- DÍVIDAS CONTRAÍDAS NA CONSTÂNCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL

3.4- BEM DE FAMÍLIA 3.5- BENS RESERVADOS

3.6- FRUTOS DE BENS INCOMUNICÁVEIS 3.7- ADMINISTRAÇÃO DOS BENS

3.8- EXTINÇÃO DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS 4. COMUNHÃO UNIVERSAL E O CÔNJUGE SUPÉRSTITE 5. CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

1. INTRODUÇÃO

A união de um casal em matrimônio, enseja uma cumplicidade e mútua cooperação. Não se pode depreender um sentido unicamente econômico. Os votos contraídos expressam uma supremacia que transcende efeitos pessoais. Formam-se através das núpcias um elo moral, espiritual, corporal e material. NesFormam-se âmbito, há que se considerar expressamente que o agrupamento de um patrimônio, bem como sua divisão precisa seguir uma ordem. Desfazer um vínculo conjugal, uma vida matrimonial, demanda, em ponto crucial, que o patrimônio constituído seja partilhado e nomeado a quem de direito e preservado o pacto antenupcial escolhido para a celebração e regência deste acordo.

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2. REGIME DE BENS DO CASAMENTO

O regime de bens entre os cônjuges, compreende uma das conseqüências jurídicas do casamento. Objetivamente é a modalidade de sistema jurídico que determina as relações patrimoniais advindas do casamento. É um conjunto de normas que regulam os interesses de caráter patrimonial do casamento. Atendendo à vontade dos nubentes, esses adotarão o regime que melhor lhes convier. Através do pacto antenupcial é que se definirá o que vigerá após o casamento. Este regime pode ser da Comunhão Universal, Comunhão Parcial, Separação de Bens ou ainda poderá conter outras disposições sobre o patrimônio, que será sempre acordada previamente.

Uma vez escolhido e celebrado o casamento, não havia que se falar em alterações, mesmo que em comum acordo, o pacto seria imutável, como se consagrava no Código Civil art. 230. O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento e era irrevogável. Porém, em recentes decisões jurisprudenciais, foram permitidas alterações no regime escolhido justificado sob o fato impeditivo do art. 977 do novo Código Civil, que veda aos cônjuges casados em regime da comunhão Universal de Bens que seja mantida ou constituída sociedade empresarial. A personalidade jurídica, assumida por Cônjuges, ou teria que ser desconstituída, gerando inúmeros prejuízos, ou se alterava o regime para satisfazer as obrigações legais. E foi o que se firmou no Novo Código Civil, Lei nº 10,406/2002, no parágrafo 2º do artigo 1.639, que afastou expressamente a regra vigente no diploma anterior, e passou a admitir a mutabilidade do regime de bens:

Art. 1.639

§2º -“ É admissível a alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado por ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros”.

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O pacto antenupcial sintetiza-se na vontade dos nubentes , que é materializada por uma escritura pública que contém em seu texto o regime de bens que escolheram e outras disposições deliberadas pelo casal.

Insta lembrar que até 1977, o casamento era celebrado unicamente pelo Regime da Comunhão Universal de Bens, porém, com o advento da Lei nº 6.515/77, nomeada “ Lei do Divórcio” foi modificado , então, o regime de bens adotado pelo casamento simples, na ausência de um pacto antenupcial. Na legislação vigente, não havendo pacto antenupcial automaticamente será instituído o Regime da Comunhão Parcial de Bens , como se encontra no Código Civil Art. 258, estipulando que:

“ Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial.”

3. COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS

Quando o regime adotado é o da Comunhão Universal de Bens, constitui-se imediatamente sociedade total sobre os bens já existentes, os que irão existir e ainda sobre as dívidas de ambos, salvo , se estabelecida em lei algumas exceções.

O Código Civil de 1916, atendendo à tradições e idéias românticas, instituía a Comunhão Universal como regime legal. Entendia-se que a união espiritual de um homem e uma mulher implicava também a união de patrimônios.Consubstancialmente, tudo que entra para o acervo dos cônjuges ingressa na comunhão, torna-se comum, mesmo não tendo um dos nubentes, contribuído ou adquirido nada na constância do casamento. Os esposos têm a posse e propriedade em comum, cabendo a cada um deles, a metade ideal. O Novo Código Civil, esclarece bem, quando estabelece o seguinte:

Art 262. “ O Regime da Comunhão Universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com

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Art. 266. “ Na constância da sociedade conjugal, a propriedade e posse dos bens é comum.”

Comunica-se assim o patrimônio ativo e passivo dos cônjuges, bens adquiridos na vigência do casamento e antes deste. Cada cônjuge tem direito à 50% desse acervo de bens, formando assim uma verdadeira sociedade.

3.1 BENS EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO

O regime da Comunhão Universal de Bens, apesar do nome, possui algumas ressalvas instituídas pelo legislador. Em regra geral, todos os bens , presentes e futuros, são comuns. Mas alguns deles excepcionalmente, não se comunicam e são denominados bens próprios. O art. 263 do Código Civil indica que são excluídos da comunhão:

“I – As pensões, meios-soldos, montepios, tenças, e outras rendas semelhantes. II – Os bens doados ou legados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar.

III – Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizar a condição suspensiva.

IV – O dote prometido ou constituído a filhos de outro leito.

V – O dote prometido ou constituído expressamente por um só dos cônjuges a filho comum.

VI – As obrigações provenientes de atos ilícitos (arts. 1.518 a 1.532).

VII – As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum.

VIII – As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade (art. 312).

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IX – As roupas de uso pessoal, as jóias esponsalícias dadas antes do casamento pelo esposo, os livros e instrumentos de profissão e retratos da família.

X – A fiança prestada pelo marido sem outorga da mulher ( arts. 178, § 9º , nº I , alínea b, 2 235, III).

XI – Os bens da herança necessária, a que se impuser a cláusula de incomunicabilidade (art. 1723).

XII – Os bens reservados (art. 246, parágrafo único).

XIII – Os frutos civis do trabalho ou indústria de cada cônjuge ou de ambos”.

3.2 DÍVIDAS ANTERIORES AO CASAMENTO O art. 264, do Código Civil enuncia que:

“As dívidas não compreendidas nas duas exceções do nº VII do artigo antecedente, só se poderão pagar durante o casamento, pelos bens que o cônjuge devedor trouxer para o casal.” A dívida em questão, é incomunicável. A execução não pode incidir sobre a sua meação (metade ideal dos bens que se adquire com o casamento). O credor deverá aguardar a dissolução da sociedade conjugal e respectiva partilha para que se faça valer a execução. Diferente seria se analizarmos o regime das Ordenações que diferentemente decide, como discorre o nobre jurista, Sílvio Rodrigues preleciona:

“ No regime das Ordenações, as dívidas anteriores ao casamento eram incomunicáveis, mas os credores poderiam, para pagar-se, penhorar não só os bens que o marido trouxe para a comunhão, como também a metade dos que, depois de casado , o casal adquiriu”.1

Todavia, se o cônjuge devedor, que não trouxe bens para as núpcias, recebeu depois doação, herança ou legado bens gravados com cláusula de

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incomunicabilidade, passa a ter assim bens próprios e não existiria impedimento jurídico nem moral para que se tornem executáveis os mesmos.

Aduz-se então, que o cônjuge devedor, pagará suas dívidas com os bens que trouxe para o casal, ou com bens particulares se os tiver.

3.3 DÍVIDAS CONTRAÍDAS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO

Enquanto o art. 264, descreve as dívidas anteriores ao matrimônio, as dívidas e obrigações contraídas na vigência da sociedade conjugal, comunicam-se, sendo então, possível aos credores executar os bens do casal. Com as devidas ressalvas do art. 263, VI e X . No entanto o “Estatuto da Mulher Casada” ou Lei nº 4.121 de 27 de agosto de 1962 determina em seu art. 3º :

“Pelos títulos de dívida de qualquer natureza, firmados por um só dos cônjuges, ainda que casados sob o regime da comunhão universal, somente responderão os bens particulares do signatário e os comuns até o limite da meação.”

Cada cônjuge tem a metade ideal dos bens. A meação só é possível com a dissolução da comunhão (arts. 267 e 268) O art. 3º da Lei nº 4.121 implica na antecipação da meação e apura-se a mesma em plena vigência da sociedade matrimonial. A meação do cônjuge devedor pode então, ser imediatamente penhorada pelo credor.

3.4 BEM DE FAMÍLIA

Outra exceção advinda no Código Civil nos arts. 70-73 regula que há impossibilidade de execução por dívidas, do imóvel destinado ao domicílio da família. Porém este benefício é revogado se as dívidas provierem de impostos relativos ao bem, Esta isenção perdurar-se-á enquanto viverem os cônjuges e até

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que os filhos completem a maioridade. O objetivo é resguardar e proteger a família, garantindo-lhe teto e abrigo.

3.5 BEM RESERVADO

Em sua íntegra, bem reservado é o bem próprio, exclusivo, que não entra em comunhão, privativo. No Brasil foi introduzido e considerado fruto do trabalho da mulher que exerce profissão lucrativa distinta da do marido, bem como os bens com ele auferidos. Só a mulher faz jus a este benefício. É considerado um favor legal, vez que a mulher figura juridicamente como sendo a mais carente na sociedade conjugal. É de propriedade exclusiva da mulher. São excluídos na comunhão universal (Código Civil, art. 263). Não são objeto de partilha na separação judicial e por ocasião do seu falecimento seria passado a seus herdeiros. A mulher pode administrá-los a seu bel prazer, mas na alienação ou venda dependeria da autorização do marido (art. 242, II e III). Os bens reservados não respondem pelas dívidas do marido, salvo se contraídos em benefício da família (art. 246 , parágrafo único, Código Civil).

No direito brasileiro, após 5 de outubro de 1988, não mais figura o bem reservado da mulher. O art. 246 do Código Civil está revogado e conseqüentemente o art. 263, XII , que excluía da comunhão os bens reservados. Há um paradoxo inominável em atribuir bens reservados à esposa, sua atual posição igualitária em relação ao marido é nitidamente concebida no direito moderno.

3.6 FRUTOS DE BENS INCOMUNICÁVEIS

A incomunicabilidade dos bens prelecionados no art. 263 na se estendem aos frutos, quando estes vençam durante o casamento (art. 265). Os frutos e rendimentos de bens comuns se comunicam. Se um dos cônjuges tem imóvel

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particular, mesmo tendo sido doado com cláusula de incomunicabilidade, e o aluga, os valores dos aluguéis entram na comunhão.

3.7 ADMINISTRAÇÃO DOS BENS

O art. 5º da Constituição de 1988 , diz em suma, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. No art. 226 § 5º, estatuiu-se que os direitos e deveres no tocante à sociedade conjugal, são igualmente exercidos pelo homem e pela mulher. A carta de 88 destituiu o varão do comando da sua família. Sendo assim, como o marido não é mais o chefe, não exercerá sozinho a administração dos bens do casal. A supremacia de um cônjuge sobre o outro foi abolida. Não há hierarquia, e sim, uma divisão igualitária das responsabilidades inerentes ao matrimônio. Inovador foi o projeto do Código Civil de 1975 que estabeleceu em seu texto que tanto no regime da comunhão universal, como no parcial, a administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges (arts. 1.691, caput, e 1.698). Previu ainda, que em caso de uma gestão prejudicial dos bens, o juiz poderá atribuir a administração a apenas um dos cônjuges (arts. 1691, § 3º).

3.8 EXTINÇÃO DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS

Encerra-se a comunhão e a sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, pela sentença que anula o casamento, pela separação judicial e pelo divórcio (art. 267). Dividindo-se assim todo o patrimônio aferido e antes comum.

4. COMUNHÃO UNIVERSAL E O CÔNJUGE SUPÉRSTITE

Ao falecimento de um dos cônjuges, o sobrevivente fica com a metade que lhe é determinada e a outra metade caberá aos herdeiros do “de cujus”. O cônjuge supérstite, desde que convivente ainda ao tempo da morte, será nomeado

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inventariante pelo juiz. Para efeito elucidativo, cônjuge supérstite é o cônjuge que sobreviveu ao morto e que dele não se encontrava separado.

No regime da comunhão universal, o cônjuge sobrevivente tem direito à metade dos bens do casal em virtude da meação, que não é objeto de inventário e meação entre os herdeiros. Não se trata de herança , mas consubstancialmente de um direito adquirido de cada sócio da sociedade conjugal. À herança será destinada a outra metade dos bens. Cabe então, ao consorte supérstite, por direito próprio, não como herança, a metade do acervo resultante do agrupamento do patrimônio dos dois esposos.

Com a edição da Lei n 10.406 de 10 de janeiro de 2002, o cônjuge passou a ocupar lugar de destaque, sendo atribuído o título de herdeiro necessário. Não concorre à herança por já ser meeiro. Não existindo descendentes, a recebe por inteiro o cônjuge remanescente. Para que se fixe o entendimento, sintetiza-se que no regime da comunhão universal de bens, onde cada cônjuge é titular da metade ideal do patrimônio do casal, o cônjuge sobrevivente terá assegurado sua meação, isto é, a metade dos bens. Caberá aos herdeiros do de cujus a outra metade a ser dividida igualmente, ou como for disposto, no caso , em testamento.

5 CONCLUSÃO

Muito se sabe que o Direito de Família sofre a cada dia mutações para acompanhar o desenvolvimento ético-social. O operador do direito parte de premissas às vezes desconhecidas para elucidar as variedades de acepções que se descortinam a cada dia . Todavia, algumas matérias, detentoras de efeito ex

tunc , como a Comunhão Universal de Bens, merece contemplação constante em

face dos juízos de valor e extraordinária evolução no Direito brasileiro. Não se pode lançar mão das bases ainda em vigor e totalmente válidas. Isso por si só justifica estudos constantes que reproduzam os velhos princípios relativos aos

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direitos , obrigações e principalmente a uma abordagem mais nova e moderna sobre esses aspectos.

Belo Horizonte, julho de 2.007. Christiane Nascimento Gieseke

acadêmica em direito BIBLIOGRAFIA

CAHALI, Yussef Said. Código Civil.

NEVES, Márcia Cristina Ananias. Vade Mecum do Direito de Família. Editora Jurídica Brasileira, 4ª ed. , São Paulo, 1995, p. 56 a 59.

VELOSO, Zeno. Direito de Família Contemporâneo. Editora Del Rey, Belo Horizonte, 1997, p. 134 a 167.

VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Vol VI ,Direito de Família. Editora Atlas , São Paulo, 2003, p. 186 a 191.

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GANDINI,João Agnaldo Donizeti .A vocação Hereditária e a Concorrência dos Cônjuges e seus Descendentes .Site:

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Referências

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