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ORÇAMENTAIS E FINANCEIROS

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Academic year: 2021

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DOCUMENTOS PREVISIONAIS

ORÇAMENTAIS E FINANCEIROS

2021 - 2025

(2)

1

ÍNDICE

SUMÁRIO EXECUTIVO

...

6

PARTE I – RELATÓRIO DA POLÍTICA ORÇAMENTAL PROPOSTA

...

10

INTRODUÇÃO

...

10

CAPÍTULO I – CONTEXTO MACROECONÓMICO

...

12

1.1. ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL

...

13

1.2. ENQUADRAMENTO NACIONAL

...

15

CAPÍTULO II – ORÇAMENTO PARA 2021

...

23

2.1. RESUMO DO ORÇAMENTO DA DESPESA E DA RECEITA

...

23

2.2. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

...

28

2.3. ANÁLISE DO ORÇAMENTO DA RECEITA

...

29

2.3.1. RECEITAS FISCAIS ... 29

2.3.2. RECEITAS NÃO FISCAIS - CORRENTES ... 32

2.3.3. RECEITAS NÃO FISCAIS - CAPITAL ... 35

2.4. ANÁLISE DO ORÇAMENTO DA DESPESA

...

39

2.4.1. DESPESAS CORRENTES ... 39

2.4.2. DESPESAS DE CAPITAL... 47

2.5. INDICADORES DE RECEITA E DESPESA

...

50

CAPÍTULO III – GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2021

...

53

3.1. PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS (PPI)

...

56

3.2. PLANO DE ATIVIDADES MUNICIPAIS (PAM)

...

60

CAPÍTULO IV – ELEMENTOS COMPLEMENTARES AOS DOCUMENTOS PREVISIONAIS

...

67

4.1.RELAÇÃO DAS RESPONSABILIDADES CONTINGENTES

...

67

4.2.RESPONSABILIDADES FINANCEIRAS RESULTANTES DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS

...

69

4.3.MAPA DE ENTIDADES PARTICIPADAS PELO MUNICÍPIO

...

70

4.4.QUADRO PLURIANUAL DE PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTAL

...

71

PARTE II – REGULAMENTO DO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO DE S. JOÃO DA PESQUEIRA

...

74

CAPÍTULO I – NORMA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

...

74

ARTICULADO DAS MEDIDAS PARA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL 2021

...

74

PARTE III – PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO

...

88

TERMO DE ENCERRAMENTO

...

89

PARTE IV – ANEXOS

...

90

I. RESUMO DO ORÇAMENTO

...

92

(3)

2

III. RESUMO DAS GRANDES OPÇÕES DO PLANO

...

96

IV. RESUMO DO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS

...

98

V. RESUMO DO PLANO DE ATIVIDADES MUNICIPAIS

...

100

VI. ORÇAMENTO DA RECEITA

...

102

VII. ORÇAMENTO DA DESPESA

...

107

VIII. ORÇAMENTO DA DESPESA (COM E SEM PLANO)

...

112

IX. GRANDES OPÇÕES DO PLANO (GOP´S ) – FUNCIONAL PLANO

...

117

X. PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS (PPI) – FUNCIONAL PLANO

...

137

XI. PLANO DE ATIVIDADES MUNICIPAIS

...

147

XII. FLUXOS DE CAIXA PREVISIONAIS

...

159

XIIi. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PREVISIONAIS

...

159

XIV. BALANÇO PREVISIONAL

...

163

XV. MAPA DE EMPRÉSTIMOS

...

165

XVI. MAPA DE RESPONSABILIDADES FINANCEIRAS RESULTANTES DE COMPROMISSOS

PLURIANUAIS

… ...

167

XVII. MAPA DE TRANSFERÊNCIAS PARA AS FREGUESIAS

...

170

(4)

3

ÍNDICE DE QUADROS

QUADRO 1. PROJEÇÕES DO CRESCIMENTO ECONÓMICO MUNDIAL ... 15

QUADRO 2. PROJEÇÕES ECONOMIA NACIONAL ... 16

QUADRO 3. CENÁRIO MACROECONÓMICO 2020-2021 ... 18

QUADRO 4. CONTA CONSOLIDADE DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL ... 19

QUADRO 5. ORÇAMENTO PARA O EXERCÍCIO DE 2021... 25

QUADRO 6. ANÁLISE COMPARATIVA DO ORÇAMENTO MUNICIPAL ... 26

QUADRO 7. SALDO GLOBAL EFETIVO ... 27

QUADRO 8. REGRA DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL ... 29

QUADRO 9. IMPOSTOS DIRETOS ... 30

QUADRO 10. TAXAS, MULTAS E OUTRAS PENALIDADES ... 32

QUADRO 11 RECEITAS NÃO FISCAIS CORRENTES ... 32

QUADRO 12. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES ... 33

QUADRO 13. VENDA DE BENS E SERVIÇOS ... 34

QUADRO 14. RECEITAS NÃO FISCAIS - CAPITAL ... 36

QUADRO 15. RECEITA CONSIGNADA ... 37

QUADRO 16. ESTRUTURA DAS DESPESAS CORRENTES ... 39

QUADRO 17. DESPESAS COM PESSOAL ... 40

QUADRO 18. AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS ... 44

QUADRO 19. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES ... 45

QUADRO 20. ESTRUTURA DA DESPESA DE CAPITAL ... 47

QUADRO 21. AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL ... 48

QUADRO 22. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL ... 49

QUADRO 23. INDICADORES FINANCEIROS ... 44

QUADRO 24. INDICADORES ORÇAMENTAIS/FINANCEIROS ... 51

QUADRO 25.GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2021... 53

QUADRO 26.PESO RELATIVO DE CADA FUNÇÃO DAS GOP´S 2020vs2021 ... 54

QUADRO 27.GRANDES OPÇÕES DO PLANO -PPI ... 56

QUADRO 28.GRANDES OPÇÕES DO PLANO - PAM ... 60

QUADRO 29.RESPONSABILIDADES CONTINGENTES ... 68

(5)

4

ÍNDICE DE FIGURAS

GRÁFICO 1. RECEITAS CORRENTES VS RECEITAS DE CAPITAL ... 23

GRÁFICO 2. DESPESAS CORRENTES VS DESPESAS DE CAPITAL ... 24

GRÁFICO 3. SALDO CORRENTE ... 28

GRÁFICO 4. IMPOSTOS DIRETOS – VARIAÇÃO HOMÓLOGA... 31

GRÁFICO 5. DISTRIBUIÇÃO DA RECEITA CORRENTE ... 35

GRÁFICO 6. ESTRUTURA DAS RECEITAS DE CAPITAL ... 38

GRÁFICO 7. DISTRIBUIÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES ... 46

GRÁFICO 8. DISTRIBUIÇÃO DAS DESPESAS DE CAPITAL ... 50

GRÁFICO 9. PPI – DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES SOCIAIS ... 57

GRÁFICO 10. PPI – DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES ECONÓMICAS ... 58

GRÁFICO 11. PPI – DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES GERAIS ... 59

GRÁFICO 12. PAM – DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES SOCIAIS ... 62

GRÁFICO 13. PAM – DISTRIBUIÇÃO DAS OUTRAS FUNÇÕES ... 64

GRÁFICO 14. PAM – DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES ECONÓMICAS ... 65

(6)

5

LISTA DE ABREVIATURAS

AEC`S – Atividades Extra Curriculares

AT – Autoridade Tributária

BP – Banco de Portugal

CCP - Código dos Contratos Públicos

CEI - Contrato Emprego Inserção

CEI+ - Contrato Emprego Inserção +

CIBE - Cadastro e Inventário dos Bens do Estado

DAF – Divisão Administrativa e Financeira

DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais

DGESTE - Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares

EE - Estação Elevatória

EDP – Energias de Portugal

ERPI – Estrutura Residencial para Idosos

ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais

FAM - Fundo de Apoio Municipal

FAME – Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo

FEF - Fundo de Equilíbrio Financeiro

FMI – Fundo Monetário Internacional

FSM – Fundo Social Municipal

GOP`S - Grandes Opções do Plano

IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional

IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis

IMT - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis

IPSS´S - Instituições Particulares de Solidariedade Social

IRC – Imposto sobre os rendimentos coletivos

IRS – Imposto sobre os rendimentos singulares

IUC - Imposto Único de Circulação

LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

LGTFP – Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas

LOE - Lei do Orçamento de Estado

MLP – Médio e Longo Prazo

MSJP – Município de S. João da Pesqueira

NCP – Norma de Contabilidade Pública

OE - Orçamento de Estado

PAM - Plano de Atividades Municipais

PAMUS - Plano de Ação para a Mobilidade Urbana Sustentável

p.p – Pontos Percentuais

PARU - Plano de Ação para a Regeneração Urbana

PEPAL - Programa de Estágio para a Administração Local

PIB - Produto Interno Bruto

PIOTADV - Plano Intermunicipal de Ordenamento do Alto Douro Vinhateiro

POCAL - Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais

POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos

PPI - Plano Plurianual de Investimentos

PREVAP – Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários da Administração Pública

RFALEI - Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais

RJAL - Regime Jurídico das Autarquias Locais

RSU`S – Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos

(7)

6

SUMÁRIO EXECUTIVO

(Mensagem do Presidente)

As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2021 coincidem com o final do mandato autárquico deste

executivo, em que termina, por isso, um primeiro ciclo político de quatro anos.

De todo o modo, a estratégia em que assentam as políticas públicas refletidas nos documentos agora

apresentados continua a ser a mesma que pautou a atuação deste executivo desde o primeiro orçamento,

designadamente o rigor orçamental e financeiro, a aposta na organização e melhoria dos serviços e no

aumento da sua eficácia e eficiência e o investimento em áreas fundamentais para o desenvolvimento

socioeconómico do concelho, como o turismo, a agricultura, a educação, a saúde, entre outras, sem

descurar o apoio às várias entidades, desde freguesias, associações, IPSS`S e Paróquias.

Da mesma forma, foram também resolvidos vários dossiers complexos, como a questão da dívida à

empresa Águas do Norte, S.A. e a regularização dos vínculos precários da administração pública, sem, no

entanto, reduzir investimento e conseguindo-se melhorar todos os rácios económicos e financeiros do

município ano após ano.

Assim, com as GOP`S e Orçamento para 2021, pela primeira vez apresentadas de acordo com as regras

previstas no novo Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas, pretende-se

reforçar as apostas feitas por este executivo desde o início do mandato e consolidar alguns projetos

que vêm sendo reclamados como fundamentais para o desenvolvimento do concelho como é o caso

da requalificação da EN222/3, da pavimentação de caminhos rurais, a requalificação da Zona

envolvente às Bateiras e da Ferradosa, a construção do Campo de Futebol de 11 e a Expansão da

Zona Empresarial. Logicamente que muitos outros investimentos são considerados essenciais e serão

desenvolvidos em 2021 conforme consta do Plano Plurianual de Investimentos para esse exercício.

Não obstante, os impactos causados pela COVID-19 durante 2020 e, possivelmente ainda em 2021,

condicionaram e poderão condicionar algumas das opções deste executivo. Com uma grande concentração

de esforços na prevenção, combate e mitigação dos efeitos causados pela pandemia, alguns investimentos

ficaram atrasados e algumas atividades foram adiadas. De todo o modo, apesar de as GOPS`S e Orçamento

para 2021 terem sido elaboradas no pressuposto de que, a partir especialmente do 2.º trimestre de 2021,

haverá uma certa normalidade, especialmente no que ao desenvolvimento das atividades previstas no Plano

Municipal de Atividades diz respeito, este executivo está consciente dos riscos e está preparado para

canalizar recursos financeiros e não financeiros para dar resposta aos desafios que possam vir ainda a

colocar-se, tal como tem feito durante este tempo, com o apoio às empresas e particulares, através da

isenção/redução de tarifas dos serviços de água, saneamento e resíduos sólidos, isenção temporária de

rendas e taxas, criação de equipas de apoio para entrega de bens essenciais, apoio psicológico, campanhas

(8)

7

de sensibilização, desinfeção de espaços públicos, apoio às IPSS`S, Bombeiros e Saúde, em especial com

a disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual.

Em concreto, no orçamento para 2021 e nas GOP`S para 2021 e 2024, importa sublinhar, como se verá, o

aumento do valor do orçamento para 2021 em 915.224 euros e das Grandes Opções do Plano em 737.225

euros, com destaque para o crescimento do investimento (PPI) em 879.599 euros.

A prioridade para 2021, em termos de GOP´S, passa por reforçar o investimento nas Funções Económicas,

face ao ano anterior, sendo de realçar o aumento nas seguintes subfunções:

 Comércio e Turismo – +1.017.700 euros;

 Administração Geral – +349.971 euros;

 Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça e Pesca – +145.000 euros;

 Transportes Rodoviários – +44.000 euros;

 Proteção Civil e Luta Contra Incêndios – +30.800 euros;

 Cultura - +30.047 euros.

Estes aumentos de investimento nas subfunções atrás referidas, estão relacionados com as 5 principais

apostas do executivo para 2021, a saber:

1. Comércio e Turismo, sendo de realçar a Requalificação das Bateiras e zona ribeirinha da

Ferradosa;

2. Transportes Rodoviários, com destaque para a Requalificação da EN222/3 – Pesqueira -

Ferradosa;

3. Outras Funções Económicas, sendo de denotar a Requalificação e Expansão da Zona Empresarial

de S. João da Pesqueira;

4. Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça e Pesca, sendo de evidenciar a Pavimentação de

Caminhos Agrícolas nas várias freguesias e a Vindouro;

5. Serviços Culturais, Recreativos e Religiosos, com ênfase para o Estádio Municipal e para a

Requalificação do Parque Desportivo da Mata do Cabo.

(9)

8

Para além dos projetos referidos, será de referir a conclusão do Centro Municipal de Proteção Civil, a criação

de uma Loja do Cidadão no antigo Edifício da “Casa dos Magistrados” e a aquisição de uma nova viatura

de recolha de RSU`S.

Em relação à diminuição de subfunções das GOP`S em 2021 face a 2020, destacam-se as seguintes:

 Saneamento – 790.773 euros;

 Ordenamento do Território – 266.650 euros;

 Abastecimento de Água – 131.000 euros;

 Desporto, Recreio e Lazer – 93.635 euros;

 Indústria e Energia – 91.239 euros;

 Proteção do Meio Ambiente e da Natureza – 57.635 euros.

Obviamente que as diminuições assinaladas resultam, em grande medida da finalização, em 2020, da

execução de projetos cofinanciados, como foi o caso das ETAR`S, das obras de reabilitação urbana

inseridas na Estratégia de Reabilitação Urbana, entre outras.

De todo o modo, não obstante, em 2021, prever-se o maior volume de investimento dos últimos anos, está

a preparar-se a contratação de um empréstimo, a rondar 1 milhão de euros, para fazer face a diversos

investimentos nas freguesias. A concretizar-se e a não haver atrasos na execução dos projetos, 2021,

fruto do rigor nas contas para a perspetiva de investimento a médio prazo deste executivo, será o

ano com maior investimento de sempre. Ainda assim, o nível de endividamento será inferior ao

registado em 2017.

Em relação à despesa, verifica-se um aumento da despesa corrente de apenas 41.120 euros face ao ano

anterior, não obstante o aumento da Despesa com o Pessoal, em 289.485 euros, sendo que, o mesmo se

deve à segunda fase de regularização de vínculos precários ao abrigo do PREVAP, o que significa que se

prevê uma redução significativa nas restantes despesas correntes, como é o caso da Aquisição de Bens e

Serviços. Em sentido contrário, espera-se um aumento de 874.104 euros nas Despesas de Capital, em

especial devido ao aumento do investimento como referido anteriormente.

Face ao exposto, acreditamos que as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2021, não obstante

todas as condicionantes existentes e a consequente necessidade de priorizar e fazer escolhas, refletem

(10)

9

uma estratégia consistente com o desenvolvimento do concelho e a sua afirmação como destino

turístico e potência agrícola da região, salvaguardando, simultaneamente, todas as restantes

valências de atuação e o equilíbrio das contas públicas.

Por fim, tratando-se este documento de uma Proposta, conforme estipulado no n.º 1 do artigo 45.º do

RFALEI, aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, ficando, nos termos do artigo 79.º do mesmo

diploma, disponível para consulta na página eletrónica e no Balcão de Atendimento do Município de S. João

da Pesqueira, podem ser enviadas sugestões e propostas de alteração até ao momento do envio para a

Assembleia Municipal.

Com o contributo de todos, pretendemos fazer mais e melhor pela nossa terra.

Um abraço,

O Presidente da Câmara Municipal

_____________________________

(11)

10

PARTE I - RELATÓRIO DA POLÍTICA ORÇAMENTAL PROPOSTA

INTRODUÇÃO

O presente relatório visa complementar a informação contida nos documentos previsionais de 2021,

fundamentando dessa forma a atividade programada do Município para o ano a que o orçamento se refere.

Por outro lado, a aliena a) do n.º 1 do artigo 46.º do RFALEI determina que o Orçamento municipal incluiu,

nomeadamente, os seguintes elementos:

“a) Relatório que contenha a apresentação e a fundamentação da política orçamental proposta, incluindo a

identificação e descrição das responsabilidades contingentes;”.

Neste sentido, os próximos capítulos, têm como objetivo a apresentação e a fundamentação da política

orçamental proposta para 2021, em conformidade com a lei.

A lei 66/2020, de 11 de novembro, alterou o artigo 45.º do RFALEI, designadamente quanto ao prazo de

submissão da proposta do orçamento municipal, sendo que, de acordo com o n.º 1 do artigo 45.º do RFALEI,

na redação dada pela Lei referida, o órgão executivo deve apresentar ao órgão deliberativo, até 30 de

novembro de cada ano, a proposta de OE para o ano económico seguinte e, em ordem ao preceituado

na alínea a) do n.º 1 do artigo 25.º e na alínea c) do n.º 1 do artigo 33.º, ambos do RJAL, aprovado pela Lei

n.º 75/2013, de 12 de setembro, são apresentadas as Propostas de GOP´S para o quadriénio 2021-2025

e de Orçamento do Município S. João da Pesqueira para o exercício económico-financeiro de 2021.

Também, atento, o disposto no artigo 46.º do RFALEI, o orçamento municipal inclui, nomeadamente,

os seguintes elementos:

I.

Mapa resumo das receitas e despesas da autarquia local, que inclui, no caso dos municípios, de

forma autónoma, as correspondentes verbas dos serviços municipalizados, quando aplicável;

II.

Mapa das receitas e despesas, desagregado segundo a classificação económica, a que acresce,

de forma autónoma, o dos serviços municipalizados, quando aplicável.

III.

Articulado que contenha as medidas para orientar a execução orçamental;

IV.

A proposta das grandes opções do plano, compostas pelas atividades mais relevantes e plano

plurianual de investimentos, com nota explicativa que a fundamenta, a qual integra a justificação

das opções de desenvolvimento estratégico, a sua compatibilização com os objetivos de política

orçamental, e a descrição dos programas, incluindo projetos de investimento e atividades mais

(12)

11

relevantes da gestão.

Para além destes elementos, o orçamento municipal inclui, para além dos mencionados em

legislação especial, os seguintes anexos:

I.

Orçamentos dos órgãos e serviços do município com autonomia financeira;

II.

Orçamentos, quando aplicável, de outras entidades participadas em relação às quais se verifique

o controlo ou presunção do controlo pelo município, de acordo com o artigo 75.º;

III.

Mapa das entidades participadas pelo município, identificadas pelo respetivo número de

identificação fiscal, incluindo a respetiva percentagem de participação e o valor correspondente.

Não obstante, importa frisar que, pela primeira vez, o orçamento é apresentado tendo em consideração o

disposto no SNC-AP, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro.

O SNC-AP deveria ter entrado em vigor no dia 1 de janeiro de 2017, mas a sua implementação foi deferida

por via do Decreto-Lei n.º 85/2016, de 21 de dezembro, uma vez que se considerou não estarem

assegurados um conjunto de condições técnicas, legais e institucionais, tendo adiado a entrada em vigor

do SNC-AP para 1 de janeiro de 2018. Mais tarde, uma circular do gabinete do Secretário de Estado das

Autarquias Locais veio prorrogar o prazo de entrada em vigor do SNC-AP no subsector da administração

local para 1 de janeiro de 2019. Por fim, com a publicação da Lei que aprovou o OE para 2019, o prazo

voltou a ser prorrogado, desta vez para 1 de janeiro de 2020. Assim, se o orçamento e Grandes Opções

do Plano para 2020 ainda foram apresentados de acordo com o estabelecido pelo POCAL, para 2021

deverá ter-se em consideração o disposto no SNC-AP.

Deste modo, de acordo com o previsto no n.º 46 do ponto 11 da NCP 26 do SNC-AP, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, alterado pelos Decretos Decreto-Lei n.ºs 85/2016 e 33/2018, de 21 de

dezembro e 15 de maio, respetivamente, as demonstrações orçamentais a elaborar são:

I.

Orçamento e plano orçamental plurianual (ano seguinte, mais 4 anos);

II.

Plano plurianual de investimentos.

Para além disso, conforme atrás referido, atendendo ao disposto na al. e) do artigo 46.º do RFALEI na sua

redação atual, também deverão ser elaboradas, neste contexto, as “atividades mais relevantes da gestão”.

Por outro lado, de acordo com o n.º 17 do ponto 6 da NCP 1 do SNC-AP “As entidades públicas devem

(13)

12

dos resultados por natureza e demonstração dos fluxos de caixa, com o mesmo formato das

históricas, que devem ser aprovadas pelos órgãos de gestão competentes.”

Face ao exposto, há um conjunto de demonstrações orçamentais previsionais, sendo que a novidade é o

Plano Orçamental Plurianual.

De todo o modo, as demonstrações financeiras previsionais referidas constituem uma alteração relevante

face ao POCAL, sendo que o objetivo é o de prever o desempenho económico do Município, através da

análise dos rendimentos e dos gastos, bem como da Posição Financeira no final do exercício, através da

previsão de alterações ao Ativo, Património e Passivo da entidade. De qualquer forma, como estas

demonstrações não se baseiam numa ótica de caixa mas de acréscimo, isto é, devem ser considerados os

efeitos das operações quando estas ocorram e não apenas quando se dá o correspondente pagamento ou

recebimento, a previsibilidade torna-se difícil e complexa, face às inúmeras atividades desenvolvidas pelo

Município ao longo do ano, aos atrasos na execução de investimentos e na aprovação de projetos,

alterações legislativas, entre muitos outros imponderáveis, como foi o caso da pandemia causada pela

COVID-19.

CAPÍTULO I – CONTEXTO MACROECONÓMICO

Para o desenvolvimento da sua atividade o município não pode descurar o enquadramento

macroeconómico e políticas orçamentais, que, enquanto elementos externos à atividade autárquica,

condicionam imensamente esta mesma atividade. Desta forma, a perceção das condicionantes externas

assume importante relevo na elaboração dos documentos previsionais, ao destacar áreas de atuação

potenciais assim como condicionantes ao desenvolvimento das atividades em curso.

No contexto em que nos encontramos devido à pandemia causada pela COVID-19, é fundamental relacionar

o contexto macroeconómico com as projeções orçamentais para o município de S. João da Pesqueira, em

especial no que se refere ao próximo ano. Por um lado, com os atrasos na execução de diversos projetos,

espera-se uma maior taxa de execução em 2021 do que aquela que se verificará em 2020. Por outro lado,

tal como sucedeu em 2020, muitas das atividades programadas podem não ser realizadas ou ser necessário

alterar o seu formato original e continuar a canalizar-se recursos financeiros para despesas com a

prevenção, contenção e mitigação dos efeitos causados pela COVID-19. Se em algumas áreas se

conseguiram poupanças significativas, noutras, como na organização do trabalho através de meios

tecnológicos, na educação, na ação social houve um aumento de gastos. Além disso, o valor de alguns

contratos irá aumentar devido à incorporação de custos por parte das empresas com as medidas destinadas

a prever, conter e mitigar os efeitos da pandemia. Além disso, medidas destinadas a apoiar as populações

(14)

13

mais desfavorecidas e as empresas dos setores económicos mais afetados pela crise, como a

redução/isenção de taxas e dos preços dos serviços de água, saneamento e resíduos, também tiveram

impacto financeiro em 2020 e poderão vir a ser necessárias em 2021, tudo dependendo da evolução da

situação pandémica e das restrições que venham a ser impostas em consequência.

Assim, neste contexto adverso, não é fácil fazer projeções relativamente à evolução da situação económica.

Como se irá ver, as projeções disponíveis datam de outubro, sendo que a situação tem vindo a

degradar-se mais do que aquilo que era esperado, o que pode levar a uma revisão em baixa das mesmas, o que

significa que a crise será maior do que o esperado.

De todo o modo, o orçamento para 2021 foi projetado tendo em consideração que haveria restrições apenas

no primeiro trimestre, daí preverem-se as principais atividades e obras para o resto do ano.

Face ao exposto, iremos começar por fazer um breve enquadramento internacional, utilizando para o efeito

as projeções do Fundo Monetário Internacional. Em seguida centrar-nos-emos no enquadramento nacional,

utilizando as projeções do Banco de Portugal e as constantes da proposta de Orçamento de Estado para

2021.

1.1. ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL

A pandemia do novo coronavírus gerou um choque económico global sem precedentes, tendo a economia

mundial contraído 5,2% no primeiro semestre em termos homólogos.

Em contraste com crises anteriores, este foi um choque exógeno e transversal e ficou associado a níveis

historicamente elevados de incerteza. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a contração terá

atingido 90% das economias.

A queda na atividade económica resultou dos receios de contágio e da incerteza associados à pandemia,

mas também das medidas de confinamento e de distanciamento social impostas. O gradual levantamento

das medidas de confinamento após abril contribuiu para a retoma da atividade, embora se tenham mantido

restrições à mobilidade e recomendações de distanciamento social.

Conforme é possível constatar pelo quadro infra, o crescimento irá reduzir-se drasticamente de modo geral

nas economias avançadas. A projeção para as economias avançadas é de uma contração de 4,4% em

2020. Para 2021, a previsão de crescimento das economias avançadas é de 5,2%. No entanto, em relação

às economias mais avançadas é possível verificar que na Zona Euro e Reino Unido a contração é superior,

provavelmente porque aplicaram medidas mais restritivas, o que teve um impacto muito superior em termos

(15)

14

de contração económica do que, por exemplo, nos EUA. De todo o modo, o equilíbrio entre a economia e a

disponibilidade de meios de assistência na doença foi um desiderato da maioria dos países europeus, o que

teve custos económicos muito superiores. Mesmo o crescimento esperado na Zona Euro para 2021 não é

suficiente para compensar a contração esperada para 2020.

Para o grupo de economias em desenvolvimento e de mercados emergentes, projetam taxas de

crescimento negativas de 3,3% em 2020 e positivas de 6,0% em 2021. O impacto nestas economias em

termos de PIB será menor. No entanto, a única economia das elencadas no quadro infra que terá

crescimento positivo é a China, apesar de muito inferior à sua taxa de crescimento “normal”.

Prevê-se que o comércio mundial de bens e serviços seja negativo em 2020 devido à redução em geral das

importações nas economias avançadas e emergentes derivada do contexto pandémico.

Por fim, relativamente ao preço das Commodities, designadamente do Petróleo, as projeções apontam para

uma quebra brutal em 2020 de 32,1%. O impacto nos preços finais ao consumidor irá depender das políticas

fiscais seguidas pelo governo.

(16)

15

QUADRO 1. PROJEÇÕES DO CRESCIMENTO ECONÓMICO MUNDIAL

(taxa de crescimento anual, em %)

Projeções

2019

2020

2021

Economia Mundial

2,8

-4,4

5,2

Economias avançadas das quais:

1,7

-5,8

3,9

EUA

2,2

-4,3

3,1

Japão

0,7

-5,3

2,3

Reino Unido

1,5

-9,8

5,9

Área do Euro

1,3

-8,3

5,2

Economias de mercados emergentes

3,7

-3,3

6,0

Brasil

1,1

-5,8

2,8

China

6,1

1,9

8,2

Rússia

1,3

-4,1

2,8

Índia

4,2

-10,3

8,8

Volume do Comércio Mundial (Bens e Serviços)

1,0

-10,4

8,3

Importações

Economias Avançadas

1,7

-11,5

7,3

Economias Emergentes

-0,6

-9,4

11,0

Preços das matérias-primas

Petróleo

-10,2

-32,1

9,5

Fonte: FMI, World Economic Outlook outubro de 2020

1.2. ENQUADRAMENTO NACIONAL

Neste subcapítulo será feita uma breve análise do enquadramento macroeconómico nacional e do seu

impacto nas políticas públicas a seguir pelo Município. Além disso, será feita uma análise das principais

medidas previstas no orçamento de estado para 2021 e dos seus possíveis resultados orçamentais para o

Município de S. João da Pesqueira, uma vez que a proposta ainda não se encontra publicado.

(17)

16

QUADRO 2. PROJEÇÕES ECONOMIA NACIONAL

(taxa de variação anual, em % - Pesos 2019)

Projeções

Pesos

2019

2019

2020

Produto Interno Bruto

100

2,2

-8,1

Consumo Privado:

63,9

2,4

-6,2

Consumo Público

16,9

0,7

1,2

Formação Bruta de Capital Fixo

18,2

5,4

-4,7

Procura Interna

99,8

2,7

-5,0

Exportações

43,5

3,5

-19,5

Importações

43,3

4,7

-12,4

Contributo para o crescimento do PIB

líquido de importações

Procura Interna

1,5

-2,6

Exportações

0,7

-5,5

Emprego

0,8

-2,8

Taxa de desemprego

6,5

7,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB)

0,9

-0,6

Balança de Bens e Serviços (%PIB)

0,4

-1,9

Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor (IHPC)

0,3

0,0

Fonte: Adaptado do Banco de Portugal – Boletim Económico outubro 2020

De acordo com o Boletim Económico do BP, de outubro de 2020 “A epidemia do novo coronavírus, que se

iniciou na China no final de 2019, alastrou durante os primeiros meses de 2020 e transformou-se

rapidamente numa pandemia. A economia mundial sofreu um choque exógeno negativo, sem precedentes

em termos de magnitude e sincronização.

Esta situação desencadeou medidas de contenção por parte de vários países. Em Portugal, o estado de

emergência, que vigorou de 18 de março a 2 de maio, obrigou ao encerramento temporário de diversas

atividades e incluiu um dever geral de confinamento, com o encerramento de fronteiras e fortes restrições

à livre circulação. Com o fim do estado de emergência, as medidas de contenção foram progressivamente

flexibilizadas mas permaneceram numerosas limitações à atividade.

Este choque distingue-se de crises económicas anteriores por ter tido origem num fator exógeno à economia

e por ter afetado de forma direta e abrupta a generalidade dos países. A pandemia e as medidas de

contenção adotadas pelos vários governos originaram em simultâneo uma queda acentuada da procura e

da oferta. Neste contexto, o PIB mundial registou uma redução no primeiro trimestre, que se acentuou no

segundo (1,6% e 8,7%, em taxa de variação homóloga, respetivamente). (…)

(18)

17

A resposta da política económica foi mais célere e de maior magnitude e abrangência do que no passado.

Com o objetivo de conter os efeitos negativos sobre a situação financeira das famílias, das empresas e do

sistema financeiro, bem como criar as condições para uma mais rápida recuperação, foram implementadas

num curto espaço de tempo várias medidas de política monetária, orçamental, prudencial e de supervisão.

Na União Europeia (UE), as medidas nacionais foram complementadas por ações concertadas, num esforço

de cooperação sem precedente. (…)

Em Portugal foram criadas linhas de crédito com garantia pública, desenhadas com o objetivo de evitar a

falência de empresas viáveis antes da pandemia, e a consequente destruição de capital e emprego,

permitindo assim uma recuperação mais sustentada. (…)

No final do primeiro semestre, as moratórias abrangiam cerca de 15% do crédito das famílias e quase 30%

do crédito das empresas.

A política orçamental centrou-se principalmente do lado da despesa, com apoios ao rendimento do trabalho

e à manutenção do emprego, assim como um aumento de prestações sociais. De entre estas medidas,

destaca-se o regime de layoff simplificado pela sua importância na preservação do emprego e na redução

das necessidades de liquidez das empresas. O pacote de estímulos implementado pelo governo português

representa um esforço orçamental substancial (2,7% do PIB em 2020).

O PIB, que crescia em Portugal desde 2014, registou uma contração em cadeia de 3,9% e de 13,9% no

primeiro e segundo trimestres de 2020, respetivamente. A redução acumulada nos dois trimestres foi maior

do que a observada na área do euro (-17,2%, face a -15,1%). Esta evolução traduz uma quebra sem

precedentes da atividade num curto espaço de tempo. A contração foi particularmente acentuada a partir

de meados de março, com a imposição de medidas de contenção da disseminação da doença em vários

países. A partir de maio, com a flexibilização destas medidas e o impacto das medidas de política

económica, assistiu-se a uma recuperação gradual. No final do primeiro semestre, na maior parte dos

setores, a atividade permanecia ainda bastante inferior ao período pré-pandemia.”

Da análise do quadro anterior e de acordo com o Boletim Económico do BP, de outubro de 2020, “A atividade

na economia portuguesa cairá de forma acentuada em 2020, com uma redução do PIB de 8,1% (…).

Na área do euro, de acordo com as projeções do BCE, o PIB deverá diminuir 8,0% em 2020 (…).

A redução do PIB projetada para 2020 reflete a forte queda observada no primeiro semestre,

antecipando-se uma recuperação da atividade na antecipando-segunda metade do ano. A generalidade dos indicadores de frequência

mais elevada disponíveis até 25 de setembro sugere uma retoma gradual da atividade desde maio até ao

(19)

18

terceiro trimestre, que acompanha o levantamento progressivo das medidas de contenção da pandemia e

reflete a resposta de política monetária e orçamental. Adicionalmente, projeta-se a manutenção deste

cenário de recuperação até ao final do ano, em Portugal e nos seus parceiros comerciais, embora a um

ritmo gradualmente menor ao longo do semestre.

No final do ano a atividade ainda deverá ser inferior à observada no final de 2019. A natureza parcial da

recuperação resulta da manutenção de restrições à atividade em alguns setores, da redução da capacidade

produtiva e do clima de elevada incerteza, que reforça a adoção de comportamentos de aversão ao risco.

QUADRO 3. CENÁRIO MACROECONÓMICO 2020-2021

(taxa de variação anual, em %)

Estimativa Projeções

2020

2021

Produto Interno Bruto

-8.5

5,4

Consumo Privado:

-7,1

3,9

Consumo Público

-0,3

2,4

Formação Bruta de Capital Fixo

-7,4

5,3

Exportações

-22,0

10,9

Importações

-17,9

7,2

Contributo para o crescimento do PIB

Procura Interna

-6,6

4,1

Procura externa líquida

-1,9

1,3

Emprego

-3,8

1,0

Taxa de desemprego

8,7

8,2

Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor (IHPC)

-0,1

0,7

Fonte: Adaptado do Relatório do Orçamento de Estado para 2021

Como é possível verificar pelo quadro anterior, as projeções macroeconómicas do governo para o ano de

2020 constantes do Relatório do Orçamento de Estado para 2021 são mais pessimistas do que as projeções

do Banco de Portugal.

(20)

19

QUADRO 4. CONTA CONSOLIDADA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

(contabilidade pública, em milhões de euros)

Execução

Final

Estimativa Projeções

Variação

%

2020/2018

2019

2020

2021

Receita Corrente

61 366,3

56 269,8

61 679,3

-8,3

Receita Fiscal

46 666,7

41 588,5

44 467,7

-10,9

Receita de Capital

1 327,9

1 359,9

3 007,7

2,4

Receita Efetiva

62 694,2

57 629,7

64 687,1

-8,1

Despesa Corrente

62 415,8

68 064,6

69 156,2

9,1

Despesa de Capital

4 106,7

4 719,6

7 289,9

14,9

Despesa Efetiva

66 522,5

72 784,1

76 446,0

9,4

Saldo Global

-3 828,3

-15 154,4

-11 759,0

Em percentagem do PIB

-1,8

-7,6

-5,6

Fonte: Adaptado do Relatório do Orçamento de Estado para 2021

De acordo com o Quadro anterior, pode verificar-se que a Receita Efetiva (com exclusão dos ativos e

passivos financeiros) da Administração Central irá diminuir 8,3% entre 2019 e 2020, em especial devido à

quebra da receita fiscal (-10,9%). Em sentido contrário, prevê-se um aumento significativo das Despesas

Efetivas (com exclusão dos ativos e passivos financeiros) de 9,4%. Isto significa que o Saldo Global da

Administração Central se vai deteriorar significativamente, passando de -1,8% do PIB para -7,6% em 2020

e -5,6% em 2021.

Em particular, a forte diminuição da Receita Fiscal motivada pela redução drástica da atividade económica,

poderá a vir ter impactos futuros nas receitas do município através da redução do FEF. Isto porque,

conforme artigo 25.º do RFALEI, o valor global do FEF a repartir pelos municípios, é igual a 19,5%. da média

aritmética simples da receita proveniente dos impostos sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS),

o IRC e o imposto sobre o valor acrescentado (IVA). Além disso, a receita dos impostos referidos

corresponde à receita líquida destes impostos no penúltimo ano relativamente àquele a que a Lei do

Orçamento do Estado se refere. Neste sentido, com uma diminuição drástica da receita fiscal em 2020,

poderá haver uma diminuição do FEF atribuídos aos municípios em 2022, cujo impacto poderá ter algum

significado.

Por fim, destacam-se as principais medidas previstas na proposta de Lei do Orçamento de Estado para

2021 que poderão ter impacto financeiro:

 As situações de mobilidade existentes à data de entrada em vigor da presente lei cujo limite de

duração máxima ocorra durante o ano de 2021 podem, por acordo entre as partes, ser

(21)

20

 Nos termos do n.º 6 do artigo 159.º da LTFP, o suplemento remuneratório de penosidade e

insalubridade da carreira geral de assistente operacional, nas áreas de higiene urbana e do

saneamento das autarquias locais, de que resulte comprovada sobrecarga funcional que

potencie o aumento da probabilidade de ocorrência de lesão ou um risco potencial agravado de

degradação do estado de saúde, é objeto de definição das condições de atribuição em decreto-lei,

cuja negociação deve ser iniciada até 30 dias após a entrada em vigor da presente lei, devendo

ser concluída nos 60 dias subsequentes, por forma a que o mesmo seja pago ainda no primeiro

semestre de 2021; (artigo 21.º)

 Os valores dos gastos com contratos de aquisição de serviços, celebrados nos termos do

Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro,

na sua redação atual, nas autarquias locais e entidades intermunicipais, que em 2021 venham a

renovar-se ou a celebrar-se com idêntico objeto de contrato vigente em 2020, não podem

ultrapassar (com algumas exceções):

o

Os valores dos gastos de 2020, considerando o valor total agregado dos contratos,

sempre que a mesma contraparte preste mais do que um serviço ao mesmo adquirente;

ou

o

O preço unitário, caso o mesmo seja aritmeticamente determinável ou tenha servido de

base ao cálculo dos gastos em 2020. (artigo 57.º)

 Nos contratos de aquisição de serviços de limpeza e de serviços de refeitórios com duração

plurianual, celebrados em data anterior a 1 de janeiro de 2020 ou, no caso de terem sido celebrados

após aquela data, as propostas que estiveram na sua origem tenham sido apresentadas em data

anterior a 1 de janeiro de 2020, relativamente aos quais, comprovadamente, a componente de

mão-de-obra indexada à Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG) tenha sido o fator

determinante na formação do preço contratual e tenham sofrido impactos decorrentes da entrada

em vigor do Decreto-Lei n.º 167/2019, de 21 de novembro, é admitida, na medida do estritamente

necessário para repor o valor das prestações contratadas, uma atualização extraordinária do

preço, a ocorrer nos termos do presente artigo, devendo atender-se ao facto de ser expectável

uma variação salarial global e o aumento da RMMG. Os circuitos, prazos, procedimentos e termos

da autorização da atualização extraordinária do preço, determinada pelos membros do Governo

responsáveis pela área das finanças e pelas respetivas áreas setoriais, são definidos por portaria

dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da economia, das finanças e do trabalho,

solidariedade e segurança social, a emitir no prazo de 10 dias a contar da entrada em vigor da

(22)

21

presente lei e nos termos do artigo 64.º da Lei n.º 2/2020, de 31 de março, na redação dada pela

presente lei; (artigo 58.º)

 Em 2021, os municípios que, a 31 de dezembro de 2020, cumpram o limite legal de

endividamento previsto no n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, na sua

redação atual, podem recorrer a empréstimos junto do Fundo de Apoio Municipal (FAM), a

título excecional e no quadro do contexto de pandemia para financiar a despesa corrente, desde

que verificada a diminuição da receita corrente cobrada igual ou superior a 5 %., por

comparação com a média aritmética simples das cobranças de receita corrente efetuadas, em

período homólogo, nos últimos 24 meses que precedem o início do exercício orçamental de 2021,

até ao valor da diminuição da receita que tenha ocorrido; (artigo 73.º)

 Em 2021, as autarquias locais que, em 2020, tenham beneficiado da exclusão do âmbito de

aplicação da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, na sua redação atual, e do DecretoLei n.º

127/2012, de 21 de junho, na sua redação atual, mantêm essa exclusão, salvo se, em 31 de

dezembro de 2020, não cumprirem os limites de endividamento previstos, respetivamente,

no artigo 52.º e no n.º 8 do artigo 55.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, na sua redação atual:

(artigo 78.º)

 O Governo promove, de acordo com as recomendações em matéria de auditoria internacional, a

realização de uma auditoria aos contratos celebrados por autarquias locais em regime de parceria

entre o setor público e o setor privado que se encontrem em vigor; (artigo 81.º)

 O quadro legal fixado no artigo 31.º-A do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho, na sua redação

atual, é aplicável às autarquias locais, no que respeita à confirmação da situação tributária

e contributiva; (artigo 82.º)

 Na contração de empréstimos pelos municípios para financiamento da contrapartida

nacional de operações de investimento autárquico aprovadas no âmbito dos Programas

Operacionais do Portugal 2020, através do empréstimo-quadro contratado entre a República

Portuguesa e o Banco Europeu de Investimento (BEI), é dispensada a consulta a três

instituições autorizadas por lei a conceder crédito que se encontra prevista no n.º 5 do artigo

49.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, na sua redação atual, e no n.º 4 do artigo 25.º da Lei n.º

75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual; (artigo 93.º)

 Fica o Governo autorizado a prorrogar, até 31 de dezembro de 2021, os efeitos das normas

(23)

22

autarquias locais. O sentido e a extensão da autorização legislativa prevista no número anterior

consistem em:

o

Assegurar a prioridade das medidas excecionais, no sentido de aumentar a capacidade

e a celeridade de resposta das autarquias locais à pandemia da doença COVID-19;

o

Garantir a prestação de serviços públicos próximos dos cidadãos;

o

Diminuir os riscos de agravamento da situação financeira dos municípios;

o

Promover a agilização de procedimentos de caráter administrativo;

o

Simplificar o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais para

que a resposta à pandemia não comprometa o esforço de consolidação orçamental

promovido por estes entes públicos. (artigo 98.º)

 Em 2021, o Governo transfere para a administração local a verba de 5.150.000 euros, sendo

4.400.000 euros para investimento nos centros de recolha oficial e no apoio para melhoria

das instalações das associações zoófilas legalmente constituídas, cujos incentivos são

definidos nos termos de despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das

finanças, das autarquias locais, do ambiente e da agricultura, para efeitos do disposto na Portaria

n.º 146/2017, de 26 de abril, e 750.000 euros ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 5.º da Lei n.º

27/2016, de 23 de agosto, e do artigo 8.º da referida Portaria (…) (artigo 211.º)

(24)

23

CAPÍTULO II – ORÇAMENTO PARA 2021

2.1. RESUMO DO ORÇAMENTO DA DESPESA E DA RECEITA

O exercício de 2021 contempla um orçamento no valor de 15.868.012 euros, o que representa,

relativamente ao orçamento inicial do ano anterior, um acréscimo de 915.224 euros, ou, em termos relativos,

mais 6,12%. Em termos de Receitas Correntes, prevê-se a arrecadação de 10.556.392 euros,

correspondentes a 66,53% do valor total orçado, verificando-se um aumento em relação ao ano anterior de

1.046.674 euros. Por outro lado, as Receitas de Capital orçadas ascendem a 5.311.320 euros, o que

significa uma diminuição de 131.450 euros em relação ao ano transato.

GRÁFICO 1. RECEITAS CORRENTES VS RECEITAS DE CAPITAL

67%

33%

Orçamento da Receita 2021

Rceitas Correntes

Receitas de Capital

(25)

24

As Despesas Correntes representam 54,43% do orçamento, ascendendo 8.668.442 euros, verificando-se

um aumento de 41.120 euros em relação ao orçamento inicial do exercício de 2020. No que se refere às

Despesas de Capital, estima-se uma execução de 7.199.570 euros, que representa 45,37% do orçamento

para 2021. Além disso, comparativamente com o ano anterior, as Despesas de Capital registam um

aumento de 874.104 euros. Esta variação das Despesas de Capital fica a dever-se em essencial à previsão

de candidaturas de valor avultado, como é o caso da Requalificação das Bateiras e da EN222/3.

GRÁFICO 2. DESPESAS CORRENTES VS DESPESAS DE CAPITAL

55%

45%

Orçamento da Despesa 2021

Despesas Correntes

Despesas de Capital

(26)

25

QUADRO 5. ORÇAMENTO PARA O EXERCÍCIO DE 2021

(UN.:EURO)

RECEITAS

VALOR

%

DESPESAS

VALOR

%

Impostos diretos

987 000

6,22 Despesas com o pessoal

3 712 370

23,40

Impostos indiretos

20 045

0,13 Aquisição de bens e serviços

4 235 093

26,69

Taxas, multas e outras

penalidades

45 905

0,29 Juros e outros encargos

54 505

0,34

Rendimentos da propriedade

479 530

3,02 Transferências correntes

593 469

3,74

Transferências correntes

7 948 722

50,09 Subsídios

5

0,00

Venda de bens e serviços

correntes

915 185

5,77 Outras despesas correntes

73 000

0,46

Outras receitas correntes

160 005

1,01

Total das Receitas

Correntes

10 556 392

66,53

Total das Despesas

Correntes

8 668 442

54,63

Venda de bens de

investimento

8 075

0,05 Aquisição de bens de capital

5 691 882

35,87

Transferências de capital

5 303 515

33,42 Transferências de capital

941 005

5,93

Ativos financeiros

10

0,00 Ativos financeiros

16 683

0,11

Passivos financeiros

5

0,00 Passivos financeiros

550 000

3,47

Outras receitas de capital

10

0,00

Total das Receitas de

Capital

5 311 615

33,47

Total das Despesas de

Capital

7 199 570

45,37

Outras Receitas

5

0,00

Reposições não abatidas

nos pagamentos

5

0,00

(27)

26

QUADRO 6. ANÁLISE COMPARATIVA DO ORÇAMENTO MUNICIPAL

(UN.:EURO)

Rubricas

2020

2021

Variação

Receitas Correntes

9 509 718

10 556 392

1 046 674

Receitas de Capital

5 443 070

5 311 620

-131 450

Total de Receitas

14 952 788

15 868 012

915 224

Rubricas

2020

2021

Variação

Despesas Correntes

8 627 322

8 668 442

41 120

Despesas de Capital

6 325 466

7 199 570

874 104

Total de Despesas

14 952 788

15 868 012

915 224

Tal como referido anteriormente, de acordo com o quadro anterior, o Orçamento inicial para 2021 observa

um aumento de 915.224 euros, face ao do exercício de 2020. Este aumento é justificado essencialmente

pelo aumento das Receitas Correntes, em especial no que se refere ao aumento das transferências do OE.

Do lado da Despesa, prevê-se um aumento ligeiro das Despesas Correntes em 41.120 euros, fortemente

motivada pelo aumento, face ao orçamento de 2020, das despesas com o Pessoal, quase que compensado

por uma diminuição da despesa com a Aquisição de Bens e Serviços. Conforme se verá, este aumento está

relacionado essencialmente com a segunda vaga de regularização dos vínculos precários, em continuidade

da primeira fase de regularizações cujo início se deu em 2019.

Em relação às Despesas de Capital, o aumento de 874.174 euros está relacionado com a execução de

empreitadas de valor avultado como se verá na análise ao PPI.

Ainda comparativamente com o período homólogo, e como se pode constatar no quadro infra, o valor do

Saldo Global Efetivo é positivo em 566.668 euros (se às receitas e despesas orçadas excluirmos os Ativos

e Passivos Financeiros) que, comparativamente com o ano transato observa um aumento de 1.116.213

euros. Esta situação fica a dever-se a um crescimento das Receitas de Correntes superior às Despesas

Correntes, sendo que, por outro lado, as Despesas de Capital efetivas crescem menos do que as Receitas

de Capital Efetivas. Os saldos globais positivos permitem amortizar Passivos Financeiros (empréstimos de

médio e longo prazo) ou constituir Ativos Financeiros, como é o exemplo do FAM. Como o saldo corrente é

suficiente para satisfazer o saldo de capital, não será necessário financiar parte dos investimentos previstos

através da contratação de empréstimos, não obstante se pretender contrair um empréstimo em 2021 para

que se possa fazer ainda mais investimento.

(28)

27

Por outro lado, da análise do quadro infra, constata-se que, em 2021, para financiar as Despesas de Capital

Efetivas (6.632.887 euros), tendo em consideração que as Receitas de Capital Efetivas (sem empréstimos)

são de apenas 5.311.605 euros, terá de se suportar a diferença através do Saldo Corrente, ou seja, deverá

canalizar-se Receitas Correntes para Despesas de Capital.

Uma vez que necessita de financiar 1.321.282 euros de Despesas de Capital Efetivas, face às Receitas de

Capital Efetivas que pretende arrecadar e obtém uma diferença positiva de 1.887.950 uros entre as Receitas

Correntes e as Despesas Correntes, a diferença entre os Saldos Corrente e de Capital, positiva em 566.335

euros, será utlizada para amortização de empréstimo de MLP e constituição de Ativos Financeiros.

QUADRO 7. SALDO GLOBAL EFETIVO

(UN.:EURO)

Rubricas

2020

2021

Variação

Receitas Correntes

9 509 718 10 556 392 1 046 674

Receitas de Capital Efetivas

4 776 842

5 311 605

534 763

Receita Efetiva

14 286

560

15 867

997

1 581 437

Despesas Correntes

8 627 322

8 668 442

41 120

Despesas de Capital Efetivas

5 758 783

6 632 887

874 104

Despesa Efetiva

14 386

105

15 301

329

915 224

Saldo Corrente

432 396 1 887 950 1 455 554

Saldo de Capital

-981 941 -1 321 282

-339 341

(29)

28

2.2. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

No que diz respeito ao equilíbrio orçamental, tendo em consideração o disposto na alínea e) do ponto 3.1.1.

do POCAL, que determina que o Orçamento prevê os recursos necessários para cobrir todas as despesas,

e as Receitas Correntes devem ser pelo menos iguais às Despesas Correntes, prevemos um saldo

superavitário que ascende, em 2021, a 1.887.950 euros (superior em 1.005.554 euros em relação ao

previsto no Orçamento do ano anterior), o qual financiará no mesmo montante as despesas de capital,

incluindo a amortização da dívida, tal como se demonstra no gráfico seguinte:

GRÁFICO 3. SALDO CORRENTE

Por fim, tendo em consideração a regra do Equilíbrio Orçamental Corrente prevista no artigo 44.º do RFALEI,

o Orçamento para 2021 também cumpre com o previsto neste normativo, conforme se demonstra no quadro

infra. No fundo, o Saldo Corrente, abatido da amortização média de empréstimos de médio e longo prazo,

gera um superavit de 1.338.072 euros, que permitirá financiar o investimento a realizar pelo Município numa

perspetiva de estabilidade orçamental e equidade intergeracional, princípios fundamentais previstos na LEO

e no RFALEI que devem pautar a atividade financeira das autarquias locais.

10.556.392 €

8.668.442 €

5.311.620 €

7.199.570 €

0 €

2.000.000 €

4.000.000 €

6.000.000 €

8.000.000 €

10.000.000 €

12.000.000 €

14.000.000 €

16.000.000 €

18.000.000 €

Receita

Despesa

Corrente

Capital

(30)

29

QUADRO 8. REGRA DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL (ARTIGO 40.º E 83.º DO RFLAEI)

(UN.:EURO)

Descrição

valor

(a) Receitas Correntes brutas previstas

10 556.392

(b) Despesas Corrente previstas

8 668.442

(c) = (a) – (b) Saldo Corrente

1 887 950

(d) Amortização média dos EMLP

prevista

549 878

(e) = (c) – (d) Excedente anual

1 338 072

2.3. ANÁLISE DO ORÇAMENTO DA RECEITA

O Orçamento e os restantes Documentos Previsionais constituem a base da atuação financeira dos órgãos

autárquicos durante o ano, na medida em que é por via dele que se fundamenta essa atuação. Isto porque

a Autarquia não pode gastar o que não está previsto, estando vedada a prática de atos não

orçamentalmente previstos. Por outro lado, garante-se uma adequada proteção dos direitos fundamentais

dos munícipes e contribuintes, sendo-lhes assegurado que não se cobrarão impostos, taxas ou

contribuições em natureza e montante diverso do que foi inicialmente estabelecido com o orçamento;

Segue-se uma breve explicação dos valores inscritos no Orçamento da Receita.

2.3.1. RECEITAS FISCAIS

Tendo em consideração as regras previsionais previstas no POCAL, as importâncias relativas aos impostos,

taxas e tarifas a inscrever no orçamento não podem ser superiores a metade das cobranças efetuadas nos

últimos 24 meses que precedem o mês da sua elaboração, exceto no que respeita a receitas novas ou a

atualizações dos impostos, bem como dos regulamentos das taxas e tarifas que já tenham sido objeto de

deliberação, devendo-se, então, juntar ao Orçamento os estudos ou análises técnicas elaborados para

determinação dos seus montantes.

(31)

30

QUADRO 9. IMPOSTOS DIRETOS

Designação

2020

(€)

2021

(€)

Variação

(%)

Imposto Municipal sobre Imóveis

435 000

442 500

1,72

Imposto Único de Circulação

130 000

135 000

3,85

Imp. Mun. transm. Onerosas de imóveis

332 500

378 500

13,83

Derrama

20 000

31 000

55,00

TOTAL

917 500

987 000

7,57

Da análise das variações registadas nas receitas provenientes de Impostos Diretos, plasmadas no quadro

anterior, da qual se estima uma cobrança total, em 2021, de 987.000 euros, destaca-se, à semelhança do

ano transato, o aumento de 13,83% em relação ao IMT, sendo este um imposto municipal que tem vindo a

aumentar nos últimos anos. Por outro lado, o valor inscrito respeitou o previsto no POCAL, correspondendo

a metade das cobranças efetuadas nos últimos 24 meses que precedem o mês de elaboração do orçamento

(outubro 2020).

Assim, no que se refere ao aumento das cobranças relativas ao IMI, o valor inscrito no orçamento teve em

consideração o disposto no POCAL, correspondendo a metade das cobranças efetuadas nos últimos 24

meses que precedem o mês de elaboração do orçamento (outubro 2020). A mesma regra foi seguida no

cálculo dos restantes impostos.

Da conjugação das variações de todos os Impostos Diretos, prevê-se um aumento significativo em relação

ao ano anterior, o que poderá representar mais 69.500 euros de receita para o município.

(32)

31

GRÁFICO 4. IMPOSTOS DIRETOS – VARIAÇÃO HOMÓLOGA

As Taxas, Multas e Outras Penalidades representam no Orçamento de 2021, 0,30% do total da receita,

conforme quadro que se apresenta de seguida. De destacar que nos cálculos foi tida em consideração,

igualmente, a média aritmética simples das cobranças efetuadas nos últimos 24 meses, conforme definido

no POCAL.

Importa salientar que, ao nível das taxas, não tem vindo a ser atualizada a tabela de taxas, tal como está

previsto no artigo 5.º do respetivo regulamento, num propósito claro de não sobrecarregas as famílias e as

empresas. Daí que, o peso da receita proveniente de Taxas, Multas e Outras Penalidades ser tão pouco

expressivo no total do Orçamento da Receita. Realça-se, contudo, a necessidade de ativar e tornar mais

eficientes os mecanismos de fiscalização, no sentido de garantir que, por exemplo, todas as situações

passiveis de se enquadrarem no âmbito de aplicação das taxas, como é exemplo a ocupação da via pública,

e que podem constituir receita para o município serem liquidadas e cobradas, até porque, importa que todos

os sujeitos passivos estejam em condições de igualdade perante a lei e os regulamentos municipais.

0 €

100.000 €

200.000 €

300.000 €

400.000 €

500.000 €

Imposto Municipal sobre Imóveis

Imposto Único de Circulação

Imp. Mun. Transm. Onerosas de Imóveis

Derrama

Referências

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