MATERIAL DE APOIO DIREITO DAS SUCESSÕES Apostila 01
PROF.: PABLO STOLZE GAGLIANO
NOTÍCIA IMPORTANTE: Querido (a) aluno (a),
Aqui, no Intensivo I, de acordo com a grade em vigor, coube-nos apenas a Introdução ao Direito Sucessório e à Sucessão Legítima. Ficou para os Intensivos II e III, o desdobramento da matéria, incluindo a sucessão testamentária (também legado, deserdação e outros temas), inventário, partilha, e, ainda, a sucessão do cônjuge e do companheiro (art. 1829, CC).
1. Conceito
Segundo CLÓVIS BEVILÁQUA, o Direito das Sucessões “é o complexo dos princípios, segundo os quais se realiza a transmissão do patrimônio de alguém para depois da sua morte” (in Direito das Sucessões).
O seu fundamento constitucional (direito à herança) encontra-se no art. 5°, XXX da CF.
2. Sistemas Sucessórios
Segundo ORLANDO GOMES (Sucessões, Forense), existem três sistemas sucessórios no mundo:
a) concentração obrigatória – pelo qual a herança é transmitida a determinada pessoa, especialmente o primogênito;
b) divisão necessária – a herança é cindida entre os parentes mais próximos, afetando-se uma parte para determinados herdeiros;
c) liberdade testamentária – não há herdeiro necessário, de maneira que o autor da herança pode dispor livremente a respeitos dos seus bens.
O nosso sistema é o da divisão necessária, eis que, havendo herdeiros necessários, o autor da herança não poderá afastá-los (direito à herança). Nesse sentido, os seguintes artigos:
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.
3. Espécies
A sucessão poderá ser:
a) Legítima (a transferência patrimonial é regulada pela lei);
b) Testamentária (a transferência patrimonial é regulada pelo testamento).
Muito mais freqüente, no Brasil, é a sucessão legítima, caso em que a transferência do patrimônio dá-se na forma da lei, segundo a vontade presumida do autor da herança:
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento (“ab intestato”), transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. (referência nossa)
Poderemos, ainda, classificar a sucessão em:
a) a título universal (herdeiro); b) a título singular (legatário).
4. Lei no Tempo e no Espaço
A lei que rege o inventário é a do tempo da abertura da sucessão (morte):
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela.
No STJ, vale conferir:
Direito civil. Sucessão. Companheira. Sobrinhos do de cujus. Lei aplicável.
I. - No direito das sucessões aplica-se a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão. Antes da Lei nº 8.971, de 29/12/1994, a companheira não podia se habilitar como herdeira em detrimento de sobrinhos do de cujus.
II. - Recurso especial não conhecido.
(REsp 205.517/SP, Rel. Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 01.04.2003, DJ 19.05.2003 p. 222)
Direito civil e processual civil. Recurso especial. Família. Adoção de menor. Lei vigente. Aplicabilidade. Sucessão. Ordem de vocação hereditária. Legitimidade dos irmãos.
- Nas questões que versam acerca de direito sucessório, aplica-se a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão.
- As adoções constituídas sob a égide dos arts. 376 e 378 do CC/16 não afastam o parentesco natural, resultante da consangüinidade, estabelecendo um novo vínculo de parentesco civil tão-somente entre adotante(s) e adotado.
- Tem, portanto, legitimidade ativa para instaurar procedimento de arrolamento sumário de bens, o parente consangüíneo em 2º grau na linha colateral (irmão natural), notadamente quando, pela ordem de vocação hereditária, ausentes descendentes, ascendentes (naturais e civis), ou cônjuge do falecido.
(REsp 740.127/SC, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11.10.2005, DJ 13.02.2006 p. 799)
Já a competência para o procedimento do inventário, vem prevista no art. 1.785 do CC:
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.
No STJ, recentemente, proferiram-se importantes decisões:
CARTA ROGATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL. ADJUCAÇÃO DE BEM IMÓVEL. ART. 89 DO CPC. HIPÓTESE DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA JUSTIÇA BRASILEIRA.
– Nos termos do art. 89, incisos I e II, do Código de Processo Civil, a competência para "conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil" e "proceder a inventário e partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional" é exclusiva da Justiça brasileira, com exclusão de qualquer outra.
– Diante disso, nega-se o exequatur a pedido rogatório de inscrição de adjudicação de bem imóvel situado em território brasileiro.
Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg nos EDcl na CR 2.894/MX, Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, CORTE ESPECIAL, julgado em 13.03.2008, DJ 03.04.2008 p. 1)
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA. REQUISITOS DESATENDIDOS.
INVENTÁRIO E PARTILHA. RECONHECIMENTO DE HERDEIRA. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA AUTORIDADE BRASILEIRA. PRECEDENTE DESTA CORTE.
HOMOLOGAÇÃO INDEFERIDA.
1. Não providenciou a requerente a anuência dos demais interessados, tampouco indicou o responsável pelas custas da Carta Rogatória de citação.
2. Ainda que assim não fosse, estando a homologação arrimada em ato relacionado a inventário e partilha de bens situados no Brasil, a competência para tal é da autoridade judiciária brasileira, consoante art. 89, II do CPC.
3. Pedido de homologação indeferido.
(SEC 1.032/EX, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, CORTE ESPECIAL, julgado em 19.12.2007, DJ 13.03.2008 p. 1)
5. Princípio da Saisine
Segundo o princípio da saisine, com a morte, a herança é transmitida desde logo aos herdeiros legítimos ou testamentários.
Quer-se, com isso, evitar que o patrimônio do falecido fique, ainda que temporariamente, sem titular:
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Trata-se, segundo FRANCISCO CAHALI, de uma “ficção jurídica”, para impedir que as relações patrimoniais travadas pelo falecido fiquem sem titular (cf. Curso Avançado de Direito Civil – Direito das Sucessões, RT)
6. Aceitação da Herança
Primeiramente, precisamos fixar que a herança é o patrimônio deixado pelo
falecido, consistindo em uma “universalidade”.
Enquanto o inventário ou arrolamento não se ultima, a herança é considerada uma massa única de bens, nos termos do art. 1791:
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
Cada herdeiro, pois, é titular de uma fração ideal, atuando como condômino...
Interessante é o entendimento do STJ, no acórdão abaixo mencionado, no sentido de que o herdeiro que ocupa, com exclusividade, bem do inventário deverá pagar aluguel aos demais herdeiros:
Direito civil. Recurso especial. Cobrança de aluguel. Herdeiros. Utilização exclusiva do imóvel. Oposição necessária. Termo inicial.
- Aquele que ocupa exclusivamente imóvel deixado pelo falecido deverá pagar aos demais herdeiros valores a título de aluguel proporcional, quando demonstrada oposição à sua ocupação exclusiva.
- Nesta hipótese, o termo inicial para o pagamento dos valores deve coincidir com a efetiva oposição, judicial ou extrajudicial, dos demais herdeiros.
Recurso especial parcialmente conhecido e provido.
(REsp 570.723/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27.03.2007, DJ 20.08.2007 p. 268)
Nessa linha, o que seria a aceitação da herança?
Cuida-se de um ato jurídico por meio do qual o sucessor confirma o recebimento da herança (ver RUGGIERO, Roberto, Instituições de Direito Civil).
Pode ser expressa, tácita ou presumida (arts. 1805 e 1807), mas não admite condição, termo ou encargo.
Lembre-se, finalmente, que, ao aceitar, os herdeiros não poderão assumir dívidas que ultrapassem as forças da herança (ultra vires hereditatis):
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
Sobre a transmissibilidade dos bens da herança, confirmada pelo ato de aceitação, veja este interessante julgado do STJ:
RESP 537611 / MA ; RECURSO ESPECIAL 2003/0051041-8
Relator(a)
Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 05/08/2004 Data da Publicação/Fonte DJ 23.08.2004 p. 230 Ementa
Direito empresarial e processual civil. Inventário. Cessão de quotas causa mortis. Estado de sócio. Administração da sociedade
empresária.
- A transmissão da herança não implica a transmissão do estado de sócio.
- A solução de controvérsias a respeito dos efeitos da cessão mortis causa de quotas na administração da sociedade empresária é matéria estranha ao Juízo do inventário.
Recurso especial conhecido e provido.
OBS.: IMPORTANTE!
Vale lembrar que a transmissibilidade do direito de aceitar vem prevista no art. 1809 do CC:
Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada.
Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
7. Renúncia da Herança
Para o adequado entendimento deste tópico, veja, antes, caro (a) amigo (a), os arts. 1851 a 1856, que cuidam do direito de representação1.
A renúncia é uma declaração de vontade abdicativa do direito à herança, com eficácia ex tunc, que exclui o sucessor (e os seus herdeiros) como se nunca o houvesse sido.
A renúncia é sempre expressa, não admitindo condição, termo ou encargo (art. 1806, CC), nem simples “promessa”:
RESP 431695 / SP ; RECURSO ESPECIAL 2002/0049944-5
Ministro ARI PARGENDLER (1104) Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 21/05/2002 Data da Publicação/Fonte DJ 05.08.2002 p. 339 RSTJ vol. 163 p. 321 Ementa
CIVIL. HERANÇA. RENÚNCIA. A renúncia à herança depende de ato solene, a saber, escritura pública ou termo nos autos de inventário; petição manifestando a renúncia, com a promessa de assinatura do termo judicial, não produz efeitos sem que essa formalidade seja ultimada. Recurso especial não conhecido.
Ademais, a renúncia, por ser um ato solene, deverá constar expressamente de instrumento público ou termo judicial (art. 1806).
A denominada “renúncia translativa”, outrossim, traduz, em verdade, uma
cessão de direitos hereditários (Ex.: “renuncio à herança, em favor do
1 O direito de representação visa a mitigar a regra de que o parente mais próximo exclui o mais remoto,
meu irmão João”. Ora, havendo outros herdeiros, o suposto “renunciante” estará, em verdade, aceitando a sua quota e transmitindo a João. Ocorrerá, inclusive, neste caso, dupla incidência tributária: mortis causa e
inter vivos).
Sobre a cessão de direitos hereditários, leiam-se os seguintes artigos:
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição
ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre
qualquer bem da herança considerado singularmente.
§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão,
por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a
pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias.
Questões de Concurso:
Respeitável parcela da doutrina reputa necessária a outorga uxória (ou a autorização marital), se o renunciante não for casado em regime de separação de bens (art. 1647), pois se trata de cessão de direito
imobiliário (art. 1647 c/c art. 80, II, CC) (a favor da outorga: Francisco
Cahali, Carlos Roberto Gonçalves, Eduardo de Oliveira Leite, Silvio Venosa; contra a outorga: W. de Barros Monteiro e M.H. Diniz – fonte: Curso Avançado de Direito das Sucessões, CAHALI e HIRONAKA, RT).
2 – Os credores do renunciante podem se opor ao ato de renúncia?
O sistema jurídico brasileiro admite que os credores, prejudicados pela renúncia, possam pedir ao juiz a suspensão dos seus efeitos, visando a se pagarem, e, caso haja remanescente, retornará este ao monte partível:
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias
seguintes ao conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao
remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
Dispensa-se, pois, com isso, o ajuizamento de ação pauliana.
Quanto aos efeitos da renúncia, estes se operam retroativamente, de maneira que o renunciante é considerado como se herdeiro nunca houvesse sido, acrescendo a sua cota aos demais herdeiros:2
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente.
E, por conta desta eficácia retroativa, lembramos que os sucessores do
renunciante não herdam por direito de representação (art. 1811)!!
Finalmente, registre-se que são irrevogáveis a aceitação e a renúncia da
herança (art. 1812).
8. Legitimados para Suceder
A legitimidade para receber a herança tem a sua sede (regra geral) no art. 1798 do CC:
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas (nascituro) no momento da abertura da sucessão. 3 (referência nossa)
Obs: Como ficam os filhos nascidos de inseminação artificial
homóloga post mortem (art. 1597, III, CC)? Trata-se de questão
polêmica. Lendo o art. 1798, tem-se a impressão de que somente poderiam ser beneficiados por testamento (art. 1799, I), respeitado o “prazo de espera” para a concepção, nos termos do art. 1800, § 4o ).
O art. 1799, por sua vez, complementa o rol, ao estabelecer que, na
sucessão testamentária, poderão ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos (prole eventual), de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; (referência nossa)
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
No caso do inciso I, contempla-se a prole eventual, com os temperamentos do art. 1800:
Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.
3 Os embriões (concebidos em laboratório) mereceram referencia no “Enunciado 267 –
Art. 1.798: A regra do art. 1.798 do Código Civil deve ser estendida aos embriões formados mediante o uso de técnicas de reprodução assistida, abrangendo, assim, a vocação hereditária da pessoa humana a nascer cujos efeitos patrimoniais se submetem às regras previstas para a petição da herança”.
§ 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à
pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775.
§ 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado,
regem-se pelas disposições concernentes à curatela dos incapazes, no que couber.
§ 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão,
com os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador.
§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for
concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.
Finalmente, vale lembrar as pessoas que estão impedidas de serem
herdeiras ou legatárias:
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder.
Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador. (S. 447 do STF)
Bibliografia Básica Recomendada:
Æ CAHALI, Francisco e HIRONAKA, Giselda. Curso Avançado de Direito Civil – Direito das Sucessões, RT.
Um abraço! Deus esteja sempre com vocês! Pablo (www.novodireitocivil.com.br)