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Carta Mensal Iporanga outubro de 2017

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Academic year: 2021

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Carta Mensal Iporanga – outubro de 2017

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O fundo Iporanga Macro FIC FIM apresentou rendimento mensal de 1,09% (167% do CDI) em outubro. No acumulado de 2017, o fundo obteve um rendimento de -4,02%.

Mensagem da gestão

Com a agenda política dominada pela segunda denúncia contra o presidente Temer, vimos mais um mês passar sem avanço nas reformas e com uma cara cada vez mais parecida com os últimos anos do governo Sarney, quando o mais importante era “manter o poder” muito mais do que governar. Este sentimento, combinado com a aproximação do final do ciclo de corte de juros, fez com que muitos investidores diminuíssem suas posições mais otimistas com a economia.

O cenário de reformas, agora um pouco mais distante, aumenta a possibilidade de uma correção nos níveis de preços dos juros mais longos, câmbio e bolsa. Assim, preferimos diminuir o risco nos mercados “macro”, entendendo que teremos oportunidades de adicionar risco em patamares mais atrativos.

Brasil

O mês de outubro foi monopolizado pelas votações da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e pela continuidade ou cassação do mandato do senador Aécio Neves. Após muito negociar, o governo saiu vitorioso nos dois pleitos: a denúncia contra Temer foi rejeitada e o mandato de senador, devolvido para Aécio. No âmbito fiscal, o mês trouxe a sanção do Programa Especial de Regularização Tributária (o “novo REFIS”, com receita estimada de BRL 7 bilhões), e o leilão de campos do pré-sal (arrecadação de BRL 6,15 bilhões).

A 210ª reunião do COPOM terminou com um corte de 75 bps na taxa de juros, agora em 7,50% a.a. A manutenção da expressão “Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária ” sinaliza para um corte de 50 bps na reunião de política monetária

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de dezembro. As Notas da Reunião confirmaram esse cenário, mas deixou em aberto o passo a ser tomado na primeira reunião de 2018.

Os dados econômicos divulgados em outubro consolidaram o cenário de atividade em recuperação gradual e o fim do ciclo de desinflação. Após duas altas mensais seguidas, o índice de atividade IBC-Br mostrou retração de 0,38% em agosto, enquanto o IPCA de setembro acumulou alta de 2,54% em doze meses (0,08 p.p. acima do índice de agosto). A dinâmica do mercado de trabalho não mudou: a taxa de desemprego, em 12,4% no trimestre findo em setembro, caiu mais uma vez suportada pelo aumento no trabalho informal. A renda real habitual no mesmo período foi de BRL 2.115, 2,4% acima do verificado em 2016.

A Nota de Política Fiscal do BCB de setembro trouxe um déficit primário de BRL 152 bilhões no acumulado de doze meses e uma dívida bruta como porcentagem do PIB de 73,9%. O setor externo apresentou um déficit de USD 2,7 bilhões nas transações correntes e a entrada de USD 51,8 bilhões em investimentos diretos no país no acumulado do ano até setembro. O mercado de crédito teve alta de 1,5% nas concessões de crédito no ano, enquanto a inadimplência consolidada recuou para 3,6% em setembro.

Estados Unidos

O mês foi de manchetes domésticas nos Estados Unidos. Por um lado, o atentado em Las Vegas trouxe de volta o tema do “terror”, por outro, Donald Trump caminha suavemente para um acordo que possibilite sua prometida reforma tributária. A principal discussão durante o mês, entretanto, foi sobre o futuro presidente do FED. Trump deve fazer o anúncio em novembro, e até agora são dois os candidatos com mais chances: Jerome Powell e John Taylor.

A ata da última reunião de política monetária do FOMC não trouxe novidades. O colegiado enxerga uma economia mais robusta em 2017, porém a insistente falta de altas reais nos salários deve manter a inflação abaixo da meta no curto prazo. Por fim, as incidências dos furacões Harvey e Irma não devem se traduzir em impactos negativos na atividade, já que quedas verificadas durante outubro devem se reverter nos próximos meses.

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A primeira prévia do PIB do 3Q17 trouxe alta de 2,3% na comparação anual (quinta leitura seguida com aceleração na alta da atividade) e a inflação de setembro passou os 2% ao marcar alta de 2,2%, dados que sugerem um cenário mais promissor para a economia. O fechamento de 33 mil postos de trabalho em setembro (primeiro dado negativo em sete anos) não foi resultado de uma piora no cenário, e sim uma reação aos furacões Harvey e Irma.

Europa

Os movimentos radicais voltaram a ser notícia no bloco europeu. Nas eleições austríacas, o partido de extrema direita (Partido da Liberdade) alcançou uma votação histórica, enquanto que a Catalunha organizou um referendo a respeito de sua independência em relação à Espanha. Já as negociações do Brexit mostraram que falta muito para que um acordo seja alcançado. Se no início do mês Juncker se manteve irredutível (chegou a afirmar que “o Reino Unido deve pagar”), no fim de outubro a própria União Europeia parecia disposta a receber o Reino Unido de volta, em uma possível “reversão do Brexit”.

A reunião de política monetária do ECB terminou com a manutenção da taxa de juros de depósito em -0,4% e com a esperada atualização em seu programa de compras de ativos. O banco anunciou que diminuirá pela metade suas compras mensais a partir de janeiro de 2018, entretanto deixou em aberto um novo aumento de compras caso o “cenário se torne menos favorável”.

Os dados da economia trouxeram um sinal misto em outubro. A prévia do PIB para o 3Q17 trouxe uma alta anual de 2,5% (marginalmente acima do esperado), porém a prévia da inflação de outubro foi 0,1 p.p. abaixo do verificado em setembro, com alta anual de 1,4%.

China

O evento mais importante do mês de outubro foi a realização do 19º Comitê do Partido Comunista Chinês, cujos diagnósticos e resoluções indicam o caminho a ser seguido

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pela China nos próximos anos. Como esperado, o líder chinês Xi Jinping concentrou ainda mais poder, e agora inclusive é o chefe militar do país. A reação dos agentes financeiros foi “fria”, à espera de mais nomeações e pelas primeiras ações de Xi. Um comentário que chamou a atenção veio de um diretor do PBoC, Zhou Xiaochuan, que afirmou que “a transparência das políticas fiscais pode não ser boa o suficiente” ao analisar o tema de endividamento público e privado no país.

A economia chinesa continuou navegando por mares tranquilos em outubro. A alta anual de 6,8% no PIB do 3Q17 veio em linha com o esperado, e os índices de manufatura continuaram em território expansionista. A balança comercial também continuou em alta, com as exportações subindo 8,1% e as importações subindo 18,7% em setembro, indicando uma demanda interna ainda aquecida. A inflação foi o dado mais fraco da economia, ao marcar alta anual de 1,6% em setembro, 0,2 p.p. abaixo do verificado em agosto.

Posições

Câmbio

o Fechamos posição vendida EURCHF.

Bolsa

o Na parte macro:

• Fechamos posição comprada em Ibovespa via futuros. o Na parte micro:

• Mantivemos posição comprada em Triunfo Participações;

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Iporanga Macro FIC FIM

Relatório mensal - outubro 2017 Objetivo

Fundo multimercado que tem como objetivo buscar rentabilidade acima do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.

Público Alvo

Fundo destinado a investidores em geral, observados os valores mínimos de aplicação inicial, permanência e movimentação constantes no regulamento.

Características Data de Início 23/07/2014 Aplicação Mínima 10.000 Saldo Mínimo 5.000 Movimentação Mínima 5.000 Cota Fechamento Cota Aplicação D+0 Cota Resgate D+5 Liquidação Resgate D+6 Taxa de saída antecipada 10,00%

Taxa de admnistração 2,00% a.a.*

Taxa de performance 20% que exceder a 100% do CDI

Fundo x CDI

* A taxa de administração máxima paga pelo Fundo, englobando a taxa de administração acima e as taxas de administração pagas pelo Fundo nos fundos em que poderá eventualmente investir será de 2,00% a.a.

Calculado desde 07/23/2014 até 10/31/2017.

CDI Fundo

Performance

Número de meses positivos Número de meses negativos

Maior rentabilidade mensal Menor rentabilidade mensal Patrimônio Líquido

Número de meses acima do CDI Número de meses abaixo do CDI Desvio Padrão - média de 40 dias

27 13 22 18 -R$ 49.333.159,10 7,04% 14,44% -8,51% 1,21% 0,64% Rentabilidade anualizada

Patrimônio médio em 12 meses R$ 67.414.578,08 Rentabilidade em 12 meses -9,78% 11,11% Índice de sharpe * 14,25% 12,67% 0,17

Volatilidade anualizada (Desvio padrão - média 40 dias)

Calculado em 10/31/2017. * Calculado desde 07/23/2014 até 10/31/2017.

Rentabilidades (%) * Acum. Ano Dez Nov Out Set Ago Jul Jun Mai Abr Mar Fev Jan 2014 - - - - -0,12% 2,42% -0,18% -4,37% -1,46% 4,70% 0,75% 0,75% %CDI - - - 281% - - - 493% 16% 16% 2015 0,90% 1,68% 14,44% -2,48% 4,49% 0,59% 3,75% 2,31% 10,59% 1,77% 0,94% 2,15% 48,23% 49,35% %CDI 97% 205% 1396% - 456% 55% 319% 208% 956% 160% 89% 185% 365% 264% 2016 0,39% 2,25% 2,36% 0,43% -3,36% 2,22% 5,63% 1,43% -0,93% 3,26% -8,51% 2,74% 7,39% 60,38% %CDI 37% 225% 204% 41% - 191% 508% 118% - 311% - 244% 53% 171% 2017 2,50% 3,32% -1,84% -1,47% -2,57% 2,12% -1,88% -5,72% 0,71% 1,09% - - -4,02% 53,94% %CDI 230% 383% - - - 261% - - 110% 167% - - - 114%

* Rentabilidade líquida de administração. Performance bruta de impostos.

Rentabilidade Real (%) * Mês Ano

BOLSA 1,91 -5,86 JUROS - 1,06 MOEDAS -1,31 -6,16 CAIXA 0,66 8,70 CUSTO -0,18 -1,75 -4,02 TOTAL 1,09

* Para ativos que utilizam caixa, as rentabilidades são expressas em termos reais (ex CDI).

IFMM DI (Jan19) IBOV USDBRL Fundo Correlações - 30 Dias Fundo 1,00 -0,07 -0,34 0,54 -0,02 USDBRL - 1,00 0,49 0,01 -0,25 IBOV - - 1,00 -0,43 0,17 DI (Jan19) - - - 1,00 0,13 IFMM - - - - 1,00

Breakdown - Resultado do fundo - Mês Breakdown - Resultado do fundo - Ano

A IPORANGA INVESTIMENTOS não comercializa nem distribui cotas de Fundos de Investimentos ou qualquer outro ativo financeiro. As informações contidas nesse material são de caráter exclusivamente informativo. Rentabilidade não líquida de impostos. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento ao aplicar seus recursos. Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas. Os fundos de ações podem estar expostos a significativa concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes.

Referências

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