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INDICADORES DA ACTIVIDADE INSPECTIVA 1º Semestre de 2008

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INDICADORES DA ACTIVIDADE INSPECTIVA

1º Semestre de 2008

No primeiro semestre de 2008, a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) efectuou 1.034 inspecções a empresas, estabelecimentos comerciais, ou a agentes económicos e a recintos de (ou com) espectáculos, etc., distribuídas por 90 concelhos dos 18 distritos do Continente.

Em 41,4% (434) dessas inspecções detectaram-se infracções diversas, de natureza contra-ordenacional ou, a maioria, criminal, valor aquele que apesar de ser elevado, denota uma ligeira descida quando comparado com os anos anteriores. Em 2006 tinha-se atingido os 54% e em 2007, os 48,5%.

A maior parte das inspecções (611) visaram as actividades videográfica e fonográfica (exibição e/ou execução públicas, venda em estabelecimentos comerciais e mercados, aluguer em clubes de vídeo, etc.), a criminalidade informática (159) e a reprografia (101).

Os sectores com maior taxa de ilicitude continuam a ser as actividades videográfica e fonográfica (com 48,8% e 45,3%, respectivamente), facto para o qual muito contribui o comércio nas feiras e a frequente utilização de cópias na execução e exibição de obras protegidas nos estabelecimentos de diversão nocturna.

Também muito próximo daqueles valores se encontram os espectáculos de música ao vivo e concertos musicais, onde 45,9% dos inspeccionados se encontravam em infracção.

As inspecções direccionadas para o combate à criminalidade informática revelaram uma taxa de ilicitude que atingiu os 36,5%, a exibição cinematográfica, os 16,7% (a mais baixa), os espectáculos teatrais, 43,3% e a reprografia, os 26,7%.

Analisando-se o valor dos ilícitos detectados nos distritos com um número significativo de inspecções, constata-se ser o de Setúbal aquele onde a taxa de ilicitude atingiu maior expressão – 67,9% dos comerciantes, empresas ou espectáculos cometeram ilegalidades de natureza diversa.

Ainda acima da média nacional (41,4%), encontram-se os distritos de Santarém (51,4%) e Braga (46,3%). Quanto aos distritos do Porto e Faro, onde a IGAC efectuou mais de duzentas inspecções, a taxa de ilicitude foi de 34,6% e 32,7%, respectivamente.

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Em sequência das acções inspectivas, efectuaram-se 346 apreensões (mais 4,2% que em igual período de 2007), sendo retirados do mercado português, por diversos tipos de ilicitude, 103.905 exemplares de videogramas, videojogos, fonogramas e livros (menos 3,49% quando comparado com 2007), 18 equipamentos de som e imagem (em 2007 tinham sido 90), 346 computadores e periféricos (contra 32 no 1º semestre de 2007 e 169 em todo o ano) e apreendido ainda um automóvel.

O valor estimado das cópias e restante equipamento apreendido, em termos de mercado legal, ronda os 3 milhões, trezentos e oitenta mil euros (aumento de 61% em relação ao 1º semestre de 2007).

Por tipo de suportes, o maior número de apreensões reporta a videogramas e videojogos (52.823), seguido de fonogramas (34.320) e livros (16.762). A estes suportes físicos, dever-se-á acrescentar cerca de 23.600 ficheiros com obras musicais fixados em discos rígidos de computadores, pen e iPod.

Territorialmente, o número mais elevado de exemplares ilícitos apreendidos foi no distrito de Lisboa (30.929), seguido do Porto (27.820) e Setúbal (18.554), a que corresponde, no conjunto destes três distritos, cerca de 74% do total nacional.

Já quanto aos equipamentos informáticos (apreendidos, maioritariamente, por utilização ilegítima de aplicações informáticas, mas também por reprodução ilegal de obras musicais ou por instalação ilegal de videojogos e respectiva utilização pública) 75,7% (262) foram-no também em apenas três distritos (Lisboa, com 174; Braga, com 51 e Santarém, com 37).

Analisando a distribuição geográfica das apreensões por tipo de suporte, constata-se que os CD/CD-R foram-no principalmente no distrito do Porto, seguido de Setúbal e Lisboa, sendo que aquele distrito nortenho manteve também a primazia no respeitante aos suportes DVD/DVD-R, enquanto que neste caso, em 2º ficou o distrito de Lisboa e, em 3º lugar, o de Setúbal.

No que concerne aos livros (cópias em papel e digitalizadas ou ainda impressos tipograficamente), 89% dos exemplares ilícitos apreendidos foram no distrito de Lisboa (14.922) e os restantes 1.840 ocorreram nos distritos do Porto, Braga, Bragança, Vila Real, Coimbra, Castelo Branco, Beja e Faro.

As prioridades inspectivas neste 1º Semestre estiveram dirigidas para o combate • à cópia ou comercialização ilegal de livros

• à pirataria em feiras, mercados e na via pública • à utilização ilegítima de aplicações informáticas

• e ainda à execução / exibição pública de videogramas e fonogramas

Naquele primeiro objectivo, através da Operação Pergaminho 08 (que decorreu desde meados de Janeiro a princípio de Maio), deu-se sequência à Pergaminho 07 (que tinha decorrido entre Setembro e o final de Novembro de 2007), cobrindo, assim, parte significativa do ano lectivo de 2007/08.

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Os alvos assentaram prioritariamente nas reprografias de estabelecimentos do ensino superior e lojas do comércio barato, apreendendo-se, no conjunto das duas operações, 18.555 livros.

A intensa actividade inspectiva desenvolvida pela IGAC nesta área, se por um lado fez com que deixasse de imperar certo sentimento de impunidade (ou de total liberdade para a cópia de obras literário-científicas protegidas), por outro, deu origem ao desenvolvimento, por parte de alguns empresários, de sofisticados mecanismos de cometimento de ilícitos, em termos de modus operandi / tecnologias utilizadas (aliás, como já tínhamos assinalado em relatórios anteriores) ou à feitura de reduzido número de cópias, mas persistentemente continuado.

Assim, esses empresários pretendem desvalorizar a grandeza do ilícito, caso o mesmo venha a ser detectado.

Nos primeiros seis meses do corrente ano a IGAC continuou, como vem fazendo desde 2004, a dar uma especial atenção à venda ilícita de obras audiovisuais em feiras e mercados, em cooperação com a G.N.R. (Territorial e Fiscal) e a P.S.P. (e no concelho de Lisboa, ainda com a Polícia Municipal).

Foram efectuadas 32 operações (valor próximo ao ocorrido nos dois anos anteriores, que tinha sido de 34), uma em conjunto com a Polícia Municipal de Lisboa, 14 na área da G.N.R e as restantes 17 com a P.S.P..

Ao quinto ano de combate intenso efectuado pelas autoridades à pirataria física em feiras, mercados e à venda volante de rua, denota-se , em muitas regiões do país, um decréscimo acentuado na oferta de cópias ilegais.

Há feiras que, ainda não há muitos meses, eram autênticos entrepostos de distribuição de pirataria, para agora a oferta ser inexistente ou apresentar valores residuais.

Nas regiões onde a oferta ainda atinge dimensões maiores (como por exemplo em alguns concelhos dos distritos do Porto, Braga, Santarém e Setúbal ou na região Oeste), mesmo nessas, o fenómeno da pirataria encontra-se (de um modo geral) em regressão.

Também não são alheias a esta tendência (naturalmente em consequência da actividade policial já referida) as decisões que os Tribunais vêm proferindo.

No combate à criminalidade informática, o maior número de ilícitos tem sido verificado em micro e pequenas empresas, continuando a verificar-se casos em que praticamente todo o software instalado indicia ser ilegal, com as graves consequências que daí advém, particularmente quando se tratam de médias ou grandes empresas. Há áreas de actividade visadas pelas inspecções que, pela sua particularidade e especialização (como por exemplo, a arqueologia ou criativas, como o design), a utilização de programas informáticos não licenciados, para além da violação dos direitos dos criadores, tem implicações acrescidas e, naturalmente, nefastas na criação e na concorrência comercial.

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O acréscimo exponencial de equipamentos informáticos apreendidos neste 1º semestre, quando comparado com igual período de 2007, deve-se ao facto de terem sido desencadeadas duas operações que abrangeram vários distritos, quando naquele período do ano transacto se tinham efectuado apenas acções pontuais.

No entanto, o facto de só em seis meses já se ter mais que duplicado o valor de todo o ano passado é bem sintomático do elevado nível de ilicitude existente neste campo. Finalmente, a IGAC continuou a desenvolver um conjunto de acções inspectivas a locais de diversão nocturna devido à frequente utilização de obras musicais de forma ilícita, com o consequente desrespeito dos direitos de autor e conexos.

O número de infracções detectadas também aqui diminuiu, assim como decresceu o número de cópias por apreensão em relação a anos anteriores, o que denota resultados positivos no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.

Inspeccionaram-se 229 bares, discotecas e similares, sendo que em 33,2% se detectou a existência de cópias, downloads ou reproduções ilegais.

Na primeira metade de 2008, os funcionários da Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor foram notificados para comparência em 177 audiências de julgamento, como testemunhas ou peritos, das quais se realizaram 114 (64,4%).

Nestes seis meses continuou a privilegiar-se a cooperação com outras entidades oficiais, nomeadamente a Guarda Nacional Republicana (através das suas Brigadas Territorial e Fiscal), a Polícia de Segurança Pública, o S.E.F., a Inspecção Tributária do Ministério das Finanças e a Polícia Municipal de Lisboa.

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Nº de Inspecções / 1º Semestre 687 874 1048 0 200 400 600 800 1000 1200 2006 2007 2008

Taxa de Ilicitude / 1º Semestre

54% 48,50% 41,40% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 2006 2007 2008

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Nº de Apreensões / 1º Semestre 325 346 332 310 315 320 325 330 335 340 345 350 2006 2007 2008

Nº de Objectos Apreendidos / 1º Semestre

107.667 103.905 100.907 96.000 98.000 100.000 102.000 104.000 106.000 108.000 110.000 2006 2007 2008

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Nº de Computadores Apreendidos / 1º Semestre 32 15 346 0 50 100 150 200 250 300 350 400 2006 2007 2008

Valor Estimado das Mercadorias Apreendidas / 1º Semestre (Milhões de Euros) 3,38 2,35 2,10 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 2006 2007 2008

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Quadro Resumo

1º SEMESTRE DE 2008

Número de inspecções 1.034 Número de infracções 434 Número de apreensões 346 Número de objectos apreendidos 103.905 Nº de equipamentos audiovisuais

apreendidos 18 Número de CPU apreendidos 346 Valor estimado das mercadorias

apreendidas (em milhões de euros) 3,38 Número de acções em feiras 32 Número de exames periciais 904

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