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A INFLUÊNCIA DO MERCOSUL SOBRE OS FLUXOS BILATERAIS DE COMÉRCIO ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO: UMA APLICAÇÃO DO MODELO GRAVITACIONAL

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Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009,

Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

1 A INFLUÊNCIA DO MERCOSUL SOBRE OS FLUXOS BILATERAIS DE

COMÉRCIO ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO: UMA APLICAÇÃO DO MODELO GRAVITACIONAL

mjpsouza@esalq.usp.br

Apresentação Oral-Comércio Internacional

LUIZA MENEGUELLI FASSARELLA; LUIZ GUSTAVO ANTONIO DE SOUZA; MAURÍCIO JORGE PINTO DE SOUZA; HELOISA LEE BURNQUIST.

ESALQ-USP, PIRACICABA - SP - BRASIL.

A INFLUÊNCIA DO MERCOSUL SOBRE OS FLUXOS BILATERAIS DE COMÉRCIO ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO: UMA APLICAÇÃO DO MODELO

GRAVITACIONAL

Grupo de Pesquisa: COMÉRCIO INTERNACIONAL

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar os fluxos bilaterais de comércio entre os países-membro do Mercosul em períodos distintos, na tentativa de verificar se a formação do bloco econômico contribuiu para a expansão do comércio entre os países que o compõem. Foram estimadas duas equações de um modelo gravitacional para os períodos 1995-1998 e 2004-2007. Uma terceira equação também foi estimada considerando o período de 1995 a 2007. Nesse caso, introduziu-se uma variável de tendência para captar o efeito do Mercosul. Os resultados obtidos mostram que as variáveis-padrões do modelo gravitacional explicam o fluxo de comércio entre os países do bloco; ou seja, a influência do Mercosul não foi captada pela metodologia empregada nos períodos analisados. Palavras-chaves: Fluxos de Comércio, Mercosul, Modelo Gravitacional

Abstract

The article analyzes the bilateral trade flux between Mercosur member countries in differents periods, to identify whether the formation of economic block contributed to expansion of trade between the member countries. Were estimated two equations of gravitational model to the period of 1995-1998 and to 2004-2007. Also a third equation was estimated considering the period of 1995-2007. In this case, was inserted a trend variable to assess the effect of Mercosur. The results show that standard-variables of gravitational model explain the bilateral trade flux between countries of block; i.e. the influence of Mercosur was not assessed by used methodology.

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2 1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, verifica-se a realização de múltiplos acordos regionais de comércio (ARC) com o intuito de diminuir os entraves comerciais. O lento processo das negociações multilaterais de comércio, no âmbito da Rodada de Doha, pode ter acelerado a formação desses acordos. Assim, os ARC’s tornaram-se uma importante característica do sistema multilateral de comércio.

Desde o fim da II Guerra Mundial, os países têm buscado a integração regional, sob a forma de acordos regionais de comércio. No entanto, somente na década de 1990 observa-se uma aceleração significativa do número desses acordos. A Figura 1 apresenta uma evolução da constituição de acordos regionais e destaca um significativo aumento nos últimos treze anos. Em 2007, foram notificados 380 acordos ao GATT/OMC, sendo que apenas 223 continuam em vigor (OMC, 2008).

Figura 1 - Evolução dos Acordos Regionais de Comércio entre 1948-2007. Fonte: Organização Mundial do Comércio, 2008.

A formação do Mercado Comum do Sul (Mercosul) coincidiu com essa tendência de crescimento de acordos regionais. Formado em 1991, por meio do Tratado de Assunção, o Mercosul previa a criação de um mercado comum entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Os principais objetivos eram promover o comércio intra-regional, modernizar a economia local e projetar a região de forma competitiva no mercado internacional (MERCOSUL, 2008).

As estatísticas mostram que o comércio intrazona se intensificou desde a criação do bloco. Conforme destacado por Averbug (1998), de 1991 a 1997, as exportações intra-Mercosul em relação às exportações totais passaram de 11,1% (US$ 5,1 bilhões) para 24,7% (US$ 20 bilhões). No tocante às exportações do Brasil para os países do Mercosul, constata-se um crescimento expressivo particularmente no período de 1993 a 1997. Em

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1993, as exportações eram de US$ 5,4 milhões, e em 2007, passaram a US$ 9 milhões. Esse crescimento também ocorreu com os demais países do bloco.

O aumento recente do fluxo de comércio entre o Brasil e os países do Mercosul corrobora os dados acima. Esse fluxo passou de US$ 8,9 bilhões, em 2002, a US$ 28,9 bilhões, em 2007. Nesse mesmo período, o fluxo entre Brasil e Argentina aumentou quase 354%, passando de US$ 7 bilhões para US$ 24,8 bilhões. No que se refere ao intercâmbio com o Uruguai e o Paraguai, observa-se um crescimento de 230% e 220%, respectivamente, durante o mesmo período. Com o Uruguai, o valor do comércio passou de US$ 897 milhões para US$ 2,07 bilhões. No caso do Paraguai também se observa um aumento expressivo, passando de US$ 942 milhões para 2,08 bilhões. O comércio intrazona tem participação significativa sobre o comércio total geral do Brasil. Em 2007, por exemplo, esse comércio representou 10,8% das exportações e 9,64% das importações nacionais (MERCOSUL, 2008).

No entanto, segundo Giambiagi e Barenboim (2005), o Mercosul enfrenta dificuldades em cumprir alguns objetivos, como a efetivação de uma zona livre comércio completa e uma união aduaneira integrada por normas e tarifas comuns.O objetivo deste trabalho é analisar os fluxos bilaterais de comércio entre os países-membro do Mercosul em períodos distintos, visando identificar se o Mercosul contribuiu para a expansão do comércio entre os países que compõem o bloco, utilizando o modelo gravitacional.

A metodologia consiste na estimativa de três equações do modelo gravitacional para os seguintes sub-períodos: 1995-1998, 2004-2007 e 1995-2007.

O trabalho está organizado em quatro seções, além dessa introdução. A seção 2 apresenta uma revisão de literatura sobre Acordos Regionais de Comércio e estudos realizados nessa área. A seção 3 aborda a metodologia utilizada. A seção 4 apresenta os resultados obtidos. Por fim, a seção 5 apresenta as conclusões do artigo.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, surge um período de integração entre nações independentes, em oposição ao protecionismo excessivo até então vigente, que prejudicou as economias neste período. As teorias clássicas de comércio internacional justificavam o livre comércio e, portanto poderia recuperar a produção e consumo de antes da guerra (CARVALHO, 2004; KRUGMAN e OBSTFELD, 2001).

Com algumas observações, somadas à liberalização do comércio, a formação de blocos regionais era defendido como eficiente na alocação de recursos e aumento do bem-estar, com destaque aos países da Europa Ocidental, que iniciaram tal processo, palco da Segunda Guerra Mundial, e que hoje integram a União Européia (CARVALHO, 2004).

Na América Latina os primeiros estímulos ao crescimento partiram do protecionismo, defendidos pela CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina, através do processo de substituição de importações, estimulando a industrialização. Com a inserção do pensamento de formação de blocos, houve a criação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio – Alalc, sucedida pela Associação Latino-Latino-Americana de Integração – Aladi e pelo Mercado Comum do Sul – Mercosul (CARVALHO, 2004).

A literatura apresenta diversos tipos de integração econômica, que segundo Carvalho (2004), pode ser classificado segundo um grau crescente de interdependência:

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zona de livre comércio; união aduaneira; mercado comum; união econômica; e integração econômica total.

Segundo ICONE (2008) “os Acordos Regionais de Comércio – ARC’s são aqueles celebrados entre os Estados de uma determinada região geográfica, com a finalidade de promover o livre comércio de parte substancial do comércio intra-região, através do gradual desmantelamento das barreiras tarifárias e não-tarifárias existentes entre eles”.

A partir dos princípios gerais do sistema multilateral de comércio, os ARC’s possuem caráter discriminatório, sendo amparados pelo artigo XXIV do GATT, dadas certas condições. O referido artigo estabelece que um Acordo Regional de Comércio deva cobrir parte substancial do comércio dos países envolvidos, e que as tarifas não sejam, ao final do processo de integração, mais restritivas do que as aplicadas entre as partes do acordo no início de tal processo (ICONE, 2008).

Pereira (2008) argumenta que com a análise tradicional, os países buscam os ARC’s como forma de incrementar as trocas comerciais e os investimentos entre os países-membro por meio da redução de barreiras alfandegárias. Entretanto, apesar de estarem presentes nos ARC’s e serem importantes nos cálculos dos países na formação desse acordo, os motivos tradicionais apresentam explicação parcial, especialmente quando se considera novo regionalismo, marcado por grandes avanços nas liberalizações multilateral e unilateral.

“[...] o fato é que os países não buscam a integração apenas por suas razões econômicas intrínsecas, configuradas nos ganhos tradicionais, os ganhos expressos em seus acordos. Além dos ganhos comerciais, muitas vezes, mais importantes que os ganhos econômicos, os países têm outros objetivos quando aderem a arranjos regionais” (PEREIRA, 2008, p.1).

Grant e Lambert (2008) investigaram se os acordos regionais aumentam o comércio dos produtos agrícolas nos países-membro. Segundo os autores, a formação dos ARC’s pode facilitar a liberalização do comércio de produtos agrícolas. Para cumprir tal objetivo, três hipóteses foram testadas utilizando equações gravitacionais. A primeira hipótese testou se após a formação de um acordo regional, o comércio de produtos agrícolas entre os países-membro aumenta mais em comparação com o comércio dos não-agrícolas. A segunda hipótese avaliou o efeito do comércio entre os países-membro dos acordos regionais ao longo do tempo. A última hipótese analisou o efeito dos acordos regionais na liberalização do comércio de produtos agrícolas.

Os resultados mostraram que os acordos regionais aumentaram o comércio de produtos agrícolas em 72% em comparação com o comércio dos não-agrícolas que cresceram 27%. Após doze anos da fase de integração, o comércio de produtos agrícolas entre os membros dos acordos regionais cresceu 149%; esse crescimento representou mais que o dobro em relação ao comércio dos não-agrícolas. E por fim, os autores apontaram que o aumento do comércio de produtos agrícolas nos países-membro era superior ao comércio dos produtos não-agrícolas, com exceção da Associação de Nações do Sudeste Asiático – ASEAN.

A criação do Mercosul foi precedida por alguns acordos bilaterais entre Brasil e Argentina. Em 1986, os países assinaram a Ata para Integração Argentino-Brasileira, instituindo o Programa de Integração e Cooperação Econômica – PICE. Em 1988, promulgaram o Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, na tentativa de

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constituir um espaço econômico comum no prazo máximo de dez anos. Nessa perspectiva, foram assinados ainda 24 protocolos sobre temas específicos e consolidados no Acordo de Complementação Econômica nº 14, assinado em 1990, no âmbito da Aladi, que foi complementado e estendido ao Paraguai e Uruguai, através do Tratado de Assunção, implementando o Mercosul (CARVALHO, 2004, p. 236-237).

O Tratado de Assunção assinado em 26 de março de 1991 tinha como objetivo a constituição de um mercado comum entre a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a égide de “considerar que a ampliação das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através da integração, constitui condição fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento econômico com justiça social” (MERCOSUL, 2008).

No referido Tratado, os Estados Partes constituíram um Mercado Comum, com data de estabelecimento em 31 de dezembro de 1994, denominando-se Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).

Segundo, MERCOSUL (2008) os principais aspectos do Mercado implicam:

“[...] a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente; o estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum e relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais regionais e internacionais; a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de outras que se acordem -, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados Partes, e o compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integração.”

A consolidação do Mercosul foi prevista para 2006, mas até a atualidade esta meta não foi alcançada, quando até os produtos considerados sensíveis estariam submetidos a idêntico regime comercial em todos os Estados Partes. A partir da assinatura do Tratado até 31 de dezembro de 1994, foi estabelecido como transição para a zona de livre comércio, etapa qual, que contou com duas estratégias, um programa de desgravação progressivo, linear e automático de forma atingir tarifa zero no fim da transição e a eliminação progressiva das barreiras não-tarifárias ou de medidas de efeito equivalente sobre o comércio recíproco (CARVALHO, 2004, p.237).

A partir de 1995 o Mercosul passou para a fase de união aduaneira. Em agosto de 1994, em Buenos Aires, foi acordada a Tarifa Externa Comum – TEC para todos os

produtos, incluso os sensíveis, com limite máximo de 20% para a TEC1 (CARVALHO,

2004, p.238).

O Mercosul teve a ampliação dos Estados Parte com o Protocolo de Adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, firmado por seus respectivos presidentes em Caracas em 04 de julho de 2006. Assim os Estados Parte reafirmaram os princípios e

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Com a existência de países que cobram tarifa superior a este percentual, o prazo foi estendido para 2001 e para os bens de informática até 2006.

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objetivos do Tratado de Montevidéu de 1980 e do Tratado de Assunção de 1991 (MERCOSUL, 2008).

Assim no referido Protocolo a República Bolivariana da Venezuela desenvolverá sua integração no Mercosul conforme os compromissos firmados no Protocolo, sob os princípios da gradualidade, flexibilidade e equilíbrio, reconhecendo das assimetrias e do tratamento diferenciado, como os princípios de segurança alimentar, meios de subsistência e desenvolvimento rural integral. Cabe destacar que os países citados ainda não integram o bloco econômico (MERCOSUL, 2008).

Carvalho (2004) aponta que as maiores dificuldades enfrentadas pelos membros do Mercosul estão presentes nas grandes diferenças existentes entre eles, através de seus indicadores socioeconômicos. A autora também enfoca que o Brasil causa temor aos outros membros do bloco devido à sua dimensão territorial e demográfica e à importância de seu parque industrial.

Silber e Curzel (2007) analisam os efeitos da formação de uma Área de Livre Comércio das Américas – ALCA utilizando-se de um banco de dados e modelo de equilíbrio geral computável GTAP (Global Trade Analysis Project), sobre algumas variáveis da economia brasileira e argentina e estimam-se os resultados de um estreitamento da integração Brasil-Argentina. Para os autores, em termos de bem-estar para a sociedade, os resultados foram os esperados, ou seja, a liberalização do comércio tende a melhorá-lo, ressaltando a importância dos blocos regionais.

Piani e Kume (2000) avaliaram a evolução dos fluxos bilaterais de comércio internacional entre 44 países e, em particular, os efeitos de acordos preferenciais de seis blocos econômicos, no período 1986/97. Para realizar tal procedimento os autores estimaram uma equação de modelo gravitacional, permitindo comparar o peso da influência de preferências comerciais com o de outros determinantes do comércio, como a proximidade geográfica entre os países, seus níveis de renda absoluta e per capita, adjacência e idiomas comuns.

Esses autores introduziram uma variável denominada distância relativas, o que permitiu evitar que o comércio mais intenso realizado por países isolados dos mais importantes centros econômicos fosse captado pela dummy representativa do bloco regional, superestimando-a, e o contrário, no caso de países muito próximos daqueles centros.

Para os referidos autores, a análise corrobora a importância dos vários tipos de acordos regionais de livre-comércio para a criação de um nível de trocas comerciais entre os países-membro, nos seis blocos analisados, independente de terem sido compostos por países desenvolvidos ou não. Para o Mercosul, sugerem que o processo de aprofundamento da integração econômica entre os países da região não foi realizado à custa de um fechamento em relação ao resto do mundo, em comparação ao cenário dominante na década de 80 (PIANI e KUME, 2000, p.14).

3. METODOLOGIA

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O Modelo Gravitacional é um modelo matemático baseado na “Lei da Gravitação Universal” de Newton. Essa lei explica que a força gravitacional é diretamente proporcional as massas de dois objetos e indiretamente proporcional à distância entre eles (HEAD, 2003). A equação referente à Lei de Newton é dada por:

(

)

2 ij j i ij D M M G F = × × (1)

Em que Mi e Mj correspondem às massas dos objetos i e j; Dij é a distância entre os dois

objetos e G é a constante gravitacional.

Em 1962, Jan Tinbergen propôs que a fórmula da gravidade poderia ser aplicada para explicar o fluxo de comércio internacional. A idéia central é de que os fluxos de comércio entre dois países dependem positivamente do produto de suas rendas e negativamente da distância entre eles (HEAD, 2003). Assim, o comércio entre dois países pode se elevar devido ao tamanho de sua economia, servindo o PIB como proxy. A distância entre dois países serve como proxy para a resistência ao comércio.

No formato log-linear, a equação gravitacional pode ser expressa da seguinte forma:

lnFij =β0 +β1lnYi +β2lnYj +β3lnDijij (2)

Em que:

Fij = Fluxo de comércio entre o país i e o país j que pode ser representado pelas

importações;

Yi = PIB nominal do país i;

Yj = PIB nominal do país j;

Dij = Distância entre os países i e j;

β0, β1, β2 e β3 = Parâmetros que se esperam serem positivos, com exceção do β3;

εij = erro

Além dessas variáveis explicativas, é possível incluir outras variáveis ao modelo, como área dos países, mesmo idioma, fronteira comum, relações coloniais, blocos regionais, entre outras. Essas variáveis ou dummies são introduzidas para captar a importância de aspectos culturais, econômicos e geográficos no comércio bilateral (HEAD, 2003).

Os primeiros trabalhos que utilizaram o modelo gravitacional foram criticados por falta de embasamento teórico na determinação da equação gravitacional. Entretanto, na década de 70, diversos trabalhos foram realizados promovendo a integração da equação gravitacional com a teoria do comércio internacional. Esses trabalhos mostraram que o modelo gravitacional pode ser derivado do modelo de Heckscher–Ohlin (Deardoff), de modelos de concorrência imperfeita (Anderson), de concorrência monopolística, de bens diferenciados, de tecnologia diferenciada (dumping recíproco), de bens homogêneos (PIANI E KUME, 2000). Os trabalhos desenvolvidos mostraram que há uma correlação positiva entre os fluxos de comércio e o tamanho das economias dos países e que a distância impacta negativamente o comércio bilateral, pois a distância é uma proxy para os custos de transporte.

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As vantagens do modelo gravitacional compreendem a aderência à teoria internacional formal desde a década de 80, um forte poder explicativo relativamente

consistente (altos valores de R2), e, a relevância política para analisar numerosos acordos

de livre comércio que surgiram nos anos 90 (BAIER & BERGSTRAND, 2007).

No entanto, o modelo gravitacional apresenta restrições. O modelo concentra-se nas observações do passado e sumaria essa informação para descrever a situação atual; portanto, o modelo gravitacional não se constitui em um modelo de previsão. Além disso, Anderson (2003) e Cheng e Wall (2005) demonstram que a simples utilização de Mínimos Quadrados Ordinários para estimar o modelo tende a gerar estimativas viesadas, isso em função da heterogeneidade causada pela omissão de variáveis não observadas.

3.2. O Modelo Empírico

Uma das principais aplicações do modelo gravitacional consiste em analisar os efeitos dos Acordos Regionais de Comércio. Como mencionado, uma das vantagens desse modelo é analisar a relevância política de acordos de livre-comércio.

Segundo Piane e Kume, os modelos estimados por diversos autores freqüentemente introduzem variáveis específicas destinadas a refletir o efeito da criação de comércio de blocos regionais, assim é necessário uma boa especificação da equação; do contrário, os efeitos resultantes de variáveis omitidas serão capturados indevidamente pelas que representam as preferências comerciais intra-bloco (PIANI e KUME, 2000).

A fim de examinar se a formação do Mercosul elevou o comércio entre os países-membro, propõe-se fazer a análise em dois períodos distintos, de 1995-1998 e de 2004-2007. Justificam-se a utilização dos períodos acima com os seguintes argumentos:

a) apesar da criação do Mercosul ter ocorrido com a assinatura do Tratado de

Assunção em 1991 entre os Estados Parte, sua efetivação foi estabelecida para 31 de dezembro de 1994, o que permite considerar o período inicial o ano de 1995;

b) a modificação dos fluxos comerciais entre os países vizinhos com as novas

normativas do Mercosul apresenta defasagem, o que nos primeiros anos (considerados no 1° período) pode não captar na totalidade os efeitos esperados. Assim a utilização de um período recente permite confrontar ou mesmo corroborar as análises para o 1° período.

c) a duração de cada período, em quatro anos, justifica-se para não incorrer em

micro-numerosidade dos dados e, no caso de considerar um período maior poderia não captar o efeito da criação do bloco, devido à uma tendência temporal.

Diferentemente dos trabalhos citados na revisão de literatura, que utilizam diversos países na base de dados do modelo gravitacional e capta o efeito do acordo regional através de dummies, este trabalho propõe, a titulo de exercício, a composição da base apenas com os países-membro para dois grupos de anos diferentes para então avaliar o poder explicativo do modelo gravitacional padrão e consequentemente um possível efeito do acordo regional.

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lFij =β0 +β1lgdp1+β2lgdp2+β3ldistij (3)

Em que:

lFij = logaritmo do Fluxo de comércio entre o país i e o país j representado pelas

importações;

lgdp1 = logaritmo do PIB nominal do país i; lgdp2= logaritmo do PIB nominal do país j;

ldist = logaritmo da Distância entre as capitais dos países i e j;

β0, β1, β2 e β3 = Parâmetros que se esperam serem positivos, com exceção do β3;

εij = erro

A adequação do modelo foi testada também para todo o período (1995 a 2007).

Nesse caso, incorporou-se uma variável a equação (trend) para captar algum efeito que varia no tempo e não é observável. A equação estimada é a seguinte:

lFij =β0 +β1lgdp1+β2lgdp2+β3ldist+β4trendij (4)

Em que:

lFij = logaritmo do Fluxo de comércio entre o país i e o país j representado pelas

importações;

lgdp1 = logaritmo do PIB nominal do país i; lgdp2= logaritmo do PIB nominal do país j; ldist = logaritmo da Distância entre os países i e j;

trend = variável para captar algum efeito que varia no tempo e não é observável

β0, β1, β2, β3 eβ4= Parâmetros que se esperam serem positivos, com exceção do β3;

εij = erro

Vale ressaltar que as variáveis utilizadas para captar a importância de aspectos culturais, econômicos e geográficos (mesmo idioma, relações coloniais, fronteira comum) não foram introduzidas nas equações estimadas, já que os países são fronteiriços, com exceção do Uruguai e Paraguai, e no caso do idioma, Argentina, Paraguai e Uruguai falam o mesmo idioma, com ressalva para o Brasil. Portanto, optou-se por utilizar o modelo gravitacional padrão.

Espera-se que se o Mercosul tem efeito significativo para explicar o comércio entre os países-membro, o modelo gravitacional padrão aplicado aos dados do período mais recente de comércio teria um poder de explicação menor, ou seja, o comércio entre os membros do bloco seria explicado por meio de um outro fator, que poderia ser o efeito do Mercosul.

3.3. Base de dados

Para a estimação das equações do modelo gravitacional foram coletados dados para os países do Mercosul no período de 1995 a 2007. O fluxo de comércio é a importação bilateral total, obtida da base de dados do COMTRADE. O PIB nominal foi obtido junto ao Banco Mundial. A distância foi coletada do CEPII – Centre d’Etudes Prospectives et

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d’Information Internationales, que refere-se à distância entre as capitais dos países. As importações bilaterais de comércio para os 4 países ao longo dos 12 anos resultaram em 144 observações.

Para estimar as equações foi utilizado o programa Stata 9.0. As equações foram estimadas por meio do método dos mínimos quadrados ordinários.

4. ANÁLISE DE RESULTADOS

A evolução do comércio entre os países do Mercosul mostra que tanto as importações quanto as exportações aumentaram no período de 1994 a 2007, em milhões de dólares. Ao analisar as importações verifica-se que o Brasil, até o ano de 2003, era o maior importador dos produtos dos países-membro do bloco. No entanto, nos últimos anos, a Argentina passou a ser o maior importador, ultrapassando o Brasil. Observa-se que apesar das importações do Paraguai e Uruguai serem relativamente menores do que as da Argentina e do Brasil, não houve grande alteração ao longo dos anos analisados, ou seja, manteve a mesma tendência (ver Figura 2).

Figura 2 – Importações do Mercosul por país-membro entre os anos de 1994 a 2007.

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Figura 3 – Exportações do Mercosul por país-membro entre os anos de 1994 a 2007.

Fonte: Elaboração dos autores, a partir de dados do COMTRADE, 2008.

Em relação às exportações, o Brasil é o maior exportador do bloco econômico, sendo que apenas em 2003, esse ultrapassou a Argentina. Deve-se destacar que ambos são os principais parceiros comerciais do bloco. O Paraguai e o Uruguai se comportam de forma semelhante no valor das exportações quando comparado às importações, justificado pelo tamanho econômico desses países (ver Figura 3).

A Tabela 1 apresenta os resultados para as três equações estimadas. Cabe ressaltar que o primeiro e o terceiro modelo apresentaram heterocedasticia corrigida pelo método de White (robust standard error).

Os sinais dos coeficientes nos modelos foram os esperados. As elasticidades da renda foram estáveis. No primeiro modelo, uma elevação de 1% no PIB dos países importadores implica um crescimento de 0,65%, aproximadamente, no comércio entre eles. No caso dos países exportadores, tal elevação ocasiona um crescimento de 0,78%. Para o segundo modelo, uma elevação de 1% no PIB dos países importadores, provoca um aumento no comércio entre os países de 0,58%, aproximadamente; para os países exportadores, tal elevação sugere um aumento de 0,76% no fluxo de comércio. No terceiro modelo, a elasticidade da renda para os países importadores foi de 0,60% e para os países exportadores foi de aproximadamente 0,76%.

Os coeficientes estimados da distância não foram estatisticamente significativos a 5% nos dois primeiros modelos, apesar do sinal ser o esperado. Tal fato pode ser explicado, em parte, pela proximidade geográfica entre os quatro países, ou seja, a distância é relativamente pequena entre eles.

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Ao ser estimada a equação para todo período de análise, 1995-2007, foi introduzida a variável tendência que foi significativa para explicar uma parcela do fluxo de comércio ocorrido nesse período.

Tabela 1 – Resultados do modelo estimado nos períodos 1995-1998, 2004-2007 e 1995-2007.

Variáveis

1995-19981 2004-2007 1995-20071

Coeficiente Erro-padrão Coeficiente Erro-padrão Coeficiente Erro-padrão

Intercepto -15,42871** 1,546323 -11,60101** 2,085654 -13,4073** 1,19039 lgdp1 0,6497798** 0,0363356 0,5682693** 0,0524004 0,6049445** 0,0253742 lgdp2 0,7808708** 0,0391561 0,7637835** 0,0524004 0,756796** 0,0291245 ldist -0,0556018 0,0638684 -0,2231234 0,1387318 -0,1032566* 0,0473903 trend - - - - 0,0251157* 0,0121574 Número de observações 48 48 156 R2 Ajustado 0,9411 0,8448 0,8938 Erro-padrão 0,40507 0,63202 0,52411

Fonte: Elaboração dos autores, 2008.

1Equação estimada pelo método dos mínimos quadrados robustos de White. * denota nível de significância de 0,05.

** denota nível de significância de 0,01.

Ao analisar o fluxo de comércio previsto pelo modelo gravitacional e o fluxo de comércio ocorrido nos períodos considerados, verifica-se que o valor total comercializado entre os países-membro do bloco é igual ao que o modelo prevê para todos os períodos considerados. Dessa forma, não consegue rejeitar a hipótese que de o modelo gravitacional não se ajustaria razoavelmente bem no segundo modelo (2004-2007) em função da ausência de uma variável que capta o surgimento do Mercosul (Tabela 2).

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Tabela 2 – Fluxos bilaterais de comércio realizado e previsto pelo modelo gravitacional para os países do Mercosul entre 1995 a 2007.

Países 1995-1998 2004-2007 1995-2007 Soma de lFij Soma de y previsto Soma de lFij Soma de y previsto Soma de lFij Soma de y previsto Argentina 245,73 247,25 249,50 246,84 800,81 798,61 Brasil 253,89 251,87 250,17 250,89 815,35 812,69 Paraguai 234,68 230,59 236,84 233,96 761,93 750,62 Uruguai 230,46 235,06 232,93 237,77 748,03 764,19 Total 964,77 964,77 969,45 969,45 3.126,12 3.126,12 Fonte: Elaboração dos autores

Portanto, a influência do Mercosul não foi captada pelos dois modelos estimados, visto que o fluxo bilateral de comércio entre os países-membro foi exatamente o mesmo que o modelo gravitacional previu. Assim, as variáveis-padrões desse modelo já estariam explicando esse fluxo. No entanto, esse resultado deve ser analisado com cautela já que se trata de dois modelos de exercício. No terceiro modelo (1995-2007), a variável tendência pode estar captando o efeito de intensificação do acordo, como observado nas figuras acima. Porém esse resultado deve ser mais bem avaliado em trabalhos posteriores.

Uma alternativa seria ampliar a base de dados para um número maior de países, assim como realizado nos trabalhos citados anteriormente. De qualquer maneira, a idéia subjacente a esse trabalho é complementar a análise dos sinais e da significância dos coeficientes do modelo gravitacional com a análise dos resíduos estimados. Por exemplo, podem se comparar os valores previstos de um modelo gravitacional que inclui uma dummy para o Mercosul e um modelo que não inclui. Nesse caso, se a dummy fosse significativa, indicaria que o fluxo bilateral de comércio entre os países do bloco se diferenciaria dos demais em função do Acordo Regional.

5. CONCLUSÃO

O trabalho analisa os fluxos bilaterais de comércio entre os países-membros do Mercosul em períodos distintos, visando identificar o impacto da formação do bloco sobre o comércio bilateral entre os países, utilizando o modelo gravitacional.

` Os modelos estimados confirmam os resultados do modelo teórico para todos os

parâmetros, com significância estatística e sinais correspondentes. Entretanto, a variável distância mostrou-se não significativa nos dois primeiros períodos, fato que pode estar parcialmente relacionado à proximidade geográfica entre os quatro países.

Na equação estimada para o período de análise, 1995-2007, foi introduzida a variável tendência que foi significativa para explicar uma parcela do fluxo de comércio ocorrido nesse período. Essa variável pode estar captando a influência do Mercosul nos fluxos bilaterais de comércio, ao longo do tempo.

As elasticidades-renda obtidas com os resultados da regressão mostraram ser positivas e inferiores à unidade, tanto para os países importadores, quanto exportadores.

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O modelo gravitacional prevê o mesmo fluxo de comércio ocorrido entre os países do bloco nos períodos analisados, o que significa que esse modelo não captou o efeito do Mercosul. Entretanto, ao utilizar uma base de dados mais ampla, tal resultado poderia ser diferente. Essa abordagem segue como sugestão para a continuação desse trabalho.

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