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Implantação do Sistema de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes nas Usinas Geradoras da Copel

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Academic year: 2021

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Resumo- Nas usinas geradoras de energia são utilizados

diver-sos produtos nas rotinas de operação/manutenção. Implantar um procedimento de gestão requer “quebra“ de situações já estabelecidas. Neste escopo, colocou-se em prática um progra-ma de educação ambiental com os colaboradores. Foram anali-sados todos os pontos de lançamento de efluentes nas usinas incluindo, nas PCH´s, as vilas residenciais. Habitualmente, são monitorados os reservatórios em montante e jusante da barra-gem e não o efluente da usina. Os resultados conclusivos desta etapa geraram a correta interpretação da contribuição da usi-na usi-na qualidade do rio em questão. Alteraram-se algumas roti-nas de manutenção (substituição de estopas por panos, por exemplo). O principal resultado foi o desenvolvimento de um Plano Diretor de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluen-tes, incluindo procedimentos para identificação, quantificação, caracterização e destinação final adequada de todos os resíduos e efluentes das usinas hidrelétricas, visando a relação benefí-cio/custo e a adaptação aos rígidos controles ambientais.

Palavras-chave— Resíduos, Efluentes, Gestão Ambiental,

Plano Diretor.

I. INTRODUÇÃO

Nos anos 70 observou-se o início da pressão ambiental em países em desenvolvimento, enquanto este processo de controle se acelerava nos países desenvolvidos. No Brasil, nos anos 80, foi aprovados a legislação ambiental e os crité-rios de controle de sistemas hídricos e hidrelétricos. Neste período, os países desenvolvidos enfatizaram os impactos globais, contaminação de aqüíferos e a poluição difusa. O efeito das preocupações sobre o clima global e a pressão sobre áreas como Amazônia reverteu o processo de investi-mento internacional no Brasil, que enfatizava a energia atra-vés das hidrelétricas. Neste momento, foram eliminados os financiamentos internacionais para construção de hidrelétri-cas, com grande impacto na capacidade de expansão do sis-tema no Brasil.

Os anos 90 foram marcados pela idéia do

desenvolvimen-to sustentável que busca o equilíbrio entre o investimendesenvolvimen-to no

crescimento dos países e a conservação ambiental.

O final dos anos 90 e o início do novo século (e milênio) estão marcados internacionalmente pela busca de uma maior

M. A. Mendes trabalha no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvi-mento – LACTEC (e-mail: alessand@lactec.org.br).

L. A. M. Ludwig trabalha na Companhia Paranaense de Energia – COPEL (e-mail: laludwig@copel.com).

S. M. Alberti trabalha no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimen-to – LACTEC (e-mail: sandra@lactec.org.br).

eficiência no uso dos recursos hídricos, dentro de princípios básicos aprovados na Rio 92. A água é o tópico que tem suscitado uma grande preocupação dos planejadores como a base de sustentação da sociedade moderna.

Desse modo, introduzir o processo de certificação de pro-dutos e serviços é condição indispensável para assegurar a qualidade destes, dentro de parâmetros aceitos pela comuni-dade internacional. De um lado, o alto custo com procedi-mentos de destinação em aterros industriais e a co-responsabilidade ambiental desses processos e, de outro, a viabilidade de reutilizar ou reciclar determinados tipos de resíduos, tornaram esse projeto interessante do ponto de vista não só ambiental, como também econômico. Outro aspecto importante desta pesquisa é a visão de combate ao problema na origem, dando importância ao reconhecimento dos problemas na sua causa.

A adoção de medidas preventivas pode resultar em me-lhor performance técnica, econômica e ambiental da região e, seguramente, em maior eficácia com relação às medidas corretivas e à produtividade.

II. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA COPEL GERAÇÃO O Sistema de Gestão Ambiental da Copel Geração; compreende quatro sub-sistemas:

• SUB-SISTEMA SOCIOPATRIMONIAL; • SUB-SISTEMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL; • SUB-SISTEMA ÁREAS DE PRESERVA-ÇÃO PERMANENTE;

SUB-SISTEMA RESÍDUOS, EFLUENTES E

EMISSÕES.

A. Localização das unidades geradoras (área de estudo)

O projeto abrange todas as usinas geradoras de energia da COPEL, termelétricas e hidrelétricas.

Na Figura 1 está ilustrada a posição geográfica, dentro do Estado do Paraná, das usinas envolvidas no projeto e a res-pectiva legenda.

Implantação do Sistema de Gerenciamento de

Resíduos e Efluentes nas Usinas Geradoras da

Copel

(2)

LEGENDA USINA

1 Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da

2 Usina Hidrelétrica Governador Ney Braga

3 Usina Hidrelétrica Salto Caxias

4 Usina Hidrelétrica Governador Parigot de Souza

5 Usina Hidrelétrica Guaricana

6 Usina Hidrelétrica Chaminé

7 Usina Hidrelétrica Apucaraninha

8 Usina Hidrelétrica Mourão

9 Usina Hidrelétrica Derivação do Rio Jordão

10 Usina Hidrelétrica Marumbi

11 Usina Hidrelétrica São Jorge

12 Usina Hidrelétrica Chopim I

13 Usina Hidrelétrica Rio dos Patos

14 Usina Hidrelétrica Cavernoso

15 Usina Hidrelétrica Melissa

16 Usina Hidrelétrica Salto do Vau

17 Usina Hidrelétrica Pitangui

18 Usina Termelétrica Figueira

Figura 1. Localização das usinas hidrelétricas e termelétricas envolvidas no projeto.

B. Gerenciamento de resíduos

Esta etapa foi, sem dúvida, a mais exigente, tanto do pon-to de vista técnico, quanpon-to social. Implantar um procedimen-to de gestão requer “quebra“ de situações já estabelecidas, ou seja, uma conscientização da nova realidade. Neste esco-po, colocou-se em prática um programa de educação ambi-ental com os colaboradores das usinas, onde cada um soube reconhecer a sua participação e a sua necessidade.

Para o levantamento dos resíduos gerados, foram conside-radas todas as Usinas da Copel. São elas:

• UHGBM – Usina Hidrelétrica Gov. Bento Munhoz da

Rocha Netto;

• UHGNB – Usina Hidrelétrica Gov. Ney Braga; • UHSCX – Usina Hidrelétrica Salto Caxias;

• UHGPS – Usina Hidrelétrica Gov. Parigot de Souza; • PCH’s – Num total de 13 Pequenas Centrais

Hidrelé-tricas.

Para a identificação dos resíduos gerados nas usinas, fo-ram utilizados os guias de serviço, ou seja, planilhas desti-nadas ao controle de periodicidade de manutenções. Nelas, encontram-se os códigos dos respectivos guias, a periodici-dade das manutenções, o serviço a ser executado, o resíduo gerado e a quantidade deste.

O procedimento de levantamento quali-quantitativo dos resíduos gerados, através dos guias de serviço (gerenciador eletrônico OMNI), teve grande participação dos colaborado-res das usinas.

(1) Classificação dos resíduos

Os resíduos identificados nas usinas foram submetidos aos testes de lixiviação e solubilização, segundo critérios estabelecidos nas normas NBR 10.005 e NBR 10.006.

Baseados nos resultados obtidos em ambos os testes, os re-síduos foram classificados em perigosos (Classe I), não-inertes (Classe II) e não-inertes (Classe III), também segundo normatização. Neste caso, a norma orientadora foi a NBR 10.004.

Na Tabela I pode-se observar o resumo do levantamento quali-quantitativo de resíduos realizado nas usinas hidrelé-tricas da Copel.

TABELA I

RESÍDUOS GERADOS NAS USINAS HIDRELÉTRICAS DA COPEL.

RESÍDUO GBM GNB SCX GPS PCH’s Óleo lubrif. 1358 L 1194 L 462 L 115 L 3600 L Óleo isol. 0 0 0 0 1150 Prod. químicos 0 0 16 kg 0 0 Graxa 658 kg 123 kg 0 9 kg 110 kg Querosene 510 L 503 L 479 L 432 L 2100 kg Diesel 0 0 112 L 0 0 Thinner 0 77 L 0 25 L 0 Pano com ó-leo/graxa 15144 un 6024 un 13265 un 5205 un 410 kg Pano com ó-leo/graxa 1864 un 1232 un 1685 un 1735 un

Pano com ácido 285 un 0 223 un 545 un 0

Estopa

contami-nada 810 kg 570 kg 754 kg 499 kg 800 kg

Luva de borracha 16 pares 30 pares 164

pares

0 0

Papel filtro

pren-sa 19 kg 0 10 kg 0 0

Pano com poeira 1800 un 0 752 un 51 un 0

(2) Armazenamento e disposição final dos resíduos Para a continuação do trabalho, era necessário criar um estímulo “visual” para o projeto. Foi, então, sugerido um padrão de cores para armazenamento dos resíduos. Buscou-se, em uma primeira instância, apoio nas resoluções do CONAMA, que sugere um padrão de cores, visando à reci-clagem/reaproveitamento de resíduos. Verificou-se que e-xistia, como sugestão, a cor alaranjada para identificar os “armazenadores” temporários de resíduos perigosos (tam-bor, contêiner, lata, etc.). Essa sugestão não veio a preen-cher as necessidades previstas e pertinentes do projeto, pois estávamos lidando com uma gama de resíduos classificados como perigosos.

Desta maneira, buscou-se auxílio em outra norma que fosse dar alguma orientação a respeito. Surgiu no projeto, então, um novo grupo de normas: as normas regulamentado-ras do Ministério do Trabalho.

A NR 26 fixa as cores que devem ser utilizadas no ambi-ente de trabalho, visando à prevenção de acidambi-entes. Como a própria norma recomenda, o emprego de outras formas vi-suais de indicação deve ser utilizado. Era o que faltava para deixar “bonito”, e com isso agradável aos olhos, o projeto de gerenciamento de resíduos industriais nas usinas gerado-ras da Copel. O processo de introdução da padronização de cores na usina foi acompanhado de uma intensa mobilização educacional.

Na Tabela II pode-se observar o resultado.

TABELAII

PADRÃODECORESPARAARMAZENAMENTOTEMPORÁRIODOS RESÍDUOSNASUSINASGERADORASDACOPEL.

(3)

TAMBOR FINAL

Ascarel Laranja Co-processamento

Óleo isolante Amarelo Rerrefino

Óleo lubrificante Preto Rerrefino

MIX – Diesel, graxa, querosene Vermelho Co-processamento

Sólidos contaminados (luvas de borracha, papel filtro prensa,

estopa contaminada)

Branco Co-processamento

Pano com óleo Coletor especial Lavagem Industrial

Lâmpadas Fluorescentes Caixa Madeira

e/ou Papelão

Reciclagem Além da diferenciação dos tambores com a padronização de cores, estes recebem etiquetas de identificação do resíduo e símbolos de risco, conforme norma NBR 7.500. Após o preenchimento dos tambores com resíduos, estes seguem para um depósito de resíduos, onde ficam estocados aguar-dando os procedimentos de transporte, e posterior destina-ção final.

Na Figura 2, observa-se a planta baixa do depósito de resíduos da UHGBM, utilizada como padrão para as outras usinas hidrelétricas.

Figura 1: Planta baixa do depósito de resíduos da UHGBM.

(3) Fotos do processo instalado nas usinas

A seguir pode-se observar a situação do interior em duas unidades geradoras da Copel, após a implantação do geren-ciamento de resíduos.

Figura 2: UH Salto Caxias (esquerda) e PCH Guaricana (direita).

C. Gerenciamento de Efluentes

O levantamento dos efluentes lançados foi específico para cada usina geradora da Copel (hidrelétrica e termelétrica), respeitando-se as suas peculiaridades. As usinas envolvidas neste processo foram:

• UHGBM – Usina Hidrelétrica Gov. Bento Mu-nhoz da Rocha Netto;

• UHGNB – Usina Hidrelétrica Gov. Ney Braga; • UHSCX – Usina Hidrelétrica Salto Caxias; • UHGPS – Usina Hidrelétrica Gov. Parigot de

Souza;

• UTFRA – Usina Termelétrica Figueira;

• PCH’s – Num total de 13 Pequenas Centrais Hi-drelétricas.

O processo de investigação dos efluentes lançados nas usinas iniciou-se com as coletas efetivas. Em algumas cam-panhas houve, além da coleta de efluentes, a coleta de água dos corpos hídricos receptores. Essa avaliação, feita em con-junto, nos revelou detalhes e particularidades que antes eram negligenciados, seja por desconhecimento, seja por falta de informação.

Outro fato relevante foi o “resgate” de detalhes nos proje-tos das usinas. Isto, somado à organização da mapoteca na UHGNB, está sendo de fundamental importância.

(1) Efluentes industriais

Quando se usa o termo “efluente industrial” das usinas, deve-se ressaltar que nas quatro grandes usinas existe o “Poço de Esgotamento Central". Este poço tem a função de ”encaminhar” para o canal de fuga todo o esgotamento da usina, seja de origem doméstica (esgoto imundo) ou de ori-gem industrial. Por isso a existência de alguns pontos de coleta de efluente imundo. Os parâmetros a serem analisa-dos estão descritos na Tabela III.

TABELAIII

PARÂMETROSANALISADOSNOEFLUENTEDAUSINAS

Parâmetros Físico-Químicos Parâmetros Microbiológicos

Ferro Demanda Química de Oxigênio (DQO)

Chumbo Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

Cobre Coliformes Fecais

Manganês Coliformes Totais

Mercúrio pH Óleos e Graxas

Os ensaios das amostras de efluentes coletadas nas unida-des geradoras foram realizados nos seguintes laboratórios:

• Coliformes, DBO e DQO – Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos – CEPPA – UFPR; • Demais ensaios – Instituto de Tecnologia para o

Desenvolvimento – LACTEC – Departamento de Química Aplicada – DPQA.

(2) Resultados dos ensaios

Os pontos de coleta que representam efetivamente o lan-çamento de efluentes devem apresentar concentrações infe-riores aos limites estabelecidos na Resolução CONAMA 20, em seu artigo 21.

Já os pontos de coleta localizados em corpos hídricos respondem aos limites estabelecidos na Resolução CONAMA 20, em seu artigo 5.

(3) Análises dos resultados em corpos hídricos Os rios avaliados nesta etapa de implantação do gerenci-amento de efluentes foram:

(4)

• Rio Pitangui (PCH Pitangui – Montante e PCH São Jorge – Jusante);

• Rio Iguaçu (UHGBM, UHGNB e UHSCX); • Rio Laranjinha (UT Figueira).

Todos estes rios enquadram-se em rios Classe 2. Os resul-tados estão apresenresul-tados na Figura 4.

COLIFORMES TOTAIS E FECAIS

0,00 5000,00 10000,00 15000,00 20000,00 25000,00 30000,00 RIO CH OPIM RIO P IT J US RIO PIT MO N RIO PIT ME D RIO I GU GBM RIO I GU JU S RIO IGU M ED RIO LAR MO N FRA RIO LAR JUS FRA RIO LAR ME D RIO LAR M ON F RA V2 RIO LAR JUS FRA V2 RIO LA R M ED V 2 Rios avaliados N M P /100 m L COLIFORMES TOTAIS COLIFORMES FECAIS CONAMA 20 ART 5 CT CONAMA 20 ART 5 CF DBO E DQO 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 RIO CH OPIM RIO PIT J US RIO PIT M ON RIO PIT M ED RIO I GU G BM RIO I GU J US RIO I GU M ED RIO L AR M ON F RA RIO L AR JUS FR A RIO LAR ME D RIO L AR MO N FR A V2 RIO LAR JUS F RA V2 RIO LAR MED V2 Rios Avaliados m g O 2/L DBO DQO

CONAMA 20 ART 5 DBO

FERRO 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 RIO CH OPI M RIO P IT JU S RIO P IT M ON RIO PIT M ED RIO IGU GBM RIO IGU J US RIO IGU M ED RIO LA R M ON F RA RIO L AR JU S FR A RIO LAR MED RIO L AR M ON F RA V 2 RIO LA R JU S FR A V 2 RIO LAR ME D V 2

Rios Avalia dos

mg/ L FERRO CONAMA 20 ART 5 MANGANÊS E COBRE 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 RIO CH OPIM RIO PIT JUS RIO PIT MON RIO PIT M ED RIO IGU GBM RIO I GU JUS RIO I GU M ED RIO L AR M ON F RA RIO LAR JUS FRA RIO LAR MED RIO LAR MON FRA V2 RIO LAR JUS FRA V2 RIO L AR M ED V 2 Rios Avaliados mg /L MANGANÊS COBRE CONAMA 20 ART 5 MN CONAMA 20 ART5 CU ÓLEOS E GRAXAS 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 RIO CH OPIM RIO P IT JU S RIO P IT M ON RIO PIT MED RIO IGU GBM RIO IGU JUS RIO I GU M ED RIO LAR M ON FR A RIO LAR JUS FRA RIO LAR ME D RIO L AR MO N FR A V2 RIO LA R JUS FRA V2 RIO L AR M ED V 2 Rios Avaliados mg /L ÓLEOS E GRAXAS CONAMA 20 ART 5

Figura 3: Resultados encontrados nas análises envolvendo corpos hídricos.

Ao realizar uma avaliação nos valores encontrados para concentrações de DBO, DQO, ferro e óleos e graxas, perce-be-se uma não conformidade, expressando uma provável contaminação por esgoto sanitário. Em confronto com os valores encontrados no lançamento das usinas (a ser apre-sentado a seguir), certifica-se a não contribuição destas.

(4) Sistemas de tratamento

Em algumas usinas geradoras foi possível a verificação de eficiência nos tratamentos de efluentes, industriais ou

domésticos. Os resultados desta avaliação estão apresenta-dos nas tabelas a seguir:

TABELAIV PCHDESVIODORIOJORDÃO

ANÁLISE DO TANQUE SEPARADOR ÁGUA-ÓLEO Eficiência Remoção de óleos e graxas 61,29% Eficiência Remoção DBO 41,92% Eficiência Remoção DQO 35,66%

TABELA V

UHSALTO CAXIAS

ANÁLISE DO TANQUE SEPARADOR ÁGUA-ÓLEO Eficiência Remoção de óleos e graxas 47,95% Eficiência Remoção DBO 15,70% Eficiência Remoção DQO 33,33%

TABELA VI

UHGOVERNANDOR NEY BRAGA

ANÁLISE DO TANQUE SEPARADOR ÁGUA-ÓLEO Eficiência Remoção de óleos e graxas 92,59% Eficiência Remoção DBO 28,11% Eficiência Remoção DQO 28,57%

ANÁLISE DO SISTEMA TRATAMENTO ESGOTO Eficiência Remoção de óleos e graxas 47,10%

Eficiência Remoção DBO 51,62% Eficiência Remoção DQO 48,49% (5) Análise dos efluentes

Para a análise dos efluentes, como já citado, foram respei-tadas as particularidades inerentes a cada usina: localização, acesso aos pontos, existência de sistemas de tratamento, etc. Em função destas singularidades, o número de pontos de coleta variou. Na figura a seguir estão apresentados os resul-tados encontrados para cada usina, em valores efetivos e médios.

Para melhor interpretação dos gráficos, foi criada uma sigla para cada usina, conforme abaixo:

CAV – PCH Cavernoso SVU – PCH Salto do

Vau FRA V2 – UT Figueira V2 MBI – PCH Marumbi RPA – PCH Rio dos

Patos MOU – PCH Mourão DRJ – PCH Desvio do

Rio Jordão

SJE – PCH São Jorge MEL – PCH Melissa CHO – PCH Chopim I SCX – UH Salto Caxias GNB – UH Gov. Ney

Braga GPS – UH Gov. Parigot

Souza

FRA – UT Figueira GNA – PCH Guaricana PTI – PCH Pitangui APU – PCH

Apucaran-inha

CHA – PCH Chaminé GBM – UH Gov. Bento

M. R. Netto

COLIFORMES TOTAIS E FECAIS

0,00 10000,00 20000,00 30000,00 40000,00 50000,00 60000,00 70000,00 80000,00 90000,00 CAVMBIDRJCHOGPS PTIGBMSVURPA SJESCXFRA FRA V2 A PU MO U MELGNBGNACHA Usinas N M P /100 m L COLIF. TOTAIS COLIF. FECAIS

(5)

DBO E DQO 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 CAV MBI DRJ CHO GPS PTIGBMSVU RPA SJE SCX FRA FRA V2 AP U MOU MELGNBGNA CHA Usinas m g O 2/L DBO DQO CHUMBO 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 CAV MBIDRJCHOGPS PT I GBMSVURPASJESCXFRA FRA V 2 APUMO U MELGNBGNACHA Usinas mg /L CHUMBO CONAMA 20 ART 21 FERRO 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 CAV MBIDRJCHO GPS PT I GBMSVURPASJESCXFRA FRA V2APUMOUMELGNBGNACHA Usinas mg /L FERRO CONAMA 20 ART 21 MANGANÊS E COBRE 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 CA V MB I DR J CH O GP S PT I GB M SV U RP A SJ E SC X FR A FRA V 2 AP U MO U ME L GN B GN A CH A Usinas mg/ L MANGANÊS COBRE CONAMA 20 ART 21 MERCÚRIO 0,000 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,012 CAV DRJ GPS GBM RPA SCX FRA V2 MO U GNB CHA Usinas mg /L MERCÚRIO CONAMA 20 ART 21 pH 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 CAV DRJ GPS GBM RPA SCX FRA V2 MOU GNB CHA Usinas pH CONAMA 20 ART 21 - LI CONAMA 20 ART 21 - LS ÓLEOS E GRAXAS 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 CAV MBI DRJCHOGPS PT I GBMSVU RPA SJESCX FRA FRA V2 A PUMOU MELGNBGNACHA Usinas m/ L ÓLEOS E GRAXAS CONAMA 20 ART 21

Figura 4: Resultados encontrados nas análises envolvendo efluentes.

Analisando os resultados obtidos, percebe-se que somente a UT Figueira tem algumas não-conformidades em seu eflu-ente. Isso se deve ao fato de ser uma antiga, onde a variável ambiental não estava presente.

Em virtude disto, haverá uma continuidade de estudos referentes à termelétrica no tocante aos seus efluentes e às suas emissões.

III. CONCLUSÕES

A divulgação dos resultados atingidos teve grande reper-cussão, visto a iniciativa inovadora da COPEL em gerenciar os efluentes das suas unidades de produção, gerados nas atividades de operação e manutenção das suas usinas. Não existindo bibliografia de referência sobre gerencia-mento de efluentes, direcionada para o assunto geração de energia, este projeto originou um documento chamado Pla-no Diretor de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes para Usinas Geradoras de Energia, neste caso específico a COPEL. Este plano contempla todos os resíduos e efluentes industriais originados nas usinas da COPEL, abrangendo itens como legislação pertinente e processos de controle e/ou minimização.

IV. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem as contribuições de A. Nagalli e M. A. Laslowski recebidas durante a elaboração deste docu-mento.

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Lei 9.605 – Lei dos Crimes Ambientais – 1998

[2] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 10.004 – Resíduos Sólidos (Classi-ficação), 1987.

[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos, 1987

[4] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 10.006 – Solubilização de Resí-duos, 1987.

[5] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. [6] NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINIS-TÉRIO DO TRABALHO – NR 26 (Sinalização de se-gurança).

Referências

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