Ficou caracterizado que os auxiliares de enfermagem acham que as atitudes éticas, a atenção no trabalho e a responsabilidade são características importantes nos profissionais que atuam nas salas de cirurgiacardíaca. O equilíbrio entre a descontração e o respeito entre os profissionais é responsável pela manutenção da segurança e do ambiente harmonioso durante um ato cirúrgico que pode durar mais de 6 horas. Os auxiliares de enfermagem, circulantes de sala de operações, informaram através de suas respostas que o ENFERMEIRO é um profissional de extrema necessidade e a sua presença na sala de operações é de extrema importância. Para eles, o papel do enfermeiro não é de circular a sala de operações e sim de um orientador, supervisor e também um planejador da assistência prestada.
A preocupação em investigar se os pacientes de cirurgiacardíaca têm história prévia de hipertensão arterial é maior por parte da equipe médica, pois a classificação dos pacientes que tinham hipertensão prévia foi vista nas evoluções médicas, já nas observa- ções de enfermagem não foi descrito sobre esse fato. A classificação de não ter hipertensão prévia são os casos que realmente tiveram relatos de não ser hipertensos e os que omitiram esse fato, como poucos prontuários tinham relatos, optou-se por classificar os casos subnotificados como não tendo HAS prévia.
Diante dos aspectos multidimensionais que envolvem a saúde na terceira idade, pode-se concluir nesse estudo que a maioria dos idosos submetidos à cirurgiacardíaca era do gênero feminino. A doença arterial coronariana foi á doença mais frequente na indicação do procedimento cirúrgico; a HAS foi à morbidade mais prevalente nessa população. Houve uma proporção elevada (40%) de idosos que apresentaram scores sugestivos de prejuízos cognitivos; na avaliação da capacidade funcional, mais da metade dos idosos apresentou algum grau de depen- dência; 8% dos idosos submetidos à cirurgiacardíaca mostraram scores sugestivos de alteração no estado emo- cional. Esses resultados apontam para a complexidade do idoso no que se refere á sua condição de saúde, bem como, remete a necessidade de uma abordagem integral em saúde que reflita em melhora de sua qualidade de vida.
Síntese dos dados: O serviço citado é referência em cardiologia e cirurgiacardíaca no estado do Paraná e estados vizinhos. A evolução das condições de diagnóstico, preparo da equipe clínica e cirúrgica, unidade de terapia intensiva (UTI) melhor equipada com monitorização mais avançada, equipe da UTI com pessoal treinado em todas as áreas para fazer pós-operatório de cirurgiacardíaca, estrutura hospitalar adequada, oferecendo atendimento avançado em todas as especialidades pediátricas e paramédicas, fazem com que o resultado das intervenções cirúrgicas realizadas em crianças com cardiopatias congênitas ou adquiridas, principalmente nos recém-nascidos e lactentes jovens com cardiopatias complexas, apresente sensível melhora quando comparado com anos anteriores. Conclusão: As crianças com cardiopatias, principalmente as complexas, devem ser encaminhadas para um local que seja centro de referência, onde haja condições para um atendimento global no pré, per e pós-operatório.
A linguagem foi descrita como uma forma especial de cuidar em cirurgiacardíaca que inclui a comunicação verbal e não- verbal. Assim, a linguagem técnica é aquela que compreende palavras científicas, conhecidas como termos técnicos, que são aprendidos durante a formação profissional. As siglas e abreviações caracterizam a necessidade de tornar rápidas a escrita e a fala. O silêncio e os gestos indicam a forma como o corpo fala sem palavras, atitude utilizada com freqüência neste cotidiano, sendo compreendido perfeitamente pelos membros do grupo e utilizados geralmente quando as questões éticas impossibilitam a comunicação verbal. Algumas palavras com significado distinto são utilizadas por semelhança com ações realizadas fora do contexto hospitalar.
Os betabloqueadores devem ser utilizados em todos os pacientes submetidos à cirurgiacardíaca como terapia de primeira escolha, a não ser que existam contra-indicações. Esses agentes devem ser administrados na manhã da cirurgia e reiniciados no primeiro dia de pós-operatório. Se o paciente não fazia uso de betabloqueador, este deverá ser iniciado no pré-operatório ou após a cirurgia, respeitando as contra-indicações 37,38 .
A preocupação em investigar se os pacientes de cirurgiacardíaca têm história prévia de hipertensão arterial é maior por parte da equipe médica, pois a classificação dos pacientes que tinham hipertensão prévia foi vista nas evoluções médicas, já nas observa- ções de enfermagem não foi descrito sobre esse fato. A classificação de não ter hipertensão prévia são os casos que realmente tiveram relatos de não ser hipertensos e os que omitiram esse fato, como poucos prontuários tinham relatos, optou-se por classificar os casos subnotificados como não tendo HAS prévia.
Este estudo permitiu identificar características sociodemográficas/clínicas e os diagnósticos de enfermagem em pacientes no pós-operatório mediato de cirurgiacardíaca, sendo os mais prevalentes aqueles relacionados ao domínio segurança e proteção. Por ser a cirurgiacardíaca um procedimento invasivo, de alto risco, os pacientes que se submetem a ela necessitam de uma assistência qualificada durante o perioperatório, pois a forma de abordagem irá contribuir para a obtenção de resultados satisfatórios na sua recuperação.
Para essa et apa do est udo, foi ut ilizada um a abordagem qualit at iva, seguindo- se os pressupost os de est udos de casos. Os dados foram colet ados por m eio de ent r ev ist as sem i- est r ut ur adas indiv iduais, b a se a d o e m u m r o t e i r o co n t e n d o d a d o s p a r a a ca r a ct e r i za çã o so ci o d e m o g r á f i ca e cl ín i ca d o s p ar t icip an t es e, t am b ém , n as seg u in t es q u est ões nort eadoras: “ O que o senhor sent iu quando soube que t eria que fazer essa cirurgia em seu coração?” , “ Com o o senhor está se sentindo agora?” e “ O que o senhor est á pensando sobre essa sua experiência de est ar int ernado para um a cirurgiacardíaca?” .
A hemostasia é o resultado do equilíbrio dinâmico entre os componentes que constituem os sistemas de coagulação, anticoagulação e fibrinólise: vasos sangüíneos, plaquetas, proteínas da coagulação, anticoagulantes naturais, proteí- nas da via fibrinolítica e seus inibidores 4 . A CEC causa um desequilíbrio nesses sistemas e predispõe os pacientes sub- metidos à cirurgiacardíaca a risco aumentado de sangra- mento microvascular 5 . Apesar de protocolos e recomenda- ções, a natureza multifatorial do sangramento após a CEC gera grande variabilidade no uso de hemoderivados em dife- rentes instituições. A utilização média de concentrado de he- mácias chega a 50% das cirurgias, a de plaquetas em torno de 9% e a de plasma fresco entre 0% e 36%, com média de 6%
Objetivos: Avaliar a intensidade da dor, em pacientes no pós - operatório de cirurgiacardíaca; identificar possíveis associações entre alterações fisiológicas (taquicardia, taquipnéia, elevação da pressão arterial, sudorese, palidez cutânea, náuseas, vômitos) e dor pós-operatória; e descrever a analgesia utilizada. Métodos: Estudo prospectivo que avaliou 30 pacientes de um hospital público de ensino, do pós-operatório imediato ao 4° pós-operatório. Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences para análise dos dados. Resultados: A maioria (26 / 86,7%) dos pacientes apresentou dor, sendo 19 (63,3%) no 1º pós-operatório. Verificou-se predominância de dor leve em todos os tempos avaliados. Houve correlação (p<0,001) entre dor e presença de alterações fisiológicas, sendo mais freqüentes, taquipnéia e aumento de pressão arterial. A analgesia utilizada foi medicamentosa, sendo opióides e analgésicos simples os mais prescritos. Conclusão: A dor esteve presente em todos os períodos avaliados, de intensidade leve, e influenciou principalmente na ocorrência de taquipnéia e elevação de pressão arterial. Somente fármacos foram utilizados para analgesia.
Sampaio D T, Alves J C R, Silva A F, Lobo Jr. N C, Simões D, Faria W, Lobato A, Figueroa C C S – Mediastinite em cirurgiacardíaca: tratamento com epíploon. Rev Bras Cir Cardiovasc 2000; 15 (1): 23-31. RESUMO: Casuística e Métodos: Foram analisados 22 casos de mediastinite que ocorreram após 1006 operações cardíacas com esternotomia, realizadas de 1993 a 1998, no Hospital Felício Rocho em Belo Horizonte, Minas Gerais. A complicação ocorreu em 3,2% dos coronariopatas, 3,1% dos transplantados, 1,1% dos valvares e não ocorreu em portadores de defeitos congênitos.
Para delimitação da amostra foi realizado um cálculo atra- vés da equação de cálculo do tamanho amostral para médias, considerando que a variável-desfecho é quantitativa contínua. Para o cálculo, utilizou-se um erro α de 5%, que corresponde à diferença entre o valor estimado pela pesquisa e o verdadei- ro valor; um nível de confiança de 95%, que é a probabilida- de de que o erro amostral efetivo seja menor do que o erro amostral admitido pela pesquisa. O erro máximo adotado foi de 1,0 ponto na média. Considerando a população finita de 200 pacientes submetidos à cirurgiacardíaca, em média, para um período de cinco meses de coleta, a amostra foi estimada em 119 pacientes. Contudo, foram coletados 106 pacientes, considerando os critérios de inclusão e a intervalos com me- nos cirurgias no serviço (feriados, recessos, etc.).
Em 1 9 8 1 , NESRALLA et lii7 realizarm uma esquisa com o objetivo de avaliar os efeitos tardios da cirurgiacardíaca com hipotemia profunda . Para este estudo , os pacientes form testados nas áreas : in teligência e psicomotricidade , permitindo determinar quais os limites de tempo de parada circulatória e de baixo luxo , sem produzir alterações nestas áreas . No contato com estes pacientes, detectou-se haver um comprometimento emocional signiicativo e diicul dade para superarem a situação cirúrgica. Diante desta constatação, foi proposto o acompanhmento e orien tação das crinçs e seus pais visndo prepará-los , do ponto de vista emocionl , para cirurgia. Esta atividade
submetidas a cirurgiacardíaca de RM. No estudo, estava presente em todos os participantes e possuía forte relação com os procedimentos invasivos, como o cateterismo vesical, o acesso central, os drenos de tórax e mediastino, o acesso para pressão arterial média, além da destruição dos tecidos e das defesas primárias inadequadas (pele rompida) devido a cirurgiacardíaca. Todos os procedimentos invasivos constituem risco para a presença de patógenos como as bactérias. O ambiente hospitalar também favorece o surgimento dos patógenos. Portanto, quanto maior o número de procedimentos invasivos, maior o risco de infecção.
Paulo Roberto B. - Alguns aspectos da função endotelial em cirurgia cardíaca. RESUMO: Este estudo mostra alguns aspectos da função endotelial relacionados, diretamente,[r]
RESUMO: Trombocitopenia é um grande problema hemostático em pacientes submetidos à cirurgiacardíaca. Relataremos dois casos de pacientes com diminuição adquirida das plaquetas: um devido a uremia e outro por disfunção valvar (disfunção de prótese em posição mitral). Estes pacientes tiveram períodos de transoperatório e pós-operatório imediato sem intercorrência. A perda sangüínea não foi maior do que a esperada. A transfusão de plaquetas realizada durante a operação pode prevenir futuras complicações na recuperação do paciente.
Instalada a amaurose pós-cirurgiacardíaca, o índice de cura é bastante baixo, sobretudo se as medidas profiláticas e as condutas terapêuticas não forem observadas. Mesmo com tais procedimentos, torna-se quase impossível para as equipes preverem o desencadeamento desta temida complicação, principalmente devido a transtornos inerentes ao ato cirúrgico e às variações anatômicas existentes na vascularização do globo ocular.
Durante a internação hospitalar, inclusive no POICC, a presença da mãe é outro fator que contribui para diminuição do estresse da criança e suaviza essa experiência, sendo positiva sua participação durante alguns procedimentos médicos, de enfermagem e nas sessões da fisioterapia [3,52]. Hoje, discute-se a evolução pela qual a cirurgiacardíaca tem passado com relação à melhora na estrutura do CTI e na gama de equipamentos para monitorização dos pacientes, no maior preparo da equipe clínica e cirúrgica e com sincronismo multiprofissional no atendimento ao paciente. A esse conjunto de fatores atribui-se melhora significativa no resultado das intervenções cardíacas, comparativamente aos anos anteriores [11]. A inserção do fisioterapeuta na equipe com seus recursos, exercícios e técnicas, bem como de terapêuticas complementares, faz parte dessa inovação.
Considerando o impacto desta doença na evolução dos pacientes e o custo que esta patologia envolve para sistema de saúde [11,12], torna-se pertinente investigar se o escore habitualmente usado (4Ts [13,14] - Tabela 1) para o diagnóstico seria suficiente como avaliação prognóstica inicial de pacientes submetidos à cirurgiacardíaca que evoluem com HIT, bem como a importância clínica da trombocitopenia em pós-operatório de cirurgiacardíaca.