Estado do Rio de Janeiro, e Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, e do Hospital Universitário da Universidade Esta- dual de Campinas (SP), no período de 1996 a 2004. Seis pacientes eram do sexo masculino e um do feminino, com idades variando entre 22 e 49 anos, e média de 38 anos. Todos os pacientes ti- nham síndrome da imunodeficiênciaadquirida, com contagens de linfócitos CD4 abaixo de 100 célu- las/mm 3 . Tiveram o diagnóstico da infecção pelo
Objetivo: Compreender a experiência da adesão ao tratamento para o Vírus da Imunodeficiência Humana/ Síndrome da ImunodeficiênciaAdquirida para a mulher. Métodos: Estudo etnográfico, baseado no pensamento teórico interpretativista, com oito mulheres de um Grupo de Adesão em um hospital público. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas e observação participante de janeiro a dezembro 2007. Resultados: Emergiram quatro categorias: enfrentamentos aos valores da experiência da adesão ao tratamento, a experiência singular na adesão ao tratamento, costumes e práticas na experiência da adesão, o cuidar nas relações interpessoais. Conclusão: As experiências relatadas pertencem à vida singular de cada informante; no entanto, o caminho para uma adesão efetiva fica translúcido nas narrativas. Partiram da realidade específica de suas vidas para ensinar o caminho para aqueles que desejam sair da sombras de um diagnóstico estigmatizante. Descritores: Infecções por HIV; Síndrome de ImunodeficiênciaAdquirida; Terapia anti-retroviral de alta atividade; Cuidados de enfermagem; Aceitação pelo paciente de cuidados de saúde
Paciente do sexo feminino, parda, de 58 anos, etilista, portadora de síndrome da imunodeficiênciaadquirida (sida) com baixa aderência à terapia antirre- troviral (TARV). Foi internada em fevereiro de 2008 na enfermaria de sida, apresentando quadro diarreico, desnutrição e lesões crostosas e pruriginosas dissemi- nadas pelo corpo e couro cabeludo, não poupando palmas e plantas, com prurido predominantemente noturno (Figura 1). Inicialmente essas lesões predo- minavam no couro cabeludo com intensa descamação e prurido, já tendo a paciente feito uso de uma dose de ivermectina oral. A paciente foi colocada em isola- mento de contato pela suspeita clínica de SC. Concomitantemente, apresentava lesão herpética no lábio e candidíase oral. Os parâmetros imunológicos mostravam diminuição dos linfócitos CD4 (480 célu- las por mm 3 em outubro de 2007 versus 22 células
Rhodococcus equi é um patógeno oportunista emergente, especialmente em pacientes infectados pela síndrome da imunodeficiênciaadquirida, conforme paciente relatado neste caso. Outros problemas relatados neste paciente foram: pneumonia cavitada, hepatite medicamentosa ao RHZ e lesões de pele que foram identificadas como Paracoccidiodes brasiliensis. Como tratamento, o paciente recebeu benzilpenicilina potássica, oxacilina e anfotericina B, mas seu quadro evoluiu a óbito.
No momento em que se reflete sobre os 30 anos de evolu- ção da epidemia de Síndrome da ImunodeficiênciaAdquirida (SIDA) no mundo, e um cenário para a cura da doença já não parece um alvo inatingível, a evolução da epidemia aponta para uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) com o padrão de uma doença crônica. O esquema de tratamento com pelo menos três fármacos (HAART – highly active antiretroviral therapy) permitiu uma sobrevida aumen- tada de doentes com SIDA em todo o mundo, incluindo o Brasil 1-6 . Por outro lado, devido a essa resposta terapêutica
Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia associada a condições de imunossupressão que acomete os vasos lin- fáticos e sanguíneos. É a neoplasia intra-hepática mais comum na síndrome da imunodeficiênciaadquirida. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética revelam múltiplos pequenos nódulos, proeminên- cia e realce dos planos periportais, devido à presença de tecido neoplásico. Os autores descrevem um caso de paciente masculino, de 47 anos de idade, com síndrome da imunodeficiênciaadquirida e sarcoma de Kaposi disseminado.
Objetivo: Identificar os Diagnósticos de Enfermagem em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida e analisar a associação entre os diagnósticos mais frequentes com suas car[r]
Teste rápido para HIV foi positivo e radiografia de tórax mostrou-se normal. Evoluiu, inicialmente, com melhora do quadro neurológico e da febre, apresentando, porém, nova crise convulsiva e febre em 30/04/1999, seguidas de insuficiência respiratória e instabilidade hemodinâmica. Negativas a pesquisa de BAAR e fungos no liquor, urocultura e hemocultura. Recebeu tratamento para neurotoxoplasmose e sepse, sem sucesso; nova tomografia computadorizada de crânio mostrou lesão hipodensa e não captante à esquerda e alterações periféricas difusas no córtex. ELISA 1 e 2 positivos para HIV. Óbito em 06/05/1999. Necropsia. Síndrome de imunodeficiênciaadquirida (grupo IV, subgrupo C, segundo CDC). Depleção linfóide intensa e generalizada. Toxoplasmose cerebral, forma tumoral: duas lesões nodulares, a maior medindo 1cm de diâmetro no lobo parietal, superior direito, outra (1,0x0,5x0,5cm) na transição parieto- occipital direita, borda lateral. Infartos lacunares na substância branca parieto-occipital direita e base da ponte. Encefalopatia hipóxico-isquêmica. Microhemorragia antiga no tálamo.
Diferentes síndromes reumáticas e fenômenos auto-imunes já foram associados à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana ( HIV ), quer pela maior freqüência de adoecimento, quer pela maior gravidade. Ademais, em muitos casos, sintomas e sinais da doença reumática estão presentes na abertura do quadro de infecção pelo HIV (como na síndrome de soroconversão) ou da síndrome de imunodeficiênciaadquirida ( AIDS ). O reconhe- cimento deste horizonte é da maior importância para a prática do reumatologista, tornando-se altamente necessário ampliar a familiaridade com estes conceitos. Revisitar as interseções reuma- tológicas da infecção pelo HIV – enfatizando-se situações como as espondiloartropatias soronegativas, as artralgias, as artrites infecciosas, fibromialgia, miopatias, vasculites, síndrome linfo- cítica infiltrante difusa, lúpus eritematoso sistêmico e fenômenos auto-imunes – é, pois, o objetivo do presente artigo.
Objetivo: Avaliar a capacidade funcional de idosos com síndrome de imunodeficiênciaadquirida (HIV/AIDS). Métodos: Estudo transversal com inquérito epidemiológico observacional com a coleta de dados realizada através de entrevistas e fonte documental de 142 idosos portadores do vírus da imunodeficiência humana, entre 60 e 81 anos de idade, avaliados pelos domínios de funcionalidade cognitiva, saúde mental e Atividades da Vida Diária. Foram realizadas análise absoluta e relativa das variáveis contínuas, além da associação das variáveis independentes.
Resumo As alterações anatomopatológicas renais foram estudadas em 119 casos de indivíduos com a síndrome da imunodeficiência humana adquirida (SIDA) no Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba MG. A partir das amostras de rim fixadas em formol, foram confeccionadas lâminas e analisadas ao microscópio de luz. Dos 119 casos estudados, 67 tiveram diagnóstico de nefrite túbulo intersticial (NTI), sendo 18 inespecíficas, 2 xantogranulomatosas e encontrou-se agente infeccioso em 48: fungos em 28 (16 Cryptococcus sp, 9 Histoplasma sp, 1 Candida sp e 2 Paracoccidioides brasiliensis); bactérias em 18 (9 Mycobacterium sp); vírus em 6, Citomegalovírus. Em 43 havia necrose tubular aguda (NTA). Outros diagnósticos foram: nefrocalcinose (15,1%) e hialinose arteriolar (22,7%). Encontrou-se também 2 casos com glomeruloesclerose segmentar focal (GESF) e um caso de hiperplasia mesangial difusa. Houve predomínio da NTI, que pode ser devido às infecções oportunistas, predominando as fúngicas; a toxicidade por drogas ou ainda devido a possível ação direta do próprio vírus. A necrose tubular aguda (NTA), foi a segunda causa em freqüência, de acometimento renal da amostra. Concluiu-se que o envolvimento renal nos pacientes com SIDA apresenta um espectro variado de processos patológicos, principalmente relacionados com infecções oportunistas, o tratamento e os procedimentos para diagnósticos, e ainda as nefropatias associadas ao vírus da imunodeficiência humana (VIH).
Tema: a Síndrome da Imunodeiciência Adquirida (SIDA/AIDS) é causada pelo Vírus da Imunodeiciência Humana (VIH/HIV), e resulta numa imunidade reduzida, o que torna o indivíduo mais susceptível a doenças e infecções oportunistas. Com o avanço da doença as estruturas do sistema auditivo central podem ser comprometidas pela ação direta do vírus ou decorrente de infec- ções secundárias e neoplasias. O portador do HIV/AIDS pode também se tornar mais vulnerável a outras patologias do ouvido. Objetivo: o objetivo desta revisão foi exploratório, visando identii- car os possíveis pontos de interseção entre distúrbios auditivos e a Síndrome da Imunodeiciência Adquirida. Realizou-se uma revisão da literatura sobre a saúde auditiva dos portadores de HIV/AIDS e foi discutido o impacto potencial de patologias auditivas na qualidade de vida. Conclusão: a lite- ratura sugere que várias possiveis associações existam entre os distúrbios auditivos e a Síndrome da Imunodeiciência Adquirida e o Vírus da Imunodeiciência Humana. Proissionais de saúde, inclu- sive aqueles dos serviços públicos no Brasil, deveriam examinar a necessidade de iniciativas de saúde auditiva dirigida aos portadores de HIV/AIDS para prevenir patologias auditivas ou reduzir seu impacto na qualidade de vida.
Homem branco, 25 anos, trabalhador braçal, natural e procedente de Frutal, MG, com sorologia positiva para o vírus da imunodeficiênciaadquirida (HIV) há 3 anos, foi internado pela primeira vez no Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, apresentando confusão mental, desorientação, paresia e parestesia no hemicorpo direito. Era usuário de drogas injetáveis. Apresentava crises convulsivas desde a infância.
Os resultados da audiometria de altas frequências indica- ram que 90,2% de todos os indivíduos avaliados apresentaram alteração (com prevalência de 84,2% no grupo não exposto ao trata[r]
Pacientes infectados pelo vírus HIV encontram-se em maior risco de desenvolver osteonecrose, estando implicados como fatores predisponentes a terapêutica antiviral, ao uso de corticos[r]
RESUMO: Teve-se como objetivo avaliar o suporte social de pessoas com aids. Estudo transversal, com amostra de 215 pacientes ambulatoriais de um hospital universitário do Nordeste brasileiro. Dados coletados de agosto a dezembro de 2012, por meio de entrevista, utilizando formulário sociodemográico e clínico e Escala de Suporte Social para Pessoas Vivendo com HIV/aids. O Statistical Package for the Social Science foi utilizado para análise de dados. Resultados mostraram que médias de escores de suporte social emocional e instrumental foram satisfatórias e não inluenciadas pelo sexo (p=0,954; p=0,508), escolaridade (p=0,756; p=0,194), situação conjugal (p=0,076; p=0,446) e tempo de terapia antirretroviral (p=0,480; p=0,120). Pessoas diagnosticadas há menos de três anos tiveram mais suporte instrumental (p=0,048) que os diagnosticados há mais de três anos (p=0,370). Vizinhos, chefe e proissionais da saúde forneceram menos apoio. Concluiu- se que pessoas com aids possuem suporte social satisfatório, principalmente, de amigos e familiares que não moram no mesmo domicílio. DESCRITORES: Síndrome da imunodeiciência adquirida. HIV. Apoio social.
Os estudos, em sua maioria, foram desenvolvidos com a população adulta e, embora se tenha observado que o paciente portador do HIV/AIDS pode potencialmente apresentar perda auditiva independentemente da faixa etária, não foi possível caracterizar o perfil audiológico destes pacientes. É sabido que na presença de algumas doenças, caracteristicamente se tem a ocorrência de determinado tipo e grau da perda auditiva e também uma configuração audiométrica específica. Na pre- sença do vírus ou da síndrome aqui estudados, a perda auditiva apresentou características variáveis, podendo ser do tipo condu- tiva (1,3,5,8,11-24) , sensorioneural (1,3-6,8,9,11,13-15,17-33) ou mista (15,18-20,22,24) .
Outras famílias estão "adaptadas" ao comporta- mento do filho, numa atitude de negação da pro- blemática, que pode ser resultado de várias tentati- vas frustradas de solução, com[r]
A s manifestações otológicas são particularmente comuns em crianças portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A disacusia nestes pacientes pode ser condutiva, principalmen- te decorrente de otite média ou sensorioneural, pela ação direta do vírus ou pela ação de drogas anti-retrovirais. Neste trabalho, relatamos o caso de uma criança de 10 anos de idade, portadora de HIV, com disacusia e revisamos a literatura.