RESUMO – (Uma novaespécie de PassifloraL. (Passifloraceae) para o Brasil). Uma novaespécie de Passifloraceae é descrita e ilustrada, Passiflora mucugeana T.S. Nunes & L.P. Queiroz. Esta espécie é conhecida até o momento, na região da Chapada Diamantina, Bahia, em áreas próximas aos municípios de Mucugê, Ibicoara e Barra da Estiva, em áreas de florestas estacionais e campo rupestre (Complexo Espinhaço), chegando a uma altitude de 1.200 metros. Passiflora mucugeana é inserida no subg. Passiflora supersect. Stipulata Feuillet & MacDougal sect. Granadillastrum Triana & Planch., por apresentar caracteres morfológicos que a assemelham a P. imbeana Sacco.
A família passifloraceae contém cerca de 18 gêneros e 630 espécies, de ocorrência pantropical, com distribuição descontínua nos trópicos e subtrópicos (ocampo et al. 2007). no novo mundo, a maioria das espécies ocorre nas Américas Central e Sul, crescendo até a 3800 m acima do nível do mar (Holm-nielsen 1988; Deginani 2001). na Região neotropical ocorrem quatro gêneros: Mitostemma Mast. (3 espécies); Dilkea Mast. (6); Ancistrothyrsus Harms (3), endêmico na Região Amazônica; e PassifloraL. (ca. 520), presente também na África, Ásia e Austrália (Cervi 1997; ulmer e MacDougal 2004). para o Brasil foram registradas cerca de 140 espécies por Cervi (2006), 127 (ocampo et al. 2007) e, finalmente, 135 espécies registradas na Flora do Brasil (Cervi et al. 2010). para o Amazonas foram registradas 51, sendo o estado com maior diversidade e onde apenas Mitostemma não está representado. Este nível de diversidade está bem representado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, que abriga três gêneros e 20 espécies (Ribeiro et al. 1999). Visto o grau de devastação que os ecossistemas amazônicos vêm sofrendo, torna-se urgente um inventário mais abrangente desta família na região.
RESUMO - (Novaespécie de Canistrum E. Morren (Bromeliaceae) do Brasil). Uma novaespécie de Canistrum E. Morren (Bromeliaceae) da Bahia e de Minas Gerais é descrita e ilustrada. Um breve histórico é apresentado, mostrando a difícil delimitação entre Canistrum e Wittrockia Lind., justificando o posicionamento da novaespécie no gênero Canistrum. Canistrum flavipetalum Wand. pode ocorrer como epífita, saxícola ou terrestre em capões de mata nos Estados da Bahia e de Minas Gerais. Apresenta afinidades morfológicas com Canistrum cyathiforme (Vell.) Mez, ambas com escapo conspícuo, apresentando este uma a três brácteas. Diferem essencialmente pelas pétalas amarelo-alaranjadas e brácteas da inflorescência róseas a púrpuras em C. cyathiforme, enquanto que em C. flavipetalum as brácteas são esverdeadas a alvacentas, algumas vezes avermelhadas no ápice e as pétalas são amarelo-claras com base esverdeada.
ramificações dicasiais ou tricotômicas, três flores a partir do nó distal ou flores solitárias. (Burger & Taylor 1993). A inflorescência padrão do grupo Relbunium - ao qual pertencem as espécies de Galium da América do Sul, América Central, Sudoeste dos Estados Unidos e ilhas do Caribe - consiste de pedúnculo originado de uma axila foliar, encimado por quatro brácteas involucrais foliáceas e uma única flor séssil (Dempster 1990). As flores podem ser bissexuais ou unissexuais, muito pequenas (1-4mm diâm.); cálice diminuto ou ausente; corola rotada a campanulada ou urceolada, amarela, verde, rosa ou vermelha; estames geralmente alternos às pétalas, anteras versáteis, exsertas; ovário 2-locular, 1 óvulo por lóculo, estiletes 2, às vezes ausentes nas flores funcionalmente estaminadas, estigmas capitados. Fruto bacáceo, variando de carnoso a relativamente seco, geralmente 2-lobado, separando-se em dois “mericarpos” 1-semi- nados. Semente convexa dorsalmente (Dempster 1990; Burger & Taylor 1993). São conhecidas 23 espécies de Galium no Brasil (Dempster 1980; 1981; 1982; 1990). A descrição desta novaespécie elevará para nove o número de espécies ocorrentes no Estado de São Paulo e 24 para o Brasil.
RESUMO - (Uma novaespécie de Mimosa L. (Leguminosae, Mimosoideae) do Centro-Oeste do Brasil). Uma novaespécie de Mimosa (Leguminosae, Mimosoideae, Mimosae) do estado do Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste do Brasil, M. ferricola R.R. Silva & A.M.G. Azevedo, é descrita e ilustrada. Morfologicamente M. ferricola é relacionada com M. gemmulata Barneby e com M. nothopteris Barneby, e posicionada em Mimosa sect. Batocaulon DC. ser. Leiocarpae Benth.
Uma novaespécie do gênero Tityus C.L. Koch, 1836 (Scorpiones, Buthidae) é descrita dos municípios de Anagé (36’44’’14S - 08’08’’41W) e Poções (31’47’’14S - 21’55’’40W) no estado da Bahia, Brasil. Tityus aba n. sp pertence ao grupo Tityus bahiensis (Lourenço, 2002), caracterizado por espécies de tamanho que variam de cinco a sete cm de comprimento, com colorido variando do amarelo - palha ao marrom avermelhado e sem a lâmina mediana basal dilatada nas fêmeas. Neste grupo, aproxima-se das espécies do complexo Tityus stigmurus (Lourenço, 2001). A novaespécie é mais próxima de Tityus stigmurus (Thorell, 1876), Tityus martinpaechi Lourenço, 2001 e de Tityus melici Lourenço, 2003, distinguindo-se da primeira por apresentar o prossoma quase totalmente negro, maior número de dentes pectíneos e tamanho maior; da segunda por não apresentar manchas nos palpos e pernas, ausência de uma mancha negra de forma triangular sobre o prossoma e também tamanho maior, a da última pela ausência de manchas confluentes no mesossoma e de faixa longitudinal na face ventral dos segmentos de I a IV do metassoma. Tityus aba n.sp. apresenta indivíduos de médio a grande porte, medindo de 6,0 a 7,65 centímetros, de colorido geral castanho claro, com prossoma escuro quase negro e tergitos com três faixas escuras longitudinais, sendo uma mediana e duas laterais; carenas medianas dorsais dos segmentos II a IV com o último granulo maior, tornando-se espiniforme nos segmentos III e IV. Os machos apresentam os palpos mais delgados em relação às fêmeas e os segmentos IV e V do metassoma mais dilatados.
RESUMO - (Uma novaespécie de Tournefortia L. (Boraginaceae s.l.) para o Nordeste do Brasil). Uma novaespécie de Tournefortia (Boraginaceae s.l.) morfologicamente relacionada à T. rubicunda Salzm. ex A.DC., T. andrade-limae J.I.M. Melo, é descrita para o estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. São apresentados comentários enfocando afinidades taxonômicas, baseados em morfologia, bem como ilustração e dados de fenologia reprodutiva.
Por outro lado, a forma da cauda das larvas é diferente da dos adultos e as papilas caudais, em algumas delas, nos pareceram bem mais salientes que nas formas já completamente desen- v[r]
Tipos. Holótipo . BRASIL, Rio de Janeiro: Maricá (restinga da Barra de Maricá, 42°54’00’’, 42°50’03’’W; 22°58’05’’, 22°57’37’’S), 20.XI.2000, V. C. Maia & M. A. P. Azevedo col. Parátipos: 3 mesma procedência e data do holótipo; 2 , 3 (restinga de Itaipuaçu, 42°54’13’’, 43°00’47’’W; 22°58’14’’, 22°58’13’’S) (em uma das lâminas, além da fêmea, há uma larva de Cecidomyiidae não determinado), 1 exúvia, 2 larvas, 01.VIII.1998, V. C. Maia col.
Uma novaespécie de Oukuriella Epler, 1986 (Insecta, Diptera, Chironomidae, Chironominae) para o estado de São Paulo, Brasil – São descritas as formas imaturas e adultas de uma novaespécie do gênero Oukuriella Epler, 1986 da região sudeste do Brasil. As larvas, criadas em laboratório para obtenção dos adultos, foram encontradas em madeira submersa coletada num reservatório localizado na Estação Ecológica de Jataí (Luiz Antônio, SP). Segundo Messias et al. (2000), o gênero é composto por três grupos de espécies. O adulto desta novaespécie reúne características morfológicas do segundo grupo do gênero Oukuriella, que apresenta asas sem manchas, tufos de cerdas sobre os tergitos abdominais e gonostilo largo, 1.5x maior que o gonocoxito, diferindo, porém das demais espécies do grupo pelo padrão de pigmentação torácica e abdominal. Esta é a primeira descrição da fêmea pertencente ao segundo grupo do gênero Oukuriella. As formas imaturas apresentam as mesmas características de O. intermedia, única espécie cuja pupa e larva são conhecidas. A estrutura altamente esclerosada dos dentes mentais e mandibulares parece indicar a capacidade das larvas de raspar e triturar
As espécies de Lippia estão distribuídas nas regiões áridas do sudoeste dos EUA, nas fl orestas tropicais decíduas da América Central e nos campos rupestres e cerrados do Brasil, regiões de altos índices de endemismos. Se estende até o Uruguay e região central da Argentina. Na África sua ocorrência também coincide com centros de alto endemismo, na região leste, associada às montanhas mais altas e picos alpinos (Salimena 2000).
J IM , J. & U. C ARAMASCHI . 1980. Uma novaespécie de Odonto- phrynus da região de Botucatu, São Paulo, Brasil (Amphibia, Anura). Revista Brasileira de Biologia 40 (2): 357-360. L EVINGTON , A.E.; R.H. G IBBS J R ; E. H EAL , C. J IM , J. & E. D AWSON . 1985.
Este estudo foi realizado através da análise das coleções depositadas nos herbários MBM e UPCB (Thiers 2009, continuamente atualizado) e de expedições de coleta realizadas pelo primeiro autor a partir de 2006. Para a comparação com os táxons relacionados utilizou-se a circunscrição das espécies e sinônimos propostos por Assis & Mello- Siva (2010). O estado de conservação da espécie seguiu os critérios da IUCN versão 3.1 (2001). As fotografias de detalhes das folhas, ápice do ramo e flores foram obtidas no laboratório Taxonline da Universidade Federal do Paraná, a partir de câmera Leica DFC500 acoplada à lupa Leica Mz16, com uso dos softwares Auto-Montage- Pro 5.03 Syncroscopy e Leica IM50 Versão 5. A classificação de floresta atlântica (stricto sensu) segue o conceito de Oliveira-Filho & Fontes (2000), correspondendo à Floresta Ombrófila Densa, presente em toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, formação que pertence ao bioma Mata Atlântica (Veloso et al. 1991; IBGE 2004).
As bases ideológicas do socialismo estariam sendo solapadas por, segundo Gorz, a mais importante mudança sócio-cultural em curso no mundo contemporâneo: a “desafeição” frente ao trabalho. Enquanto mu- dança cultural-subjetiva, o indivíduo aspira a liberar-se do trabalho. Objeti- vamente, o sentido possível das atuais mutações em curso, para a humani- dade e para o movimento dos trabalhadores, tanto do ponto-de-vista cultu- ral, quanto econômico-político, passa a ser determinado pela revolução autônoma das forças produtivas. Aqui radica o coração da nova utopia de Gorz, a chamada “sociedade do tempo livre” onde todos poderiam traba- lhar, contudo, não no sentido econômico dessa atividade. A crença é a de que a liberação do tempo dada a abolição do trabalho superaria o capitalis- mo sem a necessidade de uma revolução política. 10
a) Enfermeiro Especialista detentor do Curso de Especialização em Enfermagem de Saúde Pública com a vertente de Saúde Ocupacional, com exercício em serviços de Sa[r]
educacionais para o Ensino Médio na Coordenadoria Regional de Educação de Coari/AM, como o PROEMI e o PROETI, discutindo sobre o papel da Coordenadoria Regional na ação de implementação dessas políticas. O objetivo foi identificar as dificuldades que a Coordenadoria Regional de Educação de Coari/AM enfrenta ao implementar políticas educacionais curriculares para o Ensino Médio em sua regional. A pesquisa de campo realizada foi de cunho qualitativo por meio de um estudo de caso. Utilizamos como metodologia a análise de documentos orientadores do PROEMI e do PROETI e como instrumentos de coletas de dados a entrevista semiestruturada. Sete servidores da Seduc/AM que trabalham diretamente com a implementação de políticas educacionais para o ensino médio foram entrevistados, onde buscamos conhecer suas percepções acerca da implementação de tais políticas no estado do Amazonas. Os estudos acerca do contexto do ensino médio no Brasil foram baseados em Krawczyk (2011), Sacristán (1998), Isleb (2016), Oliveira e Destro (2005), entre outros. Em relação ao ciclo de políticas, nossa análise teve como base os estudos de Dye (1984) apud SOUZA (2002), Peters (1996) apud SOUZA (2002), Velasques (2001) apud MARTINS (2014), Mainardes (2006), Condé (2012) e Melo (2013). Como principais resultados da pesquisa de campo, temos o descompasso entre a Seduc/AM e a Coordenadoria Regional de Educação de Coari/AM na implementação de políticas educacionais para o ensino médio. Isso nos levou à elaboração de um Plano de Ação Educacional (PAE), com ações que deverão ser incorporadas pela Seduc/AM para o bom andamento de uma política educacional para o ensino médio no estado do Amazonas, pois quando não há o envolvimento e entendimento acerca da política, a proposta trazida pela política não consegue promover as mudanças esperadas.