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é Frequente as empre- empre-sas de pestiCidas

No documento Associação Portuguesa de horticultura (páginas 26-29)

aNo suBstÂNCia aCtiva (N.º)

Portugal França

é Frequente as empre-sas de pestiCidas ignora-rem a lei e esCondeignora-rem a inFormação

As empresas de pesticidas escla-recem as características dos seus produtos fitofarmacêuticos através de rótulos, fichas de dados de segurança, informação técnica e publicidade. Esta informação deve respeitar as exigên-cias legais e a sua fiscalização (infeliz-mente nula ou muito deficiente) deve ser assegurada principalmente pela ASAE e também por alguns organis-mos regionais ou centrais dos Ministé-rios da Agricultura, Saúde e Ambiente

(4,9). Não há conhecimento de qualquer caso em tribunal ou de penalidade por infracção desta natureza no “País Ma-ravilha para os Pesticidas”(9).

A análise da informação, disponível na Internet, sobre produtos fitofarma-cêuticos, em Abril de 2010, evidencia que, relativamente a empresas asso-ciadas na Anipla, só 4 (Basf, Du Pont, Monsanto II e Nufarm P) proporcionam o acesso aos tão importantes e escla-recedores rótulos. Quanto às Fichas de Dados de Segurança (FDS), além das 4 empresas referidas, foi possível analisar as FDS de pesticidas da Agro-quisa, Bayer e Sapec. O acesso às FDS da Epagro e Selectis é condicio-nado por Username e Password, não concedido após solicitação. A Dow e a Syngenta só disponibilizam a Ficha Técnica e quanto a Cheminova, Ind.

Vallés e Makhteshim não há qualquer informação (quadro 3) (9).

Quanto a empresas não associadas na Anipla, a análise na Internet relativa-mente a seis empresas com 9 a 26 p.f não revelou qualquer informação sobre características toxicológicas ou ecotoxi-cológicas dos seus pesticidas (9).

A observação de FDS de algumas empresas de pesticidas evidenciou frequentes faltas de rigor e de informa-ção, nomeadamente sobre recentes exigências de medidas de mitigação do risco da European Food Safety Authority (EFSA). A toxidade dos pesti-cidas para as abelhas é frequentemen-te ignorada nas FDS, chegando-se ao cúmulo, num insecticida Extremamen-te Perigoso para abelhas, o imidaclo-pride, de nada referir na 12-Informação Ecológica, na 15-Regulamentação e em 16-Outras Informações e realçan-do na 3-Identificação de Perigos: “Ne-nhum risco especial conhecido” (9).

Nas Fichas Técnicas é muito fre-quente “esquecer” as características

Quadro 1 - Informação dos Boletins de Avisos de 17 Estações de Avisos, em 2009 (9).

Quadro 2 - Número de substâncias activas homologadas em Portugal e com efeitos específicos na saúde humana, referido em Portugal e França, entre 1993 e 2005 (2,3,4,9).

Fr/p.f.: Frases de risco do p.f.; LFr: Lista de frases de risco; CT: Classificação Toxicológica; IS: Intervalo de Segurança; O: Ausência de informação.

reprodução) foram quase totalmente ignorados pela AFN, desde 1995 até 2004, em contraste com a informa-ção de outros países como a França

(2,3,4,9). Só após a Directiva 1999/45/CE e o Dec. Lei 82/2003, “os especialistas da DGPC e da CATPF descobriram ha-ver em Portugal em 2005, 48 s.a. com efeitos específicos na saúde humana, quando, em França, em 2001 se referia o mesmo número 48 e em Portugal só 7 s.a.” (4) (quadro 2).

Este estranho comportamento da Entidade coordenadora, a AFN, justifi-cou duas questões que aguardam res-posta desde 2007 (4): torna-ram mais numerosos e importantes en-tre 1995 e 2001?

- A quem (à CATPF, à DGPC ou às empresas de pesticidas) pertencerá a responsabilidade das possíveis conse-quências desta carência de informação vital para assegurar que o risco seja aceitável, com o uso de pesticidas com efeitos específicos na saúde humana,

“esquecidos” durante 10 anos (1994 a 2005)?

toxicológicas e ecotoxicológicas e ig-norar os símbolos toxicológicos (4,9).

Na Publicidade dos pesticidas, atra-vés de folhetos, e na imprensa são quase sempre ignorados a classificação toxico-lógica e ecotoxicotoxico-lógica e os símbolos toxicológicos, o que é ilegal…, mas que tem permanecido impune, o que obvia-mente agrava a tentação da sua genera-lizada utilização (4,9).

Desde o primeiro semestre de 2005, que se tem analisado a Política de re-dução dos riscos dos pesticidas em Portugal, nomeadamente em 3 livros divulgados entre 2006 e 2008 (1,4,6), a partir duma intervenção do Eng. Rui Delgado, técnico da Syngenta, num

Simpósio em Fevereiro de 2005 em Ponte de Lima (4,9). Justifica-se, as-sim, a particular atenção dada à do-cumentação desta muito importante e prestigiada empresa de pesticidas, em particular do Catálogo de 2006 e “de seis fichas técnicas e um CD com os rótulos, as fichas de dados de seguran-ça, as fichas de transporte e as fichas técnicas de 54 pesticidas, distribuídos na Pasta do 7.º Simpósio de Vitivinicul-tura do Alentejo, em Évora em Maio de 2007.A análise apresentada em (4) evi-dencia a nula ou “muito escassa infor-mação toxicológica e ecotoxicológica”.

Outro exemplo, confirmando ou agravando esta orientação da

Syngen-ta, ocorre no Guia da Vinha, com ex-celente qualidade gráfica e rico manan-cial de útil informação para a selecção e o uso adequado de cada pesticida, mas com evidente proibição de refe-rência às características toxicológicas ou ecotoxicológicas (9,10).

Em Abril de 2010, a situação é ainda mais grave! No portal da Syngenta na Internet, as Fichas técnicas (quadro 3), para cada pesticida, são uniformes, mas, tal como no Guia da Vinha, sem qualquer informação toxi-cológica ou ecotoxitoxi-cológica (9).

No 8.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, em Évora em 5 e 6 de Maio de 2010, a Syngenta decidiu investir com uma espectacular publicidade de cartazes, Folheto e Boletim técnico, coroada com a apresentação, de ex-cepcional qualidade gráfica, da comu-nicação: PERGADO F – À prova de míldio. Este fungicida é uma mistura de mandipropamida (5%) e folpete (40%).

No Folheto de Publicidade do Per-gado F, de 6 páginas, nada é referido quanto às suas características toxico-lógicas e ecotoxicotoxico-lógicas, além das esclarecedoras qualidades ditadas por um Marketing “rigoroso” e intencio-nalmente convincente: “EXCELENTE PERFIL TOXICOLÓGICO” e “BAIXO IMPACTO AMBIENTAL. Assim se co-mete a ilegalidade (Decreto-Lei 92/95) de ausências de verdade e da referên-cia às categorias de perigo deste fungi-cida (quadro 4).

Este Folheto de Publicidade foi di-vulgado na Vida Rural de Maio de 2010 (p.24-25) (11) também sem informação toxicológica e ecotoxicológica, além do

“EXCELENTE PERFIL TOXICOLÓGI-CO” e “BAIXO IMPACTO AMBIENTAL.

No Boletim técnico Pergado F, com 28 páginas e 8 capítulos, no Cap. 3 – Perfil toxicológico, ecotoxicológico e ambiental (pág.13-14) refere-se que a mandipropamida tem “BAIXO RISCO PARA ORGANISMOS AQUÁTICOS”.

Surpreendente qualidade não confir-mada pela AFN (13) ao ser classificada como (quadro 4):

• N – Perigosa para o ambiente;

• TÓXICA para organismos aquáti-cos (R51);

• Pode causar efeitos nefastos a lon-go prazo no ambiente aquático (R53).

Curiosamente o fungicida Pergado F parece não ter o Perfil corresponden-te ao Cap.3. Para conhecer a classifi-cação toxicológica e ecotoxicológica do Pergado F foi preciso enfrentar a arte de esconder e procurar muito e com bastante cuidado até chegar à última

li-eMPresa de PestiCidas rótulo Fds Fds* FiCHa

téCNiCa

Frase de risCo Pergado FolPete

(12)

r36 - irritante para os olhos (2)

r40 - Possibilidade de efeitos cancerigenos

r41 - risco de lesões oculares graves

r43 - Pode causar sensibilização

em contacto com a pele (2)

r50 - Muito tóxico para organismos aquaticos

r51 - tóxico para organismos aquaticos

r53 - Pode causar efeitos nefastos a longo

prazo no ambiente aquatico

Pode desencadear uma reacção alérgica

r63 - Possiveis riscos durante a gravidez

com efeitos adversos na descendência • (3)

Pode formar uma mistura inflamavel pó-ar

elevado risco a longo prazo para aves insectivoras, pequenos mamiferos herbivoros

e minhocas

zonas tampão de 5 m em trigo de

inverno e 10 m em vinha

Quadro 3 - Informação disponível, em Abril de 2009, na Internet, sobre produtos fitofarmacêuticos de 14 empresas de pesticidas associadas na ANIPLA (9).

Quadro 4 - Frases de risco do Pergado F, do folpete e da mandipropamida (12,13).

AFN: Autoridade Fitossanitária Nacional; FDS: Ficha de Dados de Segurança; (1): Só refere Nocivo;

(2): Só em 16 Outras informações; (3): Proposta em discussão.

*Acesso às FDS condicionado por username e password

autor

Pedro amaro

pedroamaro@netcabo.pt

Foi responsável pelo início em Portugal do ensino da Fitofarmacologia (1955), da Herbologia (1971), da Protecção Integrada (1977) e da Produção Integrada (1995) e pela organização inicial do Laboratório de Fitofarmacologia (1959-1967) e do Instituto Nacional de Investigação Agrária (1974-1977).

BiBliograFia

1. Amaro P. 2006. As características toxicológicas dos pesticidas, em Portugal em 2005. ISA Press, Lisboa, 108 p.

2. Amaro P. 2007. O risco aceitável do uso dos pesticidas. Revta APH, 89: 34-37.

3. Amaro P. 2007. Pesticidas, saúde e ambiente e os tabus dos pesticidas em Portugal. 1ª Jorn. nac. Olivicultura Biológica. Figueira de Castelo Rodrigo, Agosto 07. Revta Ciênc.

agrár.31(2): 201-216.

4. Amaro P. 2007. A política de redução dos ris-cos dos pesticidas em Portugal. ISA/Press, Lisboa, 167 p.

5. Amaro P. 2008. Dos pesticidas maravilha à cres-cente preocupação com os pesticidas. Colóq.

Fármacos Saúde e Ambiente, Lisboa, Nov.

08. Soc. Científica, Univ. Católica Portuguesa.

Cadernos, 8: 29-50.

6. Amaro P. 2008. Colóquio As características dos pesticidas em produção integrada e a prescri-ção dos pesticidas. ISA/Press, Lisboa, 74 p.

7. Amaro P. 2010. As actuais dificuldades na pro-tecção das plantas e a nova legislação dos pesticidas. Vida Rural, 1755: 38-40.

8. Amaro P. 2010. Portugal país maravilha para os pesticidas. O Segredo da Terra, 30: 37-40.

9. Amaro P. 2010. A deficiente informação aumen-ta os riscos dos pesticidas em Portugal. Revaumen-ta Ciênc. agrá. (pub.). of the pesticide risk assess.ment of the active substance folpet EFSA Scientific Report, 297, 1- 80.

13. Henriques M, Carvalho B, Robalo JC & Barros P. 2009. Mandipropamida. Produtos fitofarma-cêuticos. Informação referente ao 4º trimestre de 2009 p.61. DGADR-DSPFSV DHPF- 6/09.

evidenciado, com persistência, o desres-peito da Lei e o profundo desinteresse e até a oposição à redução do uso e dos riscos dos pesticidas.

nha da penúltima página (pág. 27) para descobrir, em 8.3 Precauções:

• Classificação: Nocivo – Xn; Perigo-so para o ambiente – N.

E em linhas anteriores desta pág.27, ainda em 8.3 – Precauções, com gran-de surpresa (e não conseguindo adi-vinhar a justificação para a ausência desta informação no Cap. 3 – Perfil toxicológico, ecotoxicológico e ambien-tal) surgem preciosos mas perigosos esclarecimentos sobre o Pergado F :

• Possibilidade de efeitos CANCERÍ-GENOS (R40);

• Pode desencadear uma reacção ALÉRGICA;

• MUITO TÓXICO para os organismos aquáticos (R50);

• Pode causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aquático (R53).

Estas características, aliás referidas no FDS e no Rótulo do fungicida, de-veriam ser completadas por (quadro 4):

• Nocivo por inalação (R20);

• Risco de lesões oculares graves (R41);

• Pode causar sensibilização em con-tacto com a pele (R43);

• Possíveis riscos durante a gravidez com efeitos adversos na descendência (R63);

• Elevado risco a longo prazo para as aves insectívoras, os pequenos mamífe-ros herbívomamífe-ros e as minhocas (na vinha);

• Para protecção dos organismos aquáticos respeitar zonas tampão em relação às águas de superfície de 5m em trigo de Inverno e de 10m em vinha (SPe3);

• Pode formar uma mistura inflamável pó-ar.

Que EXCELENTE PERFIL TOXICO-LÓGICO e BAIXO IMPACTO AMBIEN-TAL do Pergado F. O que o Marketing obriga e a AFN e a ASAE ignoram!!!

E é assim que a Syngenta “está ac-tivamente empenhada na promoção de uma “Agricultura Responsável”, uma abordagem que conjuga sustentabili-dade económica, cuidados com a SAÚ-DE, segurança ambiental e responsa-bilidade social” (9)!

E o mais grave e preocupante é o exemplo, como foi realçado na Reu-nião sobre os Serviços de Avisos, em Viseu em Dezembro de 2008. No sector dos pesticidas de intensa com-petitividade, envolvendo os interesses de 90 empresas, como deve ser difícil tomar decisões de proporcionar toda a informação, de forma rigorosa e com facilidade de acesso, como ocorre por exemplo com a Nufarm P e a Basf, tendo a coragem de revelar “aspectos desagradáveis dos seus produtos”,

pe-rante as empresas que os escondem, não cumprindo a Lei, por conhecerem a inoperância da Fiscalização (9).

Também é bem revelador, da ampli-tude desta política de desinformação e ainda das graves consequências na muito deficiente formação de técni-cos e de agricultores, o facto de não haver qualquer referência a fichas de dados de segurança, a frases de ris-co e de segurança e até a precauções toxicológicas em dois importantes e reveladores documentos da iniciativa CULTIVAR A SEGURANÇA da Anipla:

Manual Técnico. Segurança na Utili-zação de Produtos Fitofarmacêuticos, de 2007 e na Acção de Formação”

Segurança na Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos,”s/d (9).

ConClusões

Em Portugal, na Primavera de 2010 e antes, foram frequentes as ilegalida-des que dificultaram a prática de me-didas de redução do risco do uso de pesticidas, que condicionam o risco do seu uso ser aceitável.

A nível oficial: durante mais de 10 anos (1994 – 2005) ignorou-se a pe-rigosa toxidade de numerosos pestici-das com efeitos específicos na saúde humana (ex: cancerígenos, mutagéni-cos e tóximutagéni-cos para a reprodução) (qua-dro 2); esqueceu-se, desde Outubro de 2007, de cumprir a Lei que limita exclusivamente a aplicadores especia-lizados o uso de pesticidas de elevado risco; e esconde-se a informação sobre a lista destes pesticidas e a relativa a outras questões da maior importância para a defesa da saúde humana e ani-mal e do ambiente, como as frases de risco e de segurança, nomeadamente nos vário Guias da AFN e nos Boletins dos Serviços de Avisos (ex: 53% das 17 Estações de Avisos sempre as igno-raram) (quadro 1).

A nível das empresas de pesticidas predominam largamente as ilegalida-des resultantes do não cumprimento da Lei relativa à informação rigorosa e verdadeira nas fichas técnicas e em publicidade, ignorando ou escondendo sistematicamente a tão importante in-formação sobre as características toxi-cológicas e ecotoxitoxi-cológicas dos pesti-cidas (quadros 3 e 4).

É angustiante admitir que o futuro Pla-no Nacional de Acção, previsto na Direc-tiva do Uso Sustentável dos Pesticidas, a concluir até 14/12/12, poderá ser elabora-do essencialmente por entidades oficiais e privadas que têm, nos últimos 15 anos,

Entrevista

APh – no âmbito das atribui-ções que estão cometidas ao gPP, como proponente de políticas para o sector agro-rural, de que modo são auscultados e se envolvem os diferentes agentes do sistema, de-signadamente os agricultores/em-presários agrícolas, técnicos, inves-tigadores e estruturas associativas e cooperativas?

bruno dimas – As funções atribu-ídas ao GPP em matéria de definição de políticas sectoriais fazem com que o contacto com os agentes e represen-tantes do sector seja uma constante da sua actividade.

Esse contacto tem vários níveis, desde as formais Comissões Consulti-vas, definidas na Lei Orgânica do GPP, até ao contacto telefónico corrente, passando por grupos de trabalho es-pecíficos, participação em congressos e seminários e auscultação específica.

Por outro lado, a divulgação de in-formação é cada vez mais uma preocu-pação deste Gabinete, para fazer face às necessidades e expectativas dos nossos interlocutores externos, sendo cada vez mais utilizados meios como a página da internet do GPP, sendo disso exemplo a área dedicada ao processo de negociação da PAC Pós-2013, ou mesmo fazendo uso de novas funcio-nalidades como redes sociais com a criação de área do GPP no facebook e twitter, ou a criação de página espe-cífica para a área da condicionalidade na comunidade Google, que permitem uma interacção directa com as entida-des envolvidas nestas áreas.

Especificamente no sector hortofru-tícola é de destacar que está em pre-paração no âmbito do Grupo de Tra-balho para o Regime de Fruta Escolar a respectiva página de internet, que comportará uma área de fórum para

relacionar produtores nacionais com os municípios e escolas, destinatários do regime.

APh – no documento de 2008

“estratégia nacional para o sector das frutas e Produtos hortícolas”

faz-se uma análise da situação do sector, visando a produção, comer-cialização e de um modo geral a organização da fileira, incluindo as organizações de Produtores. no to-cante à área da qualidade dos pro-dutos, numa base das boas práticas agrícolas e ambientais, qual o actu-al ponto da situação e que medidas têm sido empreendidas?

bruno dimas – A qualidade dos produtos agrícolas e agro-alimentares tem vindo a ser um ponto de debate importante como garante de competi-tividade da agricultura da União Euro-peia face à concorrência no mercado global. A título de exemplo refira-se o debate sobre o Livro Verde da Qualida-de dos produtos alimentares Qualida- desenvol-vido pela Comissão Europeia em 2008 e que irá dar origem a iniciativas legis-lativas enquadradoras de um sistema europeu para a qualidade.

Convém assinalar que o sector hor-tofrutícola tem uma larga experiência em regimes de certificação de produto business to business , em que as exi-gências da distribuição sobre práticas culturais e de conformidade de produto são uma condição para estar presente no mercado. A este nível os Programas Operacionais estão também orientados para permitirem o apoio à participação nestes regimes.

No documento Associação Portuguesa de horticultura (páginas 26-29)

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