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Índice de Katz Escala de atividades de vida diária

As discussões das respostas do questionário respondido pela cuidadora, foram aqui descritos, baseados nas atividades de vida diária do idoso no período pré intervenção até o período pós intervenção. Nesse sentido, Abreu et al. (2005) corroboram relatando que por meio da observação do progresso das atividades de vida diária do paciente é possível avaliar a evolução da doença de Alzheimer.

Observamos no questionário respondido pela cuidadora que o paciente com Alzheimer se encontra em um estado de dependência moderada. Também podemos destacar, com os dados analisados, que não houve mudanças com o programa de exercícios físicos, mantendo as respostas da fase pré até a pós intervenção. Em relação aos resultados, não houve evolução, ressaltamos que este é um aspecto importante, pelo fato de indivíduos idosos e com Alzheimer terem um declínio progressivo e com o passar do tempo o acontecimento de incapacidades na sua vida diária avançam (LACKS et al., 2000.

Para concluir, a observação do idoso no desenvolvimento das atividades propostas durante os três meses produziu resultados positivos. O idoso com Alzheimer conseguiu realizar os exercícios propostos seguindo o planejamento, como caminhadas, alongamentos de membros superiores e inferiores e exercícios de força de membros superiores e inferiores. Observamos algumas dificuldades nas funções cognitivas e físicas, por ser um indivíduo sedentário e com a doença de Alzheimer, mas de forma geral esteve sempre disposto em realizar o que era proposto no dia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos com o presente estudo que as intervenções do programa de exercícios físicos tiverem resultados positivos, colaborando com a evolução ou a manutenção comparado aos níveis anteriores. Destacamos algumas melhorias nas funções cognitivas do idoso como orientação, memória, atenção, evocação e linguagem; e nos parâmetros de aptidão física como força muscular e flexibilidade (membros superiores e inferiores), resistência aeróbica, agilidade/equilíbrio dinâmico e composição corporal.

Dessa forma, o exercício físico pode ser um aliado no tratamento não farmacológico dessa doença, auxiliando na proteção dos declínios cognitivos e na manutenção das capacidades funcionais proporcionando uma melhor qualidade de vida para pessoas com demências. A partir deste aspecto, a Faculdade Americana de Medicina Esportiva (1998) traz que os benefícios do exercício e da atividade física regular auxiliam os idosos a terem uma vida mais saudável e serem mais independentes, aumentando sua qualidade de vida e também suas capacidades funcionais.

Por fim, como um futuro profissional da área da saúde, vejo como uma importante intervenção a atuação do educador físico sobre esta população com diagnósticos de patologias. Poder vivenciar, intervir e estudar a relação com o exercício físico é gratificante, além de proporcionar uma valorização a esta área que cresce continuamente.

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