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Ação de Formação (Aprender a prevenir VIH/SIDA)

4.1.1. Tema desenvolvido (justificação)

O tema que escolhi com a ajuda do supervisor foi: “aprender a prevenir VIH/SIDA”. A escolha deste tema deriva do fato de eu já ter uma experiência, anterior, como preletor, quando se desenvolveu um dos vários projetos levados a cabo pela Coordenação Nacional para a Infeção VIH/SIDA.

O principal objetivo desta formação era, capacitar toda a população escolar da EB das Furnas (alunos, pessoal docente e não docente) para uma doença em que atualmente a única forma de “tratar” é prevenir.

Inicialmente, eu e o professor cooperante, definimos que a ação de formação se destinaria somente à população escolar da EB das Furnas e aproveitando essa mais valia que eu possuia, entendemos que seria uma oportunidade a não perder, visto podermos abordar aprofundadamente um assunto em que diariamente surgem muitas duvidas por falta de informação. Assim era nosso objetivo, capacitar com toda a informação existente e esclarecer todas as dúvidas e mitos existentes junto da população escolar.

4.1.2. Estratégias de Apresentação

Preparar uma apresentação requer sempre uma preparação cuidada, para que se faça passar a informação pretendida mantendo sempre o publico alvo atendo. Desta forma utilizei a ajuda de uma apresentação em PowerPoint, onde utilizava imagens a acompanhar o texto, fazendo com que o público alvo estivesse sempre concentrado.

Tive em atenção, outro ponto importante, que é a seleção dos conteúdos, pois tentei utilizar uma linguagem mais proxima da que os adolescentes utilizam hoje em dia, tentando desta forma captar e manter a atenção deles nos conteúdos que estavam a ser transmitindos.

A ação de formação teve a duração de 60 minutos. Uma primeira parte, 20 minutos, onde através do PowerPoint, eu transmiti todos os conceitos ligados ao tema

25 em si e uma segunda parte, 40 minutos, onde ocorreu uma interação entre o público e o preletor, com o público a colocar as suas questões prontamente esclarecidas por mim.

4.1.3. Relatório

A ação de formação que desenvolvi decorreu dentro do esperado, com adesão total da população escolar da EB das Furnas. Quanto à minha preleção propriamente dita, senti-me confiante, pois estava perfeitamente à vontade na temática abordada. A parte que mais “gozo” me deu foi precisamente a interação com o público, porque algumas das questões colocadas pelos alunos permite-nos, utilizar por vezes uma linguagem mais propria da suas idades para os esclarecer.

Em suma, sinto que o meu trabalho com esta ação de formação foi bem desenvolvido visto ter conseguido eliminar algumas, melhor bastantes, dúvidas e pensamentos errados que existia sobre este tema.

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27 No presente capítulo será feito um breve enquadramento teórico da problemática do VIH/SIDA, que servirá de base para a apresentação da minha ação de formação na Escola Básica e Integrada das Furnas.

O problema da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) é sem dúvida o grande problema, ao nível da saúde do final de século XX e inicio do século XXI.

Infelizmente, mesmo com o desenvolvimento da ciência, ainda não foi possível formular um tratamento que possa eliminar o vírus do organismo da pessoa infetada.

Como não podemos tratar, resta-nos prevenir.

No capítulo da prevenção, a escola desempenha um papel de relevo, através da educação para a saúde, onde os seus alunos podem e devem ser alertados para os riscos que correm e como deverão agir para evitarem ser infetados.

Seguidamente, será feito um enquadramento do vírus da imunodeficiência humana (VIH), o que é, a sua origem, a forma como foi transmitido para o ser humano e como deveremos evitar sermos infetados por ele.

5.1. Vírus

Na generalidade, os vírus, são partículas com tamanhos compreendidos entre os 18 e os 30 nanómetros (1 nanómetro = 10-9 metros).

Os vírus não são batérias nem células. Estes possuem uma estrutura extremamente simples. Não conseguem crescer nem dividir-se sem a ajuda, logo, tornam-se parasitas e vivem no seio das células vivas, cujo material utilizam para se multiplicarem.

Os vírus são muito específicos, cada vírus infeta preferencialmente uma determinada espécie de células. Cada ser vivo é sensível a certos tipos de vírus, no caso do ser humano, muitos dos vírus que nos parasitam são responsáveis pelas mais variadas doenças, tais como, sarampo, rubéola, hepatite B, papeira, SIDA.

Os vírus são constituídos por sequências de ácidos nucleicos que codificam, quer para a sua própria replicação quer para a elaboração de proteínas que irão posteriormente constituir o invólucro do mesmo, quando este deixa a célula hospedeira.

Cada partícula de um vírus é constituída pelo genoma, capside e o invólucro. A classificação dos vírus faz-se em função da natureza do seu genoma (ácido desoxirribonucleico (ADN) ou ribonucleico (ARN) ) e da estrutura da partícula vírica.

28 Por sua vez, os retrovírus, são um grupo de vírus em que o seu genoma é composto por ácido ribonucleico (ARN) e pela presença de uma enzima denominada de transcriptase reversa.

Esta enzima permite a transcrição do ácido ribonucleico (ARN) vírico em ácido desoxirribonucleico (ADN), somente quando ocorre esta transformação é que o material genético do retrovírus consegue integrar-se no material genético da célula hospedeira em que o vírus penetrou.

Os retrovírus humanos conhecidos são:

HTLV 1, isolado em 1978 por R. Gallo (USA). Assim designado porque se identifica nos linfócitos T humanos;

HTLV 2, descoberto em 1982 pela mesma equipa. Estes dois retrovírus estão na origem de leucemias humanas;

VIH 1, responsável pela síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA);

VIH 2, isolado em alguns doentes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) na África Ocidental.

5.1.1 - Vírus da imunodeficiência humana (VIH)

Quanto ao vírus da imunodeficiência humana (VIH), é um vírus que pertence à família dos retrovírus, a sua cadeia de ácido ribonucleico (ARN) comporta cerca de 9200 nucleótidos.

O vírus contém proteínas antigénias, estas produzem anticorpos que podem ser identificados nos indivíduos infetados.

Segundo, Cunningham (2010), vírus da imunodeficiência humana (VIH) infeta o sistema imunitário, principalmente os linfócitos TCD4+, pois estas células têm a particularidade de apresentar na sua membrana citoplásmica moléculas que são receptoras do vírus.

Após a sua penetração no linfócitos TCD4+, o genoma do vírus da imunodeficiência humana (VIH) é transcrito em ácido desoxirribonucleico (ADN), graças à transcriptase reversa contida na partícula vírica. O ácido desoxirribonucleico (ADN) que contém a informação genética do vírus integra-se no ácido desoxirribonucleico (ADN) do núcleo celular. Daqui em diante, a sua evolução pode seguir duas vias:

29 - o vírus integrado no genoma celular é replicado passivamente cada vez que a célula de divide;

- o vírus comanda a replicação, utilizando o material da célula para sintetizar as proteínas do invólucro, resultando daqui uma numerosa produção de partículas víricas que se libertam da célula.

A destruição dos linfocitos T4 leva a que os microrganismos habitualmente não patogénicos, se tornem patogénicos, para os indivíduos infetados pelo vírus da imunodeficiência humana, dando assim origem às infeções ditas oportunistas.

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