Parte II: Temas desenvolvidos durante o estágio
3. Impacto ambiental dos resíduos de medicamentos
3.8. Ação de sensibilização: Um dia com a VALORMED
Durante o estágio curricular tive oportunidade de realizar uma pequena ação de sensibilização às crianças do infantário Passinhos de Rei, para ajudar a transmitir a importância da reciclagem dos medicamentos, não só às crianças e seus familiares, mas também às educadoras e funcionários do estabelecimento.
O infantário endereçou o convite à farmácia e por decisão conjunta com a Dr.ª Clara, decidimos apostar neste tema, tratando-se de uma temática pouco conhecida pelas crianças, e talvez por muitos dos seus pais.
Entramos em contacto com a VALORMED, que se mostrou recetiva à nossa ação tendo enviado material de apoio à mesma. Como suporte à apresentação, foi-nos enviado uma apresentação em PowerPoint que integrava vários aspetos acerca da missão e dos objetivos da VALORMED e também um vídeo explicativo, que resumia todo o conteúdo da apresentação. Foram também enviados uns kits de oferta para as crianças, que incluíam lápis para colorir e um caderno de atividades, e também panfletos informativos direcionados para os pais. A ação decorreu no dia 19 de julho de 2018 no infantário e foi dirigida para as salas do jardim de infância das crianças com idades entre os 3 e os 5 anos. Foram divididos em dois grupos com cerca de 20 crianças, de forma a facilitar a apresentação. Aproveitei os documentos de suporte enviados pela VALORMED, tendo adaptado o seu conteúdo às faixas etárias em questão (Anexo VI).
Iniciei a intervenção por falar um pouco da reciclagem e da sua importância. Todas as crianças já conheciam os três ecopontos e sabiam fazer a separação de diferentes materiais. Como forma de introdução, comecei por falar um pouco da perigosidade dos medicamentos e da necessidade de serem sempre manuseados por adultos. Introduzi o conceito de prazo de validade, ainda desconhecido para algumas crianças dada a sua idade. Alertei para o facto de os medicamentos, tal como os alimentos, terem prazo de validade e para a necessidade de controlo regular desse mesmo prazo. Com isso, referi a existência dos contentores VALORMED na farmácia, a sua finalidade e importância e referi o que se pode ou não depositar nos mesmos.
Para tornar a apresentação mais interativa, utilizei embalagens de medicamentos e contentores da VALORMED para dar a conhecerem as diversas formas farmacêuticas. No final da apresentação, como forma de recapitular foram mostrados vários produtos (medicamentos, seringas, etc.) para indicação do contentor de depósito correto. Ao fazer este jogo, pude perceber se as crianças tinham retido a maioria da informação passada ao responderem às questões colocadas, resolvendo algumas dúvidas que surgissem.
Todas as crianças tinham sido alertadas para trazerem uma embalagem de medicamentos e, no final, foram convidadas a depositar essa mesma embalagem num contentor VALORMED, como gesto simbólico, contribuindo para a preservação do ambiente e a levantar um saco reutilizável na Farmácia para fazerem essa separação em casa. Levaram os kits de oferta para
40 casa e as educadoras ficaram responsáveis por distribuir aos pais os folhetos informativos “Um medicamento fora de uso tem mais vida do que imagina” com a informação relevante.
3.9. Considerações finais
A ação teve boa adesão por parte das crianças do infantário, que apesar de muito novas assimilaram as principais ideias transmitidas. Recebemos também um bom feedback por parte das educadoras que achavam que a recolha na farmácia apenas se destinava a medicamentos com validade expirada e que colocavam, naturalmente, as embalagens vazias no lixo doméstico ou na reciclagem comum.
A importância da reciclagem de resíduos urbanos, como pude comprovar, é transmitida às crianças desde cedo, o que não acontece com os medicamentos. A apresentação teve como principal objetivo alertar para a importância da utilização responsável dos medicamentos, da sua reciclagem e entrega na farmácia.
As crianças representam um grupo populacional mais apto a novos conhecimentos que ficarão, mais facilmente, incutidos na sua vida futura. Por esta razão é importante incutir estes conceitos de responsabilidade nas idades mais jovens.
Com a realização desta ação, pude ajudar a FSM a afirmar a sua responsabilidade como farmácia aderente ao SIGREM, atuando “fora de portas”, na sensibilização para a sustentabilidade ambiental promovida pela VALORMED.
Para concluir, os medicamentos, bem como os seus resíduos, podem ter efeitos nefastos para o ambiente, para os seres humanos e animais, principalmente, quando a sua eliminação não é feita de forma adequada. A VALORMED tem um papel essencial na sustentabilidade ambiental ao fazer a gestão destes resíduos, mas a sua missão só será bem sucedida se o seu propósito for divulgado à comunidade. A farmácia comunitária surge aqui como intermédia, fazendo a ponte com o público alvo.
41
Referências bibliográficas
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[10] Decreto-Lei nº106-A/2010, de 1 de outubro, disponível em https://dre.pt (acesso a 30/07/2018);
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http://www.infarmed.pt (acesso a 30/07/2018);
[14] Portaria nº224/2015, de 27 de julho, disponível em https://dre.pt (acesso a 30/07/2018);
[15] Despacho nº2935-B/2016, de 24 de fevereiro, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 30/07/2018);
[16] Portaria nº1471/2004, de 21 de dezembro, http://www.infarmed.pt (acesso a 30/07/2018);
[17] Normas relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde, disponível em http://www.infarmed.pt
(acesso a 30/07/2018);
[18] Portaria nº195-B/2015, de 30 de junho, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 30/07/2018); [19] Infarmed, Regimes excecionais de comparticipação, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 30/07/2018);
[20] Decreto-lei nº48-A/2010, de 13 de maio, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 30/07/2018); [21] Decreto Regulamentar nº61/1994, de 12 de outubro, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 1/08/2018);
[22] Despacho nº18694/2010,18 de novembro, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 1/08/2018); [23] Deliberação nº1500/2004, 7 de dezembro, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 1/08/2018); [24] Despacho 17690/2007, de 23 de julho, disponível em http://www.infarmed.pt (acesso a 2/08/2018); [25] Machuca, M. et al, Guía de Indicación Farmacéutica. Grupo de Investigácion en Atención Farmacéutica, Universidad de Granada, disponível em http://digibug.ugr.es (acesso a 2/08/2018);
[26] Portaria nº1429/2007, de 2 de novembro, http://www.infarmed.pt (acesso a 4/08/2018); [27] Portaria nº97/2018, de 9 de abril, disponível em http://www.iasaude.pt (acesso a 4/08/2018);
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42
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43
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44
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[90] SIC Notícias - Investigadores detetam presença de 32 medicamentos nas águas do Tejo, disponível em
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[91] VALORMED – Quem somos?, disponível em http://www.valormed.pt (acesso a 15/09/2018); [92] Decreto-Lei nº366-A/1997, de 20 de dezembro, disponível em https://dre.pt (acesso a 15/09/2018); [93] VALORMED – Relatório de atividades 2017, disponível em http://www.valormed.pt (acesso a 15/09/2018);
[94] VALORMED – Indicadores e dados gerais 1º semestre 2018, disponível em http://www.valormed.pt
(acesso a 15/09/2018);
45
Anexos
46
Anexo I: Formação científica complementar
Data
Formação
Duração
Local
05-fev-18 BioActivo® Glucosamina e BioActivo® Vitamina D 40min Farmácia Silva Marques
14-fev-18 Espaço Veterinário 3h Hotel Holliday Inn
21-fev-18 GSK® - Dor Lombar 3h ANF Porto
26-fev-18 Ducray® Novidades 2018 3h Pierre Fabre Porto
27-fev-18 Avène® Pele sensível do rosto 3h Pierre Fabre Porto
20-mar-18 Consumer Healthcare 3,5h Pierre Fabre Porto
16-mar-18 Cuidados do doente ostomizado 3h ANF Porto
02-mai-18 Gama Ducray® 7h Pierre Fabre Porto
10-mai-18 Gama Galenic® 3,5h Pierre Fabre Porto
15-mai-18 Klorane® Corpo e cabelo 6,5h Pierre Fabre Porto
14-mai-18 Ducray® Cuidados Dermatológicos 3h Pierre Fabre Porto
29-mai-18 Gama Avène® 6h Pierre Fabre Porto
30-mai-18 Gama A-derma® 6h Pierre Fabre Porto
05-jun-18 Avène® Casos práticos 3,5h Pierre Fabre Porto
47
Anexo II: Ferramentas para avaliação do risco cardiovascular
(Norma Direção Geral de Saúde – Avaliação do Risco Cardiovascular SCORE, disponível em
https://www.dgs.pt (acesso a 14/09/2018)
Risco Cardiovascular para adultos com idade igual ou superior a 40 anos ou inferior a 65 Algorítmo clínico para cálculo do risco cardiovascular
48
49
50
51
52
53
55
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
Relatório de Estágio Profissionalizante
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.
Março e abril de 2018
Irina Filipa Lima Lousa
Orientador: Dr. Miguel Fernando Magalhães Da Silva Peixoto
II
Declaração de Integridade
Declaro que o presente relatório é de minha autoria e não foi utilizado previamente
noutro curso ou unidade curricular, desta ou de outra instituição. As referências a outros
autores (afirmações, ideias, pensamentos) respeitam escrupulosamente as regras da
atribuição, e encontram-se devidamente indicadas no texto e nas referências bibliográficas,
de acordo com as normas de referenciação. Tenho consciência de que a prática de plágio e
auto-plágio constitui um ilícito académico.
Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 1 de outubro de 2018,
III
Agradecimentos
No final desta etapa, não posso deixar de mencionar e manifestar a minha gratidão a
todos aqueles que, mesmo sem se aperceberem, me ajudaram a crescer ao longo destes 5
anos.
Em primeiro lugar, agradeço à Faculdade de Farmácia da Universidade de Porto por tão
bem me ter recebido e por proporcionar aos seus alunos uma formação de excelência.
À Comissão de Estágios, por tornarem possível, a mim e restantes colegas, a realização
do estágio curricular.
À Professora Doutora Alice Santos-Silva e ao Professor Doutor Luís Belo, pela
disponibilidade e confiança, por me terem dado a oportunidade integrar o núcleo de
investigação e contribuído para o meu crescimento profissional e pessoal. Um especial
agradecimento à Doutora Sandra Ribeiro e à Doutora Susana Rocha, pelo acompanhamento
e pela amizade.
Ao Dr. Miguel Peixoto, enquanto orientador, pelo cuidado e disponibilidade
demonstrados. A toda a equipa e profissionais com quem tive oportunidade de trabalhar,
pelo acolhimento, integração e simpatia.
Aos meus amigos, pelos momentos de compreensão, apoio e ajuda intermináveis. Por
terem dado sentido a todo este percurso.
Por fim, mas sempre em primeiro lugar, agradeço à minha família que sempre foi o meu
porto de abrigo. Aos meus pais, pelo esforço, pelo amparo e pelo carinho, hoje e sempre.
Sem eles, nada disto seria possível
IV
Resumo
O estágio curricular em farmácia hospitalar, ao permitir o contacto com o ambiente
hospitalar, possibilita a aquisição de novas perspetivas quanto ao papel do farmacêutico nas
instituições de saúde, contribuindo para o crescimento pessoal e profissional do estudante de
Ciências Farmacêuticas.
O presente relatório é relativo ao estágio realizado no Serviço Farmacêutico do Centro
Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E, durante os meses de março e abril de 2018,
e funciona como documento ilustrativo da aprendizagem adquirida.
Ao longo do período de estágio foi-me dada a conhecer da estrutura dos Serviços
Farmacêuticos, bem como o seguimento e acompanhamento das várias atividades do
farmacêutico, integrado nos diferentes setores (Anexo I).
Tendo em conta os objetivos de estágio propostos e as competências desenvolvidas, este
trabalho descreve o funcionamento das áreas de intervenção farmacêutica e os
procedimentos internos adotados em cada situação, com base na legislação aplicável e nas
normas de orientação que asseguram o cumprimento das boas práticas. O presente relatório,
de forma a integrar todo o circuito do medicamento hospitalar, descreve as atividades de
gestão, desde a seleção e aquisição de produtos farmacêuticos, de farmacotecnia, de
distribuição e ainda a passagem pelos ensaios clínicos.
V
Índice
Agradecimentos ... III Resumo ... IV Índice de abreviaturas, siglas e acrónimos ... VI Índice de tabelas ... VII Índice de figuras ... VII 1. Introdução ... 1 2. Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E. ... 2
2.1. Serviço Farmacêutico Hospitalar ... 2
3. Circuito do medicamento hospitalar ... 4 4. Gestão de medicamentos e outros produtos farmacêuticos ... 6
4.1. Seleção e aquisição ... 6 4.2. Receção e conferência ... 7 4.3. Armazenamento ... 7
5. Sistemas de distribuição ... 9
5.1. Distribuição clássica ... 9 5.2. Distribuição individual diária em dose unitária ... 10 5.3. Circuitos especiais de distribuição ... 11 5.4. Distribuição em regime de ambulatório ... 13
6. Produção ... 16
6.1. Manipulação não estéril ... 16 6.2. Manipulação estéril ... 16 6.3. Reembalagem ... 23
7. ENSAIOS CLÍNICOS ... 25
7.1. Etapas de um ensaio clínico ... 26 7.2. Circuito do medicamento experimental ... 27
8. Considerações finais e conclusão ... 29 Referências bibliográficas... 31 Anexos ... 33
VI
Índice de abreviaturas, siglas e acrónimos
AA: Armazéns Avançados
AIM: Autorização de Introdução no Mercado
AO: Assistentes operacionais
AUE: Autorização de Utilização Excecional
CA: Conselho de Administração
CAUL: Certificado de Autorização de Utilização de Lotes
CE: Comissão de Ética
CEIC: Comissão de Ética para a Investigação Clínica
CFLh: Câmara de fluxo laminar horizontal
CFLv: Câmara de fluxo laminar vertical
CFT: Comissão de Farmácia e Terapêutica
CHVNG/E: Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
DCI: Denominação Comum Internacional
DIDDU: Distribuição individual diária em dose unitária
E.P.E.: Entidade Pública Empresarial
EC: Ensaio Clínico
EPI: Equipamento de proteção individual
FA: Farmácia de ambulatório
FH: Farmacêutico hospitalar
FNM: Formulário Nacional de Medicamentos
FO: Farmácia Oncológica
GCL-PPCIRA: Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de
Infeções e Resistências aos Antibióticos
GCP: Good clinical practices (boas práticas clínicas)
GSFarma: Gestão de stocks do Armazém Central
HD: Hospital de dia
ICH: International Council on Harmonization
INFARMED: Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.
ME: Medicamento experimental
NP: Nutrição parentérica
PAP: Programa de Acesso Precoce
RCM: Resumo das Características do Medicamento
RFID: Radiofrequency identification (identificação por radiofrequência)
SA: Serviço de Aprovisionamento
SC: Serviços Clínicos
SF: Serviço Farmacêutico
SNS: Serviço Nacional de Saúde
SOP: Standard operating procedures (procedimentos normalizados de trabalho)
TDT: Técnicos de diagnóstico e terapêutica
VII
Índice de tabelas
Tabela 1. Horário de funcionamento, em dias úteis, dos setores do SF do CHVNG/E, E.P.E. ... 3 Tabela 2. Armazéns do SF do CHVNG/E, E.P.E. ... 8
Índice de figuras
Figura 1. Circuito do medicamento hospitalar. ... 4 Figura 2. Exemplo da embalagem de levotiroxina, de acordo com o método Tall Man Lettering. 24
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1. Introdução
O estágio curricular é parte integrante da formação do estudante de Ciências Farmacêuticas. Representa o primeiro contacto com a realidade profissional, com o objetivo de dar conhecer os aspetos práticos da profissão desenvolvendo as competências técnicas e deontológicas.
O farmacêutico, como profissional de saúde especializado no medicamento, desempenha um papel de destaque em todas as fases do seu circuito. No contexto hospitalar, o farmacêutico, integrado em equipas multidisciplinares, desempenha funções que garantem o bom funcionamento dos serviços de saúde [1].
O Serviço Farmacêutico (SF) hospitalar, como unidade de apoio clínico, é responsável pelo “conjunto de atividades farmacêuticas exercidas em organismos hospitalares ou serviços a eles ligados para colaborar nas funções de assistência que pertencem a esses organismos e serviços e promover a ação de investigação científica e de ensino que lhes couber”. A direção do SF é, obrigatoriamente, assegurada por um farmacêutico hospitalar (FH), com o título de especialista pelo respetivo colégio da Ordem dos Farmacêuticos [2].
O SF movimenta uma grande percentagem do orçamento da saúde. É também no meio hospitalar que se sente o maior impacto da introdução de novos medicamentos que exige constante atualização e formação [3].
Nas instituições, o farmacêutico deve garantir o acesso ao medicamento em condições de segurança adotando medidas conducentes à eficácia do sistema hospitalar, de forma a aumentar a qualidade na prestação de cuidados de saúde. Assim, a atuação do farmacêutico deve assegurar a correta manutenção de todas as fases do circuito do medicamento hospitalar, sendo responsável pelas seguintes funções [2,4].
• Seleção, preparação, controlo e distribuição de medicamentos, dispositivos médicos e