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A contribuição da Tecnologia da Informação (TI) e das comunidades virtuais

No documento Portal turístico baseado na web 2.0 (páginas 38-41)

2.3 COMUNIDADES VIRTUAIS

2.3.6 A contribuição da Tecnologia da Informação (TI) e das comunidades virtuais

Conforme Crescitelli e Lucht (2010), o mundo atualmente vive um período em que as inovações tecnológicas determinam o modo de como as organizações estruturam seus processos, como se comunicam e como se inter-relacionam. Particularmente, a utilização da TI se apresenta como um dos principais saltos dessa transformação, permitindo desde a otimização das estruturas organizacionais existentes até a criação de novos arranjos institucionais. Inclusive possibilitando a criação de novas oportunidades de atuação neste novo e complexo ambiente competitivo, uma vez que a plataforma principal que mantém todas essa estrutura é a Internet, um meio público, de fácil acesso e de alcance global.

Atualmente, a gestão pró ativa do conhecimento assume um papel fundamental para a competitividade das organizações. A essa gestão exige-se muito mais que investimentos em tecnologia e gerenciamento de inovação, exige-se compreensão das características e demandas do ambiente competitivo, assim como o entendimento das necessidades individuais e coletivas associadas aos processos de criação e aprendizado. Os avanços na informática e nas tecnologias de comunicação assumem papel fundamental na gestão do conhecimento, fazendo o uso de sistemas de informação para o compartilhamento de informações ou mesmo do conhecimento. (MORAES, 2007, p. 164).

Para Moraes (2007, 169):

As tecnologias de informações para o turismo são essenciais para a demanda, já que requerem geração, coleta, processamento, aplicação e comunicação da informação para as operações. Os consumidores se beneficiarão, pois permite uma cooperação mais eficiente entre os prestadores de serviços. O uso da TI permite cada vez mais deixar seu produto vendido tangível ao cliente.

Da parte do turista, esse frequentemente tem que se organizar ao máximo para poder desfrutar de momentos de lazer. Conforme Oliveira (2010), presenciamos um momento em que se acreditava que o desenvolvimento tecnológico possibilitaria um repouso maior ao trabalhador, pois as máquinas fariam boa parte do trabalho do homem, por consequente lhe proporcionaria maior tempo livre para atividades de lazer. Porém, bem pelo contrário, apesar de toda a tecnologia que facilita o meio para o trabalhador, o que se observa é o individuo cada vez mais ocupado com o trabalho, concretizando até mesmo uma confusão entre o momento de descanso e o de trabalho.

A falta de tempo livre nos dias atuais e o controle com os gastos exigem que o turista faça uma melhor programação para o momento de lazer, principalmente, para o turismo. Para melhor se planejar, a Internet assume papel fundamental, pois nela encontram- se informações de qualquer lugar no mundo a qualquer hora, informações que podem váriar em elementos textuais, imagens e vídeos ou até mesmo a rota e o tempo necessário para viajar até o destino. Com a evolução das tecnologias, o homem passou a conhecer o mundo de uma forma diferente. Hoje ele não precisa mais viajar horas para conhecer um lugar totalmente novo.

Conforme Baldanza e Abreu (2010),

Quando pensamos em modificações no tempo e espaço, alavancadas dentre outros fatores pelas tecnologias contemporâneas de comunicação, vislumbramos estar presente em locais antes mesmo de chegarmos lá fisicamente. A interação nas comunidades virtuais voltadas ao turismo enfoca principalmente a troca de informações, imagens e experiências de viagens e similares. Deste modo, estas comunidades possibilitam a seus membros conhecerem lugares antes mesmo de realizarem suas viagens.

Com base no nível informação que hoje circula na rede, é comum o turista, antes de viajar, pesquisar na Internet informações sobre o local que ele deseja visitar, em outros casos, até mesmo dar início na busca de um local indefinido para passear. O fato de poder pré- visualizar o destino turístico faz com que o viajante se sinta mais confortável, consequentemente, que tenha menos receio quanto a possibilidade de realizar uma viagem frustrante, não atendendo as suas expectativas.

Segundo Miranda (2001, apud O’CONNOR, 2010, p. 3), a informação assume grande importância dentro do turismo, pois sabe-se que sem ela o setor do turismo não funcionaria. Os turistas, obrigatoriamente, necessitam de informação antes de partirem para uma viagem, tal informação tem o intuito de auxiliá-los a planejar e a tomar decisões à medida que aumenta a tendência de viagens com destinos mais independentes.

Conforme Miranda (2010, p. 4), o tempo tornou-se uma mercadoria escassa na atual sociedade. Dessa forma, o acesso a informações precisas, confiáveis e relevantes é primordial para auxiliar o turista a fazer uma escolha mais apropriada, uma vez que ele não pode pré-testar o produto e, muito improvável, receber o seu dinheiro de volta, caso a viagem não corresponda a seus planos.

Segundo Miranda (2001, apud O’CONNOR, 2010), quanto maior a sensação de risco durante o processo de pré-compra, maior a possibilidade de o consumidor buscar informações sobre o produto. A necessidade de adquirir informação se dá por certas

características que atuam sobre o produto turístico, entre elas a intangibilidade, ou seja, o produto turístico não pode ser palpável antes da compra. O turista, em primeira viagem, torna- se totalmente dependente de representações e descrições que o auxiliam no processo de decisão.

Para o turismo, pode-se afirmar que:

A Internet possui um grande potencial servindo como um canal de distribuição direto para todos os tipos de serviços de viagem, e como base para apresentações ricas em recursos de multimídia sobre os destinos de viagem. Ao mesmo tempo, os clientes exigem níveis mais altos de serviço, melhor qualidade da informação e tende a ter férias mais curtas e a viajar mais espontaneamente. (MIRANDA, 1996, apud TSCHANZ e KLEIN, 2010, p. 4).

Com o surgimento da Web 2.0, tornou-se possível a colaboração de pessoas comuns no mundo virtual, de tal modo que a interação dessas se tornou tão popular que é difícil imaginar um meio melhor de formar uma base de dados tão rica em nível de informação.

Para Caçador (2010, p. 10), o turismo deve se adaptar às novas tecnologias que circulam na Internet, principalmente, no que se refere ao conceito de Web 2.0. Com base na filosofia da nova web, o que se espera é tomar proveito do conhecimento individual de cada turista ou agente divulgador e da interação coletiva, assim formando uma fonte de dados rica para o setor do turismo. A Web 2.0 assume papel fundamental para conquistar turistas de uma nova geração que prefere recorrer a rotas mais independentes ao invés de recorrer aos tradicionais pacotes fechados. Para auxiliar o processo de decisão sobre o local a viajar, a nova geração de turistas recorre a recomendações de amigos e conselhos que circulam dentro das redes sociais.

Caçador (2010, p.11), ainda, expõe que “a crescente popularidade das redes sociais como fontes de referenciação de experiências e aquisição foi também já identificada pelos agentes turísticos, que, em alguns casos, estão a tirar partido ativamente desse meio de promoção”.

3 MÉTODO

Para Silva e Menezes (2005), a metodologia tem como objetivo mostrar como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo. Identifica como se processam as operações mentais no processo de pesquisa científica. Mostra como é a abordagem científica pelos métodos: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico. A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou previsível. Adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso. O percurso, muitas vezes, requer a revisão de cada etapa.

No documento Portal turístico baseado na web 2.0 (páginas 38-41)

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