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B. Fauna Terrestre

1) A dinâmica e os processos de transformações da paisagem na área selecionada,

que ocorrem de duas maneiras distintas:

Menos intensa – zona onde prevalece à cronologia inerente aos processos

naturais e refere-se às áreas onde se localizam as Unidades de Conservação relativas ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães,

Mais intensa – zona onde os processos naturais são intensificados pelos

processos antropogênicos decorrentes da tensão antrópica exercida pela zona de influência dos municípios onde está inserida.

2) Esta área já possui um estudo sobre o Macrozoneamento Ambiental e Plano de Manejo, de acordo com a legislação federal.

3) Devido à quantidade e qualidade das informações sobre o meio físico, biótico, social e econômico que estão disponibilizados devido aos estudos realizados nesta região e disponibilizado pelo serviço público.

4.1.1. Material Bibliográfico

Primeiramente, foram utilizadas diversas fontes, como livros, artigos e outras publicações para realizar a revisão bibliográfica com temas relacionados ao interesse da pesquisa, destacam- se as imagens orbitais, o material cartográfico e documentos jurídicos. Entretanto, esse estudo também se baseia no resgate de documentos em registros que continham informações sobre desmatamentos e queimadas na região onde se localiza a área de estudo, existentes nas organizações governamentais.

No segundo momento, utilizaram-se fontes bibliográficas mais específicas que deram suporte à caracterização da área de estudo, e que se basearam em dados presentes, contendo informações relativas à análise regional, bem como nos relatórios do Macrozoneamento

Ambiental do PCBAP, da Área de Proteção Ambiental Estadual de Mato Grosso e do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

Foram ainda utilizados como material básico os mapas temáticos de solo, relevo, hidrografia, vegetação, estrutura fundiária, geomorfologia, malha viária, bem como as imagens orbitais, a série de dados históricos dos focos de calor, arrolando os atributos relacionados à pesquisa e enfatizando descrição do material utilizado.

4.1.2 Material Utilizado

Para obtenção e processamento das informações necessárias à realização da pesquisa foram recuperados os seguintes dados:

a. Dados diários das Coordenadas Geográficas dos focos de calor dos incêndios no período considerado na pesquisa, detectados em imagens digitais do canal 3 (3,7 um, infravermelho termal) do sensor AVHRR, a bordo da série de satélites NOAA, com uso diário de imagens de detecção de queimadas em tempo quase real na época de estiagem no Brasil Central e Sul da Amazônia (FEMA, 2004). b. Mapa da localização do PARNA e zona de influência (transição).

c. Banco de Dados Gráficos, onde estão organizados os limites do Parque Nacional, hidrografia, relevo, estradas, vegetação, uso e ocupação do solo.

d. Banco de dados alfanumérico onde serão armazenados dados sobre vegetação, relevo, solo, geologia, hidrografia, malha viária, estrutura fundiária, área, perímetro, código da feição representada, e os focos de calor,

e. A malha viária principal e secundária e os dados temáticos de interesse no Parque Nacional e entorno,

f. As imagens orbitais no período da pesquisa.

g. A mancha urbana que exerce tensão antrópicas no Parque Nacional.

4.1.3. Equipamentos, Programas e Configurações.

Os dados serão processados e analisados com o auxílio dos seguintes equipamentos: a. Computador pessoal

b. Impressora a jato de tinta colorida,

d. Microsoft Word, Access e Excel 2000, para a elaboração de planilhas e redigir esta dissertação devidamente licenciada.

O computador pessoal foi configurado para trabalhar com diversos sistemas operacionais, criando-se um ambiente integrado e extremamente operacional, abrangendo uma larga faixa de aplicações desenvolvidas em diferentes sistemas operacionais, desde a editoração eletrônica e multimídia, passando pelos SIG’s, planilhas eletrônicas, sistemas gerenciadores de banco de dados e editor-conversores de imagens. Essa estratégia é bastante conveniente quando se trabalha com programas de domínio público que permitem integrar os diversos programas utilizados no desenvolvimento do trabalho.

4.2. Método do Trabalho

Para a realização desta pesquisa, utilizou-se uma base teórica e prática voltada à interpretação e análise dos fenômenos, através da revisão bibliográfica, manipulação das informações com a utilização de um SIG que permite realizar as mais diversas atividades: medir e observar parâmetros ambientais; criar mapas que retratam as características da superfície terrestre; monitorar mudanças no espaço e no tempo considerado, e modelar alternativas de ações e processos, agindo no ambiente.

Com o uso do SIG, na área estudada, procurou-se avaliar o potencial de sua tecnologia para fornecer subsídios ao planejamento territorial, tanto a nível municipal, como regional desenvolvendo análises espaciais e novas informações sobre os recursos ambientais. Portanto, são usadas ferramentas importantes para a área de gestão de recursos ambientais, tais como: cadastro técnico multifinalitário com ênfase na gestão dos incêndios, e sistema de informações geográficas que permite o manejo de informações espacialmente distribuídas.

Essas atividades podem ser ampliadas através do uso de novas tecnologias de sistemas de informação e dos SIG. Nessa etapa foram reunidas as atividades de aquisição de dados e preparação, propriamente dita, mas também a verificação e ajustes dos resultados. Quanto à aquisição dos dados, diz respeito à coleta de dados dos trabalhos que já foram ou que ainda estão sendo desenvolvidos na área de estudo.

Resulta da obtenção de dados sobre o meio físico e sobre a antrópica, através de consulta ao material bibliográfico. foram acessados os mapas temáticos, imagens de satélite, além de diversos produtos no formato digital e no formato de papel, obtidos durante visitas técnicas ao INTERMAT, FEMA E SEPLAN.

A preparação ou entrada dos dados refere-se a todas as atividades úteis à transformação dos dados do formato analógico para o formato digital, e à respectiva inclusão em um banco de dados criado, para que pudessem retratar de forma integrada certa peculariedades (da cobertura vegetal, da estrutura fundiária, hidrografia, relevo, solo, geologia, dos focos de calor, etc.). Foram usada as tecnologias de geoprocessamento e cadastro técnico multifinalitário, com o objetivo de organizar, num SIG, os dados cartográficos e os dados alfanuméricos.

Antes da estruturação da base de dados gráficos em meio digital, foi realizado um levantamento das informações disponível, para proceder à coleta e organização dos dados existentes e úteis à pesquisa. Na estruturação do SIG as informações ambientais existentes foram organizadas em cadastro ambiental, modeladas e armazenadas, guardadas na base de dados Access.

Nessa etapa incluem-se:

a. A digitalização da cartografia básica e dos mapas temáticos, ou importação, dos formatos digitais;

b. Análise e correção dos mapas digitalizados;

c. Conversão para o formato digital de dados alfanuméricos-tabelas e textos, fotografias e/ou informações diversas;

d. Conversão de dados de formatos proprietários para o formato de BDG ou do SIG, utilizado no trabalho;

e. Conversão de formatos e geo-correção-registro-das imagens de sensoriamento remoto para o sistema de projeção cartográfica adotado no trabalho.

f. A digitalização dos dados dos focos de incêndios ; g. Análise de dados para produção de mapas temáticos.

O conjunto de dados, quando aplicados no modelo, vão produzir, por exemplo, a síntese intermediária ou parcial, representadas pelas cartas de suscetibilidade do cerrado ao fogo, vulnerabilidade natural, de sensibilidade, de potencialidade sócio econômico e de sustentabilidade do território, bem como e as sínteses finais, representadas pela carta do mapeamento das áreas,(síntese de subsídios à gestão do território).

Pode ser considerado como o mais importante procedimento para o sucesso da pesquisa. Esse procedimento é realizado praticamente ao mesmo tempo, e a maior preocupação na realização do trabalho deve ser a melhor identificação, delimitação e posterior digitalização da área homogênea em um mapa-síntese.

Cada atributo é definido segundo um consenso explicitado pela literatura especializada, que trata desse procedimento. Estes são identificados e interpretados diretamente no monitor do computador e durante essa atividade com auxílio de software específico foi processadas as funções de processamento de imagens, tais como ampliação de contraste, aplicações de filtros, componentes principais, que permitiram melhor definição dos atributos da área homogênea51. 4.2.1. Esquema Metodológico

O esquema apresentado na Figura 20 resume o processo de mapeamento dos focos de calor em nível local para o processo de obtenção de mapas dos focos de calor, originada por incêndios florestais. Numa primeira fase do processo é definido o modelo cartográfico a ser utilizado, partindo-se para o produto desejado (dos focos de calor georeferenciados, dos atributos) em prol das informações necessárias, bem como as análises e operações e serem executadas.

As informações utilizadas são derivadas de mapas, imagens de satélites, levantamento bibliográfico, trabalhos de campo entre outros. A partir dessas informações são criados os planos de informação (P.I’s) necessários ao trabalho de uso da terra, hidrografia, malha viária, complexo turístico, topografia, limites etc. Os P.I’s são então classificados quanto à topografia, vegetação, antropização, focos de calor, e integrados através do SIG, gerando um mapa-base de focos de calor, etc., podendo ser introduzidos outros componentes, tais como o fator meteorológico no estudo, possibilitando a obtenção de mapas de focos de calor para situações distintas ao longo do ano.

Para atender ao dinamismo existente na paisagem, principalmente em termos de uso da terra, as alterações são introduzidas nas análises por meio de dados estruturadas para o trabalho. A metodologia empregada no mapeamento dos focos de calor em escala local é basicamente a mesma que·a apresentada para escala regional; porém, o foco de atenção nessa escala passa a ser o fragmento individualizado, com suas eco unidades e uso da terra no entorno (vizinhança). O mapa obtido indica regiões do fragmento com riscos diferenciados, em função das características de locais, topografia, presença de acessos e também da vizinhança.

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51. Para uma discussão mais detalhada sobre a eco região ou área homogênea, ver Miller (1997) que define