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4 A ENTIDADE E O BALANÇO SOCIAL

4.1 A ENTIDADE

A Associação Hospital de Caridade de Três Passos foi fundada em 06 de julho de 1945, por um grupo de 48 integrantes da comunidade Trespassense, porém só passou a prestar serviços e atender à comunidade a partir do ano de 1971, ou seja, 25 anos após a criação da entidade.

O terreno para a instalação, na época, foi doado pela prefeitura, e o prédio primordial foi construído com doações da comunidade, onde os moradores contribuíram com uma saca de soja.

No ano de 1950, a cidade de Três Passos estava envolvida em uma briga política pela criação de um batalhão militar, competia com grandes cidades da região, como Ijuí e Palmeira das Missões. Um dos requisitos que tornaria viável a instalação do batalhão, era um prédio com dimensões suficientes para abrigar o batalhão, o prefeito da época Alcides Braun, que era amigo intimo do governador da época, o Sr. Peraque Barcellos, tratou assim de oferecer as instalações do Hospital para o abrigo do batalhão, até que um prédio com esta finalidade fosse concluído pela prefeitura. Assim, os equipamentos que já tinham sido adquiridos, foram emprestados para a abertura do Hospital Cristo Rei, no distrito de Padre Gonzales, que hoje não mais existe.

Somente em 1969, com a compra das primeiras mesas e colchões, e a devolução por meio da assinatura do termo de devolução do prédio pela Brigada Militar, se deu a constituição do Hospital.

Em meados de junho de 1973 via Decreto Municipal, a Associação Hospital de Caridade de Três Passos, passou a ser denominada e considerada como entidade de utilidade pública municipal. Nesta mesma época, por meio de nomeação de uma comissão de realização e elaboração de planta, iniciaram-se conversas e tratados para a construção e ampliação de mais 50 leitos.

Em 1975 por meio de doação de tijolos e cimento e mais Cr$ 12.000,00 (unidade monetária da época) por parte da prefeitura, tal ampliação começou a ser

realizada, seriam então construídos o primeiro bloco, com dois pavimentos e um centro cirúrgico. Porém este valor não foi suficiente para a construção de tal empreitada, logo, a então Comissão que conduzia os trabalhos buscou novamente a comunidade, além da primeira grande empresa ora instalada na cidade, a CIA INDUSTRIAL E ALIMENTOS LTDA., a chamada de SADIA S/A. O valor doado pela empresa superou em quase seis vezes o valor doado anteriormente pelo Governo por meio da prefeitura.

O prefeito municipal em 1976 era Egon Leuter, que neste ano, no mês de março, enviou um novo “dossier” para o Governo do Estado, solicitando nova ajuda financeira para o término das obras. Valor este que foi recebido após a inauguração da nova ala do prédio, que se deu em 1976.

Em março de 1977 o Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, doou Cr 200.000,00 (unidade monetária da época), para mais ampliações e construções da entidade, na área total de 506m². Valor este que foi utilizado para quitar uma dívida adquirida anteriormente para a construção de outras áreas, no valor de Cr$ 195.000,00 (unidade monetária da época). O restante foi juntado ao caixa, como valor disponível. Em março de 1978, em dois pavimentos com área de 295,35m² foram concluídas as obras no prédio C. A entidade recebe então uma verba de Cr$ 300.000,00 (unidade monetária da época) do INPS (hoje INSS), como uma forma de antecipação de valores, que seriam pagos com produção.

Em maio de 1979 foi contratada a primeira nutricionista do Hospital. Em janeiro de 1980, por meio de financiamento bancário em nome de particular, o Hospital adquiriu um aparelho de raio-X, no valor de Cr$ 1.667.500,00 (unidade monetária da época), aparelho este que só pode começar a ser operado no mês de agosto, quando chegou a processadora de chapas, ora adquirida.

Em maio de 1981 a entidade recebeu uma grande verba, proveniente de ação do Ministro da Previdência Social da época, Sr. Jair Soares, e também do Deputado Federal Emídio Perondi, no valor de Cr$ 5.000.000,00 (unidade monetária da época), valor que seria utilizado para a construção de uma extensão, o prédio D.

Entre os anos de 1980 e 1981 a entidade passou a firmar convênios, os dois primeiros foram com o INAMPS e o FUNRURAL.

A partir de 1985 os colaboradores da entidade passaram a ter obrigação de usar uniforme, aparecendo assim as vestimentas padrões para o Hospital.

É elaborado então, um novo Estatuto para a entidade, contendo consigo projetos de melhorias para o Hospital, principalmente para a construção do prédio E, que teria 591,82m², dois pisos, áreas estas que serviriam para enfermaria, apartamentos e centro obstétrico, construção esta financiada junto ao Sistema de Crédito Bancário.

Já no ano de 1987, o Hospital criou seu Banco de Sangue, e o funcionamento do pronto-socorro e dos plantões. Para viabilizar a construção do mencionado prédio E, em novembro daquele ano, por meio de verba disponibilizada pelo Deputado Federal Hilário Braun, a entidade recebeu o valor de Cr$4.265.801,00.

Em meados de 1990 a entidade começa a passar por problemas econômicos e também por falta de remédios, problemas estes advindos principalmente de pagamentos e atrasos por parte do Governo Federal, dada também ao aumento constante de atendimentos, principalmente da população mais carente, que se dava de forma gratuita e obrigatória.

Neste mesmo ano o Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Sr. Sinval Guazelli criou um Fundo Estadual para subsídios aos hospitais filantrópicos do Estado. A contar de março de 1991, para melhorar a coordenação e controles internos passaram a ser emitidas ordens de serviço e circulares para melhorar as atividades da coordenação interna.

O administrador da época, por conduta administrativa duvidosa, é exonerado do cargo, e a contabilidade passa a ser realizada por escritório contábil registrado. Nessa época o Hospital, via Diário Oficial, é confirmado como entidade de utilidade pública.

Em agosto de 1991 o bloco de parto e o cirúrgico são uniformizados, de modo que proporcionou uma grande economia ao hospital, contando com o fato de não precisar contratar mais pessoal, e melhorando o atendimento, além do mais, ajudou na padronização dos medicamentos.

No final deste ano, novamente se modificou o Estatuto da entidade. Neste mesmo ano, ainda, passam a ser discutidas possibilidades de se municipalizar a saúde.

Em 1992 a entidade se associa a CACIS (Câmara da Indústria e Comércio) de Três Passos, e assim passa a proporcionar estudos no sentido de conceder benefícios advindos das atividades do hospital para os funcionários, como forma de

incentivo. Passa também a subsidiar 75% dos cursos de enfermagem dos funcionários.

Filia-se ainda à Associação Brasileira de Controle a Infecção Hospitalar, entidade esta que passa a fornecer boletins informativos para o Hospital. Passa a firmar convênios com mercados da cidade, proporcionando uma melhor alimentação para o pessoal.

São realizadas novas obras e atualizações de menor expressão, mas que agregam valor e comodidade para a entidade, tanto no hospital em si, como na capela, como por exemplo: instalação de um depósito de lixo, construção de uma cobertura de acesso ao pronto socorro, aprimoramento da entrada do hospital, aberturas reformadas, ar condicionados e televisores são instalados, são adquiridos uma série de equipamentos para o melhor funcionamento do atendimento a população.

Em 1995 o aumento das dívidas começa a se tornar a principal preocupação da entidade. Em 1996, parcialmente a entidade começa a se informatizar.

Através de investimentos internos a entidade adquire um respirador adulto, um oxicapnógrafo, um carrinho de emergência cardiológica, um bisturi eletrônico e um aparelho de vídeo-laparoscopia. Em 1997 todos os quartos passam a ter campainhas o que facilita muito o trabalho dos enfermeiros e médicos de plantão.

Em 1998 começam as tratativas para a construção de uma futura UTI (Unidade de tratamento intensivo), as verbas que irão viabilizar este empreendimento interno, serão de origem estadual e federal, e os equipamentos muito provavelmente por doação de entidades estrangeiras.

Em 1999 a pintura externa da entidade é concluída. Ano este que fica marcado pelo prêmio “Higiene e Limpeza” concedido ao Hospital pelo Instituto Master de Pesquisas. Concluído no final do ano de 1999 o projeto da UTI.

Em 2000 a crise no Hospital aumenta, proveniente dos atrasos de valores a serem recebidos pelo SUS. Mesmo passando por dificuldades, o Hospital ainda assim sonha em alguns anos com a instalação de um centro de oncologia, Tendo neste ano solicitado seu credenciamento junto ao Ministério de Saúde.

No mês de agosto de 2000, por meio da Sra. Maria Luiza Jager, Secretária da Saúde da época, consegue a liberação de uma verba no valor de R$ 311.000,00 para o início da construção da UTI, contando ainda com a ajuda de R$ 72.000,00

proveniente de doação do LIONS INTERNACIONAL, valor este que iria viabilizar a compra de equipamentos para esta área.

Trata-se de UTI geral adulto, com 10 leitos, sendo um destes de isolamento. Atende pacientes de todas as patologias, com serviço de cirurgia geral, traumatologia, neurocirurgia, urologia, radiologia, pneumologia e cardiologia. Cadastrada pela Central de Leitos do Estado, onde os leitos são regulados pela mesma, atende pacientes na sua maioria pelo Sistema único de Saúde.

Realiza raio-x e ultrassonografia à beira do leito, com demais exames disponíveis no hospital como: ressonância magnética, tomografia computadorizada, ecodoppler, angiotomografia, etc. Realiza Hemodiálise em pacientes com insuficiência renal aguda, e possui agência transfusional para utilização de hemocomponentes. Possui laboratório disponível 24 horas por dia, médico plantonista exclusivo, também 24 horas por dia. Equipe de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social e psicóloga. Realiza o grupo de sala de espera com os familiares, onde é esclarecido todas as dúvidas sobre o estado do paciente. Integrante da OPO - Organização de Procura de Órgãos do Estado, com equipe multiprofissional treinada para diagnóstico de morte encefálica.

Mais recentemente a entidade firmou contrato para tomar conta da gestão dos serviços do SAMU, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, um importante serviço que o hospital mantém junto à comunidade, atendendo emergências locais e regionais, porém por conta de atrasos em repasses provenientes de verbas da União, que deveriam ser repassados á Prefeitura Municipal e posteriormente ao Hospital, este serviço acumulou um déficit de R$ 241.350,71 nos últimos 5 anos.

No mês de maio de 2012, através de investigação da Promotoria de Justiça da Comarca de Três Passos, foram apuradas inúmeras fraudes e irregularidades em desfavor da entidade, de modo que o presidente, vice-presidente e administrador, foram acusados de gestão fraudulenta, além de desvios de bens e recursos, acusações estas expostas na ação civil pública autuada sob n. 075/1.12.0001198-2.

Diante destes fatos, a prefeitura municipal de Três Passos declarou Estado de perigo público e eminente de interrupção da prestação de serviços hospitalares no município e de urgência na saúde pública, mediante decreto n. 035/2012, neste documento restou declarada a intervenção na entidade pelo prazo de 180 dias.

Criou-se então uma Comissão de Intervenção que pelo tempo determinado tomou as rédeas da instituição e procurou estabelecer a ordem por meio de corretas

e coerentes decisões, que implicariam na normalização dos atendimentos e reestabelecimento da prestação de serviços.

Após mais um período de instabilidade e turbulência em sua longa história, e mesmo contanto com constantes problemas financeiros, o hospital continua na prestação de serviços a comunidade. Atualmente a entidade é considerada de médio porte, além do bloco cirúrgico, do centro de material e esterilização e do centro de diagnóstico de imagem (onde se realizam boa parte dos exames), possui 2 grandes unidades, compostas do SUS e dos serviços particulares (Unimed, Ipe, entre outros), além de um prédio onde está alocado quase todo o departamento administrativo, ou seja, administração, contabilidade e recursos humanos, a tesouraria fica dentro do Hospital, área em separado, assim como a secretaria da Unimed.

Contando com 123 leitos, destes 10 localizados na UTI, é referência regional para traumatologia de média e alta complexidade, neurologia, ginecologia e obstetrícia, psiquiatria. Tem como especialidades a pediatria, cirurgia geral e pediátrica, urologia, cardiologia, pneumologia e bucomaxilo. Tem portas abertas para urgências e emergências em geral, possui 3 leitos de observação feminina, 3 de observação masculina e 3 de inalação. Dispõe dos mais variados exames, dentre os quais destacam-se a tomografia, ressonância magnética (os serviços de ressonância magnética são terceirizados por empresa instalada dentro das dependências da instituição, administrada por uma sociedade de médicos, os serviços são disponibilizados tanto para planos particulares como para o SUS), mamografia, ultrassonografia, eletrocardiograma, laboratoriais, endoscopia e colonoscopia, além do eccodoppler.

Além disto, o hospital atualmente conta com várias comissões, das mais diversas áreas, como a de serviço de controle de infecção hospitalar, comissão de óbitos, comissão de prontuários, comissão de ética médica, comissão de ética de enfermagem, a CIHDOTT – Comissão Intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes, a EMTN – Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional e a GEPELE – Grupo de Enfermagem na Prevenção de Lesões de Pele.

Em atenção ao setor de pessoal, com dados atualizados do ano de 2015, a entidade possuía um total de 268 funcionários em seu quadro funcional, distribuídos pelas mais diversas áreas e funções.

Como o setor administrativo, onde atua o administrador e seus assistentes administrativos, compreende a área do hospital onde se gerenciam equipes de trabalho, planejam e organizam rotinas gerenciais de unidades hospitalares, além de uma série de serviços burocráticos, como execução de tarefas relativas a anotações, redações, digitações e organizações de documentos.

O setor financeiro onde estão os assistentes financeiros, compreende o local onde se planeja, organiza, controla e supervisiona as operações financeiras da entidade.

O setor da contabilidade, local do contador e de seus assistentes administrativos, ocorre obviamente o serviço contábil da entidade, registros contábeis, slipagens, auxílio em emissões, conferências e controle de documentações contábeis.

A área de recursos humanos, onde se encontram os supervisores administrativos, assistentes administrativos, psicólogos, assistentes sociais, técnicos em segurança do trabalho, menores aprendizes e auxiliares em geral, local que compreende toda e qualquer execução, orientação, coordenação e supervisão de estudos, pesquisas, análises e projetos sobre recursos humanos, execuções de tarefas de anotações, acompanhamentos e tarefas operacionais em geral.

Já no setor do faturamento se encontram trabalhos de execução, orientação, coordenação e controle de despesas hospitalares, exames, honorários médicos, materiais, medicamentos, e todo e qualquer faturamento de contas da entidade.

O setor da tesouraria compreende o trabalho de receber e pagar valores relacionados a Entidade, bem como assegurar o controle dos numerários e documentos de caixa.

No setor da secretária/portaria o trabalho se desenvolve na execução, coordenação e supervisão da seção de prontuário ao paciente, internação, estatística e apoio administrativo ao Ambulatório.

A área da farmácia trata serviços como orientar, supervisionar e responder tecnicamente pelo serviço de farmácia, nas suas diferentes formas de atuação em perfeita integração com o Corpo Clínico e equipe multiprofissional.

Já no centro de diagnóstico de imagem são agendados e realizados os exames que o hospital dispõe, mantém profissionais técnicos em radiologia e enfermagem, assim como enfermeiros.

A unidade de tratamento intensivo, a UTI, visa promover, preservar, recuperar e habilitar a saúde individual e coletiva, unidade localizada separadamente do bloco cirúrgico, por tratar de pacientes portadores de patologias que necessitam de tratamento intensivo e contínuo.

Na coordenação da enfermagem consta a execução, orientação, coordenação e supervisão de estudos, pesquisas, análises e projetos, sobre a área assistencial, médico, orçamento, material, finanças e administração geral das atividades relacionadas à enfermagem bem como o auxílio eventual em atividades de atendimento a pacientes.

Nas unidades de internação I, II e III, há além da fisioterapeuta geral, enfermeiros (que atuam, também, como supervisores), técnicos em enfermagem e auxiliares de enfermagem, todos mobilizados e organizados para oferecer o melhor atendimento possível dos pacientes internados nas unidades.

O setor da agência transfusional, unidade hemoterapica tem como função armazenar sangue, além de transportar e liberar os produtos sanguíneos para determinados setores, onde ocorrem as transfusões.

O setor de pronto-socorro é onde se prestam socorros médicos de urgência. O atendimento acontece 24 horas por dia. Geralmente cuidados com curativos, auxílio com higiene dos pacientes, verificação de sinais vitais, e os mais diversos cuidados dependendo das necessidades do paciente.

O setor do centro cirúrgico é a área do hospital onde se realizam as intervenções cirúrgicas, dividido em salas, onde se encontram os equipamentos e materiais que podem vir a ser utilizados pelas equipes cirúrgicas.

O setor de materiais esterilizados é a área destinada a esterilização, acondicionamento, limpeza, estoque e distribuição de materiais esterilizados.

O setor da SAMU, anteriormente citado, com problemas recorrentes em questões econômicas, principalmente no que diz respeito ao repasse de valores, porém fornece o serviço de forma contínua. Setor este que tem como objetivo, atender a vítimas precoces, urgentes ou de emergência, das mais variadas naturezas, como clínica, cirúrgica, traumática, entre outras, situações estas que podem gerar graves lesões ou até mesmo o óbito do paciente.

O setor da nutrição é responsável pela alimentação dos pacientes, conta com uma nutricionista, além de cozinheiros e copeiros de prontidão.

O setor de hotelaria é responsável por arrumações de quartos, limpezas e faxinas, procurando assim diminuir ao máximo os riscos de infecções hospitalares e proporcionar uma maior qualidade de estadia aos pacientes.

O setor de manutenção responde pelo reparo dos equipamentos, bem como nas situações onde seja necessária a aquisição de novos itens, além de construir e desmontar, quando necessário, executa os mais variados consertos, de acordo com as necessidades da entidade.

O setor de compras é responsável pelo processo de cotação e concretização de compra de serviços, produtos, matérias-primas e equipamentos.

A Associação Hospital de Caridade, a exemplo da grande maioria das entidades, elabora anualmente os demonstrativos contábeis obrigatórios, além de vários opcionais, dentre eles, vale destacar, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e a demonstração do valor adicionado. O quadro 1 apresenta o Balanço Patrimonial de 31.12.2015.

Quadro 1: Balanço Patrimonial.

BALANÇO PATRIMONIAL DE 31.12.2015

ATIVO 14.489.404,03

PASSIVO + PATRIMÔNIO

LIQUIDO 14.489.404,03

ATIVO CIRCULANTE 4.296.816,35 PASSIVO CIRCULANTE

7.787.253,98 Caixa e equivalentes de caixa 1.126.438,02 Fornecedores 956.135,60 Créditos 2.671.941,03 Obrigações fiscais e sociais 1.591.978,13 Estoques 362.474,93 Credores diversos 60.660,93 Despesas do exercício

seguinte 70.131,15 Empréstimos e financiamentos 2.257.348,55 Adiantamentos diversos 65.831,22 Outras obrigações 2.491.328,29

ATIVO NÃO CIRCULANTE 10.192.587,68 Contas a pagar 429.802,48

Realizável a longo prazo 2.981.274,98 PASSIVO NÃO CIRCULANTE

7.307.401,19 Investimentos 40.197,64 Parcelamentos 1.175.787,67 Imobilizado 7.171.115,06 Empréstimos e financiamentos 5.031.725,84

Subvenções a realizar 1.082.591,04

Receitas diferidas 17.296,64

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( 605.251,14)

Patrimônio Líquido (605.251,14)

Fonte: Associação Hospital de Caridade Três Passos, 2015.

Considerando o ativo, importante destacar a superioridade do valor não circulante, ocupando mais de 70% do total do ativo, e 50% com valores de

imobilizado. Valores baixos em investimentos, e equivalentes de caixa, também em estoque, pelo constante uso destes.

Já no passivo, destacam-se valores em obrigações fiscais no circulante, além de altos valores em empréstimos, tanto no circulante como no não circulante, evidenciando ainda mais as necessidades do Hospital, frequentemente passando por situações em que se socorre de novos empréstimos para continuar quitando dividas corriqueiras, buscando e viabilizando assim seu funcionamento.

Patrimônio Líquido negativo, o que sugere passivo a descoberto, quando os valores das obrigações para com terceiros é superior aos do ativo.

No quadro 2 consta a Demonstração do Resultado do Exercício de 2015.

Quadro 2: Demonstração do Resultado do Exercício.

DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DE 2015

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 16.177.362,70

(-) CUSTOS (18.282.585,53)

(-) Custos (18.282.585,53)

RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (2.105.222,83)

(-) DESPESAS OPERACIONAIS (2.511.866,75) (-) Administrativas (1.065.592,93) (-)Depreciação (537.712,74) (-) Resultado Financeiro (908.561,08)

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 1.112.773,38

(+) Receitas c/Subvenção 112,32

(+) Outras Receitas 1.112.661,06

(-) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS (134.149,27)

(-) Perda na baixa de Bens (4.400,95)

(-) Convênios (129.748,32)

RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO (3.638.465,47)

ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Contribuições Previdenciárias - Cota Patronal 1.909.025,26

Isenção Contribuições Previdenciárias (1.909.025,26)

(=) SUPERAVIT/DÉFICIT DO PERÍODO (3.638.465,47)

A demonstração do resultado do exercício evidencia de forma clara a situação do resultado econômico e financeira precária da instituição, quando a receita operacional líquida, não cobre sequer os custos, seu resultado operacional bruto, quando deduzidos os custos da receita operacional líquida, já ultrapassa os 2 milhões em déficit.

A entidade conta ainda com altas despesas operacionais, que contemplam despesas administrativas, depreciações, resultados financeiros, perdas de baixas de bens e convênios. Nem mesmo valores com outras receitas são capazes de amenizar o rombo nas finanças, deduzidas despesas de receitas, a entidade fechou o ano com um déficit de quase 4 milhões de reais. Mesmo com atrasos em repasses do governo e união, que dificultam a gestão do hospital, mesmo assim a entidade continua oferecendo serviços de necessidade vital para a comunidade em geral.

Quadro 3: Demonstração do Valor Adicionado.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DE 2015

1 - RECEITAS 17.628.421,45

1.1 Receita Prestação de Serviços 16.515.648,07

1.2 Outras Receitas 1.112.773,38

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (11.863.439,25)

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