A Estrutura e Organização do Civil Military Coordenation(CIMIC)

A ONU planeja e executa, em suas operações de paz, as atividades CIMIC por meio de duas de suas diferentes ramificações. Uma é realizada por funcionários civis,

contratados pela organização internacional, que exercem os cargos até o nível Direção, como é o caso do escritório do Civil Affairs.

O outro ramo, responsável por trabalhar diretamente na execução da atividade CIMIC, é composto pelos integrantes da Componente Militar. No caso específico desse trabalho, a atuação do 2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz ( BRABAT 2) na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti será o palco da narrativa das ações realizadas pela Seção de Assuntos Civis – Célula G9.

Esta Seção do BRABAT 2, conhecida como G9, foi a responsável por planejar, controlar e executar todas as atividades CIMIC daquela Organização Militar. Dessa forma, esta equipe tornou-se de grande importância para a missão de manutenção da paz, pois foi a encarregada de coordenar todas as ações de melhoria das comunidades dentro de sua Área Operacional de Responsabilidade (AOR), bem como planejar as mencionadas ações, uma vez que eram os maiores conhecedores das necessidades e dos problemas daquela região.

A composição da Célula G9, no Haiti, era assim constituída: - 01(um) Oficial Superior (preferencialmente Tenente-Coronel); - 02 (dois) capitães; e

- 02 (dois) Subetentes/Sargentos.

Cada integrante da equipe tinha missões específicas, mas todos deveriam saber coordenar e executar todas as ações tendo em vista os afastamentos temporários de parte de seus componentes durante os períodos de leaving ( liberação de suas funções ). Sendo assim, os Oficiais não poderiam estar em gozo de leaving todos ao mesmo tempo, bem como os Subtenentes e Sargentos, utilizando-se para isso o sistema de rodízio.

As missões dos componentes da Seção de Assuntos Civis estavam assim divididas:

G9 ( Chefe da Seção - Oficial Superior)

- planejar e fiscalizar o controle e execução de todas as ações CIMIC realizadas em prol das atividades operacionais do BRABAT 2;

- fiscalizar o controle do acesso dos feirantes à Feira da Paz, administrar os recursos humanos e financeiros da mencionada feira, bem como coordenar o seu

funcionamento para utilizar esse evento como vetor multiplicador da imagem positiva do BRABAT 2 e da MINUSTAH no âmbito da sociedade haitiana;

- planejar, fiscalizar, a coordenar e controlar a distribuição de água, bem como todos os itens destinados à população haitiana, com a previsão constante de segurança para a tropa, além dos moradores dos locais beneficiados;

- estabelecer parcerias com orgãos financiadores da MINUSTAH;

- realizar parcerias com instituições que sejam referência positiva dentro da Área de Responsabilidade Operacional ( AOR) do BRABAT 2;

- promover reuniões com líderes comunitários, a fim de levantar problemas e necessidades dos moradores daqueles locais.

- ser a interface, o elo, entre o BRABAT 2 e as diversas organizações civis existentes dentro da AOR do Batalhão;

- planejar e coordenar as ações necessárias entre o Batalhão e as várias agências civis e as organizações não-governamentais (ONGs), nos limites da AOR;

- estruturar e coordenar todas as ações conjuntas realizadas pelo Batalhão em apoio às agências civis ( fornecimento de escolta armada para comboios humanitários, por exemplo );

- planejar e executar os projetos CIMIC, ou seja, projetos de desenvolvimento comunitário, tais como: reconstrução de escolas, instalação de postes de luz e criação de praças poliesportivas.

- responsabilizar-se por todos os projetos sociais, visando melhorar as condições sociais da comunidade local, bem como fortalecer a relação entre o Batalhão e a população beneficiada, tudo com o propósito de conquistar a confiança de tal população no processo de paz.

Adjunto 1 e 2 do G9 (Capitães)

- controlar e executar todas as ações CIMIC realizadas em prol das atividades operacionais do BRABAT 2;

- controlar o acesso dos feirantes na Feira da Paz, bem como administrar os recursos humanos e financeiros, bem como o seu funcionamento para favorecer esse evento como vetor multiplicador da imagem positiva do BRABAT 2 e da MINUSTAH;

- coordenar e controlar a distribuição de água, bem como todos os items destinados à população haitiana, com a previsão constante de segurança para a tropa, além dos moradores dos locais beneficiados;

- coordenar as parcerias estabelecidas com orgãos financiadores da MINUSTAH; - controlar e Coordenar as parcerias realizadas com instituições que sejam referência positiva dentro da Área de Responsabilidade Operacional ( AOR) do BRABAT 2;

- participar das reuniões com líderes comunitários, a fim de levantar problemas e necessidades dos moradores daqueles locais.

- favorecer as ligações entre o BRABAT 2 e as diversas organizações civis existentes dentro da AOR do Batalhão;

- participar da organização das ações necessárias entre o Batalhão e as várias agências civis e as organizações não-governamentais (ONGs), nos limites da AOR;

- implementar todas as ações conjuntas realizadas pelo Batalhão em apoio às agências civis ( fornecimento de escolta armada para comboios humanitários, por exemplo );

- prestar assessoramento em todos os projetos sociais, visando melhorar as condições sociais da comunidade local, bem como fortalecer a relação entre o Batalhão e a população beneficiada tudo com o propósito de conquistar a confiança de tal

população no processo de paz.

Figura 14 – Apresentação de um projeto pelo G9 BRABAT 2 e reunião no escritório do Civil Affairs Fonte: Seção de Assuntos Civis do BRABAT 2 – 2012

- executar os projetos CIMIC, ou seja, projetos de desenvolvimento comunitário, tais como: reconstrução de escolas, instalação de postes de luz e criação de praças poliesportivas.

Auxiliares do G9 ( Subtenentes e Sargentos )

- executar todas as ações CIMIC realizadas em prol das atividades operacionais do BRABAT 2;

- participar do controle do acesso dos feirantes à Feira da Paz, administrar os recursos humanos e financeiros da mencionada feira, bem como o seu funcionamento para utilizar tal evento como vetor multiplicador da imagem positiva do BRABAT 2 e da MINUSTAH no âmbito da sociedade haitiana;

- controlar a distribuição de água, bem como todos os items destinados a população haitiana, com a previsão constante de segurança para a tropa, além dos moradores dos locais beneficiados;

- participar da coordenar as parcerias estabelecidas com orgãos financiadores da MINUSTAH;

- controlar as parcerias realizadas com instituições que sejam referência positiva dentro da Área de Responsabilidade Operacional ( AOR) do BRABAT 2;

- participar da organização das ações necessárias entre o Batalhão e as várias agências civis e as organizações não-governamentais (ONGs), nos limites da AOR;

- participar da organização de todas as ações conjuntas realizadas pelo Batalhão em apoio às agências civis ( fornecimento de escolta armada para comboios humanitários, por exemplo );

- executar os projetos CIMIC, ou seja, projetos de desenvolvimento comunitário, tais como: reconstrução de escolas, instalação de postes de luz e criação de praças poliesportivas.

- contribuir com a execução de todos os projetos visando melhorar as condições sociais da comunidade local, bem como fortalecer a relação entre o Batalhão e a população beneficiada, tudo com o propósito de conquistar a confiança no processo de paz.

Além das atividades já relacionadas, foram realizadas também ações CIMIC em instituições de ensino, como palestras para os professores, atendimento médico e odontológico e recreações para as crianças. Isso tinha como escopo favorecer a execução dos patrulhamentos naquela área, o que possibilitou maior êxito no combate à criminalidade, colaborando, dessa forma, para a manutenção de um ambiente seguro e estável no Haiti.

O escritório de Assuntos Civis da MINUSTAH, que era localizado no Campo Delta, tinha, dentre suas missões, colaborar com a Célula do G9 BRABAT 2 em assuntos de diversas naturezas, tais como ( MINUSTAH, HAITI, 2004) :

1. Aconselhar o comandante do setor em todos os assuntos com relação aos civis;

2. Informar e aconselhar o comandante sobre a evolução do ambiente civil;

3. Ativar um Centro CIMIC no setor, quando da ocorrência de acidentes naturais ou de catástrofes;

5. Realizar a coordenação com a Polícia das Nações Unidas (United Nation Police-UNPOL) com relação a questões de lei e de ordem;

6. Participar de reuniões de conselhos comunitários;

7. Ter como ponto focal todas as agências humanitárias e organizações não-governamentais (ONG);

8. Realizar a ligação entre os Componentes Militar e Civil; 9. Participar de reuniões com ONGs e autoridades locais; 10. Prestar informações sobre a assistência humanitária;

11. Trocar informações com os agentes humanitários, em relação às questões de segurança;

12. Facilitar o apoio militar para as atividades humanitárias; 13. Assessorar o comando em assuntos CIMIC;

14. Melhorar a interação social entre o Componente Militar e a população civil (organização de competições esportivas e simpósios de valorização do gênero feminino, por exemplo).