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ALUNO QUE, TENDO INICIADO O CURSO DE LICENCIATURA, OPTA POR COMPLEMENTAR AO FINAL COM O BACHARELADO

4. O NOVO PROJETO PARA A LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DA PUCSP – discussão, construção e desdobramentos

4.1. A proposta original – rompimentos, tensões e novas propostas

4.1.4. A matriz curricular resultante (2005) e os princípios de funcionamento propostos

A matriz apresentada no Quadro 6 (p. 128) , nos mostra os dois currículos aprovados para a licenciatura e para o bacharelado, de maneira a evidenciar a sua articulação. Novamente esclarecemos que, para efeito de certificação dos alunos, devemos entender que nos espaços disciplinares das chamadas Atividades Específicas (AEB e AEFP), nos dias da semana indicados, bacharelandos e licenciandos se subdividem e cursam disciplinas diferentes. Já as chamadas Atividades Comuns (ACB e ACFP) são cursadas por todos, visando, como salientamos anteriormente, o intercâmbio entre as práticas de cada modalidade. Frisamos que todas as disciplinas/atividades foram planejadas compondo quatro créditos, com exceção de algumas disciplinas específicas da licenciatura, de responsabilidade da Faculdade de Educação que ocorrem no mesmo dia e se subdividem em dois créditos cada.

A manutenção dos dias de semana fixos na matriz, como vimos a respeito das resoluções do PIFPEB e como apresentado nos Quadros 4 e 5 (ver p. ??) seriam a garantia da integralização entre os dois currículos, permitindo ao estudante que optou por cursar primeiramente o bacharelado complementar seus estudos com a licenciatura, no 5º ano, cursando cada disciplina específica em um dia da semana. O mesmo sendo possível para os alunos da licenciatura que almejassem fazer o bacharelado depois de concluída a licenciatura.

Reforçando que o encadeamento proposto pelo PIFPEB, acatando a legislação específica da Formação de Professores não permitia ao aluno cursar a licenciatura e o bacharelado concomitantemente obtendo uma dupla certificação. Para obter os dois títulos, os alunos deveriam optar por um ou outro curso e só após a conclusão deste é que seria possível integralizar com o outro. O pressuposto desse esquema de gestão pedagógica de ambos os cursos é que a maior parte da grade (núcleos de área e atividades comuns) seriam equivalentes e, portanto, para efeitos legais, seria como se os alunos ao optarem por complementar um curso com o outro pudessem “eliminar” aquelas

Quadro 6 - Matriz curricular – proposta original - 2005

Sem SEG TER QUA QUI SEX SAB 1o NA – Análise Geográf ica AEB – Dimensão t écnica do

t rabalho do geógrafo

ACFP -

Const rução do conheciment o e o sent ido do discurso geográf ico na escola

NA – Hist ória NA - Sociedades e cart ografias ACB – Expressão da dimensão t écnica do t rabalho do geógraf o (at ividade de campo)

AEFP – F.E.: concepções t eóricas

2o NA – Fundament os de geologia

para a geografia

AEB – Procediment os quant it at ivos em geografia

ACFP- Linguagem e alf abet ização geográf ica

NA – Geograf ia da produção e da circulação

NA – Cart ografia ACB – Prát ica de campo

AEFP – F.E: princípios t eóricos da produção do conheciment o em educação

3º AEB – Fundament os analít icos para o planej ament o

NA – Dimensão geográf ica das dinâmicas climát icas

NA- Dimensões geográf icas da cidade e do campo

AEB – Análise do sist ema de t ransport e e logíst ica

NA – Geoprocessa-ment o ACB – Técnicas de laborat ório e de campo

AEFP – F. E.: visão crít ica do conheciment o educacional

AEFP – Ferrament as de localização e o processo de ensino-aprendizagem AEFP – Didát ica e met odologia

do ensino

4º AEB – Geograf ia urbana aplicada NA – Geografia dos mananciais de biodiversidade

NA – Fundadores da geograf ia AEB – Geograf ia agrária aplicada NA – Dimensão geográf ica do relevo

ACB – Trat ament o e int erpret ação de imagens

AEFP – O ensino de geograf ia nas diferent es séries

AEFP – Conheciment o pedagógico e docência: repercussões na ação pedagógica

AEFP – Educação inclusiva

5º ACFP – Ensino de geograf ia de 5ª a 8ª séries – I

NA – Int rodução ao pensament o t eológico I

NA – Geograf ia das dinâmicas hídricas

NA – Recursos nat urais e energét icos

AEB – Análise e int ervenção em sit uações de risco

NA – Ant ropologia

NA – Pensament o sociológico cont emporâneo

AEFP – Est ágio: didát ica e met odologia do ensino – ação do prof essor

6º ACFP – Ensino de geograf ia de 5ª a 8ª séries – II

NA – Elaboração de proj et o de pesquisa

NA – Paisagem, t errit ório e região

NA – Dinâmica t errit orial da cult ura e das relações de poder

AEB – Planej ament o energét ico e recursos hídricos

NA- Int rodução ao pensament o t eológico II

AEFP – Didát ica e met odologia do ensino: a prát ica

invest igat iva

NA – Polít ica 7º NA – Formação t errit orial do

Brasil I

NA – Geograf ia regional do mundo I

AEB – Temários de pesquisa NA – Est udo de caso I ACFP – Est ágio: ensino médio e o papel social do discurso geográf ico I

AEB – Análise e int ervenção em impact os ambient ais

AEFP – Conheciment os

pedagógicos e docência AEFP – Est ágio: produção e aplicação de mat erial didát ico Ensino Médio I

ACFP – Est ágio: polít icas públicas I

8º NA – Formação t errit orial do Brasil II

NA – Geograf ia regional do mundo II

AEB – Polít icas públicas e gest ão t errit orial

NA – Est udo de caso II ACFP – Est ágio: ensino médio e o papel social do discurso geográf ico II

AEB – Sist emat ização de memorial AEFP – Est ágio: produção e aplicação de mat erial didát ico Ensino Médio II

disciplinas já cursadas, restando apenas as de caráter específico do outro curso. Assim, os princípios de funcionamento aprovados apresentariam as seguintes possibilidades aos estudantes, quando de sua entrada na universidade:

a) cursar somente o bacharelado em quatro anos; b) cursar somente a licenciatura em quatro anos;

c) cursar primeiro o bacharelado em quatro anos e depois complementar a licenciatura em mais um ano;

d) cursar primeiro a licenciatura em quatro anos e depois complementar o bacharelado em mais um ano

Destacamos que, referente à terminalidade dos cursos, conforme a legislação, ficaria garantido ao aluno que concluísse uma modalidade proceder à sua certificação (colação de grau e diplomação) antes de optar pela complementação na outra modalidade. Esse é um aspecto importante pois previa- se que ao terminar um curso o aluno poderia adentrar formalmente no mercado de trabalho, com sua titulação reconhecida e, paralelamente cursar a modalidade que não havia sido escolhida prioritariamente. Esse ponto demarca a principal diferença entre essa natureza curricular e a anterior em que o aluno teria que concluir necessariamente o bacharelado se quisesse ter sua habilitação docente na licenciatura.

Por fim, com as características gerais apresentadas até aqui, os dois cursos vinculados foram aprovados em todas as instâncias da universidade no final de 2005 e, desde modo, foram oferecidos já no vestibular de 2006, para sua implantação.