• Nenhum resultado encontrado

A oratória na mídia

No documento Oratoria Moderna eBook Symon Hill (páginas 60-66)

Oratória – o Poder da Comunicação com o Público

complementa bem o que disse até aqui. Vale a pena ler e reler.

Entrevistas no rádio e impressa

As entrevistas para programas de rádio podem ter diversos formatos:

 Entrevistas em estúdios;  por telefone e;

 por MP3.

O importante em qualquer caso é conversar antes com o entrevistador para saber qual será o escopo da conversa, para você não ser pego desprevenido.

Em hipótese alguma, no rádio, TV ou mídia impressa, faça propaganda de algum produto ou serviço, a menos que isso seja previamente conversado e acordado com o entrevistador ou repórter. O entrevistador enxergará você como um aproveitador, se quiser martelar seus produtos. É preciso entender que a oportunidade de aparecer na mídia deve ser aproveitada como uma oportunidade institucional, não promocional.

Qual a diferença? Institucional é a exibição de uma marca (no caso você) de forma ampla, sem qualquer apelo para vender um produto ou serviço. Promocional é a venda específica. Por exemplo, você falar que aprendeu a fazer pastéis com sua avó, e que isso lhe possibilitou abrir a "Pastel de Vento" que está obtendo um sucesso considerável no bairro, é uma forma de propaganda

Symon Hill

uma particularidade interessante de seu negócio (a receita da vovó) e criou certo interesse na audiência. Uma propaganda promocional seria você "aproveitar o ensejo" para anunciar uma promoção de pastéis de inhame, do tipo, "compre dez e pague cinco", mas só esta semana.

Durante a entrevista, procure articular bem as palavras, evitar vícios como "né", "então”,”ou seja,", "nós isso", "nós aquilo", (por denotar falsa modéstia). Vai que o entrevistador pergunta onde você nasceu e você responde: "Nós nascemos em Minas Gerais". A audiência do programa de rádio, por não conseguir enxergar que há só um entrevistado, vai pensar tratar-se de gêmeos siameses.

Quando a entrevista for por telefone, pergunte antes se vai ser ao vivo ou gravada, porque no primeiro caso você tem menos chances de errar. No segundo, se falar besteira, pode até pedir licença para começar de novo e solicitar a edição daquele trecho. Evite dar entrevistas no trânsito, falando ao celular e dirigindo, para sua entrevista não ir parar também no programa policial ou nos anúncios funerários.

Se estiver em casa ou no escritório, procure um lugar tranqüilo, desligue o telefone e o celular, porque é horrível eles ficarem tocando durante a entrevista, e certifique-se de que o cachorro do vizinho (o animal, não o vizinho) não esteja latindo, seu bebê não esteja chorando e a máquina de lavar roupas não esteja ligada. O resto vai depender de seu talento.

Oratória – o Poder da Comunicação com o Público

Modos de entrevista

Você pode ser requisitado para uma entrevista por telefone para rádio ou TV, ao vivo ou gravada, por telefone para a imprensa e por e-mail. Sempre que possível dê preferência ao e-mail para as entrevistas que serão publicadas. Você tem maior liberdade para responder em seu melhor momento e com as idéias mais claras.

Além disso, a entrevista por e-mail permite que você pense melhor sobre o assunto e até pesquise algo que possa enriquecer o que diz. Ao responder, porém, faça como se estivesse conversando, e não como se estivesse escrevendo uma tese científica. É importante aprender a escrever do jeito que você fala. Sabe como é, assim, sem muito floreado. Não espere que aquelas cinqüenta páginas de resposta que deu serão publicadas na íntegra. Nem mesmo a hora e meia que falou ao telefone para o repórter gravar, porque sua entrevista pode ser (na maioria das vezes) apenas para acrescentar informações a uma matéria da qual participam outros entrevistados.

Relacionamento com a imprensa

A imprensa pode ser uma aliada importante do orador, mas é bom entender que a função do jornalista é informar, não fazer propaganda sua. Portanto, nem pense em tentar usar a mídia. Quem lê isso pode achar uma

Symon Hill

contradição, pois há pouco eu ensinava como se valer de  jornais, revistas e sites para divulgar sua marca.

Bem, os resultados são proveitosos para você, mas a abordagem nunca deve ser no sentido de levar vantagem. Não entendeu? Raciocine assim: se me esforço para criar informações e conteúdo de qualidade para aparecer na mídia, isso não significa explorá-la, mas criar uma vantagem para ela. O efeito colateral disso é exposição. A imprensa busca por informação e conteúdo. Quem estiver disposto a investir seu tempo nisso é beneficiado com os resultados.

Vamos supor uma situação inversa, para entender melhor. Hoje é muito fácil para uma pessoa escrever meia dúzia de livros, produzir puro lixo na forma de artigos e entupir a Internet com isso. Falo de ficar escrevendo artigos que não dizem nada, só para criar volume. Quer ver? Vou dar um exemplo usando o "Fabuloso Gerador de Lero-Lero":

O que temos que ter sempre em mente é que a hegemonia do ambiente político auxilia a preparação e a composição do orçamento setorial. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o acompanhamento das preferências de consumo aponta para a melhoria dos paradigmas corporativos. Caros amigos, a determinação clara de objetivos representa uma abertura para a melhoria da gestão inovadora da qual  fazemos parte.

Oratória – o Poder da Comunicação com o Público

O que viu aí? Absolutamente nada, só palavras bonitas. Pois é, nem tente obter uma colocação privilegiada nos meios de informação gerando lero-lero. Nenhum  jornalista procuraria você para falar disso. Ele precisa de fontes que sirvam para gerar boas informações para a matéria que está escrevendo. Qualquer profissional de comunicação percebe de longe o cheiro de vigarice. Por isso preocupe-se em aparecer na mídia sim, mas com conteúdo para apresentar para o público que o estiver lendo, assistindo ou ouvindo.

Para relembrar:

 Que tipo de mensagem devemos evitar ao dar

uma entrevista?

 Como se prevenir para não ser ‘pego ‘ de surpresa

em uma entrevista?

 Para manter um bom relacionamento com a

Symon Hill

Como falar com o telespectador

Tão importante quanto falar ao público ao vivo durante uma apresentação, é falar com o público através da televisão. A linguagem da TV é mais importante ainda para aquele que espera conquistar o público. Neste capítulo de nosso curso, abordaremos como falar com o público através das câmeras de TV.

Todos nós reconhecemos o poder da televisão em modificar, enobrecer ou destruir a imagem de um indivíduo. Através da TV, milhares de pessoas têm acesso ao que você disser e num programa ao vivo, falar algo irrefletido ou transmitir uma informação equivocada pode ser fatal para sua imagem como comunicador, candidato ou entrevistado. Por unir som e imagem, a TV muitas vezes provoca certo desconforto para o entrevistado, pois a câmera e o microfone mostram claramente o nervosismo e a timidez. Mas a TV pode ser uma boa aliada para sua imagem se você souber usá-la. Entre os pontos altos de falar na TV, devemos dar atenção ao tempo de entrevista. A capacidade de síntese

No documento Oratoria Moderna eBook Symon Hill (páginas 60-66)

Documentos relacionados