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A Política de Assistência Estudantil da UFJF após 2007

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2 O NOVO PERFIL INSTITUCIONAL E A COMUNIDADE ACADÊMICA

2.3 A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL DA UFJF SOB A PERSPECTIVA

2.3.1 A Política de Assistência Estudantil da UFJF após 2007

Esta subseção tem como finalidade discutir sobre o novo perfil institucional da PROAE. Para tanto, serão expostas algumas reflexões acerca da mudança do perfil dos estudantes das IFES e abordadas as possíveis influências, dos movimentos do corpo discente, no desenho da Política de Assistência Estudantil da UFJF. Ademais, será apresentada uma síntese das opiniões e percepções dos participantes da pesquisa sobre alterações ocorridas nessa política de permanência e mobilização estudantil.

Neste estudo, partiu-se do pressuposto de que o processo de reforma, que a educação superior vem passando, sobretudo a partir dos anos 2000, ocasionou modificações no perfil dos estudantes das IFES e, consequentemente, fez com que essas instituições tivessem que adequar a sua forma de atuação no âmbito da assistência estudantil.

Quanto ao que desencadeou alterações no perfil do corpo discente das IFES, o FONAPRACE, em 2011, elencou várias políticas de inclusão, especialmente as diversas modalidades de ações afirmativas e o REUNI (FONAPRACE, 2011). Ulteriormente, em 2016, o Fórum atribuiu as mudanças na configuração da população universitária a uma conjunção de fatores e políticas públicas, como a Lei de Cotas, o sistema ENEM/SISU, o PNAES, dentre outros (FONAPRACE, 2016).

A UFJF, em 2006, instituiu Política de Ações Afirmativas, mediante a reserva de vagas, para estudantes oriundos da rede pública de ensino e autodeclarados negros, adequando, posteriormente, no ano de 2012, essa política, conforme a Lei de Cotas. Em 2007, a instituição aderiu ao REUNI, sendo que, depois deste ano, percebem-se modificações na Política de Assistência Estudantil, inicialmente, relacionadas à ampliação de estudantes atendidos por benefícios estudantis e ao aumento de verbas destinadas para tal política.

Na percepção de oito (8) entrevistados, Membras dos DAs do Bacharelado Interdisciplinar e da Farmácia, Membro do DCE, Membra da gestão anterior do DCE, Representante da Associação de Pós-graduandos, Coordenadoras de curso do Direito e da Medicina e Pró-reitor, ocorreram mudanças na Política de Assistência Estudantil da UFJF, após a adesão da instituição ao REUNI (2007).

Já os Membros dos DAs do Direito e da Medicina e a Coordenadora de curso do Bacharelado Interdisciplinar relataram que não identificaram alterações nesta política, ressaltando que possuem vínculo recente com a UFJF. O ano de ingresso na instituição, informado por estes três (3) participantes da pesquisa, foi, respectivamente, 2017, 2015 e

2016. Duas (2) entrevistadas, a Coordenadora de curso da Farmácia e a TAE afirmaram que não têm conhecimento acerca destas modificações.

Apesar do Pró-reitor da PROAE ter apontado que houve modificações na Política de Assistência Estudantil da UFJF, ele entende que o REUNI não foi a causa determinante:

[...] Eu acho que o que trouxe o impacto, mais ou menos paralelo, foi a adesão a outros programas, como o sistema de cotas, a reserva de vagas para o sistema de cotas, que tem se ampliado a cada dia, tanto a cota para negro, para oriundo de escola pública, para indígenas, quilombolas. Essas políticas, que agora, inclusive, reafirma a necessidade de reserva vagas para pessoas portadoras de deficiência, essas ações que mudaram o perfil do nosso estudante (E12. Entrevista realizada em 28 de fevereiro de 2018).

O gestor indicou a alteração no perfil do estudante como a causa para as transformações na Política de Assistência Estudantil: “[...] A universidade pública começou a perceber que tinha que mudar o seu processo de assistência estudantil, para poder dar conta e garantir a permanência desses novos estudantes dentro do ensino superior (E12. Entrevista realizada em 28 de fevereiro de 2018)”. A TAE, de maneira similar ao Pró-reitor, relatou modificação no perfil dos estudantes das IFES.

[...] Então, houve uma mudança que demandou, acho que era ético e lógico, se a gente está abrindo as portas e possibilitando a entrada de estudantes de um outro perfil socioeconômico na universidade, não adianta só oferecer a entrada, a gente tem que fazer a cama também (E13. Entrevista realizada em 22 de fevereiro de 2018).

A percepção do gestor e da TAE, de que ocorreu transformação no perfil do corpo discente das universidades, é corroborada pela IV Pesquisa do Perfil dos Estudantes das IFES, realizada pelo FONAPRACE (2016). Os resultados dessa pesquisa apontaram mudanças no perfil dos discentes, sobretudo, aquelas concernentes ao aumento expressivo nos estratos de menor renda, bem como crescimento no quantitativo de negros e pardos na graduação. Na UFJF, essa situação não teve diferenças substanciais, os dados da pesquisa indicam que 75,5% dos discentes vivem com renda per capita média familiar de até 1,5 salários mínimo, e o percentual encontrado de negros e pardos foi de 37,3%.

A respeito do motivo que levou a PROAE a transformar o seu processo de trabalho, a opinião de cinco (5) entrevistados, Membra do DA da Farmácia, Membro do DCE, Membra da gestão anterior do DCE, Coordenadora de curso da Medicina e Pró-reitor, não teve diferenças substanciais. Para esses participantes da pesquisa a Pró-reitoria precisou adequar o

seu processo de trabalho às necessidades dos alunos que estavam ingressando na universidade.

A Coordenadora de curso do Direito e a Representante da Associação de Pós- graduandos afirmaram que desconheciam as causas para a PROAE ter modificado o seu processo de trabalho. Contudo, a última mencionou que o ingresso na UFJF de muitos estudantes que não residiam na cidade do campus, antes de terem acesso ao ensino superior, fez com que a instituição tivesse que prestar serviços, de modo a atendê-los.

Apesar da maioria50 dos entrevistados, que identificaram transformações na Política de Assistência Estudantil da UFJF, associarem as mudanças ocorridas nessa política à alteração do perfil do corpo discente, no decorrer das entrevistas, surgiu outro entendimento, relacionado à falta de organização e de critérios no processo seletivo para concessão de benefícios estudantis.

Assim, a Membra do DA do Bacharelado Interdisciplinar expôs considerações diferentes sobre o motivo das modificações ocorridas na Política de Assistência Estudantil da UFJF: “A bagunça. Vamos ser sincera, era a bagunça!” (E1. Entrevista realizada em 26 de março de 2018). Nesse relato, a entrevistada reafirma a sua compreensão sobre os procedimentos de seleção para concessão de benefícios estudantis, existentes desde a época da adesão da instituição ao REUNI até o ano de 2015: “Então, tinha muita bolsa e era muito fácil conseguir bolsa de assistência estudantil, por exemplo, de permanência, porque não tinha nada de critério” (E1. Entrevista realizada em 26 de março de 2018).

Para a Membra do DA do Bacharelado Interdisciplinar, os procedimentos de concessão de benefícios estudantis foram reestruturados devido à falta de organização, causando, portanto, transformações no processo de trabalho da PROAE. Como abordado no primeiro capítulo, ressalta-se que a reestruturação do processo seletivo da Pró-reitoria, para concessão de benefícios estudantis, ocorreu em 2016, quando a PROAE passou a utilizar um sistema de fluxo contínuo.

Segundo essa representante dos estudantes, no período do REUNI, houve uma expansão da UFJF sem planejamento, e a instituição contava com grande quantidade de recursos.

[...] A Universidade, as instituições públicas, isso vale para as IFEs também, na época do REUNI houve uma expansão, uma criação de um monte de coisa, exemplo aqui na universidade, um monte de curso, que hoje em dia

50Nesta pesquisa, adotou-se a definição de maioria como o número excedente à metade do todo (INFOPÉDIA,

não tem como funcionar, porque não tem tanta verba, não foi planejada como ia ser dada essa expansão no REUNI, e fica aí, do jeito que está (E1. Entrevista realizada em 26 de março de 2018).

Ressalta-se que a quantidade de recursos destinados à Política de Assistência Estudantil da UFJF teve aumento ano a ano, depois da adesão da instituição ao REUNI, com redução somente em 2017. O incremento total da verba destinada à assistência estudantil atingiu 900% em 2016, em relação ao ano de 2008.

Entre as principais modificações na Política de Assistência Estudantil da UFJF, elencadas pelos entrevistados, duas foram mais citadas: a ampliação da disponibilização de benefícios estudantis (bolsas) (E1, E3, E7) e a expansão de vagas na instituição (E5, E6). Outras mudanças mencionadas foram a criação da PROAE (E11), o estabelecimento de políticas assistenciais (bolsas e apoio psíquico) (E9) e a percepção de que a assistência estudantil deve ser adequada para garantir a permanência dos estudantes com outro perfil na universidade (E12).

Tais alterações convergem com as identificadas no primeiro capítulo. Isto é, foram constatadas, anteriormente, as seguintes mudanças: i) aumento no percentual de estudantes atendidos por benefícios estudantis, que no ano de 2007 era 2,82% e passou para 20,46% em 2017; ii) expansão da quantidade de alunos matriculados na graduação presencial, que mudou de 11.602 para 19.380, neste mesmo período; iii) ampliação da prestação de serviços no campo da saúde mental, efetuada pela PROAE; iv) criação da Pró-reitoria, em 2011, em um contexto de expansão e reestruturação da UFJF; e v) modificações no processo de trabalho da PROAE e, consequentemente, na Política de Assistência Estudantil da instituição, devido às transformações ocorridas no perfil do estudante da universidade.

Cinco (5) entrevistados, Membra do DA da Farmácia, Representante da Associação de Pós-graduandos, Coordenadoras de curso do Direito e da Medicina e Pró-reitor, disseram que foram positivas as mudanças ocorridas na Política de Assistência Estudantil da UFJF depois de 2007.

Por outro lado, a Membra do DA do Bacharelado Interdisciplinar, o Membro do DCE e a Membra da gestão anterior do DCE informaram que as alterações foram favoráveis apenas em alguns aspectos. Assim, a Membra do DA do Bacharelado Interdisciplinar destacou que a atual organização do processo seletivo, para a concessão de benefícios estudantis, é positiva, porém, apontou que essa seleção possui alguns critérios rígidos e exige documentos de difícil acesso. Logo, conforme a membra do DA, apesar do processo seletivo ter sido organizado, a seleção para acesso aos benefícios estudantis deve se tornar mais fluida.

O Membro do DCE e a Membra da gestão anterior do DCE afirmaram que o processo de expansão da universidade é favorável, contudo, indicam um descompasso entre essa ampliação e as políticas de permanência da instituição. Ambos relataram que o aumento da quantidade de estudantes não foi acompanhado, no mesmo ritmo, por políticas de assistência estudantil. Para os entrevistados, o REUNI foi implementado sem planejamento, havendo impactos dessa situação no momento atual, ou seja, há uma parcela considerável de estudantes da UFJF que têm dificuldades em permanecer na instituição. Então, segundo o atual membro e a ex-membra do DCE, embora tenham ocorrido alterações na Política de Assistência Estudantil da UFJF, a mesma deve ser ampliada, no sentido de apoiar os discentes que têm dificuldades de se manter no ensino superior.

Um dos motivos para explicar a desproporção entre a ampliação na quantidade de estudantes da universidade e a expansão de políticas de permanência no ensino superior, relatada por estes entrevistados, pode estar relacionado à insuficiência de recursos para atender à demanda existente por assistência estudantil. De acordo com o FONAPRACE (2016), embora historicamente os recursos do PNAES tenham aumentado, ainda são insuficientes para suprir toda a demanda existente.

A opinião do Membro do DCE e da Membra da gestão anterior do DCE, referente à necessidade de garantir, ao mesmo tempo, acesso e condições de permanência na universidade, converge com a compreensão de Magalhães (2013), a respeito da concretização do direito à educação. Conforme a autora, o direito à educação superior ultrapassa a implementação de políticas voltadas ao ingresso nesse nível de ensino, de maneira que, para o estudante oriundo de classe popular, a inexistência de programas de apoio financeiro e pedagógico, entre outros, pode representar entraves à sua trajetória acadêmica.

Perante o exposto, pode-se dizer que ocorreram modificações na Política de Assistência Estudantil da UFJF, após a adesão da instituição ao REUNI (2007), sobretudo, atreladas à alteração do perfil dos seus estudantes. Além disso, tais transformações abarcam, particularmente, o aumento da quantidade de estudantes atendidos por benefícios estudantis.

As percepções dos entrevistados, mencionadas anteriormente, tiveram o intuito de demonstrar as mudanças que vêm ocorrendo na Política de Assistência Estudantil da UFJF, ocasionadas pela adesão da instituição às políticas educacionais de âmbito federal, principalmente a partir de 2007. Considerando que as políticas públicas educacionais sofrem também interferências dos atores que atuam no contexto da prática, neste caso, o corpo discente da universidade, cabe expor as opiniões dos entrevistados a respeito dos movimentos dos estudantes em torno de seus interesses.

Com relação a tais movimentos, obtiveram-se os seguintes relatos: sete (7) entrevistados informaram ter notado algum; dois (2) expuseram que a mobilização estudantil tem sido feita por intermédio do DCE, Diretórios Acadêmicos (DAs) e Centros Acadêmicos (CAs); dois (2) relataram que o movimento do corpo discente, acerca dos seus anseios, tem ocorrido através dos coletivos, como por exemplo, o movimento negro; e dois (2) disseram não ter conhecimento da existência de movimentos coletivos recentes. Sete (7) entrevistados citaram movimentos recentes dos estudantes, conforme se observa no Quadro 7:

Quadro 7 – Movimento discente em torno de seus interesses

Entrevistado Relato

Membra do DA do Bacharelado Interdisciplinar e Membro do DCE

Ocupação da Reitoria contra o corte de benefícios estudantis.

Coordenadora de curso da Farmácia

Mobilização contra o corte de bolsas e auxílios estudantis. Membra da gestão anterior

do DCE

Mobilização contra as fraudes nas cotas raciais e pelo funcionamento da moradia estudantil.

TAE Movimento “UFV51- Não é normal”, que aconteceu em Viçosa. O movimento solicitava políticas de saúde mental mais consistentes e relativas ao assédio moral presente no contexto universitário. Chamava atenção para a cobrança excessiva em termos de estudo e de rendimento acadêmico, bem como situação de adoecimento. O movimento reverberou na UFJF.

Coordenadora do Curso da Medicina

Convite, direcionado à entrevistada, de participação em seminário no campo da saúde mental, originado pela iniciativa discente, por intermédio de uma Liga Acadêmica de Psicologia. Além da indicação de seu nome, feita por estudantes, para participar do Ciência ao Bar, que é um projeto no qual um pesquisador discute com a comunidade sobre um assunto pré-definido.

Pró-reitor Solicitação da participação da PROAE em evento na área de saúde mental, organizado pelo DA de Engenharia.

Fonte: Entrevistas realizadas em fevereiro e março de 2018.

Dentro dos movimentos do corpo discente elencados pelos entrevistados, nota-se quatro requisições principais: solicitação direcionada à instituição de participação em eventos e desenvolvimento de ações e serviços no campo da saúde mental; revisão do processo de concessão de benefícios estudantis, no sentido de revogar o corte de bolsas; criação de mecanismos de combate e apuração de fraudes no sistema de reserva de vagas; funcionamento da moradia estudantil.

Quanto aos presumíveis desdobramentos da primeira solicitação, verifica-se uma ampliação do desenvolvimento de ações no campo da saúde mental pela PROAE, assim como a participação frequente da Pró-reitoria em eventos nessa área, organizados pelos estudantes.

A segunda solicitação, que está relacionada ao movimento de ocupação da Reitoria, ocorrido em 2015, comentado no primeiro capítulo, teve como retorno uma carta assinada pela Administração Superior. Na carta, constava uma série de medidas a serem efetivadas pela universidade, incluindo empenho na ampliação do número de discentes atendidos por bolsas e/ou auxílios; maior celeridade na seleção de alunos para concessão de benefícios estudantis; melhoria da estrutura da PROAE; dentre outros. Atualmente, destacam-se, como prováveis consequências dessa mobilização estudantil, o atendimento de todos os estudantes que se encontrem no perfil de vulnerabilidade socioeconômica; a adoção do sistema de fluxo contínuo para concessão de benefícios estudantis; o aumento do número de servidores da Pró- reitoria. O relato da Membra do DA do Bacharelado Interdisciplinar reitera essa compreensão:

[...] É... Basicamente, teve um corte momentâneo, uma galera ficou sem bolsa e, devido à falta de bolsa, têm casos de vários alunos que tiveram que ir embora para casa, porque não tem grana para ficar aqui. E aí, a gente ocupou a reitoria, saímos com uma carta, carta de saída, com várias exigências; algumas foram cumpridas, outras não (E1. Entrevista realizada em 26 de março de 2018).

Os impactos da terceira demanda podem estar relacionados à criação, neste ano, de uma comissão de sindicância, destinada a apurar denúncias de irregularidades no ingresso por cotas, e também,a constituição, ainda em curso, pela UFJF, de Comissão de Verificação de Autodeclaração Racial, que atuará nos próximos processos seletivos e concursos públicos (UFJF, 2018a; 2018b).

Por fim, em relação à quarta reivindicação, presume-se que teve como resposta a inauguração da moradia estudantil em 2017.

Ressalta-se que os desdobramentos dos movimentos dos estudantes expostos acima levaram em consideração apenas o impacto destes na configuração da Política de Assistência Estudantil e da Política de Ações Afirmativas (reserva de vagas), deixando, assim, de analisar a influência de outros atores na conformação de tais políticas.

Durante o período que ocorreu mobilização estudantil, referente à reversão do corte de bolsas, ao funcionamento da moradia estudantil, à solicitação de atenção à saúde mental do corpo discente e às fraudes no sistema de reserva de vagas, houve a discussão de ideias e grupos de interesse (representantes dos estudantes, discentes, servidores e gestores),

competindo entre si para configurar/definir a Política de Assistência Estudantil ou a Política de Ações Afirmativas. Entende-se que estas circunstâncias estejam relacionadas ao contexto de influência das políticas públicas, discutido por Mainardes (2006).

Dispondo-se da discussão de Mainardes (2006), compreende-se que outra fase que integra a vida das políticas públicas esteve presente durante estas mobilizações estudantis, qual seja o contexto da produção do texto que diz respeito aos textos políticos.

Destaca-se, como exemplos de textos, originados nestes cenários de mobilização estudantil: a Resolução do CONSU n° 11/2017, que dispõe sobre a Política de Assistência Estudantil da UFJF e manteve o desenvolvimento de ações de saúde entre as áreas de atuação dessa política, previsto nas resoluções emitidas anteriormente52; o edital de seleção de estudantes para a moradia estudantil; a carta que estabeleceu compromissos da Administração Superior com o movimento estudantil; e a Portaria n° 307/201853, que criou a comissão de sindicância para apurar denúncias de irregularidades no ingresso por cotas na instituição.

A resposta aos textos políticos têm consequências no contexto da prática, que é onde a política produz efeitos (MAINARDES, 2006). Nesse sentido, a Política de Assistência Estudantil da UFJF, regida pela Resolução do CONSU n° 11/2017, vai ter consequências reais a partir da interpretação e da recriação deste texto político, efetuadas pelos atores que atuam no contexto da prática (MAINARDES, 2006).

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