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A Relação dos surdos com a música

No documento Lista de Figuras (páginas 25-43)

Todas as pessoas ouvintes sabem o que é música, pois podem senti-la em forma de melodias, sabem imitar ritmos e se expressar, mas em termos precisos, poucos sabem defini-la. Porém como uma pessoa surda define a música? Será que situações em contato com a mesma permite uma adaptação a situação musical? Ou em termos mais precisos, é possível o surdo aprender música?

Nesse capítulo será tratado sobre esse assunto de forma aprofundada, buscando respostas para essas discussões existentes nos dias de hoje.

2.1 - Elementos que compõem a música além dos sons

Não existe um consenso universal definindo o que é música (Kania, 2011) afirma que sons são necessários para a existência da música, mas não são uma única condição suficiente para definição da música, até porque uma vez que os sons ocorrem ao redor do mundo durante todo o tempo e poucos deles são considerados música. A autora estabelece condições necessárias e suficientes para que se possa ter uma definição próxima do que realmente pode ser a música.

Para se definir o que é música, uma possível estratégia pode ser recorrer às propriedades do som, porém na música os conceitos de tempo e frequências estão ligados a ritmos, elementos que variam e podem apresentar uma ampla gama de definições e várias definições. Pode-se também recorrer à subjetividade, que indica que qualquer som para o ouvinte pode ser música, independente das suas mais importantes propriedades. Uma outra estratégia seria a intencionalidade que surge com o traço definidor da música que está na intenção daquele que a produz. Pode-se ouvir uma gravação ou uma apresentação musical e considerar os mesmos elementos igualmente validos, mas a intencionalidade pode ser diferente, já a música pode ter sido gerada por animais ou até mesmo computadores (Kania, 2011).

Contudo o autor passa por definições provisórias até chegar a uma definição final para a música. No primeiro ponto abordado define-se música como som intencional,

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produzido de forma organizada e voluntaria, adquirindo assim uma característica mínima e básica que seriam altura e ritmo. Porém, podem-se encontrar músicas que não apresentam nenhuma dessas características que foram citadas anteriormente, e que podem ser contestadas com ou sem a relação com a intencionalidade da produção, exemplo Williams Mix de John Cage em 1952 ou também Yoko Ono’s Toilet Piece/Unknown em 1971. Em contrapartida, há sons com características musicais praticamente impossíveis de negar, e que foram produzidos sem intenção de que características sejam atendidas, exemplo Muzak ou Don Juan wake-up call (Kania, 2011).

A segunda definição provisória da autora considera que música pode ser definida como sendo um som intencionalmente produzido e organizado que busca ter alguma característica musical básica composta por altura e ritmo ou com finalidade de ser ouvida a partir de algum recurso, assim considera-se a escuta como interpretação, ou o ouvinte obtém características musicais que são explicitas apenas a ouvintes (Kania, 2011). Considerando o uso do silêncio na música, pode-se substituir o som por alguma coisa que intencionalmente pode ser escutada. Assim sua definição parece com o seguinte: (1) música é um evento intencional produzido e organizado, (2) com finalidade para ser escutado e (3) que tenha alguma característica musical básica, como altura e ritmo, ou para ser interpretada a partir de tais recursos.

A última definição da autora em questão apresenta a importância intencional da produção musical e da escuta na percepção, mostra a relação do emprego das características musicais básicas sendo flexíveis, algo que será abordado nos tópicos posteriores, definições que permitirão ver questões e elementos musicais que devem ser incluídos na pratica da música e como consequência no desenvolvimento de tecnologias que serão consideradas à frente nesse trabalho, e também fazer pensar sobre o papel da escuta e da sua objetividade e a importância da intencionalidade. Assim, se pretende mostrar que além do som, a música está permeada por muitos elementos, vários deles com caráter extrassonoro.

Baseando-se nesses princípios, no presente trabalho, elementos como imagens serão usados para comunicar significados musicais. Eles permitem gerar elementos intencionalmente produzidos para que possam se escutados, assistidos ou sentidos por crianças (Turino, 2008). Um ritmo pode ser percebido a partir de uma sequência de imagens, desde que sejam demonstradas em intervalos diferentes de tempo. Uma melodia

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identifica-se como conjunto de vibrações que se organizam em tempos e intervalos que variam com o passar do tempo, esses elementos físicos permitem ter uma comunicação significativa no mundo musical, assim possibilita uma interpretação musical com interação com outras pessoas.

2.2 - A capacidade humana em situações musicais

Música tem presença em várias situações da vida, e proporciona conhecer os mais variados costumes, culturas e comunicações entre pessoas e pode manifestar emoções e alterações no humor das pessoas; a música se refere a atividades distintas que trazem satisfação em diferentes necessidades das pessoas (Turino, 2008) apresenta que a experiência musical é valiosa no processo de integração social das pessoas, o que as permite se tornarem completas e satisfeitas em várias situações. Já (Blacking, 1973) expressa que música está presente em várias localidades do mundo como linguagem e religião, o que pode ser uma espécie de traço, produto e comportamento de grupos humanos.

A participação e vivência da experiência musical são itens valiosos no processo de integração do indivíduo na comunidade ou sociedade (Turino, 2008). O mesmo autor aponta que artes são formas pontuais da sobrevivência humana; práticas e culturas públicas utilizando música e dança são formas de as pessoas poderem incluir sua identidade à coletividade da sociedade, ainda são elementos fundamentais no que diz respeito a formação e sustentação dos grupos sociais, para sua sobrevivência básica. O autor ainda afirma que as performances usadas em artes são sustentos de identidade que permitem às pessoas a se sentirem como integrantes da sociedade por meio de realizações de conhecimentos culturais compartilhados e do ato de juntos participarem de performances.

O pensamento de participação é proposto no sentido de contribuição ativa num evento musical, como por exemplo palmas, tocar um instrumento, dança e canto, cada um destes é considerado uma atividade integral de performance ressaltando que sons e movimentos conceitualmente importantes são intensificadores da interação social.

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O fazer musical participativo, a atenção principalmente recai sobre a atividade em questão, sobre as pessoas e os participantes, abstendo do foco sobre o produto final, que será o resultado de tudo o que acontece nessa performance clássica, mas ainda tem ressalvas a serem observadas, como por exemplo a qualidade do som, dos movimentos o que é muito importantes entre todos os presentes na atividade, a qualidade é aferida por todos os participantes, isso com a sensibilidade e o bem estar durante a atividade. O resultado concluinte da atividade dessas pessoas é que a música participativa leva todos a uma concentração de uma sobre as outras e na atividade no geral (Turino, 2008).

O autor ainda aponta alguns elementos que são necessários para que uma atividade gere o envolvimento de outras pessoas, esses elementos são considerados em todo o processo de desenvolvimento e uso da ferramenta proposta:

Deve haver delimitação de tempo e lugar onde os participantes estão se

concentrando em relação às habilidades e balanços nos desafios.

O desafio deve aumentar conforme o nível de habilidade do indivíduo aumenta.

Deve-se haver uma expansão constante dos desafios para buscar uma maior

dificuldade ao usuário.

Torna-se necessário o feedback do indivíduo em todos os momentos, que depois

novamente retorna a manter a mente focada na atividade que realiza.

Os objetivos devem ser bem estabelecidos, pois assim podem ser alcançados com

tempo e espaços em relação dos desafios.

Pode-se também pensar nos elementos que são usados no fazer da música e avaliação de uma atividade ou desempenho musical do indivíduo (Blacking, 1973) olha para a música como um som organizado, numa relação com padrões de organização humana e padrões de sons produzido de um resultado da interação humana, esta ordem pode ser o resultado de processos extramusicais, como seleção dos buracos de uma flauta ou os trastes de um instrumento de corda. O autor ainda aponta que devemos adquirir o conhecimento dos sons e que tipo de comportamento determinadas sociedades escolhem chamar de musical. A música deve ser recebida por sujeitos que a compartilham de alguma forma, seja por experiências culturais ou individuais de seus idealizadores, dessa

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forma nos leva a pensar por exemplo, quais os testes de habilidades musicais são relevantes em culturas do qual o sistema musical é representado pelo teste, seja por consequência talvez um musico famoso dentro de um meio cultural, para saber que ele pode não ter o mesmo sucesso em outro meio cultural, essa questões nos levam a refletir e propor um trabalho para desenvolvimento tecnológico que esteja com constante contato com o público, para assim conhecer suas principais práticas culturais e formas de interação com a música.

A prática da música é extremamente importante ao homem, ela se baseia em organizar sons, ressalta papéis de interação humana e influencia a estrutura psíquica do indivíduo (Turino, 2008). Cada sociedade cultural apresenta características especificas que ajudam como elemento agregador da vida na sociedade, além de contribuir para o desenvolvimento das pessoas, e mesmo dentro de um único país, cidade e bairro pode-se ter diversas praticas musicais, isso desperta o pensar se pessoas surdas ou deficientes auditivas poderiam construir seu próprio meio de prática musical, mas quais seriam esses meios e aprendizagem ou manifestação musical para gera inclusão em grupos específicos ou quem sabe em grupos já definidos? Seria possível explorarmos processo extramusicais para auxiliar os mesmos? Adotar uma performance participativa ajudaria no desenvolvimento da prática musical?

Como foi visto, a música tem um papel importante na vida do indivíduo para viver em comunidade, isso leva a refletir na importância em se tentar incluir pessoas surdas ou deficientes auditivas no meio musical e como a música poderia se tornar um elemento de interação desses grupos de pessoas com deficiência. Elas poderiam até utilizar a música para troca de experiências pessoais e sociais, além de permitir uma constante integração junto a outras culturas que são dos ouvintes, que hoje em dia está repleta de música (Turino, 2008).

2.3 - O que a música pode agregar para a pessoa surda?

Nesse trabalho apresentaremos atividades musicais direcionadas para crianças surdas, bem como o papel do mundo tecnológico para auxiliar nessas atividades. Indaga-se assim quais atividades educacionais que utilizam música que poderiam Indaga-ser utilizadas, ou apenas fazer o uso de comunicação com discurso constituído em tom de metáfora.

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Analisando exemplos práticos citados no referencial teórico, como por exemplo (Swanwick, 1999), foi possível apontar princípios fundamentais para educadores musicais seja qual for seu contexto na música, e permite encontrar caminhos em que a educação musical se adapte com a particularidades do indivíduo.

A autora (Swanwick, 1999) chama a atenção para características que a música pode compartilhar dentre suas mais complexas formas de discurso, tons se tornam melodias por meio de um processo psicológico dos quais temos a tendência a agrupar sons únicos em frases lineares, ouvindo os mesmos como gestos, a autora ainda pontua três maneiras por meio das quais metaforicamente a música funciona:

1 - Transformar os tons de melodias em gestos.

2 - Transformação das melodias dos gestos em estruturas.

3 – Transformar essas estruturas simbólicas em experiências significativas.

A autora indica ainda que esse processo pode dar-se com início em elementos extramusicais, por exemplo, da forma como vemos luzes alternadas em painéis publicitários ou os expositores de vitrines como continuas linhas em vez do uso de lâmpadas, assim dessa forma a autora expõe o caráter multimodal para conceito dos gestos, ou adotar o que é citado por (Gunther e O’Modhain, 2003) em que foi adotada uma postura musical diante de sensações de vibrações, os autores pontuam equivalentes indicações entre elementos da música que são táteis, o que nos permite uma linguagem expressiva de comunicação iniciando-se através do toque, ou seja, a pele compreende e aprecia a linguagem do toque, a linguagem sonora da música.

Nesta pesquisa temos a possibilidade de encontrar nos elementos visuais e vibráteis, alguns aspectos que podem se assemelhar aos que são usualmente encontrados em elementos musicais para auxiliar no ritmo e melodia, esses elementos também podem ser apresentados de forma que representa as mesmas características que os autores citados apontam permitir ouvir tons como música, a ilusão do movimento, peso como sensação, tempo e espaço, o que permite dessa forma a identificação dos elementos em gestos, ainda nesse capitulo é descrito como é possível a intepretação psíquica dos elementos visuais e hápticos, assim nos levando a pensar na relevância desses elementos no mundo musical para deficientes auditivos.

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Na construção do discurso metafórico (Swanwick, 1999) afirma que só quando os tons se tornam gestos e estes mesmos gestos envolvem formas de interlocução, a música pode começar a passar formas e padrões aos surdos e deficientes auditivos das nossas experiências musicais e de vida, isso indica que os alunos devem ter a possibilidade de acesso a essas transformações metafóricas que foram citados no 2º parágrafo dessa página. O deficiente auditivo pode ter acesso a imagens e vibrações, elementos que para os mesmos pode equivaler ao som, dessa forma seu processo de educação musical passa três transformações iniciando da percepção tátil e visual dos tons, seguido assim pelos processos e interpretações das entradas. A autora aponta ainda que as três transformações metafóricas são observáveis por camadas de elementos da música, isso desde sua origem, essas camadas são chamadas: Materiais, Expressão, Forma e Valor, como explanado a seguir:

Materiais.

1º nível: reconhece sonoridades, no caso níveis de sonoridade, diferenças de afinação ampla, mudanças definidas de textura ou cor.

2º nível: identifica sons instrumentais e vozes especificas – conjunto de instrumentos ou tom de cores.

Expressão.

3º nível: caráter de comunicação expressivo na música – gesto e atmosfera – interpretar em palavras, imagens visuais e movimentos.

4º expressividade da análise pela atenção do timbre, duração, altura, ritmo, sonoridade, silencio e textura.

Forma

5º demonstração de relações estruturais – o incomum ou inesperado, as mudanças são súbitas ou graduais.

6º colocar ou poder fazer música dentro de um contexto estilístico particular e mostra a consciência idiomática de dispositivos e processos estilísticos.

Valor

7º revela as evidências pessoal de comprometimento por meio do engajamento contínuo de pelos particulares, compositores ou artistas.

8º sistematicamente desenvolve novas músicas, ideias críticas e análises sobre a música.

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Conforme a mesma autora, a educação musical comprometida com qualidade e experiência musical tem sua consciência de que seus alunos se movem entre as camadas do discurso musical. Estes critérios de modo geral servem muito bem para avaliação, embora sejam aplicados em contextos musicais específicos. A autora também aponta que a música surge no contexto social, mas seu caráter metafórico permite que a mesma seja interpretada e produzida de forma criativa, a partir de então aponta três princípios para educadores:

1 – Uso da música como meio de discurso. Uma conversa significativa com várias possibilidades de interpretação.

2 – Uso da música como discursos por alunos. Considerar um discurso musical que por definição não pode ser monólogo.

3 – Cuidado com a influência musical. Se imaginarmos que a música é uma forma de discurso, então ela é, embora não idêntica a linguagem. A autora enxerga uma relação entre aquisição da fluência em linguagem e música apontando a sequência mais eficaz é muitas vezes: articular, escutar, depois ler e então por fim escrever.

Os conceitos empregados e apresentados pela autora têm em vista a educação musical de pessoas surdas a partir de uso de ferramentas de tecnologia, a pluralidade contemporânea da música acaba exigindo a redefinição da relação entre a produção da mesma na comunidade e da educação musical de modo formal em estúdios ou sala de aula, assim nesse caso de pessoas com deficiência auditiva nos fazer pensar como a pluralidade pode ser usada como um fator de inclusão iniciando pela sua participação em determinadas culturas com musicais ou em suas produções, e musicais de instrumentos tecnológicos como auxiliadores do ensino da música, objetivo final desse projeto.

2.4 - A cultura dos surdos e a música: é possível um surdo aprender música?

Nos dias atuais ainda existe o preconceito em relação ao surdo e à sua musicalidade (Sá, 2006) realizou uma pesquisa entre quais relações há entre a música e a pessoa surda aprender música, na qual foi possível verificar que alguns deles odeiam a música, mas em contrapartida, há surdos que a amam. Há pessoas surdas que entendem a música, mas tem

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surdos que não tem o mínimo de interesse em entendê-la. Há surdos que ao sentir a música se emocionam, e tem outros que podem senti-la de diferentes maneiras. Há surdos com grandes condições de se deliciarem com a música, mas já há surdos que dificilmente terão uma experiência de sentir o prazer musical ao ver uma peça ou outro evento.

Algumas pessoas creem que se existe algum valor em um surdo poder ter contato com a música, esse se deve ao fato de poder colaborar com a sua oralidade. Isso não é verdadeiro, mas quando se dá oportunidade para as pessoas surdas aprenderem a música, eles realmente aprendem, e como aprendem, sua vontade e interesse pode ajudar a superar muitos obstáculos, podendo aprender até a tocar um instrumento musical.

Desde a mais jovem idade, quando uma criança surda é estimulada, a mesma pode sim perceber os sons que a rodeia. O mesmo autor ainda exalta que experiências musicais na infância pode ser a inauguração e divulgação na música da pessoa surda, ajudando assim a constituir o elemento como uma das bases da sua formação como indivíduo, a inserindo em um ambiente mais saudável e feliz, assim mostrando a importância de propiciar a situação da música como lúdica e prazerosa para a criança, para que a mesma possa se adaptar melhor a ela sem reserva (Haguiara-Cervellini, 2003).

O autor fez uma declaração em que defende que a música pode não fazer parte da cultura dos surdos, mas os indivíduos podem e têm o direito como todos de conhecê-la como uma informação e como modo de relação com as outras pessoas. São raros os indivíduos surdos que conhecem música ou apenas gostam da mesma, e isto deve ser respeitado (Strobel, 2008).

A música provoca nos ouvintes emoções em circunstancias difíceis de se explicar, emoções estas que podem ser sentidas por pessoas surdas, mas se for usar música como apoio para sujeitos surdos a mesma pode alcançar até mesmo outros objetivos, como por exemplo melhorar a fala, algo que o surdo pode saber, informação que o mesmo deve saber para ter em mente que isso não apenas incluir o mesmo, mas trazer vários outros benefícios. A forma mecânica da música utilizada em sessões de terapia, apresentações instrumentais, por vezes minimiza o interesse que os surdos têm de aprender música, e a princípio o desejo do surdo é conhecer a música que é um direito de todos, e os surdos também estão incluídos nesse montante de pessoas, mas compete a profissionais da área mostrar o dinamismo da mesma, para assim poder convencê-los e até encantá-los (Strobel, 2008).

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A autora (Haguiara-Cervellini, 2003), coletou depoimentos de pessoas que abordam a música como temática de ensino para os surdos na condição da cultura do mesmo, um dos entrevistados informou que a música só faz parte da cultura do surdo quando ele se apropria da mesma como direito que toda pessoa tem, seja ouvinte ou não, mas caso o surdo considere a música como propriedade do ouvinte, ele acaba rejeitando e se priva de obter tais benefícios, e sentir os prazeres da mesma proporciona. Sendo assim fazer parte da cultura das pessoas surdas muitas vezes depende da abertura que o mesmo permite e de seu olhar (Haguiara-Cervellini, 2003).

Há surdos músicos que já são do meio artístico, ou atuam em cinemas, novelas, outros são escritores, entre outros, eles têm uma convivência entre fronteiras, ficam entre dois mundos, da comunidade ouvinte e da comunidade surda. A inclusão de interculturalidade no contexto da música para pessoas surdas, alcança novas dimensões não vistas anteriormente, vencendo desafios, assim é imprescindível a necessidade

No documento Lista de Figuras (páginas 25-43)

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