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A solução de Telefonia

CAPÍTULO 7 O AMBIENTE DE REDE ESTUDADO

7.2 A solução de Telefonia

A primeira solução de telefonia adotada foi a tradicional, via PSTN, através de centrais Philips e INTEL instaladas em algumas unidades, sendo que nem todas as unidades poderam ser atendidas por fluxos telefônicos, devido a dificuldade de fornecimento de solução da própria operadora de telefonia local. Neste caso algumas unidades foram atendidas por meio de radio monocanal.

O custo da telefonia como já é sabido, tem se tornado altíssimo para as empresas, não sendo diferente neste caso. Por isso após a instalação de conectividade WAN e estabilidade destes links, deu-se a configuração e disponibilização da voz sobre a rede, através da solução de VoFr – Voz sobre

Frame relay, onde foram disponibilizados 12 canais de voz em Cafelandia, 6 em Nova Aurora, 12 canais em Formosa do Oeste , 12 canais em Jesuitas, 6 canais em Universo , 6 canais em JotaEsse e 2 canais de voz em Cascavel. A solução de VoFr vinha atendendo a Empresa com um padrão de qualidade que não era o esperado pela equipe de supervisão da rede. Pode-se dizer que mediante opinião dos usuários, o Mean Opinion Score -MOS estava em torno de 2 e 3, algumas vezes chegando a 4 mas repentinamente ficando degradado e ocasionando algumas reclamações dos usuários da solução.

Foram checadas todas as configurações de voz, capacidade de backplane dos roteadores, esquema de conexão e topologia da rede local e IOS`s dos equipamentos que implementavam a solução de VoFr e chegou-se a conclusão que devido ao fato de ter sido a rede configurada como Full Mesh, os pacotes podiam trafegar por diversos caminhos através dos PVC’s disponilizados, ocasionando um tempo de latência dos pacotes de voz em certos momentos muito diferentes e fora dos padrões de QoS, havendo uma degradação da qualidade da voz, em períodos intermitentes, e de difícil mapeamento.

A solução de voz implementava-se sobre routers Cisco da linha MC3810, estes equipamentos então puderam sofrer upgrade de memória flash , DRAM e bootprom, ficando assim preparados para suportar uma versão de IOS fornecida pela Cisco, que suporta a solução de VoIP- voz sobre IP. Estes equipamentos após este upgrade, são identificados com routers MC3810-V3. Como toda estratégia apontava para uma rede totalmente IP, e este impeditivo não mais existia, então optou-se por fazer a troca de VoFr paraVoIP.

A configuração de rede como Full Mesh foi retirada, os PVC’s também deixaram de existir e o roteamento dos pacotes de voz passou a ser estático.

Adotou-se então a solução de VoIP. Vale salientar que não foram esgotados os recursos para a solução de VoFr nem tampouco pode-se afirmar que uma é melhor que a outra. A decisão tomada em se trocar o protocolo para o IP, pesou por questões de flexibilidade de gerenciamento da solução, recursos de QoS e estratégia da :Empresa, em possuir uma rede toda IP. Em paralelo a esta alteração, o tráfego de dados das unidades também passou a ser estático, ficando roteamento dinâmico apenas entre os links de fluxo de dados entre Cascavel e Cafelândia , que ficaram distribuídos da seguinte forma: 2 links de 2Mbps para fluxo de dados, e 1 link de 2Mbps para voz.

Após a implantação da solução de VoIP pode-se coletar novos dados com os usuários da rede de tal forma a se concluir que o MOS atual da solução de telefonia gira em torno de 3 e 4 e em alguns locais pode-se garantir que o MOS é 5. Este é um outro aspecto que esta sendo avaliado. O porque de algumas unidades possuírem um MOS inferior em coparação com o de outras unidades, sendo a solução adotada, a mesma, e consumo de banda baixo. Este assunto continua com pauta de estudo entre os gerentes da rede.

Hoje convivem solução de VoIP com a rede PSTN, através dos gateways de voz MC3810-V3 em algumas unidade, em outras roteadores da linha 827-4V, através de fluxo ADSL, e na Sede como ponto concentrador, um Access Server 5300. As unidades de Nova Aurora, Jesuitas, JotaEsse, Formosa e Cafelândia tiveram a CPU de suas centrais Philips PBX IS3030, atualizadas para o modelo 3000. Empenha-se no momento para implementar todas as facilidades disponiveis nestas centrais, para que passem a funcionar como um único PBX e tenham a rede de VoIP como suporte.

conectividade no momento de implementação da solução, quando os gateways de voz embora totalmente dentro das especificações do fabricante, não consegem diponibilizar certos recursos necessarios na conversação com o PBX através das sinalizações previamente exigidas. Não se pode concluir de que lado esta a restrição, se do lado do PBX ou do lado do Gateway. No entando cada fabricante defende seu equipamento e sua solução como pronta para implementar por completo a solução desejada. Ficando por conta dos gerentes da rede, a criatividade e o talento para que tais questões possam ser resolvidas.

Outra dificuldade é a de relacionamento com os fornecedores do PBX, tendo a empresa que depender de um único fabricante. Ficando o cronograma de implantação dependente da disponibilidade dos mesmos.

A estratégia é de depender cada vez menos dos fabricantes e mantenedores, tendo treinado pessoal e adquirido softwares de gerenciamentos destes PBX para que seu próprio pessoal, possa administrá-los.

Um outro aspecto que deve se levar em conta são os custos de atualização das Centrais PBX, a manutenção de suas programações e de seu hardware, assim como upgrade de todo o sistema.

A figura 29 – Solução de Telefonia legada normal operando em conjunto com a solução de telefonia via rede de pacotes e centrais PBX funcionando com um único PBX

Figura 29 Solução de Telefonia legada normal

PBX Telephone Telephone PBX Telephone Telephone IP Estaçações Clientes Estações Clientes

Fonte: Documentação equipe de rede – Cascavel (2002)