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5 ANÁLISES DOS DADOS

5.3 AS VARIÁVEIS SOCIAIS

5.3.3 A variável comunidade de fala

Para além da distribuição na estrutura social, o universo de observação desta análise permite considerar também a variação no plano espacial diatópico. Isso porque são duas amostras de dois municípios de diferentes regiões do Estado da Bahia: Santo Antônio de Jesus e Poções. O primeiro município está mais próximo da capital, Salvador, e constitui um importante centro regional de comércio, com uma economia bastante dinâmica. Já o município de Poções está bem mais distante da capital e, em sua economia, predominam as atividades primárias, como a pecuária. Dessa forma, espera-se que a mudança em relação a preposição empregada junto aos verbos de movimento esteja mais avançada em Santo Antônio de Jesus. Os resultados dessa variável são apresentados na tabela a seguir:

Tabela 13 – Preposição selecionada pelos verbos de movimento junto a SN’s locativos no português do interior do estado da Bahia, segundo a comunidade de fala

Para Em

Nº oc./Total Freq. P.R. Nº oc./Total Freq. P.R. Santo Antonio

de Jesus

375/600 63% .55 225/600 38% .45

Poções 412/756 54% .46 344/756 46% .54

De acordo com a Tabela 13, evidencia-se a dinâmica entre as duas cidades em estudo, a comunidade de Poções tem uma tendência ao conservadorismo linguístico, com um predomínio da preposição em, com peso relativo de .54. Já Santo Antônio de Jesus, por ser um importante pólo comercial que abastece a região, atua como centro difusor, com o predomínio da forma inovadora, a regência dos verbos de movimento com a preposição para exibe um peso relativo de .55. Dessa forma, pode se propor que o processo de difusão da variante inovadora, a partir dos grandes centros urbanos, atinge inicialmente os centros urbanos mais próximos e mais integrados economicamente, para depois alcançar os pequenos centros urbanos, mais distantes e economicamente mais atrasados.

Esta dissertação procurou demonstrar quais são os fatores que estão relacionados ao quadro atual de variação da regência dos verbos de movimento presente nas variedades populares do português brasileiro, considerando sobretudo as situações de contato entre línguas que marcam a história sociolinguística do Brasil. O universo de observação da análise foi a fala popular de dois municípios de diferentes regiões do Estado da Bahia: Santo Antônio de Jesus e Poções. Nesse universo, a variável preposição empregada junto aos verbos de movimento foi composta inicialmente por quatro variantes: para, em, a e até. A variante para foi a mais frequente, com quase sessenta por cento do total de ocorrências do corpus analisado; seguida da variante em, com quase quarenta por cento do total. Já as variantes a e até ocorreram de forma muito esporádica e marginal. Dessa forma, pode-se dizer que as preposições empregadas junto aos verbos de movimento no português popular do interior do Estado da Bahia são para e em. A estrutura prescrita pela norma padrão com a preposição a não faz parte do vernáculo desse segmento social.

Na análise quantitativa do encaixamento estrutural da variação entre para e em como preposição empregada junto aos verbos de movimento, o pacote de programas VARBRUL selecionou como estatisticamente relevantes as variáveis: o verbo de movimento empregado, a presença/ausência de material interveniente entre o verbo e o complemento locativo e a natureza do deslocamento. Na variável verbo de movimento, constatou-se que o verbo chegar condiciona fortemente a seleção da preposição em, enquanto os demais verbos, como ir, vir, levar e sair, favorecem a seleção da preposição para. Quanto à presença e/ou ausência de material interveniente entre o verbo e o complemento locativo, notou-se que a presença desse elemento favorece o uso mais natural do falante, construído com a preposição em; em contrapartida, a ausência desse elemento favorece a preposição para. Por fim, a variável linguística natureza do deslocamento revelou que a preposição em é mais selecionada quando se trata de um deslocamento temporário, assumindo o valor da preposição a, enquanto a preposição para parece realmente ter uma relação intrínseca com o deslocamento permanente.

Dentre as variáveis sociais arroladas, as que se mostraram mais relevantes foram a faixa etária, o sexo do falante e a comunidade de fala, na ordem da seleção feita pelo programa estatístico. E as demais variáveis como escolarização, estada fora da comunidade, localização da comunidade não foram selecionadas pelo programa.

De acordo com os resultados da variável faixa etária, nessa amostra de fala, comprova- se que a preposição para é a variante inovadora, que está presente na fala do grupo mais

jovem. Quanto à preposição em, verifica-se maior presença nas faixas etárias mais elevadas, podendo ser caracterizada como a variante mais conservadora. A variável sexo revelou que as mulheres usam mais a variante conservadora, a preposição em, uma vez que estão mais restritas à realidade local e saem pouco da comunidade; os homens, por outro lado, têm maior contato externo e estão mais inseridos no mercado de trabalho, predominando em sua fala a variante inovadora para. A variável comunidade de fala permite identificar o comportamento das variantes nos municípios analisados. Desta forma, Santo Antonio de Jesus apresenta o domínio da variante inovadora, tendo em vista a sua importância como centro comercial e cultural da região. A comunidade Poções apresenta uma tendência ao conservadorismo linguístico, com um predomínio da preposição em.

A partir da descrição do funcionamento das variáveis linguísticas e sociais da variedade do português popular é possível entender o perfil linguístico desses falantes em relação ao fenômeno pesquisado. A visão geral do fenômeno no português popular do interior da Bahia que se tem após uma interpretação dos dados é que apenas duas preposições apresentam valores significativos nessas comunidades: a preposição para está se implementando na gramática das comunidades populares do interior do Estado, sendo que a preposição em mantém vitalidade em alguns contextos específicos. O emprego da preposição a junto aos verbos de movimento prescrito pela tradição gramatical ainda não se firmou no vernáculo dessas comunidades, isto se deve a um sistema de educação formal que não conseguir alcançar ainda esse universo social.

É importante salientar que a presença hegemônica das preposições para e em no português popular, lança esse fenômeno na já conhecida polarização sociolinguística do Brasil, em que se observa a implementação da preposição em, na norma urbana culta e semi- culta; e a implementação da preposição para na norma popular do interior do país. Fato que leva a pressuposição que nesta última variedade de língua, no passado teria predominado o uso de uma única preposição locativa multifuncional, a preposição em. E, sobretudo, a partir do século XX, com a crescente influência dos grandes centros urbanos sobre as demais regiões do país, o emprego da preposição para junto aos verbos de movimento foi-se incrementando.

Por outro lado, os resultados desta análise apontam também para um desdobramento natural da pesquisa aqui apresentada no que se refere à distribuição social da variação na forma fonética da preposição locativa em, que, nessas variedades da fala popular do interior do país, pode realizar-se como em ou como ni. Desse modo, pretende-se prosseguir com os estudos nessa linha de análise.

português popular, com o objetivo maior de traçar um panorama sociolinguístico dessa variedade linguística com base no processo histórico da sua formação. Para além da ampliação do conhecimento da realidade histórica e cultural do Estado da Bahia, os resultados aqui apresentados também podem contribuir para a elaboração de estratégias de ensino de língua portuguesa mais ajustadas ao uso concreto da língua, sobretudo por parte daqueles que constituem o público alvo do sistema de educação pública.

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