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Abordagem de Trabalho

No documento Perfis de Utilizadores em Web 3.0 (páginas 38-44)

Este Capítulo pretende explanar a forma como o trabalho foi desenvolvido no decorrer da sua execução. A forma de trabalhar foi adaptada, para ir de encontro a uma abordagem de experimentação efectiva das ferramentas observadas no estudo, procurando sempre responder ao que foi estipulado no Capítulo Um.

Esta etapa é composta por uma análise a várias redes sociais, de diferentes géneros, onde foram identificados um conjunto de características, para que fosse possível induzir, posteriormente, os modelos de gestão de informações pessoais e de gestão de perfis dos utilizadores.

Para isso foi construída uma grelha de observação, onde constam determinados tópicos a analisar. Esta grelha foi elaborada por observação nas ferramentas, não estando previamente definida, para posterior aplicação. O objectivo do trabalho foi abranger todos os modelos de gestão de informações pessoais e, deste modo, procurou-se representar na grelha as características das ferramentas que estudamos. O estudo teve o seu término quando foi decidido que não existiam, ou não podiam ser encontrados, outros modelos de gestão de informações pessoais e de perfil alternativos aos estudados.

O processo de trabalho consistiu na criação de contas de utilizadores para exploração das ferramentas. Durante a nossa análise focamo-nos em momentos chave da utilização deste tipo de ferramentas. Sendo eles: o registo, o login, a criação do perfil, a gestão do perfil, a adição e gestão dos contactos. Foram observados quais os tipos de informações cedemos a estes Websites, tentamos perceber e representar o modo como os outros vêem a nossa informação, como ela é gerida pelo serviço e como nós próprios a podemos gerir.

Também foram levadas em consideração formas inovadoras de gerir informação/recursos e criação de interacção ou sentido de comunidade entre os membros. Funcionalidades únicas, ou com real valor para a plataforma, foram observadas com mais pormenor e destacadas no relatório de análise. Selecção das plataformas

A escolha das plataformas não foi efectuada ao acaso, por detrás está um trabalho prévio que visou outras plataformas, que acabaram por ficar fora do estudo. Foram intencionalmente seleccionadas ferramentas conhecidas e que divergissem nos públicos-alvo, bem como, em termos de filosofia de negócio e utilidade. A amostra utilizada no estudo alterna, em termos de finalidade das

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ferramentas, visto que apresenta redes sociais puras, redes de gestão de contactos profissionais, troca de recursos, social tagging e social bookmarking O número de ferramentas estudadas foi aquele que se verificou ser suficiente para que os dados recolhidos representassem o universo das redes sociais, sem que se começassem a repetir ou a verificar situações de óbvia semelhança entre as plataformas. A apreciação prévia dos serviços, potencialmente alvos do estudo, permitiu concluir que outras ferramentas apenas iriam acrescentar número aos dados recolhidos e não necessariamente diversidade aos mesmos e, por conseguinte, às conclusões que irão ser apresentadas.

Método de análise das plataformas

O processo de experimentação das ferramentas que foram seleccionadas para o estudo iniciou-se com a criação de uma conta de utilizador. Efectuado o registo, a exploração avança para as definições pessoais e complementação do perfil. Nesta etapa estiveram sob observação as funcionalidades e possibilidades à disposição do utilizador, para gerir os seus dados pessoais. Estando a explorar uma rede social, é necessário ter em atenção a componente social da plataforma. O modo como são adicionados novos utilizadores ou a possibilidade de identificar e interagir com contactos já previamente existentes, é um factor de dinamização do serviço, que não foi descurado e que esteve sempre sob observação atenta, aquando da experimentação da ferramenta.

Foi focada a atenção em características únicas que algumas das redes sociais em análise apresentavam. Por vezes, e apesar da diversidade de serviços, surgiu algum que se destacou pela sua capacidades de inovação e iniciativa, desenvolvendo ou publicitando algum mecanismo, ou funcionalidade, que provava criar valor para o serviço e para os seus utilizadores. Estas funcionalidades únicas, ou filosofias inovadoras, que algumas plataformas apresentam, foram sublinhadas e analisadas com particular atenção, tendo sido destacados os seus contributos directos e indirectos para a plataforma. Terminada a análise foi emitido um parecer, como que uma reflexão crítica sobre o serviço, que serve de resumo da plataforma, desde a sua funcionalidade, organização, capacidade de inovação e interacção entre utilizadores.

Organização do estudo efectuado

Um estudo tão cuidado das plataformas teve que ser levado a cabo de uma maneira sistemática, para garantir que a análise se processava da mesma forma, para todas as redes sociais online que estiveram sob observação e experimentação.

Tendo já sido explicado o processo de análise é necessário agora abordar a forma como foram concretizados os factos observados no estudo.

O estudo conta com duas fases distintas, em que a segunda suporta os dados reportados na primeira.

Devido às restrições em termos de espaço útil, para reportar resultados neste estudo, foi necessário idealizar e concretizar uma forma de reportar o essencial no corpo deste documento, remetendo para anexo todos os dados observados que complementam esta primeira análise. Assim sendo, surge uma página de apresentação da rede social, que será sempre aplicada à análise da ferramenta e que contém todos os dados fundamentais sobre serviço que foi estudado. Nesta página surge uma referência para o anexo em que se encontra o relatório de experimentação da ferramenta.

Este documento de apresentação possui uma estrutura fixa, como que um documento modelo, em que todos os pontos constantes possuem um significado e retratam um passo do processo de análise da ferramenta. A análise processa-se sobre os seguintes focos de observação:

• Nome do serviço

• O que é? – Uma pequena descrição da rede social em análise, sintetizando algumas das características/funcionalidades do serviço. Indica o que se pode fazer na plataforma;

• Finalidade/propósito – Indica qual a finalidade da plataforma. A que se destina o serviço, o porque dos utilizadores o frequentarem e qual o objectivo final ou ganhos derivados da sua utilização;

• Visibilidade – Reporta a visibilidade do serviço, através do número de visitantes únicos, que foram registados no espaço de um ano. É efectuada uma análise a estes dados e elaborado um comentário sobre a evolução do serviço. Neste ponto recorreu-se à ajuda de dois dos mais notórios serviços de análise estatística de websites, o Alexa e o Compete, sendo disponibilizados os dados relativos à ferramenta em estudo;

• Principais características – algumas das funcionalidades que se destacam dentro do serviço, pela notória contribuição para este e para os seus utilizadores;

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• Apreciação pessoal – Um comentário pessoal do autor, que serve para resumir a experiencia vivida durante todo o processo de experimentação da ferramenta.

Por sua vez, o relatório é um relato da experimentação efectiva, levada a cabo no decorrer da análise do serviço, este funciona como um guia para a ferramenta realçando os pontos mais interessantes de cada rede social online. Este relatório, em anexo, não possui uma estrutura formalizada, tendo os seus conteúdos variado de serviço para serviço, adaptando-se à própria plataforma em análise. No entanto, alguns dos tópicos relatados na experimentação são comuns em todas as ferramentas, pois são etapas da análise que terão de ser obrigatoriamente efectuadas em todas as plataformas (o registo, para citar um exemplo), e que necessitam de ser referidas.

Saturação da grelha de observação

No desenrolar do processo de exploração das plataformas foi-se completando a grelha de observação, que surge como o resultado final do estudo. Esta grelha é uma forma de sintetizar esquematicamente as características das redes sociais e dos perfis associados a cada uma destas plataformas.

A matriz representa os diferentes mecanismos de divulgação e fomentação de actividade dentro do serviço, bem como gestão das informações dos perfis. O produto de observação dos sites, conduz então a uma análise dos factos observados e posteriormente retratados na tabela.

A Tabela 5 deverá ser analisada da seguinte forma: Secção do

Perfil Mecanismo Condições/Opções Facebook Hi5

Informações do Perfil Registo Dados de registo x x Dados de pessoais x Informações de contacto Background académico/profissional Motivação para a adesão ao serviço Módulos de Informações do Perfil Pessoais x x Conta x x Contacto x x Interesses x x Background académico/profissional x x

A primeira coluna indica qual a secção do perfil que está sob análise, de entre as quatro nas quais foi dividido o estudo: Informações de Perfil, Configurações de Perfil, Interactividade e Relacionamentos dentro da Plataforma e Outros. Para cada secção de análise do perfil, existem diferentes mecanismos, aos quais correspondem opções/condições. Desta forma a tabela deverá ser interpretada da esquerda para a direita, na qual cada condição ou opção existente, dentro das secções do perfil, estará presente na ferramenta acima descrita, se apresentar uma marcação (x) na respectiva linha

No documento Perfis de Utilizadores em Web 3.0 (páginas 38-44)

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