4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS QUESTIONÁRIOS
4.4.2 Absenteísmo
O termo absenteísmo diz respeito à frequência de tempo que é perdido em decorrência da ausência do colaborador na empresa na qual trabalha. O absenteísmo tem-se tornado um problema sério para as organizações e seus gestores. Pois, reflete diretamente na qualidade e na rentabilidade da organização.
O gráfico abaixo representa a quantidade de colaboradores que já precisaram por algum motivo se ausentar ao trabalho.
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Fonte: Autoras, 2019
É possível analisar no gráfico 13 representado, que 59,80% dos participantes da pesquisa já precisaram faltar ao trabalho.
54,10%
12,29% 10,66%
22,95%
Dias faltados
1 a 3 dias 4 a 8 dias 9 a 15 dias Mais de 15 dias
Em relação à quantidade de dias faltados:
Gráfico 14- Em relação aos dias faltados
Fonte: Autoras, 2019
De acordo com o gráfico 14 representado, 54,10% dos colaboradores participantes da pesquisa faltaram de 1 a 3 dias ao trabalho e em segundo lugar, 22,95% dos colaboradores faltaram mais de 15 dias ao trabalho.
Em relação aos motivos que afetam a frequência ao trabalho, dos 122 participantes que responderam sim para a pergunta que se refere se faltou ou não ao trabalho, segue a tabela com os resultados. Nessa questão em particular os respondentes podiam assinalar mais de uma opção.
TABELA 18- MOTIVOS QUE LEVARAM OS COLABORADORES A FALTAR
MOTIVO QUANTIDADE Doença 103 Condições Trabalhistas 3 Estudos 2 Assuntos Particulares 24 Relacionamento com os superiores 1 Falta de 3
Sim 36,27%
Não 63,73%
Cansado com a carga horária
Gráfico 15- Em relação ao cansaço com a carga horária. Motivação Acidente 9 Acidente de Trabalho 2 Sobrecarga de trabalho 6 Fonte: Autoras, 2019.
Com base na tabela 18 se percebe que o maior motivo das faltas dos colaboradores são as doenças, seguido de assuntos particulares e acidentes. Três dos motivos apresentados como opções não foram assinaladas por nenhum dos respondentes sendo elas: transporte, relacionamento com os colegas e excesso de carga horária.
Em relação ao cansaço com a carga horária:
Fonte: Autoras, 2019
Analisando o gráfico 15, é possível percebe que o número de pessoas que não se sentem casadas com a carga horária em que exerce é de 63,73%.
Em relação ao tamanho da equipe de trabalho:
Fonte: Autoras, 2019.
De acordo com o gráfico 16 representado, 55% dos colaboradores que responderam à pergunta acham que o tamanho de sua equipe de trabalho não é adequado para a demanda de serviço.
Em relação ao afastamento: Não 55% Sim 45%
Tamanho da Equipe
32,84% 67,16%Afastamento
Sim NãoGráfico 16- Em relação ao tamanho da equipe de trabalho
88,06%
8,95%
0,00% 2,99%
Tempo de Afastamento
Menos de 1 anos 1 á 2 anos 3 á 4 anos Mais de 4 anos
Gráfico 18- Em relação ao Tempo de afastamento
Fonte: Autoras, 2019
Com base nos dados do gráfico 17 apresentado, o número de pessoas que nunca foi afastada corresponde a 67,16% dos respondentes.
Em relação ao tempo de afastamento:
Fonte: Autoras, 2019
O gráfico 18 representado, demonstra a quantidade de tempo que as que responderam sim no Gráfico 16, ficaram afastadas. 88,06% dos colaboradores que já tiveram afastamento, ficaram afastados da empresa por menos de 1 ano.
Em relação aos motivos do afastamento:
Fonte: Autoras, 2019
Analisando o gráfico 19 apresentado, pode-se perceber que o maior motivo de afastamento são por motivos de doença correspondendo a 56,72% colaboradores, seguido de 31,34% de licença maternidade.
Com a análise do trabalho observa-se que, o maior motivo que levam os colaboradores a faltarem ao trabalho são as doenças.
Por ter o maior número de respondentes o perfil dos colaboradores que estão mais propensos a faltar ao serviço são mulheres, auxiliares de enfermagem, de 31 a 40 anos, com mais de sete anos de empresa e sem outro vínculo empregatício.
Pelos riscos e condições a que a equipe de enfermagem está diariamente exposta, os colaboradores da área de enfermagem estão mais propensos em casos
56,72% 8,95% 2,99% 0,00% 31,34%
Motivos do Afastamento
Doença Acidente de Trabalho Motivos Pessoais Motivos Financeiros Licença Maternidade
de situações inadequadas de trabalho, acarretando em problemas relacionados à saúde, tanto física quanto psicológica, explicam os autores Barboza e Soler (2003).
Com base nos autores Pereira, Corso, Meoti, Camargo e Cruz (2011), o absenteísmo que é causado por doença do colaborador pode ser encarado como má condição do ambiente de trabalho, afetando economicamente a empresa em foco. E dentro de um ambiente hospitalar isso gera preocupação, pois afeta no desempenho do processo do atendimento dos pacientes que necessitam, afetando também na geração de sobrecarga para os demais colaboradores que estejam presentes na área.
Sobre o absenteísmo causado por falta de motivação e má relacionamento com os superiores, Chiavenato (2010), traz que o absenteísmo também é ligado de forma proporcional à satisfação no trabalho, ou seja, a ausência dos trabalhadores pode ser considerada como uma forma de se afastar de pequenas situações que são desagradáveis e indesejáveis ao trabalhador. A observação de fatores como condições de trabalho, motivação, natureza da supervisão, estilos de liderança entre outros, pode impactar a frequência do colaborador.
Com isso conclui-se a análise dados do trabalho com base nos questionários aplicados com os 204 colaboradores que se disponibilizaram a participar da pesquisa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os desafios enfrentados atualmente pelos gestores de uma empresa são vários, principalmente aos que se referem ao aumento ou preservação dos recursos humanos. Os problemas enfrentados em relação ao absenteísmo e a rotatividade de colaboradores nas empresas tem sido um grande problema.
Com as frequentes mudanças no mercado de trabalho as empresas devem buscar novos métodos para segurar sua mão de obra qualificada, criando estratégias para manter a sua vantagem competitiva.
Atualmente as dificuldades em relação às contratações são maiores e o mercado cada vez mais escasso, chegou ao ponto onde as empresas não escolhem mais seus colaboradores e sim os colaboradores escolhem onde preferem trabalhar. Os colaboradores hoje em dia escolhem o que é mais benéfico a ele, vencem as empresas que possuem estratégias que chamem a atenção desses futuros novos colaboradores.
A falta de colaborador traz vários problemas para empresa, como sobrecarga a equipe, desorganização no setor, baixo desempenho da equipe, aumentando o absenteísmo e a rotatividade dos setores e consequentemente as chances de erros são maiores, trazendo riscos ao paciente.
De acordo com os autores Murcho e Jesus (2014), absenteísmo é o termo utilizado para dar nome à ausência das pessoas em seu local de trabalho, ocasionadas por diversos tipos de razões sejam elas por motivos pessoais, financeiros ou envolvendo alguma doença.
Chiavenato (2010) traz que o absenteísmo também é ligado de forma proporcional à satisfação no trabalho, ou seja, a ausência dos trabalhadores pode ser considerada como uma forma de se afastar de pequenas situações que são desagradáveis e indesejáveis ao trabalhador. A observação de fatores como
condições de trabalho, motivação, natureza da supervisão, estilos de liderança entre outros, pode impactar a frequência do colaborador.
Barboza e Soler (2003) colocam em seu livro que os colaboradores da área de enfermagem estão mais propensos em casos de situações inadequadas de trabalho, acarretando em problemas relacionados à saúde, tanto física quanto psicológica. Pereira, Corso, Meoti, Camargo e Cruz (2011) complementam que, o absenteísmo causado por motivos envolvendo a saúde do colaborador pode ser encarado como um tipo de indicador de condição do ambiente de trabalho, afetando economicamente a empresa em foco. E dentro de um ambiente hospitalar isso gera preocupação, pois afeta o desempenho do processo de atendimento aos pacientes que necessitam do mesmo, afetando também na geração de sobrecarga para os demais colaboradores que estejam presentes na área.
Diante dos problemas apresentados, é necessário fazer a identificação dos fatores que causam impactos e por consequência aumentam o índice de absenteísmo e rotatividade nas empresas. E é a partir dessas ausências que serão observadas os principais motivos da causa do absenteísmo surgindo o problema da presente pesquisa, quais são as principais causas, que levam ao absenteísmo do colaborador de enfermagem do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, localizado na cidade de Foz do Iguaçu?
Para responder o questionamento de pesquisa, foram aplicados 204 questionários e os respondentes foram colaboradores do turno da noite da enfermagem do HMCC. O questionário composto por 17 perguntas visava responder os objetivos do trabalho para assim solucionar o problema da pesquisa. A pergunta que responde este questionamento foi, quais os motivos que levam os colaboradores a faltarem ao trabalho. Essa pergunta teve o total de 122 respondentes, pois só respondia a esta questão, os colaboradores que já faltaram ao trabalho previamente. Através da análise desta pergunta obteve-se a seguinte resposta para o questionamento de pesquisa. A principal causa do absenteísmo na enfermagem são as doenças com 103 marcações, seguido por assuntos particulares com 24 e acidentes com 9.
Para que o objetivo geral da pesquisa que era, estudar as causas do absenteísmo dos colaboradores de enfermagem, do Hospital Ministro Costa Cavalcanti em Foz do Iguaçu fosse atingido, foram feitas as perguntas em relação
aos benefícios, salários, plano de crescimento, equipe de trabalho, setor, comunicação interna, gerência, se o colaborador já precisou ou não se ausentar do local de trabalho, qual foi o período que precisou faltar, foi perguntado se o colaborador se sentia canso com a jornada de trabalho, se eles estavam satisfeito com o tamanho de sua equipe. Foi questionado se o colaborador já teve algum afastamento, qual o período de tempo e por qual motivo. Todas essas perguntas foram feitas para os 204 colaboradores, a fim de expor quais os motivos que levaram os colaboradores a se ausentarem da empresa.
Tratando-se dos benefícios da empresa como, salário, plano de crescimento, equipe de trabalho, setor em que trabalha e comunicação interna, 66,67% dos respondentes estão satisfeitos.
Em relação ao absenteísmo, que é a ausência do colaborador ao seu local de trabalho. 59,80% dos respondentes já precisou se ausentar do trabalho por algum motivo.
Considerando a quantidade de dias que esses colaboradores precisaram ausentar-se do trabalho, 54,10% faltaram de 1 a 3 dias seguido por 22,95% que faltaram mais de 15 dias.
Em relação aos motivos que levaram aos colaboradores a faltarem ao trabalho, essa pergunta teve o total de 122 respondentes, pois só respondia a esta questão os colaboradores que já faltaram ao trabalho e obteve-se a seguinte resposta. Foi constatado também que a principal causa do absenteísmo na enfermagem são as doenças.
Em relação ao cansaço dos colaboradores participantes da pesquisa, 67,73% dos colaboradores não se sentem cansados com o desenvolvimento de suas atividades e carga horária.
Tratando-se das equipes de trabalho, 112 colaboradores responderam que não acham o tamanho de sua equipe suficiente para demanda de trabalho. O processo de contratação do HMCC é lento e burocrático e por isso normalmente às equipes ficam por um bom período de tempo desfalcado. Hoje o número de contratações em aberto totalizam 12 contratações para fechar equipes de diversos setores.
Em relação aos afastamentos 32,8% dos respondentes tiveram resposta positiva, ou seja, foram afastados por um determinado período, 88,06% dos afastados ficaram afastados por menos de 1 ano.
Relacionado ao motivo do afastamento 56,72% foram por motivos de doença, seguido por 31,34% de licença maternidade.
O trabalho conta ainda com 3 objetivos específicos. O primeiro objetivo especifico era, avaliar o ambiente e a política organizacional. Esse objetivo foi atingido através do diagnóstico organizacional, onde foi descrito sobre as instalações do hospital, seu organograma, a qual diretoria o departamento de enfermagem responde, o organograma da enfermagem, como funciona a rotina da enfermagem e as políticas organizacionais aplicadas ao setor de enfermagem ligados ao Departamento Pessoal, Recursos Humanos e Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
O segundo objetivo específico do trabalho era traçar o perfil dos colaboradores de enfermagem do HMCC. Esse objetivo foi atingido através das questões de gênero, Idade, quanto tempo trabalha na empresa e qual o cargo que exerce na empresa.
Dos 204 colaboradores que participaram da pesquisa, 163 são do sexo feminino e 41 são do sexo masculino. Das mulheres participantes 77 são da faixa etária de 31 a 40 anos que são o maior número de respondentes e do público masculino a faixa etária dominante é de 31 a 40 anos também.
Tratando-se de quanto tempo trabalha na empresa 36 colaboradores trabalham a menos de 1 ano, 30 trabalham de 1 a 2 anos, 30 trabalham de 3 a 4 anos, 27 trabalham de 4 a 5 anos, 16 trabalham de 5 a 6 anos e 65 colaboradores estão na empresa a mais de 7 anos.
Em relação ao cargo dominante da pesquisa são os auxiliares de enfermagem, totalizando 46% dos participantes seguidos por 38% de técnicos de enfermagem e 16% eram enfermeiros.
O terceiro e último objetivo especifico era analisar a rotina e quais as possíveis causas que acarretaram no absenteísmo dos trabalhadores de enfermagem. Esse objetivo foi atendido através das seguintes questões, se o colaborador respondente possuía ou não outro vínculo empregatício, sua jornada de
trabalho contando com outro vínculo empregatício caso tiver, turno em que trabalha no hospital e qual a escala que pratica.
Para esses questionamentos, obteve-se as seguintes respostas. Em relação ao vínculo empregatício, 60% dos colaboradores participantes da pesquisa não possuem outro vínculo empregatício e 40% dos colabores possuem outro vínculo empregatício.
Tratando-se da jornada de trabalho dos colaboradores que possuem outro vínculo empregatício, 35,47% desses colaboradores trabalham mais de 44 horas semanais e os outros 4,53% trabalham entre 24h e 40h semanais.
Do turno de trabalho 6% são colaboradores do turno da manhã que estavam de extra na noite da aplicação da pesquisa, 5% são colaboradores do turno da tarde que também estavam de extra e 89% são colaboradores do turno da noite. Em relação à escala de trabalho, 89% dos colaboradores fazem a escala de trabalho 12x36, ou seja, trabalham uma noite de 12 horas e folgam 1 dia e 1 noite, 6% trabalham na escala de 5x1, que é a escala que trabalha 5 dias e folgam 1, 5% fazem a escala 6x1 que são 6 dias trabalhado e uma folga fixa no domingo e nenhum dos colaborados participantes fazem a escala 5x2, que é aquela em que se trabalha de segunda a sexta com as folgas fixas aos domingos.
Com a análise do trabalho observa-se que, o maior motivo que levam os colaboradores a faltarem ao trabalho são as doenças. Por ter o maior número de respondentes o perfil dos colaboradores que estão mais propensos a faltar ao serviço são mulheres, auxiliares de enfermagem, de 31 a 40 anos, com mais de sete anos de empresa e sem outro vínculo empregatício.
Por mais que sejam a minoria, os responderam que afirmam que faltam devido à falta de motivação ou pelo mau relacionamento com os superiores, devem ser levados em consideração.
Em relação às limitações do trabalho no decorrer da pesquisa, encontrou-se os seguintes problemas. Alguns colaboradores se negaram a responder a pesquisa, os questionários foram aplicados somente com os colaboradores da noite, pois foi liberado pela Fundação somente a entrada de uma pesquisadora, a pesquisa não poderia ser feita no horário de trabalho já que a pesquisadora trabalha dentro da instituição.
Sobre as sugestões de pesquisas futuras deve ser estudado mais a fundo sobre as principais doenças que levam os colaboradores a faltarem ao trabalho, devido a ser a principal causa das faltas dos entrevistados da pesquisa. O impacto da motivação sobre o absenteísmo e a relação do estresse ocasionado por sobrecarga de trabalho, grau de complexidade da assistência prestada ao paciente e frequente exposição dos colaboradores a ruídos no que tudo isso afeta a frequência do colaborador ao trabalho.
Com isso conclui-se que, as principais causas do absenteísmo dos colaboradores de enfermagem do Hospital Ministro Costa Cavalcante, localizado na cidade de Foz do Iguaçu-PR, são as doenças, seguido por assuntos particulares e acidentes.
Durante a pesquisa pode-se perceber que o perfil dos colaboradores que possuem o hábito do absenteísmo, são mulheres com o cargo de auxiliar de enfermagem, com idade entre 31 a 40 anos, sem outro vínculo empregatício e com mais de 7 anos de empresa.
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