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Acompanhamento/orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos 80

CAPÍTULO V – Apresentação e Análise de Resultados 71

5.1. Introdução 71

5.1.4. Acompanhamento/orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos 80

5.1.4. Acompanhamento/orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos

Todos os mediadores revelam que realizam uma sessão de esclarecimentos.

A mediadora A convoca “a coordenação do CNO” e o “coordenador” dos cursos EFA, enquanto os mediadores B e C realizam esta sessão com os formandos e os próprios mediadores:

“Eu costumo numa turma nova fazer uma sessão com todos […].” (Mediadora B).

O mediador C paralelamente a esta sessão com os formandos reúne-se com os formadores para esclarecimentos adicionais:

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A mediadora B mediante as experiências dos formandos e o seu perfil profissional propõe um trabalho individualizado, para não acontecer como vulgarmente acontece que é o fato de aparecerem trabalhos com o mesmo tema ou até em grupo:

“Eu faço um trabalho um bocado diferente, de acordo com o perfil profissional de cada um deles faz-se um trabalho individual de acordo com o seu perfil e não como nas outras turmas que os trabalhos até são em conjunto e o mesmo tema.”

O Modelo de Lesne baseia-se nesta abordagem, a aprendizagem oriunda do “conhecimento, das experiências de vida”, ou mesmo no modelo de socialização também Lesne, Mtp2, argumenta que os formandos reagem e se desenvolvem de forma autónoma e que se encontra também em convergência com o modelo autobiográfico referenciado por Bueno, os formandos aprendem com os percursos de vida, ou vida escolar, motivando o formando para ser autónomo.

O acompanhamento tanto é feito nas sessões de PRA, afirma a mediadora A, e deduz-se o mesmo dos outros mediadores, como através de um telefonema, ou por e-mail para a mediadora B:

“ Ou por e-mail, ou por telefonema, ou pessoalmente com eles, […]”

“Nas sessões de PRA, sempre que havia necessidade, a mediadora deslocava- se à sala para resolver os problemas, conversando.” (Mediadora A)

O mediador C alerta para o fato de este acompanhamento não se tornar demasiado intimista, pois deverá ser dado algum espaço de manobra, para o distanciamento entre o amigo e o ser mediador, comenta também que não é tolerante a situações de conflitos entre formandos e formadores, desde que:

“[…] que é não dizer mal dos formadores ou dos formandos, mas só falariam comigo sobre questões pedagógicas sem colocar nenhum formador em questão. Exemplo eu tolero: estamos a ter dificuldades com aquele formador, por isto ou por aquilo…

Foi as regras que estabeleci, foi que não gostava que falassem mal dos professores ou de os colegas deles.”

No que concerne ao cumprimento dos percursos individuais e de grupo, os mediadores tentam levar a bom porto os formandos para que consigam atingir os seus objetivos, mas através de estratégias diferentes, a mediadora A

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intercede abordando o formador em questão e dialogando com o formando nas sessões de PRA:

“Fazendo o ponto de situação nas aulas de PRA. Implementando estratégias individualizadas, falando com o formador em questão.”

A mediadora B comenta que dialoga com os formandos de uma forma individualizada:

“Falando individualmente com eles.” (Mediadora B)

O mediador C também conversa com o formando sobre a situação, pois não o fazer poderá significar o abandono do mesmo, mas dá enfase a uma função de supervisão:

“O mediador tem que conferir se a atividade se conferem com as competências do formando em falta.” (Mediador C)

As competências dos Adultos são filtradas de outra forma, sem ser implementada a ficha de diagnóstico de conhecimentos concebidas pela equipa pedagógica. Os mediadores afirmam que não auscultam dessa forma. Os mediadores afirmam que não auscultam dessa forma. O mediador C transporta esta questão a jusante, fazendo refletir os formandos sobre as competências adquiridas:

“Não. O que faço é de certa forma, fazer refletir sobre as competências adquiridas, o significado de cada competência teve para eles e em que é que eles acham que evoluíram após atividade.” (Mediador C)

No que respeita aos procedimentos adotados para ultrapassar as competências insuficientes dos formandos, a mediadora A refere:

“Nas reuniões é feito um ponto de situação. Confronto a planificação e faço o balanço naquela altura. Procuro implementar atividades, apoio individualizado e atividades reformuladas para ir ao encontro das atividades exigidas. Ex. Testes de recuperação.”

O mediador C reflete com os formandos sobre as dificuldades para a realização das atividades:

- 83 - “Primeiro falar com ele e saber quais as dificuldades que ele está a sentir.” (Mediador C)

Enquanto, a mediadora B assume que esta questão é ultrapassada por uma questão de tempo:

“Nunca tive grandes problemas, porque os formandos regulares mais semana menos semana entregam os trabalhos” (Mediadora B)

Para assegurar o cumprimento do referencial-chave do nível secundário os vários depoimentos dos mediadores são diferentes. A mediadora A baseia- se nas reuniões mensais, para assegurar o cumprimento do referencial, a mediadora B controla através do tema intrínseco ao referencial e o mediador C expande a sua ação em várias fases:

“Primeiro saber o itinerário de formação, segundo proposta das atividades, terceiro lugar avaliação da atividade e atualizar o itinerário e depois realizar a reflexão critica sobre a atividade desenvolvida.” (Mediador C)

“Nas reuniões mensais é feito o ponto de situação e com a participação do Coordenador do CNO, do EFA e da Mediadora” (Mediadora A)

“Porque é proposto um tema segundo o referencial e vai-se trabalhando nele” (Mediadora B)

5.1.5. Coordenar a equipa técnica-pedagógica

O meio mais utilizado para circular os documentos necessários à formação é por e-mail, embora também sejam facultados em suporte de papel, argumentam as mediadoras A e B:

“Suporte papel nas reuniões de equipa pedagógica e em momentos menos formais ou por e-mail.” (Mediadora A)

“Sim, por e-mail ou papel” (Mediadora B)

O mediador C dinamiza este processo de documentação ao explicar, desde o início da formação, o seu modo de preenchimento e de utilização.

“Partilhar todos os documentos logo no início, em vigor, explicá-los quando se utiliza e como é que eles circulam. Normalmente circulam por e-mail.” (Mediador C)

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Concluímos também que os momentos em que partilham são diferentes. A mediadora A aproveita as reuniões para os partilhar, o mediador C no início do curso e a mediadora B não específica.

No que diz respeito ao procedimento da orientação das grelhas de avaliação a mediadora B reitera somente que a grelha é igual para a escola. Os mediadores A e C indicam que são os formadores que lhe entregam as grelhas, ou por e-e-mail ou pessoalmente, no caso do mediador C:

“ As Grelhas de avaliação eram entregues pelos formadores. E depois a mediadora entrega aos formandos, em PRA, com os devidos esclarecimentos.” (Mediadora A)

“Nós temos uma grelha igual em toda a escola.” (Mediadora B)

“ Os formadores enviavam por e-mail estas ou entregues em mão.” (Mediador C)

A articulação com a equipa técnico-pedagógica ocorre de uma forma mais formal, uma vez por mês, para a mediadora A, mas depende da duração do curso e para os restantes mediadores poderá ocorrer através de reuniões ou de encontros não formais, como por exemplo através de um contato telefónico ou por e-mail.

“Depende da duração dos cursos, mas uma vez por mês, em média e depois depende da duração.” (Mediadora A)

“Sempre que necessário formal ou informalmente.” (Mediadora B) “Por e-mail, por contacto telefónico ou em reunião.” (Mediador C)

A periodicidade das reuniões será por norma mensal, para estes mediadores. Mas, caso haja necessidade, de se reunirem far-se-á, mais de que uma reunião. Não obstante, o mediador C argumenta ainda que por experiência estes tipos de cursos não permitem muito tempo sem reuniões, exemplifica com um exemplo:

“ Mensal nas reuniões e nas não formais sempre que necessário.” (Mediadora A)

“Sempre que necessário, mas mais mensal” (Mediadora B)

“De bom senso é uma vez por mês. Mas se não houver nada a debater é a realidade que deve justificar a periodicidade das reuniões. O tipo de curso não permite estar muito tempo sem reunir. Exemplo: uma a 10 de janeiro e em vez de 10 de fevereiro será 28 de fevereiro.” (Mediador C)

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A forma de dinamizar e motivar a equipa técnico-pedagógica é conseguida através de esclarecimentos para o mediador C, troca de opiniões para a mediadora B e ou através das reuniões, telefonema ou e-mail, para a mediadora A:

“Nas reuniões. No encontro menos formal, telefonema, e-mail. Nunca houve problema” (Mediadora A)

“Eu sou uma privilegiada. Fazemos em conjunto, trocamos opiniões com os formadores e coordenador.” (Mediadora B)

“Através de esclarecimentos, sempre que necessários.” (Mediador C)

Os mecanismos tangíveis para partilhar os materiais, experiências ou conhecimentos são conseguidos logo através da primeira reunião, para o mediador C e o aproveitamento destes fatores podem levar a reformular algumas atividades, para a mediadora A:

“Sim, materiais e experiência. Alguns formadores tinham mais experiência, aproveitávamos e reformulávamos as atividades.” (Mediadora A)

“Logo na primeira reunião existe esta partilha de documentos e de experiência.” (Mediador C)

A mediadora B assume que existe esta partilha:

“Sim, claro.” (Mediadora B)

Quanto à disponibilidade de informação não há unanimidade nas respostas, enquanto a mediadora B afirma que nem sempre, o mediador C reitera que o faz sempre e a mediadora A foca-se no momento das reuniões:

“Nas reuniões.” (Mediadora A) “Nem sempre.” (Mediadora B) “Sim, com certeza.” (Mediador C)

O supervisionamento dos núcleos geradores acontecem nas reuniões e em conjunto com a equipa tecno-pedagógica, para as mediadoras A e B. Porém para o mediador C não existe supervisionamento destes núcleos, porque a índole de Sociedade Tecnologia e Ciência é de ordem técnica e de Cultura, Língua e Comunicação incide sobre a linguagem.

- 86 - “Nas reuniões tecno-pedagógicas tento procurar que haja uma articulação entre estes núcleos STC, CLC, realizando-se uma atividade.” (Mediadora A)

“Em conjunto com a equipa pedagógica.” (Mediadora B)

“Não existe esse problema, um é de ordem técnica e outro incide sobre a linguagem.” (Mediador C)

A reflexão sobre o andamento do curso acontece com a participação da direção da escola, para o mediador C, ou do coordenador do curso EFA, no caso da mediadora A, embora para a mediadora B só aconteça com os formadores:

“Mais com o coordenador do curso EFA.” (Mediadora A)

“Não a Direção da escola não, mas com os formadores, sim.” (Mediadora B) “Muitas vezes com a Direção da Escola. Mas, nestes cursos EFA’S que está centralizada em muitos contatos telefónicos, todas as questões pertinentes.” (Mediador C)

5.1.6. Articulação entre a equipa técnica-pedagógica e o grupo de

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