• Nenhum resultado encontrado

Actividade do Grupo

No documento RELATÓRIO E CONTAS 2004 CONSOLIDADO (páginas 22-47)

2.1 Linhas de Acção

No decurso do exercício de 2004, o Finibanco-Holding e as suas Participadas, no cumprimento dos seus respectivos objectos sociais, desenvolveram iniciativas e concretizaram acções de que no presente Relatório se dá notícia.

Na sequência do esforço desenvolvido, tendo em vista a racionalização de custos e a obtenção de ganhos de produtividade, efectuaram-se algumas alterações na macroestrutura do Grupo, a saber: • Procedeu-se à fusão, por incorporação, na Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários,

SA, das Participadas Finimus-Sociedade Gestora de Fundos Imobiliários, SA e Finipatrimónio-Sociedade Gestora de Patrimónios, SA;

• Efectuou-se a dissolução, liquidação e partilha da FNB-Serviços Financeiros, SA e da Finimadeira, SGPS, Unipessoal, Lda.

Visando o mesmo objectivo, estão ainda previstas, para concretizar no exercício de 2005, as fusões por incorporação da Título-Sociedade Financeira de Corretagem, SA, no Finibanco, SA e da Leasecar-Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, SA, na Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA.

A nível interno, procedeu-se à concentração de alguns Serviços operacionais e executivos, desenvolveram-se aplicativos informáticos visando maior automatização dos serviços e promoveram-se apertados programas de redução de custos, designadamente através da renegociação de contratos de prestação de serviços.

Graças a este conjunto de medidas foi possível conter o aumento dos custos de estrutura em níveis aceitáveis (4,5%), não obstante o impacto que a abertura de onze novos Balcões necessariamente neles produziu.

Visando a optimização da gestão da base de capital, procedeu-se ao aumento do capital social do Finibanco-Holding, de 80 milhões para 100 milhões de euros. Paralelamente, em consequência desta operação, procedeu-se também ao aumento do capital social das Participadas, do Finibanco, SA, de 80 milhões para 100 milhões de euros, da Finicrédito-Instituição Financeira de Crédito, SA, de 16 milhões para 20 milhões de euros, e da Leasecar, de 3,75 para 5 milhões de euros.

23

Levou-se ainda a efeito um reforço, no montante de 50 milhões de euros, da operação de securitização de activos da Finicrédito e Leasecar efectuada no ano anterior, activos que mereceram de novo das Agências de Rating Standard & Poors e Moody’s a classificação de “rating” AAA a 90,6% deles, AA a 5% e A aos restantes 4,4%.

Continuou a privilegiar-se os segmentos de negócio menos consumidores de capital, designadamente a desintermediação financeira, que apesar dos esforços desenvolvidos não evidenciou em 2004 a performance do exercício anterior, e o Crédito à Habitação, menos exigente em matéria de capitais próprios, que cresceu 15,1%, enquanto o crédito total a clientes evoluiu 9,8%.

No seguimento da política que vinha sendo adoptada na área do crédito, as operações em apreciação, foram objecto de cuidadosa análise em matéria de risco, obedecendo a critérios de decisão cada vez maior apertados, em resultado do que a evolução dos indicadores de qualidade dos activos tem vindo a evidenciar substancial melhoria.

Deu-se continuidade à acção de preparação do Finibanco para a adopção do Acordo de Basileia II, com o concurso de conceituadas empresas de consultoria e com o empenhado apoio de equipas internas, visando:

• A avaliação de riscos e de cálculo de requisitos mínimos de capital;

• O desenvolvimento de métodos e procedimentos para minimizar o risco operacional; • A rigorosa gestão do crédito vencido e das provisões;

• A permanente melhoria do funcionamento dos sistemas informáticos de apoio à gestão do risco. Tendo em vista o objectivo de crescimento sustentado do nosso Grupo, a dinamização da área comercial tem vindo a merecer atenção redobrada:

• Investindo na melhoria do sistema de objectivos e incentivos, designado SOI, através do qual se procura motivar os agentes comerciais, estabelecendo uma correlação entre os prémios a atribuir e o grau de realização dos objectivos fixados;

• Corroborando o esforço desenvolvido, prioritariamente na conveniente preparação dos elementos de primeira linha da área comercial, mas extensível também aos restantes colaboradores, submetendo-os a acções de formação diversificadas, que abrangem as áreas nevrálgicas da actividade bancária;

• Disponibilizando a toda a população do Grupo o acesso aos programas de formação via Internet – designada por e-learning – em colaboração com o Instituto de Formação Bancária.

A par da aposta nos recursos humanos cuidou-se também do alargamento das redes de distribuição:

• Abriram-se onze novos Balcões;

• Contrataram-se 73 novos Promotores de Negócios;

• Criaram-se novas funcionalidades no NetBanking, designadamente o extracto integrado e o correio electrónico personalizado;

Como é sabido, a conjuntura económica não evoluiu no exercício em análise, de molde a justificar o crescimento da actividade bancária a níveis que se possam considerar satisfatórios.

Não obstante todas as dificuldades encontradas e sem prejuízo de se pensar que mesmo assim teria sido possível fazer melhor, regista-se com satisfação que os Recursos de Clientes, incluindo a desintermediação, cresceram 9% e que o Crédito sob gestão, incluindo o securitizado, evoluiu 8,6%, valores relativos que traduzem o crescimento superior à média do mercado na área da Banca Tradicional.

2.2 Banca Comercial

Apoiada nas redes de distribuição disponíveis, a Banca Comercial desenvolveu a sua acção no respeito pelas normas estabelecidas no Regulamento Geral de Crédito e em todo o restante normativo de enquadramento de actuação.

Orientando a sua actividade em diversas iniciativas com prioridades previamente estabelecidas, visando a melhoria constante da carteira de crédito existente e do relacionamento com os clientes, a Banca de Negócios e Particulares e a Banca de Empresas desenvolveram esforços no sentido do incremento dos negócios, respeitando as delimitações definidas aquando da sua criação, e preservando o espírito de grande complementaridade e de colaboração que as tem caracterizado. No desenvolvimento da sua actividade, a Banca Comercial angariou recursos e fez desintermediação num montante que se cifrou em cerca de 2.091,1 milhões de euros, com um crescimento de 9,0%.

O crédito concedido pela Banca Comercial distribuiu-se pelos seguintes Sectores mais representativos:

• Crédito a Particulares 32,8%

• Comércio, Restaurantes e Hotéis 20,0%

• Construção, Obras Públicas e Actividades Imobiliárias 17,3%

• Serviços 6,3%

• Têxteis, Vestuário e Calçado 3,8%

• Produtos Metálicos, Máquinas e Materiais de Transporte 3,4%

• Madeira, Cortiça e Papel 2,0%

• Indústria Química e Actividades Conexas 1,9%

• Alimentação, Bebidas e Tabaco 1,8%

• Empresários em Nome Individual 1,8%

O restante crédito encontra-se disseminado por dez outros Sectores, com pesos relativos que variam entre 0,1% (Electricidade, Água e Gás) e 1,3% (Indústrias Extractivas e Transportes e Actividades Conexas).

A estrutura da distribuição por Sectores é muito semelhante à do exercício anterior e, com excepção do Sector dos Têxteis, Vestuário e Calçado que, em obediência a instruções dimanadas nesse sentido, reduziu a sua importância relativa, todos os restantes apresentam variações que não são dignas de registo.

25

2.2.1 Banca de Empresas

A Banca de Empresas trabalha o universo das Empresas e Empresários em Nome Individual com um volume de vendas superior a três milhões de euros anuais.

Analisa, trata e dá seguimento às solicitações de crédito e de outras operações que lhe são apresentadas, no total respeito pelas normas dos Regulamentos instituídos, gere o risco que lhes é inerente e faz o acompanhamento do crédito concedido.

No desenvolvimento da sua actividade, a Banca de Empresas angariou 39,1% do total da carteira de crédito e 17,6% dos recursos, situação que representa um aumento de peso relativo de ambas as componentes. No exercício anterior a posição era de 38,7% e 15,7%, respectivamente.

2.2.2 Banca de Negócios e Particulares

Trabalhando em complementaridade com a Banca de Empresas, a Banca de Negócios e Particulares desenvolve a sua actividade junto de clientes particulares, institucionais e pequenas e médias empresas e empresários em nome individual, com volume de negócios anual até três milhões de euros.

Trata-se da estrutura orgânica da área comercial especialmente vocacionada para a prestação de serviços personalizados junto de clientela com particularidades próprias e muito variadas.

No desenvolvimento da sua actividade, a Banca de Negócios e Particulares foi responsável por 60,9% do crédito concedido e por 82,4% dos recursos angariados, situação ligeiramente inferior à verificada no ano transacto, em que aquela estrutura era responsável por 61,3% do crédito e 84,3% dos recursos.

2.3 Banca de Investimentos 2.3.1 Private Banking

A actividade de Private Banking desenvolveu-se em obediência à estratégia definida visando a consolidação do negócio e manutenção de elevados níveis de qualidade de serviço.

Privilegiou-se o apoio a clientes existentes não se descurando, contudo, a captação de novos, tarefas em que se empenharam os serviços de aconselhamento patrimonial internacional e a assessoria de investimentos.

Apesar da incerteza experimentada no último quadrimestre, por força, nomeadamente, das substanciais alterações de natureza fiscal, foi possível continuar a apresentar aos nossos clientes soluções interessantes em matéria de aconselhamento patrimonial e estratégico.

A experiência muito positiva adquirida na área específica da gestão discricionária de carteiras de investimento continuou a ser desenvolvida, mas agora no âmbito da responsabilidade da Finivalor-Sociedade Gestora de Fundos Mobiliários, SA.

O apoio creditício teve como sempre uma importância residual, tendo-se privilegiado as operações que, pela sua natureza, traduzem menor exposição ao risco de crédito.

Para o ano de 2005 anima-nos uma forte ambição de crescimento, mas este ficará certamente muito condicionado pelo comportamento dos mercados e pela implementação de um conjunto de medidas de apoio ao desenvolvimento desta actividade.

2.3.2 Gestão de Activos e Desintermediação

Durante 2004 os mercados accionistas mundiais evoluíram positivamente com valorizações sólidas. Como noutro ponto deste Relatório se refere, a recuperação da economia global tornou-se evidente, com um crescimento de 5%, e trouxe dados macroeconómicos encorajadores, assumindo os EUA e a China o principal contributo, com a melhor performance dos últimos 30 anos. As empresas registaram um crescimento de 20% em termos médios, nos seus resultados, situação que em 2003 os mercados accionistas já tinham antecipado, baseados nos bons indicadores económicos, que foram confirmados em 2004, gerando maior optimismo e consequentes ganhos. Nos primeiros dez meses do exercício em análise, os mercados norte americanos transaccionaram com alguma volatilidade dentro de um curto intervalo. Algumas tentativas de subida não foram suportadamente acompanhadas, devido a factores variados como o preço do petróleo, o terrorismo, a instabilidade no Iraque, as eleições presidenciais e a subida das taxas de juro.

Em Junho a Reserva Federal iniciou a sua politica de subida de taxas de juro, tendo o Federal Funds Rate passado do nível mais baixo dos últimos 29 anos, de 1% para 1,25%, e posteriormente subido mais 4 vezes, até ao final do ano. Em Outubro os mercados iniciaram um “rally” que durou até fim de Dezembro, propulsionado pela vitória de Bush e pela queda de aproximadamente 20% do preço de petróleo.

Os mercados europeus acompanharam os mercados norte americanos, em termos de tendência e de performance. A correlação entre estes e os mercados da Inglaterra e da Alemanha foi de 0,65 e 0,78, respectivamente.

O Japão mostrou-se mais volátil e menos correlacionado. Em Abril o mercado já se tinha valorizado 17%, com os investidores a acreditarem que esta economia estava finalmente a sair de um período de estagnação. Contudo, a subida não era sustentada e o mercado acabou por perder os ganhos alcançados, em consequência das mesmas preocupações que contribuíram negativamente para a queda de outros mercados, designadamente as subidas do preço de petróleo e das taxas de juro. No entanto, o mercado japonês terminou o ano com uma valorização de 11,3%.

27

Valorização Mercados Capitais

12,64% 17,37% 7,40% 7,34% 7,54% 3,15% 17,81% 7,61% 8,99% 8,59% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% PSI20 IBEX CAC DAX FTSE BRAZIL JAPÃO DOW JONES SP500 NASDAQ 2004

Concluindo, em termos gerais, 2004 foi um ano relativamente calmo e de pouca volatilidade. Os mercados compensaram os investidores com retornos acima da média, apesar de haver algumas preocupações quanto à sustentabilidade do crescimento, por força das subidas das taxas de juro, do preço de petróleo e das matérias-primas e ainda por causa da vulnerabilidade do dólar.

Finibanco – Representatividade dos Fundos na Finivalor

A evolução dos valores líquidos globais dos fundos geridos pela Finivalor caracterizou-se por alguns desequilíbrios, a exemplo do que se passou com a actividade económica em 2004. Não obstante, os proveitos resultantes dessa pouca homogeneidade foram muito positivos.

Nos fundos imobiliários, o crescimento atingiu 11,2%, cabendo ao Finipredial a parte mais importante desse incremento, em consequência do facto de o Finimobiliário ser um fundo fechado. Por esse motivo, as variações registadas neste Fundo correspondem à rendibilidade, que se cifrou em 4,01%.

Nos fundos mobiliários o crescimento anual foi reduzido (1,48%), mas assistiu-se à transferência de fundos de baixo risco para fundos de médio/alto risco, e este facto teve notórias repercussões positivas nas comissões arrecadadas pela sociedade.

8 0.0 00 10 0.0 00 12 0.0 00 14 0.0 00 16 0.0 00 18 0.0 00 20 0.0 00 2 000 2 001 20 02 200 3 200 4

F u n do s M ob iliá rio s F u nd o s Im ob iliário s (m ilh a re s d e e u ro s)

Dos seis fundos mobiliários geridos pela Finivalor, três apresentaram taxas de crescimento dos valores sob gestão na casa dos 20%, e os restantes registaram quedas nos seus valores líquidos globais, que se situam entre 3,73% e 6,62%.

A rentabilidade destes fundos variou entre 1,81% (Finirendimento) e 21,32% (Finicapital).

Os activos sob gestão cresceram, em média, 9,48% graças ao comportamento do FiniPPR/E, que evoluiu cerca de 28,7%.

2.3.3 Mercado de Capitais

No ano em análise mereceu especial destaque o já referido aumento de capital social do Finibanco-Holding, de 80.000.000 de euros para 100.000.000 de euros, mediante a emissão de 20.000.000 novas acções, de valor nominal unitário de 1 euro, reservada a Accionistas, e a aplicação do factor 0,25 à quantidade de direitos de subscrição detidos no momento da subscrição.

Nesta Oferta Pública de Subscrição, organizada pelo Finibanco, que decorreu entre o dia 24 de Maio e o dia 8 de Junho de 2004, foram subscritas 18.670.674 acções, representativas de 93,35% do total de acções a emitir, ficando disponíveis para rateio 1.329.326 acções, para as quais foram apresentados pedidos de subscrição de acções sobrantes, num total de 36.297.313.

Todas as acções representativas do capital social do Finibanco Holding se encontram admitidas à cotação no Mercado de Cotações Oficiais da Euronext Lisbon.

Fundo

2003 2004 Tx. Cres. 2003 2004 2003 2004

Fundos Mobiliários 176.337 178.938 1,48% 10.605 10.747

Finirendimento 132.021 127.090 -3,74% 6.227 6.436 2,87% 1,81%

Finibond 7.081 6.612 -6,62% 641 542 18,86% 7,23%

Finiglobal 23.399 28.818 23,16% 1.438 1.649 9,67% 2,97%

Finicapital 3.757 5.178 37,82% 493 515 19,42% 21,32%

Acções Internacionais 6.648 7.937 19,39% 626 631 12,65% 3,17%

PPA Finibanco 3.431 3.303 -3,73% 1.180 974 18,54% 17,96%

Fundos Imobiliários 127.100 141.384 11,24% 2.673 2.907

Finimobiliário 74.325 77.306 4,01% 992 949 3,43% 4,01%

Finipredial 52.775 64.078 21,42% 1.681 1.958 3,83% 3,75%

Patrimónios 33.877 37.089 9,48%

Gestão de Carteiras 18.156 16.927 -6,77% nd nd na na

FiniPPR/E 15.502 19.948 28,68% nd nd na na

Outros (1) 219 214 -2,28% nd nd na na

Total 337.314 357.411 5,96%

Participantes Rendibilidades

VLGF (10

3

Eur)

(1) - Estes valores não incluem as verbas investidas em Fundos da Sociedade no montante de 1,706 milhões de euros em 2003 e de 1,349 milhões de euros em 2004.

29

Ainda no domínio de equity, foi concluída a Oferta Pública de Aquisição sobre as acções da Estoril Praia-Futebol, SAD, passando o oferente a deter, no final da operação, uma participação, directa ou indirecta, de 80,55% do capital social e dos direitos de voto daquela Sociedade.

Com vista à obtenção de funding de médio e longo prazo, foram estruturadas e colocadas:

• 2 Emissões de obrigações clássicas para o Finibanco Holding, por subscrição particular, sendo uma indexada à Euribor e, outra, a um cabaz de 3 índices bolsistas

• 4 Novas emissões de obrigações de caixa, por subscrição pública, para o Finibanco, a saber:

“FNB Cabaz de Acções 04/07”

Empréstimo com duração de 3 anos e rentabilidade indexada a um cabaz de 5 acções. A sua rentabilidade efectiva bruta poderá variar entre 0,99% e 6,26%.

“FNB Taxa Garantida 10% 04/09”

Obrigações de caixa “FNB Taxa Garantida 10% 04/09” com prazo máximo de 5 anos, mas podendo ser reembolsadas antecipadamente, a partir do 2º ano.

O reembolso antecipado está dependente da “performance” da Euribor a 12 meses.

Sendo sempre de 10% no final a remuneração do obrigacionista, o produto torna-se tanto mais atractivo quanto mais depressa se verificar a call option.

“FNB Cabaz Europa 04/07”

Empréstimo obrigacionista emitido no mês de Abril de 2004, para um horizonte temporal de 3 anos.

A rentabilidade, com um mínimo de 3%, está indexada à média dos valores de fecho do índice accionista DJ Eurostoxx 50.

“FNB Cupão Semestral 04/09”

Empréstimo obrigacionista “FNB Cupão Semestral 04/09”, que remunera o seu detentor a uma taxa fixa de 4,5%, nos 2 primeiros cupões, e a uma taxa indexada à Euribor a 6 meses, nos cupões seguintes.

Embora tenha um prazo de 5 anos, pode ser reembolsado antecipadamente a partir do segundo ano.

No decurso do exercício foram reembolsados os empréstimos obrigacionistas • “FNB Rentabilidade Assegurada 2001”

• “FNB Wall Street 01/04” • “FNB Cabaz Global 00/04” • “FNB Taxa Crescente 00/04”

de acordo com as condições previamente estipuladas nas respectivas fichas técnicas.

Do mesmo modo, foi efectuado o reembolso parcial das obrigações “FNB Rendimento Mais 02/05”. O montante total reembolsado de obrigações de caixa do Finibanco e de obrigações clássicas, emitidas pela Holding, ascendeu a 27.960 mil euros e a 25.000 mil euros, respectivamente.

No que diz respeito a Private Placements, foram, também, organizados empréstimos obrigacionistas para a Indústrias Jomar-Madeiras e Derivados, S.A. e para a Madeiporto-Madeiras e Derivados, S.A.

No que concerne a Papel Comercial, o Finibanco interveio, de entre outros, nos seguintes Programas:

EMITENTE MONTANTE DO PROGRAMA (EUR) Incompol-Indústria de Componentes, S.A. 2.493.989,49 Construtora do Tâmega, S.A. / Construt. Tâmega, S.G.P.S., S.A. 11.700.000,00

Comportamento Bolsista das Acções do Finibanco-Holding (FNB AM)

No Gráfico seguinte é possível observar a evolução da cotação das acções FNB AM durante o ano de 20041.

Gráfico 1. – Evolução das cotações de fecho das acções FNB AM vs PSI Fonte: Bloomberg

Ao longo do ano, as cotações das acções do Finibanco-Holding, ajustadas pelo aumento de capital ocorrido em Junho, oscilaram entre 1,02 euros e 1,27 euros, tendo fechado o ano a 1,18 euros. As cotações mais altas verificaram-se no segundo semestre do exercício e registaram melhor performance que os índices de referência em análise.

1 Ajustadas pelo aumento de capital ocorrido em Junho

95,00% 100,00% 105,00% 110,00% 115,00% 120,00% 125,00%

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

31

A valorização face à cotação de fecho do ano anterior foi de 14,6%, sendo que os benchmarks PSI-20 e Índice Sectorial dos Serviços Financeiros, valorizaram, respectivamente, 12,6% e 12,0%. Em termos de quantidade média mensal transaccionada de acções do Finibanco-Holding, os meses de maior volume foram Fevereiro e Março, e o de Dezembro o de mais fraca liquidez. A média de acções transaccionadas por sessão situou-se em 14.068.

No ano de 2004, a um Pay-Out Ratio de 40%, correspondeu um Dividend Yield de 3,4%, calculado à cotação de fecho da última sessão de bolsa do ano de 2004.

2.4 Área Financeira e Internacional

O ano de 2004 foi caracterizado pela elevada estabilidade das taxas de juro interbancárias de curto prazo, particularmente no segundo semestre, e pela acentuada instabilidade no mercado cambial. A actividade do Finibanco nesta área pautou-se por uma adequada gestão dos riscos de liquidez, cambial e de taxa de juro, privilegiando sempre o uso da prudência na sua actuação nos mercados cambial e monetários em que se encontra envolvido.

A gestão do risco de liquidez assentou fundamentalmente nos seguintes vectores: • Cultivo de boa imagem no mercado

• Diversificação de contrapartes interbancárias • Aumento de linhas de negócio

• Criteriosa gestão dos recursos captados junto de clientes Institucionais

Paralelamente, o encaixe resultante do aumento do volume de crédito securitizado veio permitir a obtenção de funding com características de elevada estabilidade, contribuindo para a redução dos gaps de liquidez.

A gestão do risco cambial baseou-se no estrito cumprimento dos apertados limites instituídos internamente, quer por moeda, quer por posição agregada, e foi desenvolvida em obediência a critérios conservadores.

A gestão do risco de taxa de juro foi caracterizada pelo cumprimento de limites estabelecidos para o grau de exposição da carteira bancária a este risco, por recurso a modelos de repricing e de duração para quantificar impactos, quer ao nível de conta de resultados, quer do valor de mercado dos Capitais Próprios do Banco. Pontualmente, recorreu-se à negociação de swaps de taxa de juro para efectuar o hedging do risco de taxa de juro, numa óptica de microcobertura do risco.

Paralelamente, acentuou-se a comercialização do produto “Finicâmbio” com o desenvolvimento de novos canais de distribuição.

Efectuou-se a renegociação de acordos importantes para a actividade do Banco, designadamente para a negociação de derivados no âmbito do ISDA-International Swaps and Derivatives Association, e efectuaram-se contactos com outros Bancos no sentido de incrementar as relações comerciais.

Evolução da taxa Euribor a 6 meses em 2004 1,9 1,95 2 2,05 2,1 2,15 2,2 2,25 2,3 02-0 1-20 04 16-0 1-20 04 30-0 1-20 04 13-0 2-20 04 27-0 2-20 04 12-0 3-20 04 26-0 3-20 04 09-0 4-20 04 23-0 4-20 04 07-0 5-20 04 21-0 5-20 04 04-0 6-20 04 18-0 6-20 04 02-0 7-20 04 16-0 7-20 04 30-0 7-20 04 13-0 8-20 04 27-0 8-20 04 10-0 9-20 04 24-0 9-20 04 08-1 0-20 04 22-1 0-20 04 05-1 1-20 04 19-1 1-20 04 03-1 2-20 04 17-1 2-20 04 31-1 2-20 04 2.5 Gestão do Risco

O Finibanco mantém uma política conservadora na assunção dos riscos, expressa num nível

No documento RELATÓRIO E CONTAS 2004 CONSOLIDADO (páginas 22-47)