• Nenhum resultado encontrado

4. PROCESSO COMUNICACIONAL DA INOVAÇÃO NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

4.2 Informações disponíveis nos sites institucionais dos NITs

4.2.5 Agência USP de Inovação (AUSPIN)

A Agência USP de Inovação é o Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade de São Paulo responsável por gerir a política de inovação e promover a utilização do conhecimento científico, tecnológico e cultural produzido na universidade, em prol do desenvolvimento socioeconômico sustentável do Estado de São Paulo e do país e foi formalmente instituída em 2005. Ela atua na proteção do patrimônio industrial e intelectual gerado na universidade, efetuando os procedimentos necessários para o depósito de patentes, e registro de marcas, direitos autorais de livros, software, músicas, entre outras criações.
Também oferece apoio aos docentes, alunos e funcionários da USP na elaboração de projetos em parceria para melhor gerenciar as relações com o setor empresarial, bem como comunicar para a sociedade em geral o impacto e os benefícios das inovações guiadas pela ciência desenvolvida por pesquisadores da USP.

Através de incubadoras de empresas, parques tecnológicos e treinamentos específicos, a Agência promove o empreendedorismo, oferecendo suporte técnico, gerencial e formação complementar ao empreendedor. Ela trabalha na transferência de tecnologias, preocupando-se em colocá-las à disposição da sociedade e, em parceria com o SEBRAE, atende a diversos públicos por meio do “Disque Tecnologia” – sistema de atendimento via internet que constrói e disponibiliza respostas técnicas demandadas por microempresários atuantes em todos os setores industriais e de serviços. A Agência USP de Inovação possui filiais em todos os campi da USP: São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

Em seu site institucional, a AUSPIN demonstra dar grande importância a todos os temas relacionados ao Núcleo, tais como empreendedorismo, propriedade intelectual, educação e transferência de tecnologia, dividindo o destaque na página inicial, com uma breve descrição sobre cada item e um link que leva a mais informações.

As patentes de invenção estão na página inicial em destaque como “Propriedade Intelectual”, cujo link leva a uma página que permite encontrar informações sobre o que é uma patente.

No menu “Transferência de Tecnologia” em anuário de patentes, é possível encontrar informações diretas sobre as patentes como fase de desenvolvimento, foto, público-alvo, aplicação, bem como a divisão por áreas de cada tecnologia. Essas informações estão disponibilizadas em arquivos PDFs e separadas por ano. Dentro dos arquivos, as patentes estão separadas por área (nesta seção estão misturadas as patentes, cultivares, software etc.)

Dentro do link “Propriedade Intelectual”, há um submenu com os seguintes links: propriedade intelectual, cultivares, patentes, busca prévia, marcas, dados USP, direitos autorais, software e como solicitar.

O link “Dados USP” contém gráficos com dados das patentes depositadas por ano, por polo, por unidade, patentes internacionais, número de contratos e receita. Já o link “Busca prévia” informa como encontrar patentes nas principais bases de patentes, tais como: Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), European Patent Office (EPO), Japan Patent Office (JPO) etc., sendo que os demais links contêm informações explicativas sobre os mesmos.

Na página inicial, há um link para o banco de patentes da USP, que disponibiliza a pesquisa por patentes através de sua área ou palavra-chave. A patente é exibida em um documento que contém as informações necessárias para seu entendimento, tais como: introdução, objetivos, aplicações e público-alvo, estágio de desenvolvimento da patente e seu número de registro (este documento é semelhante ao da Inova Unicamp).

O site possui um menu “Transferência de Tecnologia”, onde é possível encontrar informações sobre como funciona a transferência de tecnologia e licenciamento, os editais disponíveis, as tecnologias em destaque (remete ao anuário de patentes) e o programa Conexão USP, que tem por objetivo oferecer a intermediação e o contato entre parceiros (empresas, entidades sem fins lucrativos e governo) e os pesquisadores da Universidade de São Paulo.

4.2.5.1 AUSPIN nas mídias sociais

A Agência USP de Inovação utiliza mídias sociais como Facebook, YouTube e Twitter, porém não possui nenhum link em seu site que leve a essas redes.

O Facebook e Twitter possuem um fluxo de publicação ativo, onde são divulgadas as notícias com relação direta e indireta à instituição. Já o YouTube não demonstra possuir fluxo de divulgação pois está parado, visto que o último vídeo foi publicado há cerca de dois anos – em 2014.

4.2.5.2 Principais notícias da AUSPIN

A Agência USP de Inovação possui apenas um link em sua página inicial que leva à sua página de notícias, sem muita ênfase. As notícias possuem diversos modos de visualização (em questão de layout). Entretanto, todas as notícias estão reunidas em uma única categoria que mistura atividades, eventos, invenções, programas, cursos etc., ou seja, não há uma separação de notícias que envolvem diretamente a instituição, sendo que a seção de notícias é simples.

A Agência USP possui informativo mensal que aparece na página inicial de seu site, sem destaque (quase despercebido) onde contém as principais notícias do mês sobre eventos,

patentes, projetos e programas que possuem relação direta com a USP, por exemplo: concessão de uma patente, premiação de startup da USP, evento de empreendedorismo promovido pela USP, entre outros.

4.2.5.3 Divulgação de eventos

A divulgação dos eventos está na página inicial do site, mas apenas em uma lista, sem destaque, sendo que todos os links dessa lista levam a uma página contendo seus detalhes como descrição, data, horário e local do evento.

4.2.5.4 Informações institucionais

O site possui uma área dedicada exclusivamente a conteúdo sobre a instituição, como histórico, missão, equipe, trabalhe conosco e um conteúdo individual descrevendo cada polo.

4.2.5.5 Docentes e alunos

O site possui uma área de empreendedorismo, onde é possível encontrar informações sobre como empreender e alguns projetos e parcerias em eventos de empreendedorismo como a Oficina de Inovação USP que trata de um projeto de incentivo e apoio ao aluno, visando atrai- lo ao empreendedorismo já na graduação.

O site também possui uma área denominada “Educação” voltada a divulgar e promover atividades de ensino relativas às temáticas da criatividade, empreendedorismo e inovação orientada a docentes, estudantes de graduação e pós-graduação e comunidade externa por meio de palestras, oficinas e cursos de curta e longa duração.

4.2.5.6 Empresas

O site não possui nenhum conteúdo específico para as empresas e com área atrativa, exibindo apenas informações sobre programas e eventos de empreendedorismo que a USP oferece em parceria com as empresas.

4.2.5.7 Observações

Com destaque em sua página inicial, a Agência USP de Inovação exibe um banner que divulga as atividades que ela promove e aquelas em que ela possui parcerias.

5. ANÁLISE DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DOS NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Como terceira etapa empírica, a pesquisa aplicou uma entrevista estruturada com as Assessorias de Comunicação ou setores responsáveis pela divulgação dos Núcleos de Inovação Tecnológica, cujos dados resultantes enquanto “discursos” foram comparados com a produção nos veículos digitais dessas instituições, sendo considerada a etapa primordial da pesquisa para a obtenção de dados qualitativos sobre as principais práticas de comunicação dos NITs.

O roteiro da entrevista – disponível no APÊNDICE A – foi aplicado na amostra total dos cinco NITs brasileiros de instituições tradicionais e consolidadas que difundem a Propriedade Intelectual desde a década de 80 e 90 e que estão entre os líderes do ranking de inovação proposto pela pesquisa (proteção x licenciamentos), sendo duas universidades estaduais (SP) e três universidades federais.

A entrevista contemplou um arcabouço conceitual através de cinco categorias de perguntas: Informações institucionais e a área de comunicação; Relação universidade-empresa e a atuação dos NITs; Meios de divulgação e público-alvo dos NITs; Relação do NIT com a mídia e imagem institucional; e Percepção sobre a divulgação da inovação e Propriedade Intelectual. O conjunto de 40 perguntas principais com subperguntas permitiu responder à principal questão da pesquisa: como é realizada a comunicação/divulgação da Propriedade Intelectual pelos NITs das universidades públicas brasileiras que buscam resultar na inovação?

Em janeiro de 2017, o roteiro foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), por meio da Plataforma Brasil78, e após avaliação, teve aprovação liberada para aplicação em

fevereiro de 2017. Assim, os NITs foram entrevistados entre os meses de fevereiro e maio, com dados considerados até o período de maio de 2017. Por se tratar de entrevista semiestruturada, com roteiro previamente elaborado, o intuito foi aplica-la de maneira individual com os agentes, abordando tópicos gerais e ações específicas de divulgação, mas considerando as respostas e interação de cada NIT entrevistado através de vídeo-chamada via Skype.

A pesquisa de campo – análise dos veículos de divulgação e entrevista aplicada – objetivaram mapear e caracterizar a área de comunicação dos Núcleos, visando entender o seu funcionamento e importância na difusão da gestão tecnológica das universidades brasileiras, sendo consideradas etapas equivalentes e complementares da pesquisa. Isso porque, a avaliação do conteúdo disponibilizado nos sites realizada ao longo de 2016 reuniu informações prévias relacionadas à divulgação de cada instituição, cujos dados serviram de base para estruturar o

modelo de entrevista focado na divulgação dos NITs, cujas assessorias de comunicação são consolidadas como parte integrante da área administrativa e de gestão de cada Núcleo dentro de sua ICT. Além disso, esta última etapa aprofundou a reflexão sobre o tema, sendo capaz de verificar se existe uma relação sólida entre as universidades e a capacitação tecnológica do setor empresarial como público principal de interesse, para, finalmente, ser verificada a possibilidade de sugerir planejamento ou práticas e estratégias de divulgação das ICTs sobre a inovação tecnológica e a Propriedade Intelectual.