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Ajustamentos efetuados na metodologia utilizada no regulamento que institui um direito definitivo para calcular o valor normal

(84) Tendo em conta as observações apresentadas pelos produtores-exportadores chineses no presente reexame no que diz respeito à definição dos tipos do produto no cálculo do valor normal da Índia, argumentando que, além da distinção entre parafusos normalizados e especiais, bem como classe de resistência, também os elementos de diâmetro, comprimento e revestimento eram importantes, e as audições e o diálogo que se seguiu na presença do Conselheiro Auditor, foram reexaminados os dados do produtor indiano.

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(85) Na sequência desse reexame, a Comissão pôde identificar o diâmetro e o comprimento dos parafusos vendidos no mercado interno da Índia. Para permitir a comparação justa entre estes parafusos e os exportados da RPC, tanto o diâmetro como o comprimento foram classificados por intervalos e calculou-se um valor normal para cada intervalo. Isto foi explicado em pormenor nas duas notas informativas de 5 e 11 de julho de 2012, que foram disponibilizadas a todas as partes interessadas. Ao resumir em intervalos para distinguir as principais dimensões do produto vendido pelo produtor indiano, esta metodologia permitiu uma comparação justa com as exportações das empresas chinesas, como solicitado pelas partes interessadas. Posteriormente, dois produtores-exportadores queixaram-se de que não dispunham de informações completas, alegando que a classificação era obscura e

inadequada, pelo que não tinham informações suficientes para pedir um ajustamento no que se refere às diferenças físicas. Todavia, para além destas afirmações gerais, estes dois produtores-exportadores não apresentaram qualquer sugestão alternativa válida nem elementos de prova concretos. A alegação foi, por conseguinte, rejeitada.

(86) A EFDA defendeu que a utilização do diâmetro e do comprimento não refletiria a realidade e sugeriu uma alternativa relacionada com dois critérios para, em sua opinião, evitar que se deixassem de fora alguns produtos, sem contudo fundamentar esta abordagem alternativa. A classificação proposta pela Comissão não excluiu quaisquer tipos do produto (foram abrangidas todas as combinações possíveis de diâmetro e comprimento), pelo que esta alegação não foi aprofundada.

(87) Apurou-se que todos os parafusos normalizados vendidos tinham sido galvanizados e, por isso, o valor normal foi calculado com base no revestimento correspondente ao código NCP "A". Nos casos em que um produtor-exportador chinês incluído na amostra não exportou parafusos com revestimento do tipo A, utilizou-se o tipo de revestimento mais próximo sem qualquer ajustamento do preço de exportação.

(88) A classe de resistência e a repartição entre parafusos normalizados e especiais mantiveram--se inalteradas.

(89) Dois produtores-exportadores solicitaram a intervenção do Conselheiro Auditor da DG Comércio, para examinar os dados confidenciais do produtor do país análogo (Índia) e fornecer garantias quanto à natureza confidencial das respetivas vendas no mercado interno, bem como para examinar a questão do revestimento dos parafusos normalizados, da presença de crómio no revestimento e da extração de informações sobre o comprimento e o diâmetro dos parafusos normalizados. O Conselheiro Auditor, após ter examinado os dados confidenciais do produtor do país análogo (Índia) esclareceu as questões colocadas pelos dois produtores-exportadores. O relatório do Conselheiro Auditor foi incluído no dossiê para consulta pelas partes interessadas.

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(90) Apesar das informações adicionais acima mencionadas, dos esclarecimentos, das audições e do diálogo mantido, algumas partes interessadas continuaram a alegar que lhes faltavam informações para poderem fazer pedidos de ajustamentos a fim de assegurar uma

comparação equitativa. A Comissão apresentou informações pormenorizadas às partes sobre os grupos do produto utilizados para determinar o valor normal, tal como exigido pelo Órgão de Recurso1. Além disso, durante um período prolongado, compreendido entre 30 de maio de 2012 e 19 de julho de 2012, a Comissão forneceu informações e respondeu a todas as perguntas colocadas por todas as partes. Foi ainda concedido um prazo

suplementar de vinte dias a todas as partes para apresentarem as suas observações sobre a divulgação final.

1 Relatório do Órgão de Recurso: n.º 512, em que se afirma que "o artigo 2.º, n. 4, obriga as autoridades responsáveis pelo inquérito... no mínimo a informarem as partes sobre os grupos do produto utilizados para efeitos da comparação dos preços".

(91) As mesmas partes alegaram que, contrariamente ao previsto no relatório do Órgão de Recurso, a Comissão recusou divulgar informações sobre os produtos específicos do produtor indiano que foram utilizados para estabelecer o valor normal, sem justificação adequada. O artigo 6.5 do Acordo Anti-Dumping estipula que as informações de natureza confidencial ou prestadas a título confidencial devem ser tratadas como tal pelas

autoridades responsáveis pelo inquérito. Neste caso, o produtor indiano forneceu

informações sobre os tipos do produto vendidos no mercado interno a título confidencial e a empresa renovou o seu pedido de tratamento confidencial dirigido à Comissão,

declarando que continua a considerar essas informações como estritamente confidenciais, tal como referido no considerando 82. Estas partes também alegaram que a Comissão não apresentou um resumo não confidencial relevante das informações fornecidas pelo

produtor indiano, como exigido pelos relatórios. No entanto, no processo de diálogo permanente e tal como mencionado nos considerandos precedentes, a Comissão divulgou às partes interessadas todas as informações pertinentes relativas ao produtor indiano, dentro dos limites de confidencialidade, de forma a poderem defender os seus interesses. 2.9. Determinação do valor normal para os produtores-exportadores da RPC, valor

normal, preços de exportação, comparação

(92) O valor normal foi calculado e comparado com o preço de exportação, como acima estabelecido. Foram efetuados ajustamentos do preço de exportação para eliminar a diferença de preços nos casos em que se acrescentou crómio (VI) ao revestimento dos parafusos em causa. Efetuou-se a comparação entre ambos no estádio à saída da fábrica, como no inquérito inicial.

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