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(76) Vários produtores-exportadores reagiram à divulgação dos factos supramencionados. Tal como solicitado por esses produtores-exportadores, organizou-se uma audição, presidida pelo Conselheiro Auditor da DG Comércio, para continuar o diálogo com a Comissão e discutir os pontos levantados por esses produtores-exportadores. Em particular, os produtores-exportadores suscitaram as seguintes questões:

a) A metodologia com base na qual o produtor indiano repartiu as suas vendas no mercado interno entre parafusos normalizados e especiais;

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b) No caso de alguns parafusos vendidos à indústria automóvel terem sido considerados como parafusos normalizados, justificar-se-ia um "importante ajustamento";

c) Ajustamentos do valor normal, em conformidade com o artigo 2.º, n.º 10, alínea b), para os impostos indiretos incorridos na importação de fio-máquina para a Índia; d) A presença de crómio (VI) no revestimento dos parafusos normalizados;

e) A metodologia seguida pela Comissão nos casos em que não existia venda correspondente no mercado interno em relação a uma determinada transação de exportação; e

f) Divulgação dos códigos de produto das vendas no mercado interno do produtor indiano.

(77) No que respeita à alínea a), o produtor indiano repartiu as suas vendas no mercado interno entre vendas de parafusos normalizados e especiais, considerando que os parafusos

fabricados de acordo com o desenho de um cliente eram parafusos especiais, enquanto as outras vendas diziam respeito a parafusos normalizados, ou seja, não fabricados segundo qualquer desenho específico.

(78) No que respeita à alínea b) e conforme mencionado numa nota destinada ao dossiê, de 13 de julho de 2012, enviada às referidas partes interessadas na sequência da audição realizada em 11 de julho, a Comissão confirmou que, na ausência dos nomes de clientes como acima mencionado, a Comissão remete para o considerando 47. Além disso, a Comissão observa que, de acordo com a Associação Europeia de Produtores de Elementos de Fixação, "na Europa, quando um cliente – em especial do setor automóvel – encomenda

um elemento de fixação fabricado segundo um desenho, mas que cumpre também, na íntegra, as normas internacionais (ISO, EN, DIN, AFNOR, UNI), esse produto é, de qualquer modo, considerado pelo produtor como produto "especial" e, assim, identificado – na classificação interno da empresa – como "especial" … este é o "modus operandi" de todos os produtores de elementos de fixação a nível mundial e também na Índia". A

Comissão está, pois, confiante de que os parafusos normalizados destinados à indústria automóvel não foram incluídos na lista dos parafusos normalizados facultada no contexto das conclusões do inquérito inicial. Logo, esta alegação foi rejeitada.

(79) No que diz respeito à alínea c), numa audição, os produtores exportadores levantaram a questão de um ajustamento ao abrigo do artigo 2.º, n.º 10, alínea b), do regulamento de base, a fim de ter em conta os direitos de importação de fio-máquina para a Índia que estão incluídos no valor normal, mas não no preço de exportação da China. As empresas

chinesas incluídas na amostra durante o inquérito inicial compraram fio-máquina fabricado na China.

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(80) A matéria-prima importada pelo produtor indiano foi sujeita ao direito aduaneiro de base (5 % do valor avaliável) e à taxa de educação sobre o direito aduaneiro (Customs

Education Cess) (3 % do valor do direito aduaneiro de base acrescido do montante do

direito de compensação). No entanto, em conformidade com o artigo 2.º, n.º 10, alínea b), do regulamento de base, tal ajustamento para impostos indiretos é exigível se os encargos de importação que oneram o produto similar e os materiais nele fisicamente incorporados quando o produto se destine ao consumo no mercado interno não tenham sido cobrados ou reembolsados relativamente ao produto similar exportado para a União Europeia. Na ausência de argumentos e de elementos de prova em como as exportações dos produtores--exportadores acima referidos para a UE teriam beneficiado de não-cobrança ou reembolso dos encargos de importações sobre as importações de matérias-primas (fio-máquina), a alegação tem de ser rejeitada. Além disso, o referido ajustamento não está normalmente disponível quando o produtor-exportador em causa, como acontece no presente reexame, compra todas as matérias-primas a fornecedores nacionais não incorrendo, por

(81) No que diz respeito à alínea d), determinados elementos do dossiê do inquérito inicial mostraram que o revestimento habitual dos parafusos normalizados vendidos no mercado interno indiano continha crómio CR3 e, por conseguinte, correspondia à definição do NCP, segundo a qual ao revestimento não tinha sido adicionado crómio (VI). As margens de

dumping foram, então, recalculadas tendo em conta o tipo de revestimento de crómio mais

caro do lado da exportação, sem ajustamento do preço de exportação. Dois produtores--exportadores alegaram que a informação sobre o revestimento se referia à situação atual e não à situação durante o PI, alegação esta que está incorreta. Durante a verificação no decurso do inquérito inicial foram obtidos elementos de prova demonstrando que, no PI inicial, todos os parafusos normalizados vendidos no mercado interno da Índia eram galvanizados.

(82) No que diz respeito à alínea e), confirma-se que as margens de dumping foram calculadas com base no facto de, nos casos em que não havia vendas no mercado interno

correspondentes, a transação de exportação ser excluída do cálculo do dumping. Algumas partes alegaram que não existia qualquer razão para excluir determinadas transações de exportação do cálculo da margem de dumping. No entanto, para todos os produtores exportadores chineses incluídos na amostra apurou-se a existência de uma correspondência significativa entre as vendas no mercado interno e as vendas de exportação, permitindo obter uma representação equitativa das vendas efetuadas pelas diferentes partes.

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(83) No que diz respeito à alínea f), a Câmara de Comércio chinesa e um exportador chinês alegaram que o produtor indiano não justificara devidamente a razão por que a Comissão não podia divulgar informações específicas acerca dos códigos dos produtos das suas vendas no mercado interno. A Comissão facultou o máximo de informação possível, no respeito das regras de confidencialidade, através de um certo número de notas a incluir no dossiê, notas de informação disponibilizadas a todas as partes interessadas, e audições concedidas à Câmara de Comércio chinesa e a todos os exportadores chineses que as solicitaram. No que se refere ao pedido de divulgação dos códigos de produto do produtor indiano, a divulgação destas informações permitirá que as outras partes calculem com precisão razoável os preços no mercado interno do produtor indiano, o que deve ser evitado por motivos de proteção de informações comerciais confidenciais. O facto de não se protegerem informações confidenciais poderá levar a Comissão a confrontar-se com eventuais pedidos de indemnização por perdas e danos e poderá desencorajar as empresas (de países análogos), cuja colaboração é voluntária, de colaborarem nos inquéritos. Por conseguinte, o pedido foi rejeitado.

2.8. Ajustamentos efetuados na metodologia utilizada no regulamento que institui